quarta-feira, 29 de abril de 2015

PIB dos EUA despenca e assusta analistas

Por Paulo Franco



 Se 0,2% de crescimento do PIB do 1o. Trim já assustou os analistas americanos, imaginem a revisão que foi divulgada hoje, uma redução de 0,7%. 


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Atualização em 01/06/2015

Se 0,2% de crescimento do PIB do 1o. Trim já assustou os analistas americanos, imaginem a revisão que foi divulgada hoje, uma redução de 0,7%. 

Este poste foi publicado em em função da surpresa causada pela divergência entre as previsões do resultado do PIB do primeiro trimestre dos EUA. 

A previsão em outubro/novembro de 2014 era de 3% e no inicio do ano as previsões (consenso de mercado) foi reduzindo-se violentamente, chagando-se na data da divulgação a 1,25%, mas o número real divulgado foi de apenas 0,2%. 

Não é só o governo brasileiro e nem os bancos que participam do sistema focus que erram suas previsões.  Isso ocorrer no mercado mais desenvolvido do mundo também. 

Mas a revisão divulgada hoje mostrou que na verdade o PIB encolheu nos EUA.   A variação foi de -0,7%, ou seja,  um erro de estimativa astronômico.  Esperar 3% de crescimento e uma redução de 0,7% é realmente espantoso. 

O mais importante ainda é a tomada de consciência pelos analistas de mercado, economistas, investidores e políticos que no cenário econômico global o que impera é a incerteza.   Parece que o mundo vai continuar convivendo com o fantasma da crise global por mais tempo.
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US Economy Grinds To A Halt, Again: Q1 GDP Tumbles Below Expectations, Rises Paltry 0.2%




A mídia no Brasil tende a minimizar os problemas lá fora, principalmente nos EUA e maximizar os problemas no Brasil, deixando a sociedade não só desinformada, mas com uma visão distorcida da realidade.

O PIB dos EUA vem desacelerando a partir do 3o. trimestre do ano passado (3o.T14 5%, 4o.T14 2,2%) crescendo em termos anualizados apenas 0,2%.

Esse número frustrou todas as expectativas, incluindo Wall Street, cujo consenso seria de uma queda para 1% e não para 0,2%. 
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Essa notícia me fez recordar o diálogo entre Dilma Rousseff e Miriam Leitão numa sabatina horrorosa em pleno período pré eleitoral no ano passado.  Miriam foi deselegante e até agressiva demonstrando uma rigidez. "São os dados, Presidenta." disse Miriam,  sobre o cenário internacional e particularmente a Alemanha  Naquela oportunidade Miriam dizia que o Mundo estava em processo de recuperação e o Brasil na contramão. Dilma pacientemente mostrou explicou a ela que a economia global estava se desacelerando, inclusive a Chanceler da Alemanha Angela Merkel havia manifestado preocupação pessoalmente à Dilma, com a situação de seu pais e as perspectivas era de uma leve recessão.

O desempenho ruim da economia americana impacta a economia brasileira com 2 vetores que têm sentidos opostos. Do lado da economia real, os EUA está sinalizando uma fraqueza da atividade econômica no mundo, o que pode dificultar as exportações, a balança comercial e os resultados de empresas que tem um dependência de receitas externas.

De outro lado, o arrefecimento da economia americana, aumenta a probabilidade do adiamento do aumento dos juros nos EUA e também a magnitude e intervalos dos aumentos. Com isso diminui por aqui, a pressão sobre nossa moeda (todas as moedas do mundo, na verdade) o que por decorrência pressionaria a inflação.  Outro aspecto positivo é a diminuição do risco  de fuga de capitais do país, sangrando nossas reservas.
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Fonte do gráfico: Infinite Unknown

segunda-feira, 27 de abril de 2015

CNBB, por nota, se posiciona sobre o momento delicado do País



  • O Ódio, o Revanchismo e o Risco do Retrocesso

  • O Risco do Mais Pobre Pagar pelos Ajustes 

  • A Corrupção e o Corporativismo dos Políticos

  • A Precarização dos Direitos Trabalhistas com a Terceirização

  • O Golpe nos Indígenas com a PEC 215

  • O Equívoco da Redução da Maioridade Penal com a PEC 171

  • A Reforma Política como um dos Caminhos para os Problemas do País


 



