PÁGINAS

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Modelo neoliberal do PMDB/PSDB mostra seu efeito devastador

Por Paulo Franco


Arrecadação tributária em ladeira abaixo.  A queda de 10%  em agosto foi a pior em 7 anos


A missão é reduzir a inflação para baixo de 4%.  Como se apenas um índice econômico fosse o único para ser gerenciado.  Pior ainda, é que esse índice embora alto, vinha numa estabilidade, sem precedentes na história recente do país, ao redor de 6%.   Vale a pena levar a economia do país ao fundo do posso, com consequências sociais devastadoras? 



A estratégia adotada é o modelo neoliberal, que sempre foi a adotada pelo PSDB e demais partidos de direita e agora com total cooptação do PMDB.  Com certeza essa estratégia é adotada porque a conta é paga pelas classes baixas, preservando a renda e o patrimônio das classes altas. 

A receita no modelo econômico neo liberal é (i) diminuir gastos e investimentos públicos, principalmente os investimentos sociais (educação e saúde), sem diminuir os gastos com a classe empresarial, como juros subsidiados para empréstimos e altos juros para aplicação nos títulos públicos, (ii) aumentar juros ou mantê-los altos para diminuir o nível de atividade econômica sem limites até que os preços respondam e a inflação atinja a meta estabelecida. 














As consequências são: (i) Queda na produção das empresas (bancos são imunes). (ii)  Aumento no rombo fiscal, com a queda na arrecadação tributária; (iii) Aumento da divida pública, como consequência da queda da arrecadação; (iv) Aumento do desemprego; (iii) Queda na renda do trabalhador. 

O plano já está a todo vapor e as consequências já aparecem de forma nítida, tanto na queda da produção, como na queda da arrecadação, no aumento explosivo do rombo fiscal, no aumento do desemprego, e também, na queda da renda do trabalhador. 


E quem vai pagar o PATO (da FIESP), ou melhor,  a conta será o trabalhador, o pobre, que por ironia e vitima da manipulação da midia e de seus superiores no trabalho, apoiaram a queda de Dilma e , consequentemente, a entrada desse modelo perverso para ele mesmo.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Lava Jato estaria em um processo de Eutanásia?

Por Paulo Franco






Com as ações que vem ocorrendo ultimamente na Lava jato, eu tive um insight que pode ser visto como um absurdo, mas que também não é impossível. 

Como temos visto, sejamos nós petistas, tucanos, intelectuais ou cidadãos comuns, a Lava Jato, desde que foi criada, vive somente em função do PT.   Todas as  delações de outros políticos que não do PT, não recebem nenhuma atenção do MP e do Judiciário.  E a maioria delas com denúncias de propinas de forma clara e repetidas por mais de um delator.

É de conhecimento público também que há inúmeras citações e até denúncia explícita de recebimento propinas de políticos de outros partidos que não o PT,  tem sido feitas pelos investigados que aceitaram (coercitivamente ou não) a delação premiada.  Os principais partidos em questão são o PSDB, o PMDB, o PP, o DEM.

Como disse anteriormente, os responsáveis pela condução da operação Lava Jato, tem investigado, denunciado e prendido somente políticos do PT, ignorando as fraudes e crimes dos demais partidos, o que demonstra não só uma parcialidade, mas também uma missão explicita em atingir o PT.

Como a sociedade começão a cobrar essa posição esdrúxula, anti-ética e inconstitucional,  do sistema de justiça, a saída para não atingir os políticos implicados que não são do PT, é minar, atrofiar ou extinguir a operação Lava Jato.  A estratégia adotado, parece ser a eutanásia, caracterizada pelas mais recentes ações  sobre Lula e Mantega, no intuito de desacreditar a operação Lava Jato.

O Ministério Público, sob a batuta do Procurador da República Deltan Dellagnol,  promoveu um espetáculo circense na quarta feira passada, criando um cenário burlesco, com diagramas, esquemas, fluxogramas, organogramas, mapas e outras figuras usadas em apresentações de alto nível, colocando Lula como um poderoso chefão, à la Dom Corleone, causando inveja em Mario Puzo e autores das novelas da 7, da TV Globo.




A apresentação maravilhosa na forma e medíocre no conteúdo, foi e ainda está sendo criticada por toda a comunidade jurídica, por magistrados na ativa e aposentados, por muitos procuradores e promotores, pela imprensa e até por um dos jornalistas mais anti-petista e anti-Lula conhecidos no país, o Reinaldo Azevedo da Revista Veja. "Dellagnol, cadê as provas?", escreveu o jornalista. 

O espetáculo se desdobra, tornando-se dantesco, com a coragem do Juiz Moro em aceitar as denúncias apesar da falta de um mínimo de provas, e da forte reação de juristas, de políticos e da comunidade acadêmica, se expondo de forma irremediável.

