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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

JOVENS VÃO PAUTAR CAMPANHA ELEITORAL

"Quem conquistar os jovens pode ganhar a eleição" 

por André Pires e Fernanda Nunes para Brasil Econômico




A classe C hoje movimenta R$ 1 trilhão por ano, com mais de 100 milhões de pessoas".    Mais do que conquistar a simpatia da classe C, os candidatos têm que dar atenção aos jovens, diz Renato Meirelles, do Data Popular.


O contexto mudou e a nova classe média já não é tão nova assim. Em tempos de economia desaquecida, não é possível impor sobre ela a responsabilidade de continuar impulsionando o crescimento no ritmo acelerado de anos atrás, diz Renato Meirelles, diretor-presidente do Data Popular, instituto especialista em pesquisas sobre o comportamento das classes C, D e E.

Ainda assim, a nova classe C permanece consumindo em patamar elevado. Ela movimenta R$ 1 trilhão por ano em compras, quase o dobro da quantia registrada pelo instituto em 2006, de R$ 550 bilhões anuais.

Nesse meio tempo, cresceu o número de integrantes e também a renda salarial, o que garante musculatura a essa fatia da população. "O Brasil é o único país entre os BRICs que cresce de baixo para cima", salienta Meirelles. Sobre a nova classe C, pesa a inflação.

O aumento dos preços dos serviços, até então um "privilégio" dos mais ricos, hoje corrói o orçamento de um número maior de consumidores. Para reivindicar os direitos recém-descobertos, a nova classe média se uniu à elite, das classes A e B, e elegeu os jovens como formadores de opinião e porta-vozes.

Mais do que conquistar a simpatia da classe C, os candidatos têm que dar atenção aos jovens, porque as eleições tendem a ser definidas por eles. "É preciso escutá-los", diz Meirelles.


Há algum tempo, pesquisas com a nova classe C já revelam descontentamento com saúde e educação. Faltou ao governo atenção a esses indicativos, que culminaram nas manifestações?


Quando você estuda mais, ganha mais dinheiro e tem mais acesso aos serviços privados, você muda sua régua de qualidade. O cara que queria cesta básica, agora quer um plano de banda larga. Estamos falando de brasileiros que passaram a fazer parte do emprego formal e a pagar imposto diretamente retido na fonte. Aí eles começam a entender que a contrapartida dos governos pelos impostos não é favor, mas obrigação. Na prática, vemos que o que trouxe o Brasil até aqui não vai ser o suficiente para nos levar mais para frente.

Qual o perfil dos manifestantes identificado nas pesquisas do Data Popular?


Metade da classe média e metade da classe A e B. A grande maioria era jovem. O jovem da classe A e B não vê a renda da sua família crescer na mesma velocidade que a renda do restante do Brasil. O colega que era filho da empregada está indo no mesmo cinema, tem um tablet e um conjunto de produtos. A outra metade é de jovens da classe C. Esses não têm a memória da melhora de vida que os pais tiveram. Porque o pai passou fome e não tinha emprego e, por isso, têm gratidão. Os mais jovens, não. A memória histórica deles é dos últimos cinco anos, quando o Brasil não melhorou. A sensação dele é de perda de perspectiva de crescimento. O que aconteceu no Brasil é muito positivo para a democracia. É uma crise de representatividade.

A classe C será o foco dos candidatos nas próximas eleições?


Sim, por ser metade do eleitorado brasileiro, mas principalmente os jovens. Ele é o novo formador de opinião da classe média brasileira. O jovem já representa um terço do eleitorado. Quem conseguir captar a vontade desses jovens, que na sua maioria estudaram mais que os pais, contribuíram com a renda da família e, por ter uma memória mais curta, pensam mais no futuro do que no passado, tem grande chance de conquistar essa fatia do eleitorado.

Boa parte da nova classe média é simpática aos programas sociais do governo Lula. Essa simpatia foi transferida para a presidente Dilma Rousseff?


Não tenho dúvida que se a eleição fosse hoje ela seria reeleita. Boa parte da classe média enxerga nela a herdeira natural do presidente Lula. Mas, por mais que você goste do herdeiro, ele não gera o mesmo sentimento do original. Não confundam aprovação momentânea com lastro afetivo e gratidão construída ao longo dos anos. Isso é patrimônio do Lula.

Um dos argumentos utilizados para evitar o plebiscito da reforma política foi que a população , principalmente das classes C, D e E, teria dificuldade em opinar sobre o tema. A reforma política está na cabeça desse grupo?


O que está por trás da argumentação é o preconceito. O proposto é que eles nem votem. Deveríamos, então, ter um grupo de intelectuais e sábios para decidir o futuro da democracia brasileira. Não existe nada tão antidemocrático quanto subestimar a capacidade do povo brasileiro em decidir o seu futuro. O que está por trás desse discurso é a incapacidade da classe política de traduzir a discussão da reforma política para a maioria da sociedade brasileira. É papel da classe política explicar o que é voto distrital, de uma forma que essa classe entenda, e incentivar o debate.