Os bispos reunidos na 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada de 15 a 24 de abril, em Aparecida (SP), avaliaram a realidade brasileira, “marcada pela profunda e prolongada crise que ameaça conquistas, a partir da Constituição Cidadã de 1988, e coloca em risco a ordem democrática do País”. Leia, na íntegra, a nota:


Nota da CNBB sobre o momento nacional



“Entre vós não deve ser assim” (Mc 10,43).


 A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, reunida em sua 53ª Assembleia Geral, em Aparecida-SP, no período de 15 a 24 de abril de 2015, avaliou, com apreensão, a realidade brasileira, marcada pela profunda e prolongada crise que ameaça as conquistas, a partir da Constituição Cidadã de 1988, e coloca em risco a ordem democrática do País. Desta avaliação nasce nossa palavra de pastores convictos de que “ninguém pode exigir de nós que releguemos a religião para a intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre os acontecimentos que interessam aos cidadãos” (EG, 183). 
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O momento não é para acirramento de ânimos,  revanchismo, ódio que coloque em risco as conquistas da Constituição Cidadã de 1988


O momento não é de acirrar ânimos, nem de assumir posições revanchistas ou de ódio que desconsiderem a política como defesa e promoção do bem comum. Os três poderes da República, com a autonomia que lhes é própria, têm o dever irrenunciável do diálogo aberto, franco, verdadeiro, na busca de uma solução que devolva aos brasileiros a certeza de superação da crise. 

Os ajustes presisa ser feito sem trazer prejuízo à população, aos trabalhadores e, principalmente, aos mais pobres


A retomada de crescimento do País, uma das condições para vencer a crise, precisa ser feita sem trazer prejuízo à população, aos trabalhadores e, principalmente, aos mais pobres. Projetos, como os que são implantados na Amazônia, afrontam sua população, por não ouvi-la e por favorecer o desmatamento e a degradação do meio ambiente.

A lei que permite a terceirização do trabalho, em tramitação no Congresso Nacional, não pode, em hipótese alguma, restringir os direitos dos trabalhadores. É inadmissível que a preservação dos direitos sociais venha a ser sacrificada para justificar a superação da crise.

A recuperação da credibilidade política, perdida por causa da corrupção não pode ser feita às custas dos mais pobres, dos mais vulneráveis


A corrupção, praga da sociedade e pecado grave que brada aos céus (cf. Papa Francisco – O Rosto da Misericórdia, n. 19), está presente tanto em órgãos públicos quanto em instituições da sociedade. Combatê-la, de modo eficaz, com a consequente punição de corrompidos e corruptores, é dever do Estado. É imperativo recuperar uma cultura que prima pelos valores da honestidade e da retidão. Só assim se restaurará a justiça e se plantará, novamente, no coração do povo, a esperança de novos tempos, calcados na ética.

A credibilidade política, perdida por causa da corrupção e da prática interesseira com que grande parte dos políticos exerce seu mandato, não pode ser recuperada ao preço da aprovação de leis que retiram direitos dos mais vulneráveis. Lamentamos que no Congresso se formem bancadas que reforçem o corporativismo para defender interesses de segmentos que se opõem aos direitos e conquistas sociais já adquiridos pelos mais pobres.

A PEC 215 é uma afronta à luta histórica dos povos indígenas

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215/2000, por exemplo, é uma afronta à luta histórica dos povos indígenas que até hoje não receberam reparação das injustiças que sofreram desde a colonização do Brasil. Se o prazo estabelecido pela Constituição de 1988 tivesse sido cumprido pelo Governo Federal, todas as terras indígenas já teriam sido reconhecidas, demarcadas e homologadas. E, assim, não estaríamos assistindo aos constantes conflitos e mortes de indígenas.