Quando pensamos que esse grupo atingiu seu limite do desrepeito aos direitos civis, praticando atrocidades ao arrepio da lei, da ética e da civilidade, a gente de repente assiste a uma cena chocante, que foi a prisão de um ex-ministro de estado, num hospital, que estava acompanhando sua esposa que estava em preparação para entrar no centro cirurgico para se submenter a um delicado procedimento.

O ato praticado pela PF em conjunto com o MP e  o Judiciário tem agravantes que o torna inadmissível e que realmente teve o objetivo - além de destruir psicológica e moralmente Mantega, petistas e humanistas em geral - de desmoralizar a operação Lava Jato.

Esses agravantes se configura, primeiro na fragilidade das razões para a decretação da prisão temporária, uma vez que o ex-ministro tem residência fixa, tem se colocado a disposiçao da justiça sempre que necessário, não há risco de fuga do país, já que sua esposa é vitima de doença grave, não existe risco de comoção social.

Outro agravante foi a soltura do ex-ministro no mesmo dia, em função da reação das instituições e da sociedade civil, foi uma confissão do juíz Sérgio Moro, de que a prisão, além de ilegal, foi desnecessária.

A revelação de que a ordem de prisão foi assinada em agosto, demonstra que houve uma administração política da execução da prisão, pera gerar um impacto na mídia e na sociedade expondo visceralmente o ex-ministro e o Partido dos Trabalhadores.  Parece-me que dois fatores podem ter influenciado na decisão da prisão ocorrer exatamente naquele dia: (i)  O espetáculo promovido a poucos dias antes pelo Ministério Público, alegando que Lula seria o maior criminoso do mundo de todos os tempos, sem apresentar uma prova sequer e também (ii) o conhecimento pela Polícia Federal e o Ministério Público de que a esposa do Ministro iria se submeter a uma cirurgia naquela data.




Como sabemos um dos fatores que motivaram o Parlamento a afastar a Presidenta da República Dilma Rousseff foi a necessidade de estancar o processo investigativo e judicial da Operação Lava Jato, já que a maioria dos parlamentares golpistas tem delações de recebimento de propinas apurados por esta operação.

Só na delação de Sérgio Machado, Renam Calheiros foi citado 106 vezes, José Sarney ex-Presidente da República e ex-Senador foi citado 52 vezes.  Aécio Neves, Senador, foi citado 40 vezes.  Michel Temer, Presidente da República foi citado 24 vezes. 

Essa motivação foi declarada pelos próprios parlamentares envolvidos no golpe e altos funcionários da Petrobras, divulgada em vídeo vazado à imprensa, portanto de conhecimento público. 

O golpe foi um sucesso, resta agora administrar a atrofia da operação Lava Jato. Os responsáveis pela Lava Jato, Daltan Dellagnol (MPF) e Sérgio Moro (Judiciário), não tem demonstrado atingir indivíduos, políticos ou não, que não sejam petistas. Pelo menos é o que mostra a realidade até o momento. 

Todavia, seguro morreu de velho e prevenir não é remediar. Para os políticos implicados na corrupção, melhor seria estancar as investigações e os processos do que confiar na seletividade, na parcialidade da justiça, ficando sempre na insegurança do que poderia acontecer. 

A hipótese da eutanásia que pode até ser absurda mas não impossível, é de que os responsáveis pela Lava Jato (Daltan Dellagonol e Sérgio Moro), em consonância com a necessidade dos políticos implicados, até agora não processados, estariam provocando uma "eutanásia" na Lava Jato, cometendo atos intempestivos, agressivos, desproporcionais, desrespeitando direitos civis e o devido processo penal. 

O objetivo destas ações seria criar um clima de reprovação, de aversão e até de indignação, não só dos políticos envolvidos, como também dos demais políticos, das instituições e até da sociedade civil.

Com a pressão das instituições e da sociedade em geral, a operação Lava Jato entraria num processo de inanição que mais cedo ou mais tarde, ficaria tão desacreditada que sua extinção passaria a ser só uma questão de tempo.  Provavelmente passando por um período de ostracismo até ocorrer  a morte definitiva, com sua extinção,  o arquivamento dos processos e  o aborto das investigações. 

Promoções  para cargos mais importantes e mais bem remunerados são instrumentos eficientes para recompensar os integrantes da operação, tanto pela precioso trabalho na condenação de adversários políticos, bem como pelos desgaste perante a sociedade, por não processar e condenar políticos aliados e grandes empresários. As recompensas têm que cobrir  também o desgaste moral em função da promoção da Eutenásia da Lava Jato, assumindo todo o ônus, sem compromenter figuras mais importantes e diretamente interessada na extinção dessa operação.

domingo, 25 de setembro de 2016

Dilmaladra e Lularápio

Por Paulo Franco
Renam Calheiros foi citado 106 vezes, Aécio Neves 40 vezes, Lula 3 vezes e Dilma Rousseff nenhuma vez, na delação de Sérgio Machado















As palavras mais ouvidas entre os conservadores entre os extremistas de direita e antipetistas patológicos é Dilmaladra e Lularápio, entre outras expressões. 

