Presidente da britânica BG para a América do Sul, Nelson Silva, diz que os temores sobre a economia brasileira não afetam o grupo
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"Ciência e tecnologia serão o legado do petróleo no Brasil" |
Em entrevista ao Brasil Econômico, o presidente executivo (CEO) da BG para a América do Sul, Nelson Silva, explicou que seu grupo prefere assumir riscos por conta própria, evitando entrar na disputa por reservas já conhecidas. "A BG assume o risco exploratório - risco calculado, obviamente - para entregar o valor da descoberta, quando há descoberta, ao acionista. Já existindo uma descoberta, a margem é muito pequena". Essa estratégia, segundo ele, não é afetada por prognósticos negativos sobre a economia ou pela ameaça das empresas de classificação de risco de reduzirem o rating do Brasil. "Acima de tudo, o que atrai o investimento é a segurança jurídica e o respeito aos contratos", explica o empresário, acescentando: "O ímpeto do nosso investimento no país é criado pela oportunidade e pelo arcabouço legal e institucional onde a gente opera".
A BG ficou fora da 12ª Rodada de Licitações, realizada na última quinta-feira. Por quê?
Por decisão estratégica. Nossa área de exploração está constantemente olhando várias oportunidades e cada oportunidade é comparada com outras que temos no portfólio. Como a gente não pode estar em todos os lugares, temos que priorizar. E decidimos não participar dessa rodada. Da 11ª Rodada participamos fortemente, adquirimos 10 blocos. Numa próxima rodada, dependendo das condições e do momento, podemos voltar a participar.
Alguma relação com o fato de ser uma rodada voltada para o gás natural?
Não. Tem a ver com a oportunidade em si. São vários elementos, não é só a economicidade. Nesse momento, decidimos não participar. Iremos participar de futuras rodadas no Brasil sempre que as condições da rodada em si, naquele momento, forem atrativas.