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quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Retrato de uma tragédia – a estagnação econômica brasileira

Por Claudio Considera, Elisa Carvalho de Andrade
      Juliana Carvalho da Cunha Trece, Luan Araujo

A TRAGÉDIA DA ESTAGNAÇÃO ECONÔMICA BRASILEIRA
A decisão de iniciar este texto com os dois gráficos autoexplicativos abaixo teve como objetivo evidenciar o desastre econômico e social que o país está passando desde que se iniciou a recente recessão que durou do segundo trimestre de 2014 ao quarto trimestre de 2016.



O Gráfico 1 deixa evidenciado o desastre econômico que o país está passando, ilustrado pela trajetória bastante negativa do hiato do produto (diferença entre o produto efetivo da economia e o seu produto potencial). Após cinco anos do início da última recessão, a economia está 4,8% abaixo do nível de atividade que apresentava no último trimestre pré-recessão. Além da mais profunda recessão, esta apresenta também a mais lenta recuperação de todas com 21 trimestres abaixo do pico pré-recessivo.[1] No Gráfico 1 está realçado que desde o primeiro trimestre de 2016 o país está “preso” no círculo vicioso da estagnação, com o PIB operando bem abaixo do seu potencial, de maneira não observada anteriormente na série histórica iniciada em 1980.

Além dos efeitos na própria atividade, essa tragédia econômica tem como efeito colateral o desemprego, conforme mostrado no Gráfico 2, intitulado de tragédia social. A taxa de desemprego

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Os números por trás do 'milagre econômico' da ditadura no Brasil


"...Mesmo serviços públicos, como a educação eram restritos e sofreram uma clara erosão de investimentos do Estado. O desenvolvimento da indústria, por outro lado, se deu à custa de muito endividamento público. 

A dívida externa brasileira cresceu em mais de 30 vezes. Se o PIB cresceu como nunca, a repressão limitou o poder de barganha dos sindicatos, e o salário dos trabalhadores amargou duas décadas de reajustes abaixo da inflação...."

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Nenhum país adotou teto de gastos como o da PEC 241

Por Étore Medeiros










“Vale a pena destacar casos positivos da fixação de teto de gastos. Todos os países que adotaram essa sistemática recuperaram sua economia. A Holanda, por exemplo, adotou limites em 1994, conseguiu reduzir a relação dívida/PIB de 77,7% para 46,8% e enxugou as despesas com juros de 10,7% para 4,8% do PIB. Ao mesmo tempo o desemprego caiu de 6,8% para 3,2%.” – Trecho do relatório da PEC 241 na Câmara, de autoria do deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS)



A fixação de um teto para os gastos públicos, defendida pelo governo Michel Temer (PMDB) com a Proposta de Emenda à Constituição 241/2016 (PEC 241), tem sido adotada ao redor do mundo desde meados dos anos 1990. Pioneira ao aderir a esse tipo de controle, a Holanda foi usada como exemplo por Darcísio Perondi (PMDB-RS) na Câmara dos Deputados. O Truco no Congresso – projeto de checagem da Agência Pública, feito em parceria com o Congresso em Foco – verificou um trecho do relatório escrito pelo deputado, que defende a aprovação da iniciativa. O parlamentar citou números positivos do país europeu, e escreveu ainda que todos os que implantaram a medida recuperaram a sua economia. Será que as informações usadas por Perondi estão corretas?

A PEC 241 define um limite para os gastos do governo federal, que durante 2o anos só será corrigido pela inflação do ano anterior – se aprovada em 2016, a medida valerá até 2036. Qualquer mudança nas regras da PEC só poderá ser feita a partir do décimo ano, e será limitada à alteração do índice de correção anual.

A proposta retira dos próximos governantes parte da autonomia sobre o orçamento. Isso porque a PEC 241 não permitirá o crescimento das despesas totais do governo acima da inflação, mesmo se a economia estiver bem. E só será possível aumentar os investimentos em uma área desde que sejam feitos cortes em outras.

