segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A Manipulação subliminar da Globo através dos gráficos

Por Paulo Franco

A CLASSE MÉDIA COMO MASSA DE MANOBRA


Eu tenho dito que o publico alvo a ser manipulado pelo telejornalismo da Globo é a classe média.  Inteligentemente, a Globo percebeu que há um enorme desconforto na classe média, com a ascensão das classes baixas, diminuindo ou pressionando suas condições de status social. 

Neste contexto, os responsáveis pelo telejornalismo da emissora, perceberam que seria só alimentar com informações que  público se identifica, e dai fazer suas manipulações obtendo uma total aderência nas mensagens e nos conteúdos providenciando uma configuração dos parâmetros que permita minimizar ou anular os efeitos das notícias positivas e enaltecer, exagerar, ressaltar as notícias ruins. 

Como as notícias ruins (reais) são poucas, a estratégia da Globo é transformar notícias boas em ruins, como por exemplo superestimar o resultado bom de outros países e subestimar os resultados bons do Brasil.
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É muito comum o uso desse expediente, como foi mostrado no diálogo de Dilma e Miriam Leitão, numa sabatina dos candidatos pouco antes das eleições.  Naquela oportunidade Miriam Leitão tentou puxar para cima o resultado do PIB de todos os países, tanto da América Latina, como da Europa.  Também enaltecendo a recuperação daqueles países, com altas taxas de crescimento, enquanto o Brasil se afundava. 

Formou-se uma discussão calorosa e até desrespeitosa por parte de Miriam Leitão, mas que depois ficou comprovado que ela mentia e a Presidenta Dilma estava bem informada e bem fundamentada.  A Alemanha por exemplo, teve no 3o. trimestre um crescimento do PIB de 0,1%, depois de amargar 0,2% negativos no trimestre anterior, escapando por pouco de uma recessão.  Ao mesmo tempo em que França, Itália, Holanda já estão navegando no vermelho recessivo.  O Japão então, encontra-se numa forte recessão, caindo 1,6% neste 3o. trimestre depois de ter uma queda de 7,6% no trimestre anterior. 

NEUTRALIZANDO O MÉRITO DO DESEMPREGO


Vemos neste exemplo do desemprego, como a Globo utiliza-se de seu expertise em comunicação para manipular sutilmente o seu telespectador. 


















Nesse gráfico, nota-se uma estratégia de comunicação visual com uma manipulação subliminar.  Muitos telespectadores se atém ao gráfico sem se preocupar muito com o detalhe do número, pois o gráfico existe para facilitar a compreensão, para ilustrar a facilitar a comunicação. 

Pois bem, propositalmente, os editores de jornalismo da Globo News elevou a barra do desemprego no Brasil de 4,7%,  a tal ponto que ficou exatamente na altura do Chile que tem um desemprego quase 50% maior que o do Brasil.  

A Barra do desemprego do Brasil,  está visualmente maior que a do Peru que tem 5,7% e maior ainda que a do México que tem 4,8%, como pode ser facilmente identificável pela linha horizontal traçadas no teto de cada barra.














O gráfico acima mostra de forma proporcional os índices de desemprego dos países selecionados por eles.  Vê-se claramente a diferença entre uma situação e outra.  Ou seja, o objetivo de minimizar a grande vantagem do Brasil em relação aos outros países no desemprego é inquestionável. 


A estratégia foi aplicada também, quando se comparou a taxa de desemprego do Brasil com alguns países selecionados da Europa.


Neste gráfico nota-se o quão absurdo é a manipulação gráfica do jornalismo da Globo news.  Isso demonstra claramente que não se pode mais considerar que estejam fazendo jornalismo, aliás, seria um antijornalismo, por ao invés de informar eles estão desinformando.  Ou o que é pior ainda, informando propositalmente errado, o que pode causar prejuízo para pessoas que tomam decisões com base nas noticias do jornal. 

Entendo que os números, neste caso específico não foram alterados, mas como disse, em muitas pessoas o que fica é a imagem gráfica.

Neste caso, onde o índice de desemprego do Brasil é comparado com alguns países da Europa, embora o Brasil tenha apresentado o menor índice (4,7%), todas as barras inclusive dos países com índice maiores como a Alemanha com 5%, os EUA com 5,8% e o Reino Unido com 6% tem suas barras com altura menor que a do Brasil. 

Veja aqui, como deveria ser esse gráfico, respeitando a proporcionalidade entre os índices de cada país. 






















Um comentário:

  1. O certo MESMO seria o eixo Y começar no zero. Assim o tamanho das barras seria proporcional aos valores mostrados.

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