 A PEC 171 (Redução da Maioridade Penal) é um equívoco.  A solução é investir em educação, políticas públicas para a juventude e para a família

A PEC 171/1993, que propõe a redução da maioridade penal para 16 anos, já aprovada pela Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça da Câmara, também é um equívoco que precisa ser desfeito. A redução da maioridade penal não é solução para a violência que grassa no Brasil e reforça a política de encarceramento num país que já tem a quarta população carcerária do mundo. Investir em educação de qualidade e em políticas públicas para a juventude e para a família é meio eficaz para preservar os adolescentes da delinquência e da violência.

O Estatuto da Criança e do Adolescente, em vigor há 25 anos, responsabiliza o adolescente, a partir dos 12 anos, por qualquer ato contra a lei, aplicando-lhe as medidas socioeducativas. Não procede, portanto, a alegada impunidade para adolescentes infratores. Onde essas medidas são corretamente aplicadas, o índice de reincidência do adolescente infrator é muito baixo. Ao invés de aprovarem a redução da maioridade penal, os parlamentares deveriam criar mecanismos que responsabilizem os gestores por não aparelharem seu governo para a correta aplicação das medidas socioeducativas. 

O PL 3722 que altera o Estatuto do Desarmamento é outra matéria que vai na contramão da Segurança e do combate à violância


O Projeto de Lei 3722/2012, que altera o Estatuto do Desarmamento, é outra matéria que vai na contramão da segurança e do combate à violência. A arma dá a falsa sensação de segurança e de proteção. Não podemos cair na ilusão de que, facilitando o acesso da população à posse de armas, combateremos a violência. A indústria das armas está a serviço de um vigoroso poder econômico que não pode ser alimentado à custa da vida das pessoas. Dizer não a esse poder econômico é dever ético dos responsáveis pela preservação do Estatuto do Desarmamento. 

A Reforma Política, da qual a CNBB é signatária,  é uma dos caminhos para solução de muitos problemas que afligem o pais.

Muitas destas e de outras matérias que incidem diretamente na vida do povo têm, entre seus caminhos de solução, uma Reforma Política que atinja as entranhas do sistema político brasileiro. Apartidária, a proposta da Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, da qual a CNBB é signatária, se coloca nessa direção.

Urge, além disso, resgatar a ética pública que diz respeito “à responsabilização do cidadão, dos grupos ou instituições da sociedade pelo bem comum” (CNBB – Doc. 50, n. 129). Para tanto, “como pastores, reafirmamos ‘Cristo, medida de nossa conduta moral’ e sentido pleno de nossa vida” (Doc. 50 da CNBB, Anexo – p. 30).

Que o povo brasileiro, neste Ano da Paz e sob a proteção de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, supere esse momento difícil e persevere no caminho da justiça e da paz.


Aparecida, 21 de abril de 2015.

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva, OFM
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB







domingo, 26 de abril de 2015

Jornalismo: A profecia que devora o profeta

Por Luciano Martins Costa




"a imprensa tradicional tem se dedicado, ano após ano, a convencer o leitor de que a economia brasileira está no caminho errado. Quando o anunciante, diante de tanto pessimismo, resolve poupar seu dinheiro, cumpre-se a profecia".




Jornalistas que foram demitidos da Folha de S. Paulo fazem circular uma carta do jornal, assinada pelo editor-executivo Sérgio Dávila, justificando os cortes ocorridos na semana passada. Como se sabe, o diário paulista vem reduzindo sua força de trabalho desde janeiro. O Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo considera que se trata de uma tática para evitar que se configure uma demissão em massa, caso em que as entidades sindicais precisam ser avisadas com no mínimo 30 dias de antecedência.

Na linguagem peculiar dos momentos de crise, o texto começa assim: “A Folha realizou nos últimos dias ajustes em sua equipe. A redução é efeito da crise econômica que afeta o país e atinge a publicidade”.

