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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Negócios: O Verdadeiro Motivo do Apoio dos Evangélicos a Israel e o Repúdio à Dilma

Por KIKO NOGUEIRA para o DCM


A reverenda Jane Silva, uma voz ativa pró-israelense, organizadora do encontro no Itamaraty, preside a Associação Cristã de Homens e Mulheres de Negócios e a Comunidade Brasil-Israel.









Há dois motivos principais para a mobilização de lideranças evangélicas desgostosas com a condenação de Dilma à ação de Israel em Gaza. O primeiro: negócios. Em segundo lugar, mas não menos importante, os negócios.

Segundo conta a BBC, perto de oitenta pessoas estiveram no Ministério de Relações Exteriores para uma audiência. A articulação coube ao deputado federal Lincoln Portela, estrela da bancada evangélica.
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Há uma aproximação clara entre as igrejas pentecostais e o judaísmo. Isso ficou evidente nas imagens da inauguração do Templo de Salomão. Além do monumento em si, inspirado na obra do filho de Davi, o bispo Edir Macedo tem se trajado com o xale sagrado usado por rabinos e, no cocuruto, está exibindo um solidéu. Sem contar a barba de profeta.

sábado, 2 de agosto de 2014

Eu, Judeu, digo: Acabem com a Ocupação!

Por Marcelo Gruman


NÃO EM MEU NOME

Recuso-me a acumpliciar-me com esta agressão. O exército israelense não me representa, o governo ultranacionalista não me representa. Os assentados ilegalmente são meus inimigos.


Na minha adolescência, tive a oportunidade de visitar Israel por duas vezes, ambas na primeira metade da década de 1990. Era estudante de uma escola judaica da zona sul da cidade do Rio de Janeiro. As viagens foram organizadas por instituições sionistas, e tinham por intuito apresentar à juventude diaspórica a realidade daquele Estado formado após o holocausto judaico da Segunda Guerra Mundial, e para o qual todo e qualquer judeu tem o direito de “retornar” caso assim o deseje.
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Voltar à terra ancestral. Para as organizações sionistas, ainda que não disposto a deixar a diáspora, todo e qualquer judeu ao redor do mundo deve conhecer a “terra prometida”, prestar-lhe solidariedade material ou simbólica, assim como todo muçulmano deve fazer, pelo menos uma vez na vida, a peregrinação a Meca. Para muitos jovens judeus, a visita a Israel é um rito de passagem, assim como para outros o destino é a Disneylândia.

A equivalência de Israel e Disneylândia tem um motivo. A grande maioria dos jovens não religiosos e sem interesse por questões políticas realizam a viagem apenas para se divertir. O roteiro é basicamente o mesmo: visita ao Muro das Lamentações, com direito a fotos em posição hipócrita de reza (já viram ateu rezando?), ao Museu da Diáspora, ao Museu do Holocausto, às Colinas do Golan, ao Deserto do Neguev e a experiência de tomar um chá com os beduínos, ir ao Mar Morto e boiar na água sem fazer esforço por conta da altíssima concentração de sal, a “vivência” de alguns dias num dos kibutzim ainda existentes em Israel e uma semana num acampamento militar, onde se tem a oportunidade de atirar com uma arma de verdade. Além, é claro, da interação com jovens de outros países hospedados no mesmo local. Para variar, brasileiros e argentinos, esquecendo sua identidade étnica comum, atualizavam a rivalidade futebolística e travavam uma guerra particular pelas meninas. Neste quesito, os argentinos davam de goleada, e os brasileiros ficavam a ver navios.

domingo, 27 de julho de 2014

De Cegos e de Anões

Por MAURO SANTAYANA



Antes de criticar a diplomacia brasileira, o porta-voz da Chancelaria israelense, Yigal Palmor, deveria ler os livros de história para constatar que, se o Brasil fosse um país irrelevante, do ponto de vista diplomático, sua nação não existiria, já que o Brasil não apenas apoiou e coordenou como também presidiu, nas Nações Unidas, com Osvaldo Aranha, a criação do Estado de Israel.