Em pesquisas, entrevistados chegaram a abordar o plebiscito?


A forma como o plebiscito foi apresentado para a população é mais ou menos como quando você está com o carro quebrado. Você vai ao mecânico e não entende nada de carro. Aí pergunta qual o problema. Ele diz que é a "repimboca da parafuseta". Você desconfia: se ele está falando complicado, está tentando enganar. Foi essa a leitura que o tema reforma política teve da população. Se a pergunta fosse "Você é a favor que a população vote e decida sobre uma nova forma de representação política?", todos seriam favoráveis. O brasileiro é a favor de chamar para si a decisão sobre o seu futuro. Em uma pesquisa na véspera das passeatas, 53% dos jovens colocaram que acreditam em si mesmos para conquistar um futuro melhor. Depois vinha Deus e lá atrás, com menos de 5%, o governo. Qual o sinal? Eles querem ser protagonistas da própria história. Cabe à classe política se reconectar e se mostrar um agente confiável.

Como políticos e empresas conseguirão se conectar aos jovens?


O jovem dá muito valor às informações que ele busca. Anúncios de 30 segundos na TV não fazem sentido para ele. Quando quer saber sobre algo, procura no Google ou pergunta na rede social se alguém já teve experiência com aquela marca ou político. Esse jovem vive a era da conectividade. Por isso, nas passeatas, as redes sociais foram mais importantes que os partidos. Isso é um desafio para a empresa e para o político. O Brasil não precisa mais de salvadores da pátria, mas de canais diretos de diálogo. Que não só falem, mas principalmente escutem.

Qual a percepção atual do mercado sobre a nova classe média?


Durante muito tempo existia um preconceito do mercado em admitir que vendia para a classe C, que era vista como consumidor de segunda classe. Para classe C, eu não quero vender, mas para a média, eu quero. Média é um conceito econômico. Não estou dizendo do ponto de vista sociológico e não estou tratando de classe social. É um conceito estatístico. Boa parte das pessoas se julga da classe média, pessoas que pertencem ao extrato mais rico da população brasileira. O conceito é que rico é o Antônio Ermírio de Morais. Mas vivemos em uma sociedade com renda desigual, em que a renda per capita da fatia 1% mais rica é de R$ 6 mil. Não é possível chamar essa parcela da população de classe média, porque ela não é média de nada. Uma família de quatro pessoas significaria uma renda familiar de R$ 24 mil. É muito dinheiro? É, mas não é nenhuma fortuna.

Nova classe média é realmente o termo adequado para tratar do novo grupo de consumidores?


Há várias formas de chamar. A primeira pessoa que falou nisso foi o Neri (Marcelo, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; na época, economista da Fundação Getúlio Vargas), considerando o critério de renda. No início do ano passado, passou a ter essa discussão na Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, que hoje é interinamente ocupada pelo Marcelo. Ele trabalha com o conceito de renda per capita familiar, que vai de R$ 291,00 a 1.019 por pessoa da família. Estamos falando de uma renda familiar média em torno de R$ 2.500 e R$ 3.000. Não é classe social, é classe econômica. Quando se fala de classe social é uma forma de avaliar a sociedade, são conceitos muito mais ligados à sociologia do que realmente ao poder de compra das pessoas.

Desde que foi definida a nova classe média o país passou por mudanças importantes, com o desaquecimento da economia. Mudou para essa classe média também?


Tem mudado em alguns aspectos. Primeiro alguns fatores que explicam um processo de desaceleração. Durante muito tempo essa classe média estava desassistida de alguns produtos e serviços. Esse cara não tinha televisão, não tinha computador, não tinha acesso a um conjunto de produtos e serviços que era acessível à parcela mais rica da população. Com isso, houve um boom de consumo de geladeiras, televisores. Mas as pessoas não precisam trocá-los todos os dias. Parte da desaceleração da economia se deve à saturação de alguns mercados. O segundo aspecto está ligado a um processo efetivo de aumento do endividamento das pessoas, não de inadimplência. Os índices de inadimplência continuam os mesmos dos últimos dez anos. A inadimplência de pessoa física varia de 6% a 7%. Só que a quantidade de dívida cresceu. O terceiro aspecto é que o Brasil passou por um processo de redução da pobreza, um processo de criação de empregos formais, que foi sem dúvida a mola propulsora da classe média. E por mais que o Brasil ainda esteja com índices de desemprego muito baixos, o crescimento da geração de vagas não consegue ser o mesmo, pois já tem muita gente empregada. Então,não é fácil ter uma economia em crescimento contínuo, na mesma velocidade.

