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sexta-feira, 27 de abril de 2018

A dor da fome

Por Luis Carlos Azenha

PARTE I
A região Nordeste do Brasil é a que mais passa fome. As periferias das grandes cidades também pioram este resultado. Acompanhe a primeira reportagem da série A Dor da Fome.


PARTE II
Na segunda reportagem da série A Dor da Fome, a equipe do Jornal da Record mostra como a comida de má qualidade e escassa afeta milhões de famílias em todo o Brasil. Acompanhe a reportagem!


PARTE III
Na terceira reportagem da série A Dor da Fome, a equipe do Jornal da Record viaja para a cidade que tem a menor renda per capita (por cabeça) no País. Neste lugar, a falta de comida é um problema que existe há gerações.


PARTE IV
Na quarta parte da reportagem "A Dor da Fome", Azenha e os jornalistas da Record mostra a dura realidade dos moradores de Betânia do Piauí (PI) que, por causa da falta de alimentos, doam os próprios filhos.





quarta-feira, 10 de abril de 2013

Políticas de austeridade penalizam as crianças, afirma Unicef



Primeiro-ministro holandês, Mark Rutte,
 rodeado por crianças em Haia
GENEBRA (AFP) – Um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirma que as políticas de austeridade nos países ricos penalizam as crianças. A publicação faz parte de um relatório anual sobre a situação das crianças nas economias avançadas.

“Muitos governos afirmam que precisam resolver a questão da dívida para não deixar esta carga às gerações futuras”, recordou Chris de Neubourg, diretor do centro de pesquisa política e social do Unicef. Mas os cortes afetam a educação e as famílias mais modestas, de maneira que “apresentamos agora a conta às crianças”.

O relatório analisa as mudanças entre 2000 e 2010 nas condições de vida das crianças de 29 países, levando em consideração critérios como êxito escolar, taxa de natalidade entre adolescentes, nível de obesidade infantil, frequência de atos de assédio ou consumo de cigarro e álcool.

Holanda, Noruega, Islândia, Finlândia e Suécia ocupam os primeiros lugares na lista. A França aparece na 13ª posição, Estados Unidos na 26ª e a Romênia fecha a lista, na posição 29.

Neubourg disse que as taxas de pobreza das crianças aumentaram em vários países. ”Mas reduzir os investimentos nesta geração cria o risco de que paguem as consequências agora e no futuro”, disse o diretor do UNICEF.

Ele citou o exemplo da Grã-Bretanha, número 21 em um estudo similar de 2007 e que hoje está na posição 16, depois de ter trabalhado muito para melhorar as condições de vida das crianças do país.

Nos Estados Unidos, uma criança em cada quatro vive em uma família com renda inferior à média. Na União Europeia a proporção é de uma em cada 10 crianças. Apesar dos Estados Unidos terem excelentes sistemas educativos e de saúde, “não são acessíveis a todos”, destaca o Unicef, que pede mais esforços para a proteção das crianças.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

BCG Mostra o quê que o Lulopetismo está fazendo com o Brasil

Entre 150 países: Brasil usa crescimento e inclui mais em 5 anos


O Brasil foi o país que melhor utilizou o crescimento econômico alcançado nos últimos cinco anos para elevar o padrão de vida e o bem-estar da população. Se o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu a um ritmo médio anual de 5,1% entre 2006 e 2011, os ganhos sociais obtidos no período são equivalentes aos de um país que tivesse registrado expansão anual de 13% da economia.


A conclusão é de levantamento feito pela empresa internacional de consultoria Boston Consulting Group (BCG), que comparou indicadores econômicos e sociais de 150 países e criou o Índice de Desenvolvimento Econômico Sustentável (Seda, na sigla em inglês), com base em 51 indicadores coletados em diversas fontes, como Banco Mundial, FMI, ONU e OCDE.

O desempenho brasileiro nos últimos anos em relação à melhoria da qualidade de vida da população é devido principalmente à distribuição de renda. "O Brasil diminuiu consideravelmente as diferenças de rendimento entre ricos e pobres na década passada, o que permitiu reduzir a pobreza extrema pela metade. Ao mesmo tempo, o número de crianças na escola subiu de 90% para 97% desde os anos 90", diz o texto do relatório "Da riqueza para o bem-estar", que será oficialmente divulgado hoje. O estudo também faz referencia ao programa Bolsa Família, destacando que a ajuda do governo as famílias pobres está ligada à permanência da criança na escola.



