PÁGINAS

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Paz na Palestina: Difícil mas não Impossível

Por PAULO FRANCO

Israel sob o governo trabalhista e o Lider da OLP avançaram muito na conquista da paz na Palestina, reconhecendo ambos os estados de Israel e o Palestino, numa relação que seria pautada pela tolerância e respeito mútuo.


Primier Itzhak Rabin e Yasser Arafat celebram acordo de paz na Casa Branca
A única, mas mesmo assim remota, chance de paz na Palestina, passa necessáriamente, por um governo de esquerda. 

A implantação do Estado de Israel com o impedimento ao mesmo tempo da criação de um estado palestino e a propria eliminação da população original local, para um efetivo dominio total do território, é um projeto dos judeus extremistas de direita, movimento chamado de sionismo e conhecimento mundo afora como Zionismo, numa paralelo ao Nazismo em função das estreitas semelhanças na metodologia e na violência para colocar em pratica, seus planos.

Mesmo com um governo de esquerda essa paz é remota. O momento histórico em que a tolerância e o respeito entre o povo palestino e o povo israelita avançou mais, foi nos anos de 93/94,  quando o Partido Trabalhista Israelita (PTI) estava no poder, sob a liderança de Ytzhak Rabin.
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Embora o PTI não seja exatamente um partido de esquerda, soa como se fosse, perto do Likud, o partido conservador, de orientação ultra-direitista, do atual Premier Benjamin Natenyahu. O PTI é mais sensível às questões sociais e humanitária, menos truculento e mais favorável à paz ao contrário do Partido Likud, que defende com unhas e dentes o total domínio de Israel de todo o território palestino e não aceita o estabelecimento de um estado palestino já reconhecido até pela ONU.

Arafat, Peres e Rabin recebem Prêmio Nobel da Paz em 1994
Israel sob o governo trabalhista, avançou muito nas negociações com mediação internacional para o estalecimento da paz, chegando a reconhecer o estado palestino, sob a liderança da OLP e a convivência de ambos estados pautado no respeito mútuo. Do lado palestino havia também um grande líder, Yasser Arafat, que conseguiu convergir os interesses palestino para uma solução de paz com Israel.

A constatação de que a extrema direita de Israel não abre mão da sua posição hegemônica e a não existência de um estado palestino foi o assassinato de Itzhak Rabin por um próprio compatriota radial. O sonho de paz na Palestina que estava se concretizando, foi sepultado definitivamente.

terça-feira, 29 de julho de 2014

ONU: Brasil Premiado, Novamente


Três iniciativas brasileiras vencem prêmio global da ONU de serviço público. 19 iniciativas de 14 países foram premiadas.  Concorreram 704 iniciativas de 80 países.

Um projeto na esfera federal e dois na esfera estadual – Rio Grande do Sul e Pernambuco – estão entre os contemplados com um prêmio global da ONU que reconhece projetos inovadores no combate à pobreza e na promoção do desenvolvimento sustentável. A cerimônia de premiação ocorrerá esta semana, de 23 a 26 de junho, durante um encontro em Seul, na Coreia do Sul.

O Fórum, o Dia e a Cerimônia de Premiação das Nações Unidas para o Serviço Público vão homenagear 19 iniciativas de 14 países que se destacaram por projetos de implementação de soluções inovadoras visando à melhoria da prestação de serviços públicos e à promoção do desenvolvimento sustentável.
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Um dos prêmios foi destinado ao Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão e à Secretaria-Geral da Presidência da República, para a iniciativa “Fórum Interconselhos”, que estimula a participação social no
monitoramento dos Planos Plurianuais (PPA). No último PPA, foram apresentadas 629 contribuições da sociedade civil, das quais 77% foram incorporadas integralmente. Como inovação, foi constituída uma instância de monitoramento do PPA pela sociedade civil – o Fórum Interconselhos –, que reúne periodicamente representantes dos diversos conselhos para avaliar o cumprimento dos objetivos e metas estabelecidas.

domingo, 27 de julho de 2014

De Cegos e de Anões

Por MAURO SANTAYANA



Antes de criticar a diplomacia brasileira, o porta-voz da Chancelaria israelense, Yigal Palmor, deveria ler os livros de história para constatar que, se o Brasil fosse um país irrelevante, do ponto de vista diplomático, sua nação não existiria, já que o Brasil não apenas apoiou e coordenou como também presidiu, nas Nações Unidas, com Osvaldo Aranha, a criação do Estado de Israel.



(Jornal do Brasil) - Se não me engano, creio que foi em uma aldeia da Galícia que escutei, na década de 70, de camponês de baixíssima estatura, a história do cego e do anão que foram lançados, por um rei, dentro de um labirinto escuro e pejado de monstros. Apavorado, o cego, que não podia avançar sem a ajuda do outro, prometia-lhe sorte e fortuna, caso ficasse com ele, e, desesperado, começou a cantar árias para distraí-los do medo.

