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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Carta de um ex-integrante do MPL aos atuais integrantes do MPL



















  • Saibam diferenciar os oportunistas e os discursos conservadores que tentam se apropriar do povo na rua.   
  • Desconfiem de quem aparece, de uma hora pra outra, com novas bandeiras como o generalizado "combate à corrupção", de "ódio aos políticos e a política" e coisas do gênero. 




Há 10 anos, embalados pela faisca dos movimentos contra o aumento das tarifas de transporte em Salvador (Revolta do Buzu) e em Florianópolis (Revolta da Catraca) foi fundado um movimento, composto em sua grande maioria por jovens, que vem abalando algumas cidades brasileiras e ganhando espaço no cenário internacional. Uma dessas cidades, São Paulo, é o centro nervoso do capitalismo brasileiro e parte dela representa o que há de mais conservador, segregrador e elitista na nossa sociedade.

Em 2005, no Fórum Social Mundial, foi realizado a plenária nacional que fundaria a "carta magna" do Movimento Passe Livre (MPL). Naquela época não havia as redes sociais de hoje, mas já usufruiamos das publicações abertas na Internet do Centro de Mídia Independente assim como de blogs e home-pages: chegamos a formar núcleos em cerca de 30 cidades brasileiras, realizamos três encontros nacionais, produzimos jornais impressos, produzimos livros ("A Guerra da Tarifa", 2004), tivemos "lideranças" presas e ganhamos passe livre em cidades com Florianópolis e Rio de Janeiro. Floripa naquela época era nossa São Paulo de hoje, e Marcelo Pomar, Matheus de Castro e Leo Vinícius a tríade que conseguia muito bem "mandar obedecendo", a máxima zapatista que vai de encontro ao principio de horizontalidade do MPL.

Hoje, quase 10 anos depois, não mais como um estudante, vivencio ao meus 28 anos um momento histórico que já está sendo denominado de "Revolta do "Vinagre" ou "da Salada", em referência ao vinagre apreendido pela polícia do Alckmin - polícia que carrega no brasão uma estrela em alusão à ditadura militar. Posso sentir, daqui, o cheiro de gás lacrimogêneo e o barulho das balas de borrachas atiradas covardemente por essa polícia tucana carregada de ranso ditatorial. É desse cheiro de gás, de vinagre..desse incômodo pertubador que essa carta nasce. Ela não é dirigida a vocês para ser uma espécie de "luz" entre fumaças brancas e os fogos das barricadas; é dirigida a vocês para falar de alguns erros do MPL da nossa época para que se possa "errar melhor". Há um poeta que diz: "Tente denovo,