Economistas têm advertido para os efeitos colaterais que a medida poderá causar, como a redução nos investimentos em saúde e educação, a perda do poder de compra do salário mínimo, entre outros. Ainda assim, a medida avançou rapidamente e já passou em primeiro turno no plenário da Câmara, por 366 a 111 votos, no dia 10 de outubro. Se passar pela votação em segundo turno, prevista para esta terça-feira (25), a matéria segue para o Senado Federal, que pode aprová-la ainda em 2016.

O teto é igual para todos?

Perondi afirmou que “todos os países que adotaram essa sistemática recuperaram a sua economia”. Um levantamento do Fundo Monetário Internacional (FMI) que analisou regras fiscais em 89 países entre 1985 e 2015, consultado pelo Truco, mostra, no entanto, que o modelo não é igual em todos os lugares. Logo, não é possível falar em uma mesma “sistemática”.

A Holanda adota um limite de gastos desde 1994. O teto vale para um período de quatro anos e inclui quase todas as despesas, como saúde, seguridade social e o pagamento de juros da dívida pública. A partir de alguns critérios, o governo faz uma previsão – em geral, depois de negociar com os partidos da base de apoio – que ele mesmo terá de cumprir. São permitidos aumentos nos gastos após a previsão inicial, desde que seja comprovada a existência de recursos.

Diferentemente da PEC 241, o modelo holandês impõe um limite também ao pagamento de juros da dívida pública. Isso deixou de acontecer entre 2007 e 2010, quando esse tipo de despesa foi excluída do teto. A crise econômica de 2008 levou ainda à exclusão, no teto, de certos benefícios e programas de assistência social e desemprego, entre 2009 e 2010. Mudanças como essas, para reagir a pressões econômicas internas e externas, não serão possíveis durante a vigência da PEC 241, caso ela seja aprovada sem alterações.

As regras de limitação para gastos foram adotadas de forma pioneira também na Suécia e Finlândia. Assim como ocorre na Holanda, o regime usado nos dois países tem diferenças em relação à PEC 241. Em 1997, a Suécia criou um rígido sistema de teto de gastos, que não permite alterações nos limites estabelecidos, mas válidos por três anos – não por 20, como quer Temer.

Na Finlândia, após mais de uma década tentando implementar um limite anual de gastos, o país estabeleceu um teto válido por quatro anos, em 2003. O governo seguinte manteve o regime, introduzindo alterações para torná-lo mais flexível. As limitações para o crescimento das despesas atingem hoje cerca de 75% das despesas federais finlandesas. Suécia e Finlândia não impõem valores máximos para os gastos com juros da dívida – o que também ocorre na PEC 241.

Também pioneira no teto, a Dinamarca limitou o crescimento real (acima da inflação) dos gastos a 0,5% ao ano, em 1994. O índice foi elevado para 1% entre 2002 e 2005. Após alterações nos anos seguintes, entrou em vigor, em 2014, uma lei que determina limites estabelecidos pelo parlamento a cada quatro anos e que vale para estados e municípios, além do governo federal.

Votação em primeiro da PEC 241 no plenário da Câmara dos Deputados, em 10 de agosto


A União Europeia adota uma regra com metas específicas por país, mas que, em geral, limita o aumento das despesas ao mesmo porcentual previsto para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em médio prazo. Além de excluir dos limites os gastos com benefícios para desempregados, a regra permite um aumento mais veloz das despesas, desde que amparado por um crescimento de receitas.

No Japão, as metas de gastos estabelecidas em 2006 deveriam ser seguidas por cinco anos, mas foram abandonadas em 2009, devido à crise econômica. Desde 2011, o país passou a proibir qualquer aumento nos gastos federais de um ano para o outro, com exceção daqueles relacionados ao pagamento da dívida pública – que preocupa por já ter ultrapassou duas vezes o valor do PIB.