O anão, ao ver que o barulho feito pelo cego iria atrair inevitavelmente as criaturas, e que o cego, ao cantar cada vez mais alto, se negava a ouvi-lo, escalou, com ajuda das mãos pequenas e das fortes pernas, uma parede, e, caminhando por cima dos muros, chegou, com a ajuda da luz da Lua, ao limite do labirinto, de onde saltou para densa floresta, enquanto o cego, ao sentir que ele havia partido, o amaldiçoava em altos brados, sendo, por isso, rapidamente localizado e devorado pelos monstros que espreitavam do escuro.

Ao final do relato, na taverna galega, meu interlocutor virou-se para mim, tomou um gole de vinho e, depois de limpar a boca com o braço do casaco, pontificou, sorrindo, referindo-se à sua altura: como ve usted, compañero... con el perdón de Dios y de los ciegos, aun prefiero, mil veces, ser enano...

Lembrei-me do episódio — e da história — ao ler sobre a convocação do embaixador brasileiro em Telaviv para consultas, devido ao massacre em Gaza, e da resposta do governo israelense, qualificando o Brasil como irrelevante, do ponto de vista geopolítico, e acusando o nosso país de ser um “anão diplomático".
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Chamar o Brasil de anão diplomático, no momento em que nosso país acaba de receber a imensa maioria dos chefes de Estado da América Latina, e os líderes de três das maiores potências espaciais e atômicas do planeta, além do presidente do país mais avançado da África, nação com a qual Israel cooperava intimamente na época do Apartheid, mostra o grau de cegueira e de ignorância a que chegou Telaviv.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Thamy Pogrebinschi: "Há má fé nas críticas ao decreto 8.243"


Por Pedro Zambarda de Araujo para o DCM



Thamy Pogrebinschi, professora de ciências sociais e pesquisadora sênior do WZB Social Science Center em Berlim, na Alemanha, ressalta que "Não há representação sem participação".

 


No dia 23 de maio, o decreto presidencial 8.243 foi lançado e causou a revolta de veículos de imprensa no Brasil. O documento, assinado por Dilma, institui a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS).

O jornal O Estado de S.Paulo publicou um editorial no dia 29 de maio afirmando que o decreto estava provocando uma “mudança de regime” e que era um oportunismo do governo Dilma que “felizmente desistiu da Assembleia Constituinte”.

No dia 19 de junho, a professora de ciências sociais e pesquisadora sênior do WZB Social Science Center em Berlim, na Alemanha, chamada Thamy Pogrebinschi publicou um artigo no site da revista Carta Capital com o nome “Novo decreto: Não há representação sem participação”.

O DCM conversou com ela sobre o decreto, a reação da mídia e o fortalecimento dos movimentos sociais.

Por que você acredita que Dilma tomou essa atitude de abrir um espaço para movimentos sociais?

 Um maior diálogo entre estado e sociedade é uma característica de governos do PT, que consideram a participação como um “método democrático de gestão”. Durante o governo Lula, movimentos sociais que antes protestavam nas portas dos ministérios passaram a ter acesso aos mesmos, sentando-se junto com representantes do governo para discutir suas demandas e debater políticas de forma compartilhada.
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O diálogo com os movimentos sociais, contudo, diminuiu de forma perceptível no governo Dilma, especialmente se comparamos com Lula. Houve e há ainda uma série de tensões, mas isso não significa que canais foram fechados. Prova disso é justamente o recente diálogo com o MTST, o qual demonstra que há espaços para diálogo e eles podem vir a ser mobilizados também por outros movimentos que vem buscando se fazer ouvir desde os processos iniciados em junho de 2013. O governo tem dado indicações de ter percebido que a área de infraestrutura requer mais prioridade e maior participação. Quem contribuiu definitivamente para isso foi o Movimento Passe Livre.

Suas considerações sobre o decreto presidencial estão relacionadas com sua pesquisa em Berlim?

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Porque Israel Ataca Novamente

Por SUSAN ABULHAWA, The Hindu

Garotos mortos são pretexto infame; onda de brutalidade visa sabotar unidade palestina e mergulhar população judaica em redemoinho de ódio e vingança


Os corpos de três colonos israelenses que desapareceram em 12 de junho foram encontrados há dias, em uma cova rasa cavada às pressas em Halhul, norte de Hebron.


