"O berço da desigualdade é a desigualdade do berço." (Sebastião Salgado)
As forças que movem as transformações sociais hoje no Brasil não são mais forças "centrífugas", de natreza elitista em que jovens de classe média e média alta, tomados por consciência social, assumem as dores dos marginalizados, dos injustiçados pelo sistema e vão para as ruas lutar contra o status-quo, clamando por uma nova ordem social.
A forças que movem o movimento social, as relações humanas entre pessoas e grupos sociais, que estão provocando verdadeiras mudanças estruturais na sociedade é uma força "centripeta", de fora para dentro, do marginalizado para o privilegiado. Não são movimentos clamando por mudanças, são movimentos provocando mudanças, que aliás, continuem não sendo compreendidas pelas camadas sociais aparentemente e ilusoriamente, proprietárias do curso da historia.
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É obvio que para que essas forças sociais se transformem em mudanças, rompendo barreiras, vencendo obstaculos seculares, houve a construção de um cenário, um ambiente que fosse propício a tudo isso, que foram as mudanças no fluxo de renda e nos acessos aos bens e serviços públicos, de lazer à educação promovida pelos governos a partir de 2003.