O processo de expansão do consumo nesse grupo chegou ao limite?


Não diria limite, mas é natural que desacelere. Para crescer, é necessário que a economia continue avançando. É preciso resolver gargalos profundos. Se o salário cresce acima da inflação por decisão do governo, tem que haver uma contrapartida de produtividade.

O gargalo da produtividade é especialmente preocupante no setor de serviços, justamente o que mais empregou a nova classe média.

Sim, mas há também um novo modelo de inflação que atinge essa nova classe média. Durante anos, era a inflação de alimentos que impactava e comia a renda dos mais pobres. Essa nova classe média que passou a ter computador em casa, passou a assinar plano nacional de banda larga. Ela comprou TV de LCD e passou a ter plano de TV por assinatura, passou a viajar de avião, e a frequentar universidades. De dez anos para cá, temos mais três milhões de universitários no Brasil. Tudo isso é gasto com serviços. A inflação de serviços passou a pesar mais na nova classe média. Há uma década, de cada R$ 100 gastos, R$ 49 eram gastos com serviços. Hoje, são R$ 65. Por outro lado, se tenho muita gente querendo comprar geladeiras, é possível importar. Mas isso não vale para manicure e recepcionistas de supermercado. O aumento da produtividade controla a inflação pela oferta, pois se produz mais com um número menor de pessoas. Assim é possível segurar os preços e controlar a inflação.

A inflação, entre todos os problemas econômicos atuais, é o que mais prejudica a nova classe média?


Do ponto de vista da economia, sim, principalmente a inflação dos produtos e de serviços para a classe média mais ascendente. A renda cresceu em uma velocidade superior à da escolaridade. E isso impacta diretamente na produtividade. Se a massa trabalhadora dos brasileiros tivesse um ano a mais de estudo, isso iria significar US$ 109 bilhões a mais na economia.

Qual o perfil das classes C, D e E, hoje?


Vamos começar pela D e E, as mais baixas. Parte considerável está no mercado informal de trabalho, ou seja, não tem acesso a uma série de benefícios trabalhistas. Em geral, são pessoas com baixa escolaridade e com presença maior na zona rural do que na urbana. A classe C, por sua vez, está nas cidades. São pessoas que passaram a ter um trabalho formal. Algumas estão na informalidade, mas tendem a se formalizar, como as empregadas domésticas e trabalhadores da construção civil. E que, graças ao aumento real do salário mínimo, subiram de classe. Temos três protagonistas nessa nova classe média. O primeiro é a mulher. A ida da mulher ao mercado de trabalho, em especial na classe média, foi a grande protagonista da mudança. O segundo são os jovens, com escolaridade muito melhor que a dos seus pais. É um jovem conectado, que aparece como novo formador de opinião da nova classe média. É muito comum nas nossas pesquisas etnográficas, em que vamos morar na casa das pessoas da classe C, ver um pai falando que pensou em comprar celular, mas precisa da opinião do filho.

O que diferencia as classes médias?


A nova classe média é mais otimista que a tradicional, dá mais valor àquilo que paga, então, pesquisa mais preço e é mais fiel aos produtos e marcas que confia. Diferentemente da classe média do passado, ela tem mais orgulho da sua história. Vale também comentar sobre a nova elite que está surgindo. Hoje 44% das classes A e B são a primeira geração de pessoas com dinheiro na família. E não estou falando só do jogador de futebol ou de um cantor que ficou famoso de uma hora para outra. É o dono da padaria, do mercadinho. São milhões de brasileiros que têm bolso de classe A e jeito de pensar da classe C.

Então, quem é a elite brasileira, hoje?


Estou falando das classes A e B, que tem uma renda per capita acima de R$ 1.019. Essa camada da população brasileira é de 20%.

Isso significa que está ocorrendo uma ascensão de patamar das classes sociais?


O Brasil é o único país entre os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China, considerados emergentes) que cresce de baixo para cima.

Isso permanece na atual conjuntura econômica ou é um processo estagnado?


Não estagnou por algumas razões. Os motivos que levam ao enfraquecimento da economia não atingem o colchão de sustentação das classes D e E. Continua existindo o Bolsa Família e o aumento do salário mínimo tem piso por lei. O que há é uma redução na velocidade do crescimento da classe média, o que é natural pelo desaquecimento da economia, mas não há nenhuma chance de essas pessoas regredirem. Elas estão estudando mais e o mercado interno ainda segura o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) com algumas categorias de produtos. As geladeiras, todos os lares já possuem, mas metade ainda não tem acesso à máquina de lavar.

Mas, para quem está nas classes D e E, está complicado ascender?


Todo momento em que a economia não cresce na velocidade que todos gostariam, dificulta a mudança de classe.