Os três jovens palestinos Eyal Yifrah, de 19 anos, Gilad Shaar, de 16, e Naftali Fraenkel, também 16  (Ag. EFE)

Desde que os jovens desapareceram em Gush Etzion, colônia exclusiva de judeus na Cisjordânia, Israel passou a perseguir os 4 milhões de palestinos que já vivem sob seu domínio. Atacou cidades, saqueou casas e instituições civis, realizou incursões noturnas nos refúgios de famílias, roubando propriedades, sequestrando, ferindo e matando. Aviões de guerra passaram a bombardear Gaza, de novo e repetidamente, destruindo mais casas e instituições, e cometeram-se execuções extrajudiciais. Até agora, mais de 570 palestinos foram sequestrados e presos — o mais notável deles, Samer Issawi, o palestino que fez greve de fome por 266 dias em protesto por prisão arbitrária anterior.
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Ao menos 10 palestinos foram mortos, inclusive três crianças, uma mulher grávida e um homem com problemas mentais. Centenas foram feridos, milhares aterrorizados. Universidades e organismos de assistência social foram saqueados, fechados; seus computadores e equipamentos destruídos ou roubados e documentos, tanto públicos quanto privados, confiscados de instituições civis. Este banditismo é a política oficial de Estado conduzida por militares e não inclui a violência contra pessoas e propriedades perpetrada por colonos israelenses paramilitares, cujos constantes ataques contra civis palestinos intensificaram-se nas últimas semanas. E agora que foi confirmada a morte dos colonos, Israel jurou vingar-se à altura. Naftali Bennet, ministro da Economia, disse: “Não há misericórdia para assassinos de crianças. Esta é hora de ação, não de palavras.”

segunda-feira, 14 de julho de 2014

O Verdadeiro Programa da Direita


por SILVIO CACCIA BAVA


"...Segundo os ideólogos da direita, a economia vai mal e o país está sendo levado para uma fase ruim. O PIB é baixo. A inflação é alta. As exportações fraquejam..."




É um exercício de juntar as partes e buscar compreender esse discurso, que agora se torna raivoso, de uma

direita que está presente no espaço público e nos estádios de futebol e já disputa as eleições, com as armas que tem.

Vale tudo para tirar o PT do governo. Seu maior poder é o controle da mídia. É por meio dela que a direita disputa a opinião pública e impõe sua visão de mundo. A internet muda um pouco esse estado de coisas, permitindo a expressão da pluralidade e o questionamento da realidade. Mas ela não tem o poder da TV. Mais de 95% dos domicílios brasileiros têm televisão. E seus moradores, todos os dias, passam horas assistindo a uma variedade de programas, aliás, não tão variados assim.
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Há vários meses está em curso uma campanha, capitaneada pelos principais jornais e TVs, de ataques ao governo e de desgaste da presidente Dilma, da candidata Dilma. A disputa eleitoral, que deveria se transformar num embate entre dois projetos, não aparece assim. É um contínuo martelar de acusações contra o governo federal: corrupção, aparelhamento da máquina pública, má gestão, centralismo, descontrole das obras públicas, leniência com manifestações sociais que atentam contra a propriedade privada e quebram bancos e lojas.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Alemanha 7 x Brasil 1 : "A Cereja do Bolo"

Por PAULO FRANCO






É indiscutível, que essa esta sendo a "COPA DAS COPAS",  a melhor copa de todos os tempos, até hoje. 

A derrota do Brasil pela Alemanha por uma placar tão inusitado é mais um fato dentre tantos que caracterizam o quanto  fantástica está sendo essa copa.  É obvio que não estou dizendo isso como um torcedor brasileiro, pois aí o sentimento é de profunda tristeza.  Mas sim como um observador do evento, um cidadão brasileiro que ofereceu seu pais para a realização "copa do mundo".   Sem dúvida o evento esportivo mais importante do planeta.


UMA ARTILHARIA TRABALHANDO PARA O FRACASSO


A grandiosidade desta copa começou com a velha tradição brasileira da morosidade na construção dos estádios e as severas críticas da FIFA.  Uma imagem bastante negativa, para quem não conhece a cultura do povo brasileiro, mas não para a mídia e a oposição política que usou e abusou dessa situação.

O atuação ferrenha dos setores conservadores para evitar o sucesso do evento, foram anos de críticas desproporcionais.  A determinação para que a copa do mundo no Brasil fosse um fracasso foi para a rua com o patrocínio de partidos políticos e diversos grupos travestidos de anarquistas, passando para os brasileiros e para o mundo todo, uma imagem de tumulto, vandalismo e descontrole social. "Uma revolução social era eminente".

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São muitas as aberrações manifestadas pela mídia nacional.  Com muita dificuldade selecionei dois vídeos que representam o quão esdrúxula, ignorante e hipócrita é a nossa midia:


A jornalista Marilia Ruiz comenta que a Copa seria uma Vergonha, um Vexame.

 





O Jornalista Kajuru, além desinformar irresponsavelmente, garante que Brasil já é o Campeão, por negociatas do futebol e da política.




