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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Timothy Power: Sistema eleitoral brasileiro é o mais inclusivo do mundo


O cientista político, um dos mais importantes analistas da política brasileira na Europa e diretor do Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Oxford, no Reino Unido, faz um paralelo entre as realidades pós-ditadura no Brasil e os da Espanha, Portugal, Itália e Alemanha.



O brasilianista Timothy Power, um dos mais importantes analistas da política brasileira na Europa e diretor do Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Oxford, analisa o amadurecimento da democracia brasileira na semana das eleições presidenciais. Power compara a experiência brasileira com as da Europa, o continente onde a democracia é praticada há mais de cinco séculos e faz um paralelo entre as realidades pós-ditadura no Brasil e os da Espanha, Portugal, Itália e Alemanha.

Para ele o sistema eleitoral brasileiro é um dos mais inclusivos em todo o mundo, porém um dos mais complicados quando se fala em representantes distritais como senadores e deputados federais. “São tantas as vagas em disputa no Congresso brasileiro, tantos os candidatos concorrendo a elas que essa situação acaba gerando uma quantidade absurda de informações e propaganda e, talvez por isso, grande parte dos brasileiros não consiga se lembrar em quem votou nas últimas eleições.”

Power ressalta dois pontos cruciais na percepção de que o Brasil é um país em pleno amadurecimento político: a liberdade de imprensa e a inserção diplomática internacional. A imprensa é um ator importantíssimo na luta contra a corrupção e a impunidade, principalmente nos meios políticos, “e o Brasil, considerado um dos países mais confiáveis do mundo, se mostrou um dos mais viáveis intermediadores de conflito. Independente de ter dado certo o não, quem mais poderia costurar um acordo entre Teerã e Washington por ser considerado confiável pelos representes dos dois lados?”, completa Timothy Power.
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FONTE: Globonews Milênio

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