O Kosovo limitou o aumento dos gastos, em 2006, a 0,5% ao ano em termos reais (acima da inflação). A medida foi descumprida e teve a abrangência reduzida, em 2009, passando a valer somente para os municípios. A Bulgária também passou por problemas com os limites estabelecidos em 2006, que não permitiam que as despesas excedessem 40% do PIB. Após furar a meta, a regra foi suspensa em 2009 e voltou a vigorar em 2012, não mais como um acordo político, mas com força de lei.

Na maior parte dos países, a regulação dos gastos é feita por meio de leis ordinárias ou de acordos políticos, como é o caso holandês. Os únicos a terem os modelos incluídos na Constituição, como defende o governo Temer, são Dinamarca, Georgia e Singapura.

Ou seja, a PEC 241 não repete o regime adotado por nenhuma outra nação, tendo como principais diferenças o longo prazo (20 anos), a correção do teto de gastos apenas pela inflação e a inclusão da norma na Constituição.

Todos os países recuperaram a economia?

Perondi exagerou ao dizer que “todos os países que adotaram essa sistemática recuperaram a sua economia”. Em alguns casos, o teto foi desrespeitado ou precisou ser modificado – o que será bem difícil de acontecer na proposta brasileira. Também distorceu dados ao citar os números sobre a economia da Holanda: “A Holanda, por exemplo, adotou limites em 1994, conseguiu reduzir a relação dívida/PIB de 77,7% para 46,8% e enxugou as despesas com juros de 10,7% para 4,8% do PIB. Ao mesmo tempo o desemprego caiu de 6,8% para 3,2%.”

Segundo a assessoria de Perondi, as informações sobre a Holanda foram retiradas da apresentação de Murilo Portugal, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em audiência na Comissão Especial da PEC 241. Ao contrário do relatório do deputado, o texto de Portugal deixa claro que os dados sobre a Holanda são relativos ao período 1994-2007. O problema é que há dados mais recentes, que mostram um cenário distinto.

A Holanda teve bons resultados na economia no período entre 1994 e 2007, mas o teto de gastos não a protegeu da crise financeira de 2008. O cenário negativo levou a alterações temporárias no sistema, na tentativa de evitar que os estragos fossem ainda piores. Suécia e Finlândia também sentiram o impacto e tiveram uma piora nos indicadores. Não será possível fazer ajustes de curto prazo se a PEC 241 for aprovada com o texto atual.

Embora tenha recuperado a economia entre 1994 e 2007, como apontou o deputado Perondi, a Holanda sofreu os impactos da crise de 2008, que reverteu a recuperação de indicadores econômicos e expôs limitações do sistema de teto de gastos. Se, por um lado, os anos recentes representam um dos piores cenários da economia mundial nas últimas décadas, o que justifica em parte a piora do quadro holandês, por outro lado houve flexibilidade do modelo de limite de despesas, que foi alterado para cruzar a crise.

A proporção entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB) caiu na Holanda, na Suécia e na Finlândia em um primeiro momento, mas não parou de subir depois da crise de 2008. Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), na Holanda, o indicador diminuiu de 71,7%, em 1995, para 42,6%, em 2007. Com a crise econômica, no entanto, o índice subiu até alcançar 68,3%, em 2014. A dívida finlandesa equivalia a 42,7% do PIB, em 2003, e foi reduzida gradualmente até 32,5%, em 2008. Com a crise, cresceu sucessivamente até atingir 55,7% em 2013. Na Suécia, o porcentual devido em relação ao PIB era de 70,2% em 1996. Passou para 36,7%, em 2008, e após oscilações chegou a 2012 com 36,4%.

Embora ligeiramente diferentes daqueles compilados pelo FMI, os dados do Banco Mundial para as relações entre déficit e PIB da Holanda e da Finlândia apresentam as mesmas tendências de recuperação pré-crise e deterioração pós-2008. As informações do banco sobre a Suécia, disponíveis apenas a partir de 2010, mostram oscilações até 2013 na casa dos 42% – ou seja, não houve mais queda significativa após a crise.