A midia internacional acabou comprando os discursos da midia interna e publicou reportagens, semelhantes

quinta-feira, 3 de julho de 2014

A Ditadura das Empreiteiras

"As Quatro Irmãs"

Por Adriano Belisário para a PÚBLICA

Negócios familiares, proximidade com governos, financiamentos de campanhas e diversificação de atividades - da telefonia ao setor armamentício - compõem a história das gigantes ODEBRECHT, OAS, CAMARGO CORRÊA e ANDRADE GUTIERREZ




Apesar de mais conhecidas no Brasil por sua atuação no setor de construção civil, as chamadas “quatro irmãs” – Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez – hoje atuam em diversas outras atividades. As empreiteiras respondem apenas por parte dos lucros destes grupos econômicos que atuam em todos os continentes, com foco nos mercados da África, América Latina e Ásia. Juntas, possuem empreendimentos que vão do agronegócio à moda, passando pela petroquímica, setor armamentício, telefonia e operação de concessões diversas.

Os controladores, porém, permanecem os mesmos e os maiores ganhos ficam com as famílias que comandam as empresas. “O controle de base familiar é uma característica da formação do capital monopolista dos grupos econômicos constituídos no Brasil. Embora isso não impeça a abertura de capital, esta é feita de modo a preservar sempre o controle acionário dos ativos mais rentáveis pelas famílias controladoras. Isso confere à estrutura societária desses grupos um formato piramidal, em que um controlador último controla toda uma cadeia de empresas”, analisa o cientista político da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) João Roberto, que coordena o Instituto Mais Democracia.
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Além do controle familiar, outro traço comum é o fato de serem grandes financiadoras de campanhas. Entre as eleições de 2002 e 2012, juntas, as quatro empresas investiram mais de R$ 479 milhões em diversos comitês partidários e candidaturas pelo Brasil. No Estado do Rio de Janeiro, o PMDB é de longe o partido mais beneficiado, com R$ 6,27 milhões, mais que a soma dos quatro seguintes: PT, PSDB, PV e DEM. Porém os repasses podem ser ainda maiores em anos não-eleitorais. Em 2013, por exemplo, somente a Odebrecht repassou R$ 11 milhões dos R$ 17 milhões arrecadados pelo PMDB.

Veja mais detalhes das doações no infográfico:


Doações Odebrecht

terça-feira, 1 de julho de 2014

JANGO: Projeto de Nação

Por JUREMIR MACHADO SILVA



Este livro, de Cássio Moreira, é um dos melhores estudos sobre a presidência de Jango. Em “O PROJETO DE NAÇÃO DO GOVERNO JOÃO GOULART: o Plano Trienal e as Reformas de Base (1961-1964)”, o autor explicita cada detalhe da situação econômica e social brasileira na época. Originalmente uma tese de doutorado em economia, a pesquisa aqui apresentada tem a qualidade do texto bem escrito, da análise rigorosa e da riqueza de dados. Todos os clichês sobre o período desabam diante dos números, dos conceitos, das informações e do rigor da leitura.

O leitor encontra neste livro um manancial quase inesgotável de elementos para fazer a sua própria interpretação das aspirações, metas e promessas de Jango. É preciso lembrar que ele governou o Brasil num tempo de muitas incertezas, gigantescas pressões, devastadoras manipulações e todo tipo de golpe baixo. A imprensa, ao longo dos meses, tornou-se um dos principais inimigos de Jango. O golpe de 1964 foi um golpe midiático-civil-militar. As reformas propostas por Jango eram exequíveis, necessárias e salutares para o Brasil. Elas encontraram resistência na medida em que confrontaram poderosos interesses e privilégios das classes dominantes. Cássio Moreira traduz esse tempo conturbado em cifras, indicadores, conceitos, paradigmas econômicos em conflito e, principalmente, em termos de disputas de interesse.
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Eis um livro para se tornar referência, um instrumento de consulta, esclarecimento, informação e formação. Nele se encontram os aspectos fundamentais para o julgamento racional e consequente das possibilidades e limitações do governo de João Goulart. Por trás dos números e dos conceitos, pode-se ver o presidente com seu estilo, suas peculiaridades e sua margem de manobra diante da conjuntura econômica, social e política. Outra qualidade desta obra é mostrar que teses podem ser bem construídas, claras e muito úteis para a sociedade. Nas páginas que seguem, descortina-se um certo Brasil negado, vilipendiado, obscurecido e intencionalmente repudiado.

Nos 50 anos do golpe de 1964, uma obra essencial.
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Juremir Machado da Silva

Autor de “Getúlio” (Record), “Jango, a vida e a morte no exílio” (L&PM) e de “Vozes da Legalidade, política e imaginário na era do rádio” e “1964 Golpe Midiático-Civil-Militar” (Sulina)


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