sexta-feira, 17 de abril de 2015

Desmatamento na Amazônia caiu 80% em oito anos, diz estudo alemão




Pesquisa analisou 15 mil violações às leis ambientais entre 2004 e 2012 e o modo como a fiscalização atingiu criminosos



Vista aérea do Rio Igapó-açu, no Amazonas: maior vigilância reduziu desmatamento - Luiz Claudio Marigo




















A destruição da floresta amazônica brasileira diminuiu significativamente, segundo um estudo internacional liderado pela Universidade de Bonn, na Alemanha. A perda da vegetação é, agora, cerca de 80% menor do que em 2004.

De acordo com as estatísticas destacadas pelo artigo, foram derrubados 27.772 km² de floresta em 2004, principalmente para uso agrícola. Em 2012, o desmatamento atingiu 4.656 km².
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Coautor da pesquisa, o professor Jan Börner, da Universidade de Bonn, destaca que o desflorestamento é realizado principalmente por grandes criadores de gado, mas também pela agricultura em pequena escala. A abertura de novas estradas promove a extração de madeira e a devastação da cobertura florestal.

Usando dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e de centros de estudo internacionais, Börner estudou cerca de 15 mil violações da legislação florestal em toda a bacia amazônica. Seu objetivo era medir a eficácia das medidas de proteção à vegetação.

A aplicação da lei florestal é, a princípio, semelhante ao controle de limite de velocidade no trânsito: quanto maiores as penalidades e mais frequentes os controles, maior será o potencial de dissuasão — explicou.

Nos últimos anos, os policiais responsáveis pela preservação da Amazônia foram equipados com aparelhos de GPS para registrar as localizações espaciais de violações da legislação florestal. Os cientistas usaram esses dados para medir se os padrões do desmatamento mudam a partir dessas inspeções.

O estudo sugere que a proteção eficaz da floresta depende da presença física destes reguladores. Outras medidas devem ser tomadas, e muitas vezes isso implica em uma cooperação entre autoridades de níveis federal e estadual — avaliou o pesquisador. — A lei foi particularmente bem sucedida no Mato Grosso e no Pará, os estados com maiores índices de desmatamento. Neles, os promotores públicos mantêm listas negras de empresas agrícolas que violam a legislação. Desta foma, os comerciantes não compram mais produtos provenientes destas fontes.
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Fonte: O GLOBO -  Sustentabilidade

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