O índice de desemprego seguiu uma tendência semelhante. Na Holanda, caiu de 7,2%, em 1994, para 2,8%, em 2008. Por conta da crise, o porcentual mais que dobrou, atingindo 6,9%, em 2014. Na Finlândia, o desemprego caiu entre 2003 (9%) e 2008 (6,3%), mas subiu para 8,6% em 2014. A Suécia atingiu 8,7% em 2010, o maior índice de desemprego desde 1998 (8,5%), chegando a 2014 com 8%.

Dos indicadores citados por Perondi, o único cuja trajetória de queda não foi revertida após 2008 foi o pagamento de juros da dívida em relação às receitas. Em 1994, a Holanda destinava 9,9% das receitas para esse tipo de despesa. Após forte redução, o índice se estabilizou em torno de 4,4% entre 2006 e 2008. A crise promoveu uma leve alta no parâmetro em 2009 (4,7%), mas a trajetória de queda logo foi retomada, e o menor valor da série foi alcançado em 2014, com 3,4%. Suécia e Finlândia seguiram padrões parecidos, com poucos impactos da crise neste indicador.

Embora tenha sido precedida por grandes dificuldades financeiras, a entrada em vigor do teto na Suécia e na Finlândia não teve como objetivo recuperar o controle fiscal, mas mantê-lo, segundo estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) publicado em 2008. “Interessante notar que os limites máximos de despesas foram introduzidos após a consolidação, e não como parte do esforço para reduzir as despesas. Os limites máximos foram usados para manter a estabilidade, e não para criá-la”, diz o artigo.

O trecho do relatório da PEC 241 analisado nesta checagem está, portanto, equivocado. Chamar de “essa sistemática” tanto a proposta brasileira quanto o modelo holandês e de outros países é um exagero, já que as regras são vigentes por uma quantidade diferente de anos, em cada caso – contra 20 anos no Brasil –, e podem incluir ou excluir certos gastos, de acordo com o desempenho da economia – o que não será permitido com a PEC 241. Ao omitir essas diferenças, Darcísio Perondi distorceu fatos importantes e, por isso, o Truco no Congresso classifica a fala do parlamentar com a carta “Não é bem assim”.
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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

BIRD, OCDE e UNCTAD: Brasil e China são os motores do emprego no mundo

Por Osvaldo Bertolino



ECONOMIA BRASILEIRA: BIRD, OCDE e UNCTAD desmentem mortos-vivos neoliberais


O Banco Mundial (Bird) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) — órgão das Nações Unidas para o comércio e desenvolvimento — acabam de dizer que o Brasil e a China são os motores do emprego no mundo. O relatório anual da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) diz que apenas o fortalecimento da demanda agregada pelo crescimento real dos salários e pela distribuição de renda mais igualitária poderão romper o longo período de baixo crescimento. Ou seja: a candidata à reeleição Dilma Rousseff está muito mais sintonizada com o mundo das coisas reais do que seus opositores, que sonham com a ressurreição de práticas neoliberais que castigaram impiedosamente o país.



Nunca antes na história deste país se viu um debate eleitoral com a economia tão presente. E a inesgotável capacidade da direita brasileira, com o inestimável auxílio de alguns setores de "esquerda", de se engajar em discussões cujos resultados se enquadram na clássica categoria rodriguiana do óbvio ululante tem pautado o assunto recorrentemente. Por trás do debate aparentemente técnico, em que "especialistas" são chamados a contribuir com suas "análises objetivas", contudo, há um cenário político complicado para a oposição. A prova incontestável disso é que a mídia e seus produtos supostamente informativos — editoriais, programas de entrevistas, análises de articulistas, notícias e pesquisas de opinião — estão caprichando nos chutes a torto e a direito.
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Na verdade, não é de hoje que essa verdadeira indústria do "achismo" — na qual se chega ao ponto de falar de economia ao mesmo tempo em que se explica a noção de juros inscrita no metabolismo dos seres vivos, como ocorreu em um programa Roda Viva, da TV Cultura, com o economista Eduardo Gianetti da Fonseca, guru econômico da candidata Marina Silva — dos megacartéis de "opinião pública" que deitam falação em nome da "sociedade" sem ter recebido nenhuma procuração explícita de algum conhecido seu ou meu para representá-lo vem engolindo os dados da economia brasileira de forma atravessada. E a pessoa que presencia regularmente insultos, ataques pessoais, intrigas, falsidades, invenções, erros de fato e mentiras, puras e simples, não tem como se defender.