Esse é o ponto central a ser discutido neste espaço, mas há outras questões levantadas na mensagem que merecem atenção. Por exemplo, informa-se que equipes serão reagrupadas e outras mudanças deverão ser anunciadas. O executivo chama o adensamento de grupos editoriais menores em equipes maiores – caso de Ciência e Saúde, que se agrega ao caderno Cotidiano – de “mudanças morfológicas”. 

O jornal promete que essas futuras movimentações “não envolverão novos ajustes” – expressão que ameniza a dureza das demissões. O objetivo, afirma, “é tornar o jornal mais eficiente para atender as demandas do leitor bem como otimizar o funcionamento da redação”.

O comunicado assegura que a Folha “continua líder em seu segmento, seja em circulação, audiência ou fatia publicitária, faz parte de uma empresa sem dívidas, que integra o segundo maior grupo de mídia do país, e preserva sua capacidade de investimentos editoriais”. Portanto, é de se concluir que se trata de dificuldades circunstanciais.

Na lógica do negócio, quem paga pela circunstância desfavorável é sempre o jornalista, não o executivo que errou na estratégia ou na gestão da empresa. No caso das empresas jornalísticas, pode-se afirmar que um dos elementos mais interessantes desse jogo é o fato de que a imprensa tradicional tem se dedicado, ano após ano, a convencer o leitor de que a economia brasileira está no caminho errado. Quando o anunciante, diante de tanto pessimismo, resolve poupar seu dinheiro, cumpre-se a profecia.

O viés negativo


Há sempre mais de uma maneira de dar uma notícia, como se diz na velha anedota sobre o gato que subiu no telhado. Por exemplo, se o leitor procurar o mesmo assunto em duas fontes distintas, poderá encontrar duas versões diferentes do mesmo fato, apesar da grande homogeneidade que se observa nos principais veículos de comunicação do Brasil. No caso do noticiário econômico, predomina um viés negativo, mas mesmo nesse contexto pode-se fazer interpretações variadas.

Vejamos, seletivamente, como os principais diários de circulação nacional abordam nas edições de sexta-feira (24/4) um mesmo assunto: o índice de emprego. 
  • O Globo coloca o tema no rodapé da notícia sobre o projeto de terceirização, com o seguinte subtítulo: “País volta a gerar empregos formais”. 
  • O Estado de S. Paulo traz reportagem de tamanho médio, na parte inferior de uma página onde o destaque é também a terceirização. Diz o título: “Economia brasileira cria 19 mil vagas de emprego em março”.
  • Observe-se, agora, como a Folha de S. Paulo trata os mesmos indicadores. No alto da página, com dois infográficos que mostram a queda da oferta de empregos no trimestre e a recuperação ocorrida no mês de março, o leitor se depara com o título: “Emprego formal tem pior 1º trimestre desde 2002”.
  • Em termos de comparação, leia-se que o especialista Valor Econômico publica o seguinte título: “Mesmo com março melhor, emprego é negativo no 1º trimestre” – e a reportagem, mais equilibrada, registra uma diversidade maior de interpretações de analistas e autoridades.


Não se está aqui a dizer que a imprensa deve sempre procurar o lado mais otimista dos acontecimentos, porque uma de suas funções é manter a sociedade alerta tanto para oportunidades como para riscos ao seu bem-estar. O que, sim, se pode conjecturar, é que tem razão o ministro do Trabalho, citado nas reportagens, quando afirma que o discurso de que o país está em crise, repetido desde a campanha eleitoral do ano passado, afeta a criação de empregos.

Se o leitor tiver acesso aos três diários de circulação nacional, mais o Valor Econômico, vai entender o seguinte: 
  • a oferta de empregos caiu no terceiro trimestre mas se recuperou em março; 
  • os contratos para grandes obras estão sendo retomados, o que pode conter os cortes na construção civil; 
  • a publicação do balanço da Petrobras é vista pelo mercado com otimismo; 
  • o setor de serviços segue em pleno crescimento.

