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domingo, 19 de março de 2017

FRIBOI: Quem se beneficiou das suas "doações" ?

Por Paulo Franco
 
Na operação da Polícia Federal denominada "carne fraca", grandes frigoríficos estão no centro das investigações, como as duas das maiores empresas nacionais do ramo de carnes, a JBS e a BRF.  A primeira, dona das marcas Friboi,  Seara e Swift.  A segunda, dona das marcas Sadia e Perdigão. 

A JBS é a maior processadora de carnes do mundo.   Tem 230 mil funcionários, está presente em 150 países e conta com 350 unidades.  Além disso é dona de marcas famosas, algumas mundialmente como: Doriana, Friboi, Seara, Swift, big frango, entre outras. 

A BRF (Brasil Foods) também é gigante e é resultante da fusão de duas grandes empresas do ramo, a
Sadia e a Perdigão.   Conta com um contingente superior a 100 mil funcionários e está presente em sete países.

As acusações são, basicamente,  de corrupção de fiscais do Ministério da Agricultura, para que autorizassem vendas de produtos vencidos, adição de papelão e produtos químicos para ocultar sinais de deterioração.  Tudo extremamente nocivo à saúde do consumidor. 

Como não poderia ser diferente, houve uma indignação generalizada dos consumidores com o
conhecimento da qualidade dos produtos e a colaboração dos órgãos responsáveis pela proteção da sociedade, na fraude, colocando em risco a sua saúde. 

No dia da deflagração da operação, ambas as empresas perderam 8% de seu valor de mercado na Bovespa, onde são negociados suas ações.  Se vai aumentar a perda ou não, vai depender da magnitude do estrago na imagem dos produtos e das empresas, conforme as informações forem sendo divulgadas.

Um fato que não pode passar despercebido é que o atual Ministro da Fazenda (governo Temer), Henrique Meirelles,  foi presidente do Conselho de Administração da J & F desde março de 2012, até março de 2016, quando foi nomeado Ministro da Fazenda. A J&F é a holding de todas as empresas da família Batista, onde a JBS é a maior.

Foi detectada também a participação de políticos e até o Ministro da Justiça atual, Osmar Serraglio, do PMDB.  Convém então,  que a sociedade saiba que a JBS foi a maior doadora de recursos para as campanhas eleitorais nas eleições de 2014.  

Também é interessante que se saiba quais os partidos políticos que foram mais beneficiados com esse fluxo de recursos, nesta mesma campanha eleitoral.  

Um fato que chamou a atenção, foi a postura de delegados da PF,  se apressando em dizer que não houve crime por parte do Ministro.  Deveria ser mais cauteloso e avançar mais nas investigação e só depois se posicionar de forma concreta. 

Veja no gráfico abaixo, os partidos e os valores recebidos da JBS:


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Referências: Imprensa em geral.  UOL com relação aos valores das doações em 2014.

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