Realidade do Nordeste


A alavanca desse procedimento é a superestimação das mazelas do país com a intenção deliberada de

segunda-feira, 14 de julho de 2014

O Verdadeiro Programa da Direita


por SILVIO CACCIA BAVA


"...Segundo os ideólogos da direita, a economia vai mal e o país está sendo levado para uma fase ruim. O PIB é baixo. A inflação é alta. As exportações fraquejam..."




É um exercício de juntar as partes e buscar compreender esse discurso, que agora se torna raivoso, de uma

direita que está presente no espaço público e nos estádios de futebol e já disputa as eleições, com as armas que tem.

Vale tudo para tirar o PT do governo. Seu maior poder é o controle da mídia. É por meio dela que a direita disputa a opinião pública e impõe sua visão de mundo. A internet muda um pouco esse estado de coisas, permitindo a expressão da pluralidade e o questionamento da realidade. Mas ela não tem o poder da TV. Mais de 95% dos domicílios brasileiros têm televisão. E seus moradores, todos os dias, passam horas assistindo a uma variedade de programas, aliás, não tão variados assim.
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Há vários meses está em curso uma campanha, capitaneada pelos principais jornais e TVs, de ataques ao governo e de desgaste da presidente Dilma, da candidata Dilma. A disputa eleitoral, que deveria se transformar num embate entre dois projetos, não aparece assim. É um contínuo martelar de acusações contra o governo federal: corrupção, aparelhamento da máquina pública, má gestão, centralismo, descontrole das obras públicas, leniência com manifestações sociais que atentam contra a propriedade privada e quebram bancos e lojas.

domingo, 1 de junho de 2014

Millôr não mentiu: A midia é realmente canalha !

Por PAULO FRANCO


"A Imprensa Brasileira sempre foi canalha." (Millor Fernandes)



O PIB do 1º Trimestre do Brasil cresceu 1,9%

O PIB do 1º Trimestre dos EUA caiu 1,0%. 

(Atualização: dia 25/06/2014 foi divulgada a revisão do PIB dos EUA para queda de 2,9%)


Normalmente eu deixo passar as manipulações que a mídia faz, distorcendo, mentindo, reduzindo, aumento, ou seja, desinformando a sociedade.  Eu assisto para poder acompanhar como está essa manipulação.  Mas hoje, assistindo o Jornal Nacional da Globo eu não suportei, pensei comigo, eu tenho que fazer uma postagem para esclarecer  a todos os aqueles que eu tenho relacionamento na internet.

Na quinta feira, dia 29/05, os EUA divulgaram seus resultados do PIB do 1º trimestre de 2014.  Houve uma retração de 1% do PIB.  O governo havia previsto um crescimento de 0,1%, mas os analistas já estavam esperando algo em torno de 0,5% de retração.  O número veio pior ainda e bem distante.  

Não houve desespero e nem um "Deus nos acuda" como ocorreria no Brasil se nossos números fossem esses.  Chris Rupkey, economista-chefe do Bank of Tokyo-Mitsubishi de NY, serenamente disse "o jogo não acabou, estamos esperando melhoras para o 2o. trimestre e para o fim do ano". Nos EUA, a midia mesmo sendo engajada com os republicanos e o atual Presidente seja um Democrata as coisas têm limites, não é a avacalhação, o total desrespeito com a função jornalistica como ocorre no Brasil.