Nas redações, as profecias catastrofistas devoram os profetas.
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LUCIANO MARTINS COSTA

O programa Observatório da Imprensa no Rádio é apresentado por Luciano Martins Costa. É transmitidode segunda a sexta-feira pelas emissoras abaixo.
          • Rio de Janeiro
        Rádio MEC FM (98,9mHz) – 18h
        Rádio MEC AM (800kHz) – 12h30 

          • Brasília
        Rádio Nacional FM (96,1mHz) – 12h30
        Rádio Nacional AM (980kHz) – 12h30 
          • Belo Horizonte
                                                 Rádio Inconfidência AM (880kHz) – entre 12h e 14h 
          • Joinville
                                                 Rádio Joinville Cultural FM (105,1mHz) – 14h

sexta-feira, 24 de abril de 2015

NBA en Cuba: El Salto Inicial

Por Abraham Himenez Enda




A Cuba llegó “Baloncesto sin fronteras”, un programa de desarrollo deportivo que la entidad norteña implementa en más de 220 naciones.

“Si el programa lo desarrollábamos en países más lejanos, por qué en Cuba no. Esto es un hecho histórico. Hemos abierto un puente entre Cuba y Estados Unidos." (Dikembe Mutombo)




Foto: Yaniel Tolentino












En su primer día en La Habana, la NBA no reposó. Todo ha sido ajetreo. Aterrizaron bien temprano en la mañana y salieron al ruedo. Solo hubo descanso para soltar las maletas, luego, todo fue básquet.

Del aeropuerto al hotel, del hotel a la Universidad de la Cultura Física y el Deporte “Manuel Fajardo”. Un maratón incesante, jornada de largo aliento. A Cuba llegó “Baloncesto sin fronteras”, un programa de desarrollo deportivo que la entidad norteña implementa en más de 220 naciones.

“Si el programa lo desarrollábamos en países más lejanos, por qué en Cuba no. Esto es un hecho histórico. Hemos abierto un puente entre Cuba y Estados Unidos. No se puede dejar de agradecer a todos los que hicieron posible que este programa se concretara”, expresó Dikembe Mutombo en conferencia de prensa. Ruperto Herrera, presidente de la Federación Cubana de Baloncesto, orgulloso de la prestigiosa visita, sentenció: “estamos llevando adelante una valiosa idea, un acontecimiento que sin dudas va a potenciar nuestro deporte”.

Por su parte, Alberto Andrés García, director regional de la Federación Internacional de Baloncesto, argumentó que “esperemos que este sea el salto inicial, hay que agradecer el esfuerzo que están haciendo los gobiernos de ambos países, con ese gesto, muchos serán los frutos que recogerán sus ciudadanos”.
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En cambio, Steve Nash se dedicó en la conferencia de prensa a valorar el nivel del básquet cubano y su posible progreso: “Cuba siempre ha producido reconocidos atletas a lo largo de la historia y estas clínicas van a ayudar a fortalecer el baloncesto”. En ese sentido, Mutombo también estimó que “los jugadores cubanos solo necesitan exponerse, cuando puedan mostrarse se integrarán a la élite, así como han hecho en otros deportes como el béisbol”.

Terminando la rueda, se conoció que a lo largo de estos días, serán seleccionados dos jugadores de la isla para participar en un campamento de desarrollo que implementarán en los próximos meses la NBA en República Dominicana.

NBA EN ACCIÓN



Al finalizar la conferencia de prensa entrenadores y ex extrellas se dirigieron hacia el tabloncillo de “La Mariposa” del Fajardo. A grada llena comenzó la acción. La expedición NBA tomó el centro, las esquinas, colocaron en la cancha varias cajas con balones Spaldings y lanzaron las primeras instrucciones.



Jasiel Rivero, en la actualidad es el
   mejor basquetbolista de Cuba
El “go, go” no paró. De un lado hacia otro, esférica por medio. Nash mostró su tiro certero, su clase para driblear y pasarse el balón entre las piernas sin mirarse las pantorrillas. Ticha se embulló a lanzar un par de veces desde la línea de a tres. Después, solo se dedicó a corregir los movimientos en la pintura de las jugadoras de la selección nacional. Mutumbo, se tardó un tanto. A su entrada, las miradas fueron todas suyas. Sus ya lentos movimientos no dejaron de levantar suspiros entre los presentes.