Nessa comparação de progressos recentes alcançados, o Brasil lidera o índice com 100 pontos, pontuação atribuída ao país que melhor se saiu nesse critério de avaliação. Aparecem a seguir Angola (98), Albânia (97,9), Camboja (97,5) e Uruguai (96,9). A Argentina ficou na 26ª colocação, com 80, 4 pontos. Chile (48º) e México (127º) ficaram ainda mais atrás.

Foram usados dados disponíveis para todos os 150 países e que fossem capazes de traçar um panorama abrangente de dez diferentes áreas: renda, estabilidade econômica, emprego, distribuição de renda, sociedade civil, governança (estabilidade política, liberdade de expressão, direito de propriedade, baixo nível de corrupção, entre outros itens), educação, saúde, ambiente e infraestrutura.

O ranking-base gerou a elaboração de mais três indicadores, para permitir a comparação do desempenho, efetivo ou potencial, dos países em momentos diferentes: 1) atual nível socioeconômico do país; 2) progressos feitos nos últimos cinco anos; e 3) sustentabilidade no longo prazo das melhorias atingidas.

Como seria de se esperar, os países mais ricos estão entre os que pontuam mais alto no ranking que mostra o estágio atual de desenvolvimento. Nessa base de comparação, que dá conta do "estoque de bem-estar" existente, a lista é liderada por Suíça e Noruega, com 100 pontos, e inclui Austrália, Nova Zelândia, Canadá, EUA e Cingapura. Aí o Brasil aparece em posição intermediária, com 47,8 pontos.

Para Christian Orglmeister, diretor do escritório do BCG em São Paulo, o desempenho alcançado pelo Brasil é elogiável, mas deve ser visto com cautela. "Quando se parte de uma base mais baixa, é mais fácil registrar progresso. O Brasil está muito melhor do que há cinco anos em várias áreas, até mesmo em infraestrutura, mas é preciso ainda avançar muito mais."

Entre os países que ocupam os primeiros lugares nesse ranking de melhoria relativa dos padrões de vida da população nos últimos cinco anos, a renda per capita anual é muito diversificada, indo desde menos de US$ 1 mil em alguns países da África até os US$ 80 mil verificados na Suíça. Além do Brasil, mais dois países sul-americanos _ Peru e Uruguai _ aparecem na lista dos 20 primeiros. Também estão nela três países africanos que em décadas passadas estiveram envolvidos em guerras civis _ Angola, Etiópia e Ruanda _ e que nos anos recentes mostram fortes ganhos em relação a padrão de vida. Da Ásia, aparecem na relação Camboja, Indonésia e Vietnã.

Nova Zelândia e Polônia também integram esse grupo. O crescimento médio do PIB neozelandês foi de 1,5%, mas a melhora do bem-estar foi semelhante à de uma economia que estivesse crescendo 6% ao ano. Na Polônia e na Indonésia, que atingiram crescimento médio do PIB de 6,5% ano, o padrão de vida teve elevação digna de uma economia em expansão de 11%.

O estudo também compara o desempenho recente dos Brics - além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - na geração de mais bem-estar para os cidadãos. Se em relação à expansão da economia, o Brasil ficou atrás dos seus parceiros entre 2006 e 2011, o país superou a média obtida pelo bloco em áreas como ambiente, governança, renda, distribuição de renda, emprego e infraestrutura, diz Orglmeister. China, Rússia, Índia e África do Sul aparecem apenas em 55º, 77º, 78º e 130º, respectivamente, nessa base de comparação, que é liderada pelo Brasil.

O desafio brasileiro, agora, é manter esse ritmo no futuro, afirma o diretor do BCG. "O Brasil precisa avançar em quatro áreas principalmente", diz. "Na melhora da qualidade da educação, na infraestrutura, na flexibilização do mercado de trabalho e nas dificuldades burocráticas que ainda existem para fazer negócios no país."

Para Douglas Beal, um dos autores do trabalho e diretor do escritório do BCG em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, embora os indicadores reunidos para produzir o Seda pudessem ser utilizados para produzir um novo índice, esse não é o objetivo do levantamento. "A meta é criar uma ferramenta de benchmarking, que possa fornecer um quadro amplo. com base no qual os governos possam agir."


Fonte: Valor Econômico / BCG - Boston Consulting Group