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sábado, 24 de março de 2018

VÍDEO: Duvivier e os Direitos Humanos

Por Gregório Duvivier

De forma bastante didática e humorada, Gregório Duvivier, discorre sobre a Declaração dos Direitos Humanos da ONU e a realidade no Brasil.




segunda-feira, 5 de março de 2018

Intervenção para quem, cara pálida?

Vídeo por André Zénho​, Caio Castor​ e Pedro Ribeiro Nogueira

Enquanto auxiliava moradores do Complexo do Alemão que haviam perdido tudo por conta da enchente, Renata Trajano, do Coletivo Papo Reto​, recebeu a notícia da intervenção militar com ceticismo. 

“A Favela sofre uma violação por dia”, diz. Ainda assim, quem está na ponta da mira do fuzil, teme o que pode estar por vir. 

A Pavio​ esteve na última semana no Rio de Janeiro para entender como a “potencialização da potencialização da militarização” chegou à cidade, às favelas e às pessoas cuja fala ninguém domina.



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FONTE: Ponte Jornalismo e Viomundo
Apoio: Federação Única dos Petroleiros

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A Verdadeira Revolução Social no Brasil

Por PAULO FRANCO

"O berço da desigualdade é a desigualdade do berço." (Sebastião Salgado)


As forças que movem as transformações sociais hoje no Brasil não são mais forças "centrífugas", de natreza elitista em que jovens de classe média e média alta, tomados por consciência social, assumem as dores dos marginalizados, dos injustiçados pelo sistema e vão para as ruas lutar contra o status-quo, clamando por uma nova ordem social.

A forças que movem o movimento social, as relações humanas entre pessoas e grupos sociais, que estão provocando verdadeiras mudanças estruturais na sociedade é uma força "centripeta", de fora para dentro, do marginalizado para o privilegiado.  Não são movimentos clamando por mudanças, são movimentos provocando mudanças, que aliás, continuem não sendo compreendidas pelas camadas sociais aparentemente e ilusoriamente,  proprietárias do curso da historia.
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É obvio que para que essas forças sociais se transformem em mudanças, rompendo barreiras, vencendo obstaculos seculares, houve a construção de um cenário, um ambiente que fosse propício a tudo isso, que foram as mudanças no fluxo de renda e nos acessos aos bens e serviços públicos, de lazer à educação promovida pelos governos a partir de 2003.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Favelas Brasileiras: 65% já é Classe Média

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English Sumary


Most “favela” dwellers now considered middle class – Feb 19 2013

Most of the Brazilian population that lives in the country's “favelas,” or slums, have now risen to the middle class, according to a new study by NGO Data Favela. The study says that 37% of people dwelling in those communities were considered middle class in 2002, but the rate rose to 65% by 2011. For all of Brazil, meanwhile, the rate of people considered middle income has rise to 52% from 38% in the same period. The survey was based in data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics. According to the same data, 12 million people live in slums in Brazil, with a joint income of R$56.1 billion a year, comparable to the GDP of Bolivia.
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São Paulo – Morar em favelas, pelo menos no Rio de Janeiro, pode não ser tão ruim quanto parece para quem está de fora. Amparados por melhorias nos indicadores socioeconômicos, 85% dos jovens das comunidades cariocas disseram ao Data Popular que gostam do lugar onde moram. E 70% disseram que continuariam a morar na comunidade mesmo se a renda dobrasse.

Os resultados fazem parte de um levantamento do DataFavela , união entre o Data Popular e Celso Athayde, ex- dirigente da Central Única de Favelas (Cufa). E mostra um retrato não só do Rio de Janeiro, mas de todas as comunidades do Brasil.   É um contingente formado por 12 milhões de pessoas, cuja renda soma 56,1 bilhões de reais por ano, com uma maioria de membros da classe média. 

O que melhorou

Embora o conceito de classe média gere polêmica, segundo o Data Favela, hoje 65% dos moradores estão nesta faixa de renda, contra 37% em 2002.  Há 10 anos, apenas 4 em cada 10 moradores tinham celular. Hoje são nove. Computadores, tidos apenas por 3% dos moradores, agora estão em 40% dos lares.
A média de anos de estudo subiu, no mesmo período: foi de quatro para seis anos.  Segundo a pesquisa, os jovens têm papel preponderante na atividade econômica e na organização social das favelas.   São eles, por exemplo, que orientam os pais na aquisição de serviços, como TV por assinatura, e decidem as marcas de alimentos e o consumo de eletrônicos.

Visão otimista

A pesquisa incluiu levantamento qualitativo apenas no Rio de Janeiro. E a visão dos jovens mostrou-se otimista: 51% deles acham que a comunidade melhorou nos últimos dois anos, e 63% acreditam que vai continuar melhorando.  Mesmo assim, o preconceito ainda persiste, na visão deste grupo, fazendo com que 49% deles prefira não dizer onde vive.  No Brasil, em números absolutos, São Paulo e Rio de Janeiro lideram entres os estados com mais pessoas morando em favelas.


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Planeta Favela



PLANETA FAVELA (PLANET OF SLUMS)
Autor: Mike Davis
Editora: Boitempo (2006)

Se a imagem da metrópole no século XX era a dos arranha-céus e das oportunidades de emprego, Planeta Favela leva o leitor para uma viagem ao redor do mundo pelos realidade dos cenários de pobreza onde vive a maioria dos habitantes das megacidades do século XXI. 

O urbanista norte-americano Mike Davis investiga as origens do crescimento vertiginoso da população em moradias precárias a partir dos anos 80 na América Latina, na África, na Ásia e no antigo bloco soviético. Combinando erudição acadêmica e conhecimento in loco das áreas pobres das grandes cidades, Davis traz a história da expansão das metrópoles do Terceiro Mundo, analisando os paralelos entre as políticas econômicas e urbanas defendidas pelo FMI e pelo Banco Mundial e suas conseqüências desastrosas nas gecekondus de Istambul (Turquia), nas desakotas de Accra (Gana) ou nos barrios de Caracas (Venezuela), alguns dos nomes locais para as aproximadamente 200 mil favelas existentes no planeta. 

Cada aspecto dessa “nova cidade" é analisado: informalidade, desemprego, criminalidade; o gangsterismo dos senhorios que lucram com a miséria; a incapacidade do Estado de oferecer infra-estrutura e casas populares, e em contrapartida sua atuação nas remoções de “revitalização” que abrem caminho para a especulação imobiliária; as soluções ilusórias de ONGs e organismos multilaterais; os limites das estratégias de titulação de propriedade, os riscos ambientais e sanitários de se viver em favelas, com exposição a resíduos tóxicos e carência de saneamento básico; o crescimento do fanatismo religioso; e a disseminação de doenças como cólera e AIDS.