“No podemos pedir más, en estos jugadores está reunida una calidad extraordinaria, ellos marcaron una pauta en el básquet mundial, recibir sus consejos nos va a marcar”, comentó Yaima Boulet, jugadora que asiste a la clínica. En tanto, Jasiel Rivero, el mejor basquetbolista cubano de la actualidad, comentó: “Son estrellas de la NBA, nunca pensé que fuera a recibir sus consejos. Este es un paso grande que ha dado este deporte en Cuba”.

 

EN PRIMER PLANO


 

STEVE NASH:


El rubio Nash casi no habla, solo lo necesario. Eso sí, ríe casi siempre. Es un tipo extremadamente carismático que usa las palabras justas en cada frase. Su inglés es comprensible hasta para mi. Que qué fue lo que más me impresionó cuando tomó la Spalding en sus manos: su capacidad para levantarse, mirar al aro con su cuerpo encorvado, flotar en el aire y soltar sus dedos como un resorte.

Me dice Nash: “Espero aprender mucho. Sinceramente me complace poder estar aquí en el campamento con los muchachos, pero realmente quisiera más bien aprender de sus experiencias, su cultura, conocer más de esta hermosa isla y su historia”.

Sobre la primera clínica, añade: “Creo que hay mucho potencial. Pienso que lo más importante es establecer un sistema que se ajuste a otros sistemas del mundo; que los jugadores se expongan más a concepciones diferentes y a modos de entrenamiento y crecimiento atlético diferentes. Los jugadores cubanos van a crecer porque las condiciones físicas las tienen”.

Antes de dejarme, Nash me habla sobre los Miami Heat, sobre el desplante de la franquicia al programa de desarrollo: “Entiendo que es una situación difícil. Miami es el lugar de residencia de una gran parte de la comunidad cubana en Estados Unidos. Sabemos que han tenido una historia complicada. Es algo que esperamos que pueda superarse dentro de una o dos generaciones… pero ahora mismo nosotros estamos aquí simplemente para tratar de compartir tanto como sea posible en este campamento con estos jóvenes. No estoy aquí para hacer otra cosa que no sea ayudarles lo más que pueda y aprender más sobre esta isla maravillosa.”

Dikembe Mutombo:


Dikembe Motombo
Para hablar con Mutombo hay que empinar la nuca y levantar la vista. Es incómodo para los que no somos de su talla. Para todos. Mide 2,18 metros de estatura. Su inglés, a diferencia del de Nash, es tropeloso. Su pronunciación nos recuerda que nació en el Congo. Fuera de eso, todo lo demás es gracioso. No todos los días uno se encuentra con un gigante que te saca medio cuerpo y te aprieta como si fuera un socio cercano, como si te conociera de años y que antes de marcharse y darte la espalda, te guiña el ojo.

“Estoy contento con el nivel de competencia y con las habilidades que estas muchachas han mostrado. Esta generación de atletas va a reemplazarnos. Son mucho más talentosos, mucho más desarrollados. Entienden enseguida lo que estás explicándoles, les muestras cómo hacer algo y son capaces de seguir instrucciones de solo ver un movimiento una vez. Estoy muy complacido”.

De Cuba expresa: “Soy del Congo, así que me siento como en casa. Soy de un país tropical, y estar aquí me recuerda mis años de juventud en mi país de origen”.



Ticha Penicheiro:



Alo lejos Ticha parece anglosajona, pero es portuguesa. Habla español con z. Se le ve que aún está en forma, que se mantiene. En la década del noventa jugó contra Cuba. Dice que estaba “loca por venir a la isla”. Es la que menos se mueve en la cancha de todos los que dan instrucciones, después me dice que le ha encantado la comida “de aquí”. Debe estar llena del arroz congrí y la carne de puerco del almuerzo.

“Queremos trasmitir la pasión del básquet a todos los cubanos, la historia de Steve, Dikembe y la mía, nuestra experiencia, queremos que los niños y la gente sueñen con este deporte”.

