PÁGINAS

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Livro do Antropólogo Luiz Eduardo Soares traduz o fascismo do século 21 ‘a la Bolsonaro’

Por Claudio Motta

Em seu mais recente livro, o antropólogo Luiz Eduardo Soares faz um diagnóstico preciso do governo e da sociedade que emerge sob o fascismo bolsonarista



O antropólogo Luiz Eduardo Soares não tem dúvida. O Brasil vive sob o fascismo desde a eleição de Jair Bolsonaro. O cientista político é um dos mais importantes especialistas em segurança pública do país. E conhece a obra de Bolsonaro de longa data. Foi subsecretário de Segurança e Coordenador de Segurança, Justiça e Cidadania do Estado do Rio de Janeiro, de 1999 a 2000, onde Bolsonaro e seus filhos construíram a trajetória política. Em seu mais recente livro, Dentro da Noite Feroz – O Fascismo no Brasil (Boitempo Editorial), Soares faz um diagnóstico preciso desse governo e da sociedade que emerge sob o fascismo em tempos de Bolsonaro. Uma obra essencial para quem quer entender esse Brasil em que estamos vivendo. O e-book está disponível nas lojas Amazon, Apple, Google e Kobo.

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Escritor, dramaturgo e pós-doutor em Filosofia Política, Luiz Eduardo Soares é autor e coautor de dezenas de livros. Inclusive os best-sellers Elite da Tropa 1 e 2, que deram origem ao filme Tropa de

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Slavoj Žižek: "Quem cala sobre Julian Assange, consente"

Por Slavoj Žižek.

"Assange não pode morrer – mesmo que morra (ou desapareça em uma cela de prisão dos Estados Unidos), essa agonia será seu triunfo, ele morrerá para viver em todos nós. Esta é a mensagem que todos nós devemos transmitir àqueles que estão o detendo: se você matar um homem, você cria um mito que continuará a mobilizar milhares de pessoas." 


Há uma velha piada, da época da Primeira Guerra Mundial, sobre uma troca de telegramas entre o quartel-general do exército alemão e o austro-húngaro. De Berlim a Viena, a mensagem enviada é a seguinte: “A situação nesta parte do front é grave, mas não é catastrófica”. E a resposta de Viena é: “Aqui da nossa parte, a situação é catastrófica, mas não é grave.” Essa resposta parece oferecer um modelo de como tendemos a reagir às crises hoje, da pandemia de covid-19 aos incêndios florestais (não apenas) no oeste dos EUA e no Brasil: sim, sabemos que há uma catástrofe iminente, a mídia nos avisa disso o tempo todo, mas de alguma forma não estamos dispostos a levar a situação verdadeiramente tão a sério…
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Um caso semelhante vem se arrastando por anos: o destino de Julian Assange. Trata-se de uma catástrofe jurídica e moral. Basta lembrar de como ele é tratado na prisão: proibido de ver seus filhos e a mãe deles, impedido de se comunicar regularmente com seus advogados e preparar sua defesa e

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

PANTANAL EM CHAMAS - versão 2020 em 25 imagens

Por Vinícius Lemos

O cenário do Pantanal é descrito como desolador. Para aqueles que acompanham de perto a atual situação do bioma, a sensação é de profunda tristeza. Enquanto o fogo avança de forma nunca vista nas últimas décadas, animais mortos e árvores destruídas se tornam situações cada vez mais comuns.