O IBGE divulgou os resultados do PIB brasileiro do primeiro trimestre que foram 0,2% em relação ao último trimestre de 2013 e 1,9% em relação a mesmo período de 2013.  No Acumulado de 4 trimestres a taxa de crescimento é de 2,5%.  É óbvio que a primeira vista não é uma maravilha, mas também não é ruim. É, na verdade um bom resultado, senão excelente. 
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A Imprensa é Canalha, mas... e a Rede Social?
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O número usado internacionalmente é resultante da variação do trimestre do ano em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.  No caso brasileiro essa variação foram os  1,9%.  A variação sobre o trimestre anterior, aquele 0,2%,  não é usada e normalmente nem é divulgada pela imprensa internacional. 

Gráfico da Globo mostra PIB dos EUA errado
A conduta da Globo é simplesmente deplorável, um terrorismo inadimissível em qualquer país do mundo civilizado.  Ao invés de comentar o crescimento de 1,9% que é o índice usado e comparado no mundo inteiro, ela o tempo todo ficou depreciando o desempenho brasileiro, em cima dos 0,2% sobre o trimestre anterior, como sendo um péssimo resultado.  É a velha estória do "copo meio cheio ou meio vazio", tão ironizado pela empresária Luiza Trajano, da Magazine Luiza.

A reportagem sempre condenando (e não informando) o desempenho economico e a gestão da política do governo, tenta atraves de recursos da comunicação tornar feio números que são bonitos. A reportagem "demonizou" o setor agrícola por causa de seu excelente desempenho de 3,6%, como se fosse péssimo para o pais, um crescimento daquele nível, mesmo considerando que o setor está crescendo graças aos investimentos em tecnologia e competitividade.  Foi constatado ainda que o setor deve continuar com o bom desempenho, nos próximos trimestres.   Por outro lado, serviços cresceram 0,4%.  Somente a atividade industrial que recuou 0,8%, o que não é bom lógico, mas felizmente compensado pelos demais setores.  É uma insanidade abominar um setor em que o Brasil tem expertise e vantagens comparativas em relação aos demais países.  O Brasil pode e deve continuar com a política de desenvolvimento tecnológico nesta área, tendo sempre a preocupação em preservar o meio ambiente e proteger o homem do campo, os pequenos agricultores e a agricultura familiar. 

Após toda a reportagem demonstrando o desastrado desempenho da economia brasileira, em cima dos 0,2%, ela mostrou um comparativo entre países, considerando o índice adequado.  Mas mesmo assim a Globo não deixou de exercer seu poder manipulatório, mantendo sua conduta invariavelmente criminosa.  A apresentadora diz: "Em 38 países selecionados..."  Ora, toda vez que uma reportagem seleciona uma amostra sem especificar qual o critério e porque daqueles países escolhidos, obviamente, é porque essa amostra será enviezada, para demonstrar aquilo que se deseja.   Qualquer comparação deve ser feita tendo por base o seu "peer group", ou seja.  Poderia ser os paises com nível de desenvolvimento semelhante, países com tamanho semelhantes, países de região específica, etc.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Desafio do Brasil: Crescimento x Inflação

Por PAULO FRANCO


(atualizado com o ipca de novembro/2013)


Após um longo período de taxas declinantes, desde janeiro, o IPCA, a partir de agosto inverteu a curva e segue numa trajetória de alta mensal. A taxa de novembro foi de 0,54% um pouco inferior a outubro (0,57%) mas nada relevante. Alem do mais, as prévias já sinalizam para dezembro uma taxa maior que a de novembro.

Inflação 2013

Para que a inflação oficial, medida pelo IPCA, mantenha o mesmo valor de 2012, de 5,84%, a taxa mensal de dezembro poderá ser de até 0,84%, o que parece plausível. Todavia se a taxa do mês de dezembro ficar em torno de 0,75%, portanto ainda acima dos 0,54% de novembro, fecharemos o ano com a inflação em torno de 5,70%, como pode ser visualizado no gráfico abaixo.