Também vimos entre esses público, que nas manifestações, usam a camisa amarela da CBF, numa alusão fantasiosa de que são patriotas e contra a corrupção.  Além disso, como figura de divulgação impactante, confeccionaram bonecos de Lula e Dilma com uniformes de presidiários, com a máscara característica de assaltante. 

Todavia, o que vemos é uma realidade diferente, onde os verdadeiros corruptos e assaltantes do erário público são outros, inclusive não só ignorados, mas apoiados pelo grupo de camisas amarelas, como Aécio Neves, Eduardo Cunha, Michel Temer, Renam Caleiros, Roméro Jucá, Agripino Maia, Demóstenes Torres, entre outros tantos. 

Esse cenário nos revela uma informação muito importante, sobre o caráter e o nível intelectual dos camisas amarelas.  Pessoas ou grupo de pessoas com essa postura não podem ser inteligente, esclarecidas e muito menos íntegras, justas, patrioticas. 

O jornalista Severino Motta, na coluna "Radar On-line" de Maurício Lima, de 15 de junho passado,  nos trouxe informações extremamente importante, desprezadas pela mídia e, o mais grave, pelo Ministério Público Federal e o Judiciário Federal. 

Observe a transcrição "ipsis literis" do texto do jornalista:
Nos acordos e termos de delação premiada de Sérgio Machado e sua família, 
  • Renan Calheiros, é citado 106 vezes.
  • A palavra propina foi usada em 85 ocasiões.
  • O ex-presidente José Sarney é citado 52 vezes; 
  • o nome do senador Aécio Neves aparece 40 vezes; 
  • Michel Temer em 24; 
  • Lula três vezes e 
  • Dilma Rousseff  nenhuma vez.

Cabe lembrar, embora acredite que todos saibam, que a Revista Veja é a mais conservadora, mais anti petista, mais anti Lula do país e um grande instrumento da oligarquia brasileira, para impedir avanços progressistas.

Abaixo, imagem da coluna RADAR ON-LINE, com a referida publicação.

 


quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Um Golpe de Mestre

Por Paulo Franco

Declaração de Armínio Fraga ratifica que o Golpe foi um sucesso e que a democracia já é coisa do passado.




Armínio Fraga, aquele que era sócio de George Soros, o mega especulador,  e que foi Ministro da Fazenda no Governo de FHC/PSDB de 1999 a 2002, declarou em uma palestra em Buenos Aires que aceitaria ser Ministro da Fazenda a partir do próximo governo em 2019.


É bom lembrar que a gestão do Ministro Fraga, como também todo o governo FHC foi desastrosa.  A inflação de 1998 para 1999 explodiu multiplicando por quase 6 vezes, demonstrando a total falta de controle desse indicador.  Em 2002 quando FHC entregou o governo ao Lula, a inflação estava na casa dos 12,5%.


Não bastando esse mau desempenho, o desemprego também foi as alturas, fechando 2002 em torno de 13%.   A Divida Pública/PIB, também explodiu, chegando a mais de 70%.



Os juros (selic) chegou a 45% , as reservas ficaram no fundo do poço, apesar da alienação de patrimônio público na ordem de algumas centenas de bilhões de reais e ainda com a entrada de recursos na forma de socorro do FMI para evitar a insolvência (quebra) do Brasil.



A declaração de Armínio Fraga deixa clara a certeza de que o governo continuará nas mãos do grupo golpista, conforme planejado e posto em ação no primeiro semestre deste ano.

Desde o dia em que o grupo golpista acertou a participação de Temer no Golpe, acabaram as dúvidas para os próximos anos no comando do país. 

Naquele momento, os partidos já envolvidos no golpe tentavam por diversas vias e o sucesso ainda estava incerto, apesar da determinação.  Mas com a traição de Temer, convencido por Cunha arrastando o PMDB para o grupo golpista, o planejamento ficou fechado e as convicções foram substituidas por certezas com relação ao futuro político do país.


O MP e o Judiciário já engajados no Golpe, antes mesmo do PMDB, garantiram o afastamento de Dilma e estão trabalhando de forma direta na expulsão de Lula do cenário político que será o golpe de misericórdia no PT e nos partidos de esquerda.  A execução direta dessa fase foi delegada pelos altos escalões do MPF e de Judiciário, à República de Curitiba sob o comando de Deltan Dellagnol pelo MPF e Sérgio Moro pelo Judiciário.


















A declaração de Armínio Fraga mostra a segurança no processo em que o PT e o segmento da sociedade mais decente, mais civilizado continuam se debatendo inutilmente como o ator Domingos Montegner,  lutando contra a força feroz das águas do Velho Chico,  contando somente com a ajuda inglória de Camila Pitanga. 

"Tá Tranquilo, Tá Favorável", para a extrema direita brasileira, assim como foi em 1964.