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quinta-feira, 14 de junho de 2018

Como Assim?

Por Marco Aurélio Mello
Como acreditar que defendemos que o lugar de corruptos e corruptores seja cadeia dando crédito a este engodo?

Resultado de imagem para foto oficial seleção brasileira 2018

Cresci vendo o Brasil ser tri-campeão em 70.
Em 74, apesar da tristeza, fomos competitivos.
Em 78, apesar da decepção, fomos brilhantes.
Em 82, apesar do desalento, vibramos.

Ciscamos em 86… 90… até que em 94… ufa!
De 2002 em diante passamos a acreditar que estaríamos sempre lá, ao lado dos grandes.
Até que veio 2014.
Até que grandes interesses deram as caras.

Como confiar numa Copa organizada pela FIFA?
Como confiar em patrocinadores como a Nike, a Coca-Cola e tantas outras transnacionais?
Como confiar na CBF, seus cartolas e suas negociatas?
Como confiar numa seleção em que o craque joga interessado apenas nele, e no seu futuro contrato?
Como confiar em uma transmissão cujo os direitos foram comprados comprovadamente na base de corrupção, de propina?
Como acreditar que defendemos que o lugar de corruptos e corruptores seja cadeia dando crédito a este engodo?

Meu desinteresse por esta Copa não é mi-mi-mi.
Meu desinteresse é porque para mim não tem gosto gostar assim.
Meu desinteresse só não é maior porque tenho filho pequeno.

E filho pequeno ainda sonha.
Filho pequeno acredita em jogos de regras, sem cartas marcadas, sem trapaças.
Assim como papai Noel, ele deve desacreditar sozinho, aos poucos.

Quando for adulto vai descobrir que regras servem apenas para serem violadas.
Violadas pelos amigos do rei, pelo mais espertos.
Assim é a vida, um amontoado de ilusões, doces ou não.

Quando a gente sabe como o mágico faz o truque perde toda a graça.
Este circo não me interessa mais.
É triste, mas o que posso fazer?

Um circo que terá a entediante duração de um mês.
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Fonte: Viomundo

segunda-feira, 2 de junho de 2014

OSGÊMEOS, o Grafite, a Seleção e o Avião

Por PAULO FRANCO






De um lado,  RAP é a expressão da perifieria, das classes baixas da sociedade, demonstrando através da música sua insatisfação, sua indignação, sua revolta com o status quo, com a atual estratificação social, e com o efeitos decorrentes desse estrutura elitizada:  injustiça social, a discriminação, racismo,  exploração, através da música.   

De outro lado, o grafite caracteriza-se na mesma expressão,   representando a mesma parcela da sociedade. O que muda é a linguagem.  Se a periferia cantam sua indignação através do rap, essa mesma periferia "mostra" sua indignação através do grafite, onde o spray toma o lugar do microfone.
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Lei também: 
A Verdadeira Revolução Social no Brasil
A História do Ódio no Brasil
Menina eternizada em foto de Sebastião Salgado ainda é sem-terra
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Dentre as mensagens que o rap e grafite expõe à sociedade é a de que há uma vida fértil na periferia social.  Há inteligência, talento, sensibilidade, carisma, liderança, competência, e principalmente, arte.



A última grande obra de OSGEMEOS e, talvez,  uma das mais belas, que será vista por milhares de pessoas é a grafitagem do avião que vai transportar a seleção brasileira, durante a Copa do Mundo.




Os Gêmeos é uma dupla de irmãos gêmeos idênticos grafiteiros de São Paulo, nascidos em 1974, cujos nomes reais são Otávio e Gustavo Pandolfo. Formados em desenho de comunicação pela Escola Técnica Estadual Carlos de Campos, começaram a pintar grafites em 1987 no bairro em que cresceram, o Cambuci, e gradualmente tornaram-se uma das influências mais importantes na cena paulistana, ajudando a definir um estilo brasileiro de grafite.