Há um grupo de vulneráveis. Ele aumentou atualmente?


São as classes D e E. O Brasil durante anos desenvolveu um conjunto de políticas públicas que, na prática, não permite que a população volte à extrema miséria.

O que esperar de mudança na classe média daqui para frente?


A classe média, que está em torno de 52% da população brasileira, deve chegar a 57% a 58% na próxima década. É uma estabilidade comparada ao crescimento dos últimos anos. Se é fato que a carteira assinada nos trouxe até aqui, talvez o que faça com que as pessoas cresçam seja o empreendedorismo. Vai ser um crescimento mais lento, gradual, mas sólido. Para isso, o Brasil precisa ter uma política forte de incentivo. Seja através de redução dos impostos, seja pela diminuição de burocratização.

O fato de ter uma classe C avançando não significa que a renda está sendo melhor distribuída. A impressão é que a antiga classe média está sendo comprimida...

Se o crescimento de quem tem mais dinheiro é menor do que o de quem tem menos dinheiro, prossegue o processo de distribuição de renda. É possível que uma camada da população que se intitula classe média, mesmo fazendo parte da camada mais rica, comece a se incomodar com isso. Essas pessoas estão sofrendo mais com a desaceleração da economia e a inflação de serviços.

Uma crítica recorrente ao conceito de nova classe C é de que se trata de um grupo econômico sem acesso a avanços sociais e cultura.É uma questão de tempo?


Há uma visão preconceituosa do que é cultura. Hoje mais de 60% dos estudantes universitários pertencem à classe C. Mais de 70% das pessoas que frequentam salas de cinema são da classe C. O fato é que primeiro cresceu a renda e, em seguida, avançaram os hábitos culturais.

Passado o período de acesso a uma série de bens, o que seria hoje o sonho de consumo da nova classe média?


Há uma preferência pelo que chamamos de produtos e serviços plataformas, que servem de meio para continuar mudando de condição de vida. O computador não é visto como um produto de luxo, mas uma forma de ter um 'doutor' dentro da família. Os gastos com estudo são uma forma efetiva de ter aumento real nos salários. Mesmo alguns produtos que os economistas chamam de supérfluos, como produtos de beleza, são plataforma. Quando conversamos com as mulheres, quatro das cinco profissões são de atendimento ao público. A aparência é um requisito para ter sucesso profissional. Isso é difícil para os economistas homens entenderem.

O consumo é uma plataforma ou um status?


O status vale em especial para as classes A e B. Enquanto a elite compra buscando exclusividade, a nova classe média compra produtos que a ajude a romper com o preconceito social, que ainda existe. Mas também compra marcas que funcionam como selo de garantia. Ela topa pagar um pouco mais caro por produtos que justifiquem seu preço. Diferentemente do que pensa o senso comum, as classes A e B compram mais produtos piratas. Enquanto a classe C prefere parcelar em dez vezes no cartão.

O preconceito dificulta a ascensão da classe C?


Não tenho dúvida. Quanto mais a elite estiver preparada para as diferenças étnicas e valores de cultura, mais a classe C vai poder crescer e se desenvolver economicamente.

O mercado também está tendo menos preconceito e está produzindo mais para a classe C?


Essa é a boa notícia. A classe C hoje movimenta R$ 1 trilhão por ano, com mais de 100 milhões de pessoas. Esse poderio tem feito com que as empresas olhem cada vez mais para essa classe média brasileira. Você tem a popularização das viagens aéreas, o processo da criação de concursos de beleza em favelas, a busca por uma linguagem mais popular. O mercado está se mexendo. Se o dinheiro mudou de mão, o mercado está tentando atingir o interesse dessa nova parcela de consumidores, que não é mais um nicho de mercado, mas um verdadeiro mercado brasileiro.

Em 2006, uma pesquisa do Data Popular falava em R$ 550 bilhões. Mudou tanto assim?


Mudou, porque aumentou o número de pessoas na classe média e houve aumento real do salário. E essa pesquisa de 2006 era massa de renda, agora estamos falando de consumo. O Brasil gasta hoje R$ 2,1 trilhões.

Pensando na outra protagonista das mudanças: a mulher. O que ela trouxe ao mercado e à política brasileiros?


A partir do momento em que a mulher passa a contribuir com a renda da família, ela passa a decidir mais o consumo da família. A mulher deixou de ser a dona de casa e passou a ser a dona da casa. Ela passa a influenciar boa parte das decisões de consumo do marido. É a mulher que faz o filho estudar mais. Há dez anos, a mulher que ia para o mercado de trabalho colocava ombreira e falava grosso, utilizando os mesmos artifícios dos homens para impor respeito. Essa nova mulher brasileira é da política do consenso e com jeitinho tenta conseguir o que quer. O importante é que as coisas aconteçam do jeito dela.

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