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terça-feira, 21 de junho de 2016

O amor é mais frio que a morte: negatividade, infinitude e indeterminação na teoria hegeliana do desejo

Por Vladimir Safatle, via Scielo



Trata-se de mostrar como a experiência de indeterminação que se manifesta fenomenologicamente através das temáticas da angústia e da confrontação com a morte tem papel fundamental para a configuração do processo de reconhecimento na filosofia hegeliana.Levar em conta tal importância pode nos explicar melhor as peculiaridades do conceito hegeliano de individualidade e dos processos de individuação. Isto serve também para compreender o sentido da noção de negatividade e de seus usos na filosofia hegeliana do sujeito, mostrando como ela é imune a certas críticas vindas da filosofia contemporânea.
Of course all life is a process of breaking down, / but the blows that do the dramatic side of the work […] / don’t show their effect all the once. (Scott Fitzgerald)
Vivemos aliás numa época em que a universalidade do espírito está fortemente consolidada, e a singularidade (Einzelnheit), como convém, tornou-se tanto mais insignificante (gleichgültiger); época