De lo poco que ha visto en cancha de las jugadoras cubanas me dice que “tienen que tener un poquito más de ganas. Cuando yo jugaba nunca quería parar, estas muchachas se ven cansadas, aunque atléticamente tienen todo, ahora habrá que trabajar para continuar desarrollando las habilidades”.
 

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Lucro efetivo da Petrobrás surpreende e cresce 24%


Por Paulo Franco



  • A Receita Líquida foi de 337,3 bi, contra 304,9 bi em 2013 (+11%)

  • O Lucro Bruto foi de 80,4 bi contra 70 bi em 2013 (+15%)

  • O Lucro Líquido foi de 29,2 contra 23,6 bi em 2013 (+24%)














A divulgação do balanço da Petrobras passou a ser um dos fatos mais emblemáticos e importantes que aconteceu nestes últimos tempos, não só para o Brasil e para o exterior também.

Essa divulgação tem sido aguardada com muita expectativas pois diversos os segmentos da sociedades que são impactados pela empresa, seu comportamento, seu desempenho e suas decisões estratégicas. Destaca-se aí o mercado de ações e de crédito, o mercado de mão de obra, as empresas fornecedoras de equipamentos e matéria primas, as reservas de óleo e gas, sua exploração e distribuição dos derivados, o mercado internacional, os grandes players e outros tantos segmentos.
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As demonstrações foram divulgadas hoje, mas embora eu não tenha os números nos detalhes necessários para se fazer uma análise mais rigorosa, resolvi fazer algumas considerações, que considero extremamente importantes, embora com ainda não conclusivos. Qualquer Contador sabe que os ajustes efetuados não se referem especificamente ao ano de 2014. As empresas utilizam-se do regime de competência, onde receitas e despesas são contabilizadas conforme a sua efetiva utilização e não ao registro da operação ou do pagamento ou recebimento. 

Portanto é totalmente fora de propósito, qualquer afirmação de que o lucro de 2014 caiu X% em relação a 2013 e também que o lucro de 2014 foi o menor desde 1991, ou qualquer outra comparação dessa natureza. 

Esses ajustes referem-se ao período de 2004 até 2014. Mas o regime de competência não é aplicado para o passado, mas tão somente para o futuro, portanto o lançamento tem que ser feito, independentemente de sabermos que, efetivamente, esses números não são reais, portanto incoerente a comparação sem uma adequação anual. 

Usando um critério simples utilizados para análise que é a eliminação dos ajustes, para que os números sejam coerentes com os demais anteriores, e assim identificarmos qual foi o desempenho, de fato, da empresa nas suas operações normais. 

Embora não tenhamos ainda os números contáveis nos detalhes necessários, algumas conclusões já podemos tirar. Os ajustes foram 6,2 bi da corrupção e 44,6 bi de reavaliação dos ativos, que soma 50,8 bi.

  • A Receita Líquida foi de 337,3 bi, contra 304,9 bi em 2013 (+11%)
  • O Lucro Bruto foi de 80,4 bi contra 70 bi em 2013 (+15%)
  • O Lucro Líquido foi de 29,2 contra 23,6 bi em 2013 (+24%) 

O Lucro de 29,2 bi conseguidos em 2014 foram reduzidos a um prejuizo de 21,6 bi, devido à dedução dos 50,8 bi já citados acima. 

Amanhã, dia 23 quinta-feira, os mercados refletirão os números divulgados nos preços dos papeis.  O dia promete ser bastante volátil, pois além da avaliação dos impactos decorrentes dos números divulgados, há o confronto entre compradores e vendedores, um confronto de diferentes expectativas em relação ao futuro da empresa. 

Evidentemente que os analistas das instituições financeiros e dos fundos de investimentos e corretoras de valores se debruçarão sobre esses números para avaliar o quando as perdas contabilizadas afetam o atual valor da empresa no mercado e também, como os resultados operacionais e financeiros, devidamente expurgados, afetam as expectativas futuras da empresa em termos de trajetória de geração de resultados.