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quarta-feira, 6 de maio de 2015

A Forbes, a Petrobrás e os Berlusconis brasileiros

Por Paulo Franco


A Petrobrás cai para a 416ª colocação no ranking da Forbes e a Vale cai para a 413ª colocação.  Os coronéis da Mídia, mostram somente a queda da Petrobras, fazendo o maior barulho, mas escondem queda da Vale para não ofuscar a tragédia na Petrobras.




A FORBES

A Forbes, a revista já conhecida de todos.  Talvez, mais que as torres gêmeas, que o FMI, a Forbes é o grande símbolo do capitalismo moderno.  O capitalismo da ostentação, o capitalismo que exalta a concentração de rendas, que mostra uma distância social do tipo Oiapoque a  Chuí.  Quanto maior a distancia entre esses dois polos, maior é o sucesso de um desses polos, enfatizando que sucesso é estar no topo.  Aí a existência dos miseráveis espalhados pelas periferias do mundo têm  a função de exponenciar o sucesso do seleto clube Forbes. 

A PETROBRAS

A Petrobras é a maior empresa brasileira, detém o controle sobre a exploração, a produção de petróleo e gas no Brasil.  Tem mais de 100 mil funcionários diretos e talvez uns 400 mil indiretos.  Tem um desempenho que é referência mundial, não só no campo exploratório, como no desempenho operacional, econômico e financeiro, mas também nos avanços tecnológicos. 
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Neste mês de maio, a empresa recebeu pela terceira vez o prêmio, o OTC Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations and Institutions, ao conjunto de tecnologias desenvolvidas para a produção da camada Pré Sal. Esse prêmio, segundo a própria Petrobras, é o maior reconhecimento que uma empresa de petróleo pode receber na qualidade de operadora de offshore.

Fato importantíssimo para a Petrobras e para o Brasil, obviamente ignorado pelos nossos Berlusconis propositalmente.  A Petrobras também está tendo uma valorização no mercado de ações  de quase 100% em pouco mais de um mês, o que a mídia também esconde da sociedade, informando somente quando os preços das ações caem.

Recentemente também, a gigante do Petroleo a anglo-holandesa Shell, comprou uma de suas grandes rivais pela bagatela de US$ 70 bilhões, o BG Group,  tornando-se o maior parceiro da Petrobras na exploração de Petróleo e Gas.  Analistas tem declarado que na verdade a Shell comprou o "Brasil" ao fechar essa aquisição do BG Group. 


OS BERLUSCONIS BRASILEIROS

Os Berlusconis brasileiros, é uma denominação atribuída aos coronéis da mídia brasileira,  pela organização internacional RSF - Repórteres Sem Fronteiras.  Essa denominação é uma alusão ao poderoso, bilionário,  neoliberal, proprietário da Mediaset e do clube de futebol A.C. Milan. Político poderosíssimo, foi primeiro-ministro por 4 vezes.

Os Berlusconis brasileiros, mais ricos que o próprio Silvio Berlusconi, são também poderosíssimos, também, mais poderosos no Brasil do que o próprio Berlusconi na Itália.  Encabeçam a lista das famílias mais ricas do Brasil desempenhando o papel de porta voz e "ministério da Comunicação e Propaganda" da elite burguesa brasileira.


Na mesma linha de Silvio Berlusconi, os coronéis da mídia brasileira são de direita, ou melhor de extrema direita, defende o neo liberalismo, apoiam veladamente a derrubada do PT do poder, depois de ter influenciado diretamente e fraudulentamente em todas as eleições presidenciais com esse objetivo.

A MANIPULAÇÃO COMO REGRA

A manipulação é defaut na mídia brasileira.  Não há uma notícia que não tenha um viés muito bem trabalhado com a intenção de obter resultados que, no mínimo, manche a imagem do governo petista. 

Na semana passada, a revista Época do grupo Globo, já havia veiculado uma matéria de capa, com a manchete garrafal "Lula, O Operador", acusando Lula como um operador de tráfico de influência para empresas brasileiras mundo afora.  

A revista disse ainda que o MP havia aberto uma investigação contra Lula em função de documentação recebida.  A revista, embora tenha recebida os comentários de Lula desmentindo todas as alegações, não foi dada a devida atenção, levando aos leitores as informações equivocadas e graves, caracterizando o propósito enganoso da matéria.

A Forbes divulgou a lista das 2.000 maiores empresas no mudo.  Nesta edição a Petrobras apareceu na 416ª posição, perdendo quase 400 posições, já que em 2013 estava na 30ª posição.

A mídia brasileira deu vasta cobertura à noticia, destacando o absurdo da perda de tantas posições, o que faz sentido, pois são posições demais e merece destaque na mídia.

A mídia mostrou ainda, com menos importância, somente em caráter informativo que o Itau Unibanco é a empresa brasileira mais bem posicionada na 42ª colocação, seguida por Bradesco (61ª), Banco do Brasil (133ª) e Vale (413ª).

A conduta fraudulenta do mau jornalísto propositado, como instrumento político de controle social, foi abafar o que aconteceu com a Vale.  Ora, a Vale estava na 218ª colocação caiu quase 200 posições em 2015 quando ficou na 413ª colocação. 

É óbvio que 400 é maior que 200 e que a Petrobras merecia maior destaque, mas uma queda de 200 posições em um ranking também é um absurdo e os Coronéis da Mídia não tem o direito de sonegar uma informação dessa, já que o assunto foi abordado. 

O expediente foi sórdido, proposital e muito mal intencionado.  Evitar que a violenta perda de posições pela Vale, que não é o foco político da oposição, ofuscasse o desastre, o caos da Petrobras mostrada, também, pela revista Forbes. Um verdadeiro desserviço à sociedade, uma atitude antiética e antipatriótica. 

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