Comportamento Sazonal

No período pós Plano Real, o IPCA tem assumido um comportamento cíclico anual conforme o gráfico abaixo. Esse gráfico mostra um regressão, uma tendência, uma linha onde os valores giram em torno dela. Desconsiderando fatores da conjuntura atual, é razoável pensar que há uma grande chance do índice vir maior ainda em janeiro de 2014. Talvez em fevereiro ou março, haja um inflexão na curva iniciando um período declinante com oscilações mensais.
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Leia também:
DEUTSCHE BANK: Brasil crescerá 3,5% a.a.
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As pressões altistas nos preços, mais severas deverão ocorrer às vésperas das eleições do primeiro turno, em setembro/outubro. Também tem sido registrados com um certa frequência picos de alta nos preços em junho/julho, variando de ano para ano.








PIB

Essa volatilidadade nos preços, decorre basicamente do desequilíbrio entre a oferta e a demanda no front interno, que associada à pressão externa derivada da retirada paulatina dos incentivos monetários da economia norte-americana e de uma possível deterioração das economias da zona do euro, exige uma gestão muito severa, que continuará, ao que tudo indica, limitando o potencial de crescimento da economia. A China continua sendo o driver mais importante, desse embróglio econômico, mas não temos condições no momento de prever se haverá realmente, como se preve,  uma redução do seu ritmo de crescimento e de quanto seria essa redução. Neste cenário nebuloso, qualquer previsão de crescimento que não seja inferior a 3% para 2014, seria excesso de otimismo. Para 2013, o mais provável é que o crescimento fique entre 2,3% e 2,6%.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

DEUTSCHE BANK: Brasil crescerá 3,5% a.a.

Na contramão da maioria das atuais previsões, banco alemão diz que problemas da economia brasileira são cíclicos e vê o país crescendo 3,5% ao ano no médio prazo.


País possui bons fundamentos econômicos e sofre com a valorização do real, avalia.   Mesmo com um crescimento econômico estimado em somente 1,5% para este ano, um relatório do Deutsche Bank estima que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vai crescer no mínimo 3,5% ao ano no médio prazo.

O relatório, preparado pelo economista Markus Jäger, diretor do centro de pesquisa do Deutsche Bank, diz que isso se deve à provável recuperação do cenário econômico global, aos sólidos fundamentos da economia brasileira e às reformas estruturais levadas adiante pelo governo, além da diversidade de produtos brasileiros voltados para a exportação – principalmente para a China.

"A taxa de crescimento econômico praticamente dobrou nos últimos dez anos e passou de 2% a 2,5% ao ano para quase 4%. A recuperação cíclica será acompanhada, ainda, da criação de uma maior poupança interna e de mais investimentos, o que torna muito improvável que a economia brasileira vá crescer menos do que 3,5% no médio prazo", afirmou Jäger à DW Brasil.

Principal parceiro comercial

A China – hoje a segunda maior economia do mundo – é o maior parceiro comercial do Brasil e compra cerca de 17% do total das exportações brasileiras. O país asiático teve um crescimento econômico anual de dois dígitos percentuais nos últimos 30 anos e, segundo Jäger, deverá crescer em torno de 8% no futuro. E a necessidade dos chineses por matérias-primas tem beneficiado o Brasil.

De acordo com o especialista, as relações comerciais do Brasil com a China podem ser consideradas desequilibradas – ou complementares, dependendo do ponto de vista. Os principais produtos brasileiros exportados para lá são commodities – soja, minério de ferro e petróleo –, enquanto 98% das exportações chinesas para o Brasil são de produtos manufaturados.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Tempos Insanos









Dani Rodrik condena as políticas de austeridade, prevê o fim dos milagres econômicos e diz que nações como o Brasil levam vantagem


por Eduardo Graça para Carta Capital — publicado 06/05/2013

Um dos mais respeitados professores da Universidade Harvard, titular de Política Econômica Internacional da Escola John F. Kennedy, o economista de origem turca Dani Rodrik integra um grupo consistente (e crescente) de analistas críticos aos programas de austeridade adotados na Zona do Euro. "O que acontece na Europa é um assalto à democracia", define. 

