Por PAULO FRANCO
Esse protesto está deixando algumas lições, mas é preciso ter os sentidos apurados para absorvê-las. Está mais do que claro que há interesses nacionais e internacionais no processo. Há um claro interesse visceral em retirar o PT do governo. Até aí, inês é morta, vivemos uma democracia e a luta pelo poder não só e aceitavel como é saudável para o processo de crescimento da experiência democratica.
Mas a questão é a forma como essa luta está acontecendo. O quebra quebra, a visivel e explícita provocação à polícia, jogando a população contra o estado, criando um clima de guerra, de caos não é por acaso. Isso é know-how estrangeiro. O “Não vai ter Copa” não passa de pano de fundo, como também os hipotéticos pedidos de investimentos e Educação e Saúde, que são 2 temas que sensibilizam a população. Todo esse caldo, mais a violência propsital, incitando a polícia a entrar em conflito com esses agentes, é o cenário-objetivo.
A medida que o tempo vai passando, vai ficando cada vez mais nítido que o objetivo estratégico, subliminar, é a criação de um cenário de caos, descontrole social, ingovernabilidade, com a grande mídia fazendo seu papel dirigindo os materiais e manipulando a opinião púbica, derrubando o favoritismo do atual governo e assim uma possível retomada do poder pela elite burguesa, agradando aos interesses internacionais do grande capital. O jornalista americano, correspondete do jornal britânico The Guardian, Glenn Greenwald já antecipou: "O Brasil é o próximo alvo dos EUA". Esse trabalho já vem sendo feito fortemente pela mídia que em 2013 recrudesceu o discurso e o nível de distorções das informações jornalisticas, culminando com a saia justa que a líder empresarial e presidente da Rede Magazine Luiza. Luiza Helena Trajano, provocou no Manhattan Connection, da Globo News, por não compactuar comas as mentiras, distorções e manipulações veículadas pela grande imprensa.
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Dentre os participantes, há aqueles que são parte dos Black Blocs e parte dos Anonymous, que estão dentro do olho do furacão de toda essa estratégia, puxando o bloco do confronto, tendo consciência dos riscos que estão correndo. Mas há muita gente entre os participantes, que não são mascarados e há até muitos que estão mascarados e fazem parte desses dois grupos, mas são idealistas, acreditam no protestos como forma de luta social. Essas pessoas acreditam ingenuamente que as manifestações serão pacíficas.