(Jornal do Brasil) - Se não me engano, creio que foi em uma aldeia da Galícia que escutei, na década de 70, de camponês de baixíssima estatura, a história do cego e do anão que foram lançados, por um rei, dentro de um labirinto escuro e pejado de monstros. Apavorado, o cego, que não podia avançar sem a ajuda do outro, prometia-lhe sorte e fortuna, caso ficasse com ele, e, desesperado, começou a cantar árias para distraí-los do medo.

O anão, ao ver que o barulho feito pelo cego iria atrair inevitavelmente as criaturas, e que o cego, ao cantar cada vez mais alto, se negava a ouvi-lo, escalou, com ajuda das mãos pequenas e das fortes pernas, uma parede, e, caminhando por cima dos muros, chegou, com a ajuda da luz da Lua, ao limite do labirinto, de onde saltou para densa floresta, enquanto o cego, ao sentir que ele havia partido, o amaldiçoava em altos brados, sendo, por isso, rapidamente localizado e devorado pelos monstros que espreitavam do escuro.

Ao final do relato, na taverna galega, meu interlocutor virou-se para mim, tomou um gole de vinho e, depois de limpar a boca com o braço do casaco, pontificou, sorrindo, referindo-se à sua altura: como ve usted, compañero... con el perdón de Dios y de los ciegos, aun prefiero, mil veces, ser enano...

Lembrei-me do episódio — e da história — ao ler sobre a convocação do embaixador brasileiro em Telaviv para consultas, devido ao massacre em Gaza, e da resposta do governo israelense, qualificando o Brasil como irrelevante, do ponto de vista geopolítico, e acusando o nosso país de ser um “anão diplomático".
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Chamar o Brasil de anão diplomático, no momento em que nosso país acaba de receber a imensa maioria dos chefes de Estado da América Latina, e os líderes de três das maiores potências espaciais e atômicas do planeta, além do presidente do país mais avançado da África, nação com a qual Israel cooperava intimamente na época do Apartheid, mostra o grau de cegueira e de ignorância a que chegou Telaviv.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Porque Israel Ataca Novamente

Por SUSAN ABULHAWA, The Hindu

Garotos mortos são pretexto infame; onda de brutalidade visa sabotar unidade palestina e mergulhar população judaica em redemoinho de ódio e vingança


Os corpos de três colonos israelenses que desapareceram em 12 de junho foram encontrados há dias, em uma cova rasa cavada às pressas em Halhul, norte de Hebron.


Os três jovens palestinos Eyal Yifrah, de 19 anos, Gilad Shaar, de 16, e Naftali Fraenkel, também 16  (Ag. EFE)

Desde que os jovens desapareceram em Gush Etzion, colônia exclusiva de judeus na Cisjordânia, Israel passou a perseguir os 4 milhões de palestinos que já vivem sob seu domínio. Atacou cidades, saqueou casas e instituições civis, realizou incursões noturnas nos refúgios de famílias, roubando propriedades, sequestrando, ferindo e matando. Aviões de guerra passaram a bombardear Gaza, de novo e repetidamente, destruindo mais casas e instituições, e cometeram-se execuções extrajudiciais. Até agora, mais de 570 palestinos foram sequestrados e presos — o mais notável deles, Samer Issawi, o palestino que fez greve de fome por 266 dias em protesto por prisão arbitrária anterior.
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Ao menos 10 palestinos foram mortos, inclusive três crianças, uma mulher grávida e um homem com problemas mentais. Centenas foram feridos, milhares aterrorizados. Universidades e organismos de assistência social foram saqueados, fechados; seus computadores e equipamentos destruídos ou roubados e documentos, tanto públicos quanto privados, confiscados de instituições civis. Este banditismo é a política oficial de Estado conduzida por militares e não inclui a violência contra pessoas e propriedades perpetrada por colonos israelenses paramilitares, cujos constantes ataques contra civis palestinos intensificaram-se nas últimas semanas. E agora que foi confirmada a morte dos colonos, Israel jurou vingar-se à altura. Naftali Bennet, ministro da Economia, disse: “Não há misericórdia para assassinos de crianças. Esta é hora de ação, não de palavras.”