Fogo toma conta do Pantanal, localizado em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso —
além de áreas na Bolívia e no Paraguai  (Reinaldo Nogales/ECOA)

As chamas já atingiram 2,3 milhões de hectares do bioma, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa mais de 15% de toda a extensão do Pantanal. A área queimada corresponde, por exemplo, a quase três vezes a região metropolitana de São Paulo, que abriga 39 municípios, ou 15 vezes a área da capital paulista.
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De janeiro ao início de setembro, foram registrados 12,1 mil focos de calor no Pantanal, segundo o Inpe. É o maior número no período desde 1998, quando o instituto iniciou um monitoramento que se tornou referência para acompanhar as queimadas no país.

domingo, 9 de agosto de 2020

Como os EUA lucraram com tráfico de africanos escravizados para o Brasi

Por Marilia Marasciulo

Com cerca de 450 africanos da região do rio Congo, a escuna norte-americana Mary E Smith foi a última a tentar desembarcar escravizados no Brasil. No dia 20 de janeiro de 1856, ela foi capturada em São Mateus, no Espírito Santo, em uma operação que deixou claro que a Lei Eusébio de Queiroz, aprovada em 1850 proibindo a entrada de escravos, de fato pretendia acabar com o tráfico de escravos no país.


Ilustração mostra configuração de um navio negreiro americano
Entre 1831 e 1850, navios com a bandeira norte-americana corresponderam a 58,2% de todas as 
expedições negreiras com destino ao Brasil

Com cerca de 450 africanos da região do rio Congo, a escuna norte-americana Mary E Smith foi a última a tentar desembarcar escravizados no Brasil. No dia 20 de janeiro de 1856, ela foi capturada em São Mateus, no Espírito Santo, em uma operação que deixou claro que a Lei Eusébio de Queiroz, aprovada em 1850 proibindo a entrada de escravos, de fato pretendia acabar com o tráfico de escravos no país. Antes dela, tratados assinados por pressão da Inglaterra após a Independência ficaram conhecidos como "leis para inglês ver", pois na prática as próprias autoridades locais eram coniventes com o contrabando.
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25 DE MARÇO: Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão
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Pesando 122 toneladas e com um valor estimado em US$ 15 mil dólares, a Mary E. Smith foi construída em Massachusetts especificamente para o tráfico negreiro. Antes mesmo de deixar Boston

segunda-feira, 8 de junho de 2020

No Ministério da Justiça, Sergio Moro abriu as portas para o FBI

Por Natalia Viana

Reuniões do alto escalão, apoio a uma unidade de vigilância na Tríplice Fronteira e compartilhamento de dados biométricos de cidadãos dos dois países demonstram aproximação


Ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro deixou o Ministério da Justiça clamando pela independência da Polícia Federal (PF). Mas uma análise dos seus 16 meses à frente do ministério mostra uma inclinação bem diferente – pelo menos no que diz respeito à influência do FBI sobre a polícia brasileira. 

Meses de investigação da Agência Pública em documentos oficiais revelam que, ao assumir o Ministério da Justiça, o ex-juiz e o ex-diretor da PF Maurício Valeixo assinaram acordos com o FBI, ampliando a influência americana em diferentes áreas de combate ao crime, incluindo a presença dos agentes estrangeiros em um centro de inteligência na fronteira, investigações sobre corrupção e acesso a dados biométricos brasileiros.
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sábado, 16 de maio de 2020

Apesar de todas as evidências, o Médico e Deputado Osmar Terra continua se opondo ao isolamento Social.

Por Paulo Franco

Diante da realidade e da gravidade constatada na doença covid-19, no Brasil, somente outros interesses, que não a saúde poderia explicar a persistência do deputado Osmar terra e outros políticos em combater ferozmente, o isolamento social.
VÍDEO - Em debate com Alckmin na CNN, Osmar Terra diz que OMS e ...

Osmar Terra médico de formação e deputado Federal pelo MDB. Foi Ministro do Desenvolvimento Social e Agrario no governo Temer de maio de 2016 a abril de 2018; e Ministro da Cidadania do governo Bolsonaro de janeiro de 2019 a feveireiro de 202. 

