Analisando toda a trajetória dos indicadores de opinião pública sobre os dois candidatos eleitos para o segundo turno dessas eleições podemos traçar um cenário para as eleições do próximo dia 26.
A CONSISTENTE ELEVAÇÃO DA APROVAÇÃO DO GOVERNO NA RETA FINAL
O primeiro índice que indica um vitória de Dilma é a "aprovação do governo". Depois de cair drásticamente no ano passado, esse índice vem oscilando sem demonstra nenhuma tendência, patinando ao longo do primeiro semestre deste ano.
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No final de agosto, as pesquisas começaram a apontar um crescimento lento mas sistematíco, desenhando uma tendência lenta, mas altista. Na dias em torno das eleições de primeiro turno, o índice manteve-se estável por mais de duas semanas. Mas tão logo passadas as eleições, o índice retomou a alta e acelerou nos últimos dias que antecedem o pleito de segundo turno, atingindo no dia 23 o taxa de 44%.
O COMPORTAMENTO DO ÍNDICE DE REJEIÇÃO
Outro fator relevante na ascenção das intenções de votos em favor de Dilma, é o comportamento do eleitor, com relação à rejeição aos candidatos.
Dilma vinha com um índice de rejeição alto e bastante distante de todos os demais candidatos, inclusive o seu atual adversário, Aécio Neves. Enquanto Dilma tinha uma rejeição acima dos 30%, Aécio mantinha um nível de rejeição pouco acima de 20%. Uma posição bastante confortável para esse candidato, com relação a uma resposta do eleitor se fosse efetuado um bom trabalho de comunicação.
Logo após as eleições de primeiro turno, houve um salto nos índices de rejeição de ambos, talvez tenha havido algum efeito decorrente da eleição se concentrar, a partir de então, em apenas dois candidatos. Dilma deu um salto de 11 pontos percentuais atingindo o perigoso nível de 43%. Mas ao mesmo tempo, Aécio viu seu indice de rejeição subir 13 pontos percentuais, num salto maior que o de Dilma, tanto em termos absolutos, quanto em termos relativos pois representou um pulo de 62%, acendendo uma luz amarela, pois essa era um vantagem muito importante em relação à adversária.
A REVERSÃO DO ÍNDICE DE REJEIÇÃO ENTRE DILMA E AÉCIO
Na segunda pesquisa feita pelo Datafolha, após as eleições de primeiro turno, o índice de rejeição de Dilma inicia uma trajetória descendente, identificando nos dias 15, 20 e 23 os índices de 42%, 39% e 37%. Neste mesmo período Aécio, os índices de Aécio manteve sua trajetória altista, saindo dos 34% medidos na primeira pesquisa pós primeiro turno para 38%, 40% e 41% nos dias mencionados acima. Ou seja, a rejeição de Aécio ultrapassou a de Dilma e abriu um gap razoável. E a trajetória indica que esse gap deve aumentar ainda mais nesses dois últimos dias antes da eleição final.
CONCLUSÃO
A trajetória dos índices de rejeição de ambos os candidatos e a trajetória do índice de aprovação do governo Dilma, demonstra uma clara abertura da distância das intenções de votos entre os dois candidatos em favor da reeleição de Dilma Rousseff.
Cabe ressalvar que toda essa análise e conclusão se restringe ao contexto conhecido e comportamento desses índices. Qualquer ocorrência de um fato exógeno ao processo descrito, invalida toda a análise e a consequente conclusão final.
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