quarta-feira, 29 de abril de 2015

PIB dos EUA despenca e assusta analistas

Por Paulo Franco



 Se 0,2% de crescimento do PIB do 1o. Trim já assustou os analistas americanos, imaginem a revisão que foi divulgada hoje, uma redução de 0,7%. 


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Atualização em 01/06/2015

Se 0,2% de crescimento do PIB do 1o. Trim já assustou os analistas americanos, imaginem a revisão que foi divulgada hoje, uma redução de 0,7%. 

Este poste foi publicado em em função da surpresa causada pela divergência entre as previsões do resultado do PIB do primeiro trimestre dos EUA. 

A previsão em outubro/novembro de 2014 era de 3% e no inicio do ano as previsões (consenso de mercado) foi reduzindo-se violentamente, chagando-se na data da divulgação a 1,25%, mas o número real divulgado foi de apenas 0,2%. 

Não é só o governo brasileiro e nem os bancos que participam do sistema focus que erram suas previsões.  Isso ocorrer no mercado mais desenvolvido do mundo também. 

Mas a revisão divulgada hoje mostrou que na verdade o PIB encolheu nos EUA.   A variação foi de -0,7%, ou seja,  um erro de estimativa astronômico.  Esperar 3% de crescimento e uma redução de 0,7% é realmente espantoso. 

O mais importante ainda é a tomada de consciência pelos analistas de mercado, economistas, investidores e políticos que no cenário econômico global o que impera é a incerteza.   Parece que o mundo vai continuar convivendo com o fantasma da crise global por mais tempo.
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US Economy Grinds To A Halt, Again: Q1 GDP Tumbles Below Expectations, Rises Paltry 0.2%




A mídia no Brasil tende a minimizar os problemas lá fora, principalmente nos EUA e maximizar os problemas no Brasil, deixando a sociedade não só desinformada, mas com uma visão distorcida da realidade.

O PIB dos EUA vem desacelerando a partir do 3o. trimestre do ano passado (3o.T14 5%, 4o.T14 2,2%) crescendo em termos anualizados apenas 0,2%.

Esse número frustrou todas as expectativas, incluindo Wall Street, cujo consenso seria de uma queda para 1% e não para 0,2%. 
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Essa notícia me fez recordar o diálogo entre Dilma Rousseff e Miriam Leitão numa sabatina horrorosa em pleno período pré eleitoral no ano passado.  Miriam foi deselegante e até agressiva demonstrando uma rigidez. "São os dados, Presidenta." disse Miriam,  sobre o cenário internacional e particularmente a Alemanha  Naquela oportunidade Miriam dizia que o Mundo estava em processo de recuperação e o Brasil na contramão. Dilma pacientemente mostrou explicou a ela que a economia global estava se desacelerando, inclusive a Chanceler da Alemanha Angela Merkel havia manifestado preocupação pessoalmente à Dilma, com a situação de seu pais e as perspectivas era de uma leve recessão.

O desempenho ruim da economia americana impacta a economia brasileira com 2 vetores que têm sentidos opostos. Do lado da economia real, os EUA está sinalizando uma fraqueza da atividade econômica no mundo, o que pode dificultar as exportações, a balança comercial e os resultados de empresas que tem um dependência de receitas externas.

De outro lado, o arrefecimento da economia americana, aumenta a probabilidade do adiamento do aumento dos juros nos EUA e também a magnitude e intervalos dos aumentos. Com isso diminui por aqui, a pressão sobre nossa moeda (todas as moedas do mundo, na verdade) o que por decorrência pressionaria a inflação.  Outro aspecto positivo é a diminuição do risco  de fuga de capitais do país, sangrando nossas reservas.
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Fonte do gráfico: Infinite Unknown

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