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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Alemanha registra menor desemprego desde reunificação




Mesmo com a crise mundial, taxa de desemprego em 2012 ficou em 6,8%. Governo prevê, contudo, que 2013 será difícil. Apesar da situação na zona do euro, economia robusta ajudou mercado de trabalho a se manter estável.

O mercado de trabalho da Alemanha viveu em 2012 seu melhor ano desde 1991, quando o país foi reunificado. A taxa de desemprego, divulgada pela Agência Federal Alemã do Trabalho (BA, em alemão) diminuiu 0,3% pontos perceuntuais em relação ao ano anterior e ficou em 6,8% – correspondendo a 2,9 milhões de desempregados, quase 80 mil a menos que em 2011.

O balanço positivo da taxa de desemprego tem relação com o bom início de ano registrado em 2012. Já durante o decorrer do período, o cenário se inverteu: a taxa de desemprego aumentou fortemente a partir de outubro, se comparada com os mesmos meses de 2011.

Mesmo com a boa notícia em relação a 2012 – ano marcado pela acentuação da crise financeira na zona do euro –, a agência ligou um "sinal de alarme" para o ano de 2013 e já antecipa que será um ano difícil, segundo palavras do seu presidente, Franz-Jürgen Weise. Mesmo assim, ele não espera uma ruptura no mercado de trabalho.


Weise calcula que haverá um leve aumento no desemprego na Alemanha em 2013

A taxa de desemprego começou a subir no final de 2012. Em dezembro, havia 2,84 milhões de desempregados registrados – 88 mil a mais do que em novembro e 60 mil a mais do que no mesmo mês do ano anterior. O mercado de trabalho reagiu "de forma robusta" no final do ano em relação à crise, disse Weise.

Para quase todos os especialistas, o mercado de trabalho alemão está notavelmente fortalecido em comparação com os países do resto da Europa – o que, para Holger Schäfer, especialista em mercado de trabalho do Instituto da Economia Alemã (IW, em alemão), tem diversos motivos. "Um deles é o fato de que, com a exceção de 2009 – quando tivemos a crise –, tivemos um forte desenvolvimento da conjuntura econômica. Isso nos ajudou muito", frisou Schäfer em entrevista à DW.

Outro ponto, segundo o especialista, foi a demografia. A oferta de mão de obra caiu. Os mais velhos que deixam o mercado de trabalho são mais numerosos do que os que entram no mercado. "E finalmente colhemos também uma parte das reformas implementadas pelo governo Gerhard Schröder [chanceler federal alemão de 1998 a 2005], que tornou nosso mercado de trabalho muito mais eficiente e flexível."

A taxa de desemprego na parte ocidental da Alemanha atingiu 5,9%, e na parte oriental, 10,7%. O estado alemão que registrou a menor taxa média foi a Baviera, com 3,7%. A pior situação foi registrada na capital, Berlim, com taxa média de desemprego de 12,3%.

Sinal de alarme para 2013

O presidente da BA explicou, porém, que houve sinais claros de "uma aceleração mais lenta da conjuntura econômica". Mesmo com o risco em baixa de se tornar desempregado, haveria o risco de não conseguir encontrar um emprego. "Isso significa que as empresas estão cautelosas no que se refere ao recrutamento [de novos funcionários] em uma situação econômica incerta", explicou.

Para este ano, Weise calcula um leve aumento da taxa de desemprego "para um pouco mais de 2,9 milhões de pessoas", sendo que o número de ocupados deve permanecer estável. O sinal de alarme para 2013, porém, não deve ser ignorado.

FC/dw/dpa/dpad/rtr
Revisão: Francis França

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