Apesar de ser demitido, Terra continua apoiando Bolsonaro até hoje na expectativa de voltar ao governo, sempre que surge uma movimentação ministerial, como ocorreu recentemente com a saída de Mandetta do Ministério da Saúde. 
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Microcefalia: o zika virus é realmente o vilão?  
1939: Programa nazista de extermínio, inclusive de idosos  
Tratamento do Coronavírus no Brasil (SUS) é ZERO, Nos EUA é R$ 175.000,00 (US$ 35 MIL)
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Mandetta, mesmo sendo médico, sempre foi um minimizador da pandemia, quase um negacionista e ferrenho opositor de mdidas de distanciamento social. 

sábado, 18 de abril de 2020

1939: Programa nazista de extermínio, inclusive de idosos

Por Doris Balau
No dia 1º de setembro de 1939, os nazistas criaram um programa de extermínio que visava a eliminação de idosos senis,  doentes incuráveis, deficientes físicos e doentes mentais.

Depois que a burocracia alemã do Terceiro Reich executou as medidas de desapropriação e concentração dos judeus, o regime nazista chegou a um ponto crítico. Qualquer passo adiante significaria o fim a existência do judaísmo na Europa ocupada. No jargão nazista, a superação desse limite era descrito como a "solução final da questão dos judeus".

domingo, 22 de março de 2020

Tratamento do Coronavírus no Brasil (SUS) é ZERO, Nos EUA é R$ 175.000,00 (US$ 35 MIL)

Por Abigail Abrams

Os médicos do hospital trabalham para testar pacientes para o coronavírus, Covid-19, no Hospital Newton-Wellesley, em Newton, Massachusetts, em 18 de março de 2020, quando o hospital instalou três tendas na garagem onde os pacientes que foram pré-selecionados podem mostrar para teste.

When Danni Askini started feeling chest pain, shortness of breath and a migraine all at once on a Saturday in late February, she called the oncologist who had been treating her lymphoma. Her doctor thought she might be reacting poorly to a new medication, so she sent Askini to a Boston-area emergency room. There, doctors told her it was likely pneumonia and sent her home.

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Eu, o SUS, a Ironia e o Mau Gosto  

domingo, 26 de janeiro de 2020

A Pobreza Infantil é uma Tragédia Moral. Porque Toleramos? (*)

Por Jeff Madrick para a Revista TIME

Quase 1 em cada 5 crianças americanas é oficialmente pobre. São cerca de 15 milhões de crianças. Mas o número que vive com uma privação significativa - comida insuficiente, casas seriamente superlotadas ou falta de acesso a assistência médica devido ao custo - é realmente muito maior.  Por que toleramos isso?


Os Estados Unidos são resistentes a políticas adequadas de pobreza por causa de sua forte tensão de pensar que os pobres são responsáveis ​​por suas próprias situações, não importa seu sofrimento, mas a pobreza infantil é muito prejudicial e punitiva para ignorar. Eu, e um número crescente de acadêmicos, acredito que há uma solução: o governo deve conceder subsídios mensais em dinheiro, sem condições, a todas as famílias com crianças. (As famílias de alta renda teriam muito desse dinheiro tributado.)

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Eu, Judeu, Não Perdoarei

Por Marcelo Gruman



Para mim, era inadmissível. Era inadmissível que um clube judaico abrisse voluntariamente, em nome da “liberdade de expressão”, suas portas a um candidato postulante ao mais alto cargo do poder executivo da República que sempre se orgulhou em demonstrar publicamente seu desprezo pela democracia, que homenageou, na tribuna da Câmara dos Deputados, um notório torturador, que vilipendiou a memória de um jornalista judeu assassinado nos porões da ditadura militar, que sempre fez questão de dizer que Direitos Humanos servem tão somente pra proteger “vagabundo” e pregou um cartaz na porta de seu gabinete, em Brasília, quando era deputado federal, onde se lia “Desaparecidos do Araguaia. Quem procura osso é cachorro”. Que disse, a uma colega, numa demonstração explícita de machismo e misoginia, não merecer sequer ser estuprada “por ser muito feia”.