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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Começa julgamento de Videla por roubo de bebês na ditadura argentina

Julgamento durará até o final de semana.
Do lado de fora do tribunal, manifestantes exigiam justiça.

Da France Presse

Jorge Rafael Videla, no começo de seu julgamento, em Buenos Aires (Foto: Juan Mabromata/AFP)
Jorge Rafael Videla, no começo de seu julgamento,
em Buenos Aires (Foto: Juan Mabromata/AFP)

Começou nesta segunda-feira (28) o histórico julgamento do ex-ditador argentino Jorge Videla e outros chefes militares, acusados de um plano sistemático de roubo e troca de identidade de cerca de 500 bebês filhos de desaparecidos, em sua maioria nascidos em cativeiro em prisões clandestinas.
Videla, de 85 anos, chegou ao Tribunal algemado e sentou no banco junto ao último presidente da ditadura (1976-1983), o ex-general Reynaldo Bignone, em uma audiência oral contra um total de oito réus, entre eles dois ex-almirantes, Antonio Vañek e Rubén Franco.
O julgamento, que durará até o final de semana, reúne em uma mesma sala os chefes do Exército terrestre e da marinha pela primeira vez desde o julgamento dos comandantes de 1985, considerado o 'Nuremberg' argentino.
Do lado de fora do tribunal, manifestantes da organização HIJOS, de parentes de presos e desaparecidos, exibiam cartazes de protestos e exigiam justiça.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O que me incomoda não é a hipocrosia dos políticos

O que me incomoda não é a hipocrisia dos políticos, posto que isto já é defaut, mas sim a hipocrisia dos jarnalistas, já que o principal atributo dessa profissão é a credibilidade.  Ao "comprarem" o discurso político das potencias ocidentais de que o objetivo de "atacar as forças de Khadaf para proteção a população civil" e disseminar isso como uma verdade é uma das coisas mais ridículas que já presenciei.  Qualquer índio brasileiro, que frequente o curso primário sabe que as forças ocidentais, liderados por Obama, o Premio Nobel da Paz, tem outros interesses, muito mais "importantes" que a vida de cidadãos libios.  Ou por acaso, os mil mortos e um milhão de refugiados da Costa do Marfim não são gente, civis, cidadãos?  Os jornalistas ocidentais, na verdade, são instrumentos (muito bem remunerados) da divulgação da contra-informação e a formação de uma opinião que interessa à um lado da moeda. A atuação dos comentaristas políticos ("cientistas políticos") da grande mídia, seja em SP, no RJ ou em "Manhatan", comentando política nacional ou externa, lembram me,  imediatamente, algo tipo Galvão Bueno transmitindo Flamengo x Cabofriense, no plano interno e Brasil x Argentina, no plano internacional.  Uma mistura de má índole, mediocridade e hipocrisia.

(Paulo Franco)