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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Como “potências ocidentais” fabricam “movimentos de oposição”

Por ANDRE VLTCHEK



Egito, Ucrânia, fronteira sírio-turca, Cuba, Tailândia e até no Brasil



Tudo isso está acontecendo, em diferentes tonalidades e com diferentes graus de brutalidade, na Tailândia, China, Egito, Síria, Ucrânia, Venezuela, Bolívia, Brasil, Zimbábue e em vários outros pontos, em todo o mundo.

"Movimentos de oposição" estão depredando edifícios
públicos em Kiev e em outras cidades da Ucrânia
Pouco depois de ler o que escrevi sobre a Tailândia, publicado dia 30/1, um leitor brasileiro reagiu:

Parecido com nosso Brasil: embora em ambiente mais leve, de cores menos brutais, talvez, mas substancialmente, a mesma coisa (...) Elites locais, agora mesmo, em janeiro de 2014, estão fazendo de tudo para impedir a reeleição da presidenta Dilma Rousseff (…) Você, experiente observador da América Latina, sabe disso muito bem.

O voto é obrigatório na Tailândia. Mesmo assim, só 45% dos eleitores votaram. TUDO que vocês lerem na imprensa ocidental sobre a Tailândia é merda.

Prédios públicos depredados, saqueados. Está acontecendo em Kiev e em Bangkok; e, nas duas cidades, os governos parecem desdentados, assustados demais para intervir.

O que está acontecendo? Governos eleitos pela maioria vão-se tornando irrelevantes em todo o mundo, enquanto o regime “ocidental” cria e em seguida apoia “movimentos de oposição” nos quais só se veem gangues armadas que ali estão para desestabilizar qualquer estado que resista ao desejo “ocidental” de controlar todo o planeta?
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As gangues armadas, agora, gritam para intimidar os que queiram votar a favor do governo moderadamente progressista que governa hoje a Tailândia. Não se discute o processo eleitoral – o voto é livre, como declaram tanto os observadores internacionais como a maioria dos membros da Comissão Eleitoral.  Nem liberdade nem legitimidade ou transparência estão em disputa.
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A retórica varia, mas, em essência, os “manifestantes” que “protestam” exigem o desmantelamento da frágil democracia tailandesa. A maioria dos “protestadores” são pagos pelas classes média-alta e alta. Alguns são delinquentes ou bandidos, muitos recebem 500 Baht por dia (cerca de US$ 15), recrutados nas atrasadas vilas e vilarejos das províncias do sul do país. São habituados a usar de violência, como mostram claramente a linguagem, as expressões faciais e a linguagem corporal deles.