Por PAULO FRANCO
Depois de 4 anos de reduções initerruptas e de 9 anos de redução substancial no desmatamento da amzônia, em 2013 houve uma elevação de 28%. Os dados são do PRODES (Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites), do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Dentro da curva descendente iniciada a partir de 2004, o único ano em que houve um crescimento no desmatamento foi 2008, com 11%. Felizmente, não passou de um soluço, e a tendência descrescente foi retomada com êxito.
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Após atingir o pico de 27.800 km² no ano de 2004, a queda do desmatamento até o ano de 2012, foi de 84% quando foi desmatado apenas 4.571 km². Um queda vertiginosa, diga-se de passagem, tanto que esse resultado foi reconhecido internacionalmente e o Brasil acabou ganhando o prêmio "Campeões da Terra-2013 " condedido pela ONU.
É lógico que em termos absolutos e até no contexto das reduções ocorridas, o fato até poderia ser considerado não tão relevante assim.
O fundamental é que se acenda um "alerta vermelho" para que as autoridades responsáveis pelo controle, não permitam que isso se transforme numa tendência, com aumentos do desmatamento nos próximos anos.
A sociedade e o governo tem que trabalhar com uma missão que seria o desmatamento zero. Sabemos que, embora seja muito díficil atingir essa meta, não é impossível, mas o foco tem que ser sempre esse.
Os estados mais vulneráveis, atualmente, ao desmatamento tem sido o Mato Grosso e o Pará. No caso do estado do Mato Grosso a causa maior é a expansão para o plantio de soja. Já no estado do Pará, tudo indica ser grilagem de terras para a especulação, com propriedades mais extensas. Conforme informações do INPE, esse desmatamento tem se concentrado no entorno da rodovia BR-163.
Em ambos os estados, mas principalmente no Pará, o IBAMA tem que recrudescer a fiscalização, a autuação e o embargo desses desmatamentos.
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