Autor de Has the Globalization Gone Too Far (1997), One Economics, Many Recipes (2007) e The Globalization Paradox (2011), Rodrik concedeu a entrevista a seguir em seu escritório em Cambridge antes da polêmica sobre o erro de cálculo cometido pelos economistas Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff em estudo a respeito da relação entre endividamento e crescimento econômico, na verdade um libelo em defesa das políticas de austeridade preconizadas por conservadores e aplicadas na Europa com os resultados até aqui conhecidos. Um dia antes da entrevista, o acadêmico postara, no entanto, o seguinte comentário no Twitter sobre o lançamento de Austerity: The History of a Dangerous Idea, do diretor dos programas de graduação em Relações Internacionais e Estudos de Desenvolvimento da Universidade de Brown, Mark Blyth: “Foi preciso um cientista social para denunciar a insanidade das políticas econômicas baseadas na austeridade”.
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Segundo o economista, a era dos “milagres econômicos” passou, o crescimento das economias tende a ser mais lento, mas os países com forte mercado interno e projetos de inclusão social estão em melhor posição para avançar. “O Brasil segue como uma dessas nações”, afirma. 

Rodrik será o principal palestrante do 1º Fórum de Economia promovido por CartaCapital. O seminário acontece na terça-feira 7, no Hotel Renaissance, em São Paulo, a partir das 9 da manhã. Após sua exposição, o economista responderá a perguntas do ex-ministro Delfim Netto e de Luiz Gonzaga Belluzzo, consultor editorial de CartaCapital. 

Carta Capital: O senhor escreveu há um ano que países como Brasil, Índia e Coreia do Sul estão em posição melhor do que os demais para enfrentar os novos desafios econômicos globais. Continua a ter a mesma opinião sobre o Brasil?

Dani Rodrik: Sim. Obviamente o Brasil não teve um ano bom em termos de crescimento econômico. Mas não acho que deveríamos ser obcecados com variações anuais do PIB. Deveríamos, na verdade, estar prontos para crescimentos menores globais nas próximas décadas. O contexto global será menos propício a expansões econômicas significativas, se compararmos com o cenário dos últimos 25 anos. Mesmo países cujas economias vão relativamente bem experimentarão ventos bravios. Nesse contexto, países com grande mercado interno, que investem na inclusão social e se beneficiam mais de um dinamismo real de sua economia do que da súbita entrada de capital e dos humores do mercado, no âmbito de uma democracia robusta, estarão em melhor posição para atravessar os tempos duros. O Brasil, há um ano e hoje também, segue como uma dessas nações. 

CC: Não se pode julgar a economia de um país por um ano ruim, como o senhor diz. Mas há a percepção neste momento de que o Brasil deixou de ser um favorito do mercado. O senhor vê razão para essa mudança?


terça-feira, 30 de abril de 2013

10 motivos para acreditar que chegou a hora da virada da bolsa brasileira



BofA acredita que país chegou a um ponto de inflexão em termos de crescimento, lucros e confiança e seleciona 3 blue chips para se aproveitar dessa reviravolta.


Por Thiago Salomão

O viés negativo dos grandes investidores para a bolsa brasileira, algo que ficou explícito nos últimos meses, parece cada vez mais se distanciar da realidade atual. É a percepção que se tem com os relatórios elaborados pelos analistas de bancos internacionais, que possuem como grande maioria de clientes investidores internacionais e institucionais - ambos responsáveis por movimentar uma enorme quantia de dinheiro.

Jutando-se aos últimos relatórios divulgados nas últimas semanas por casas de research renomadas, como Credit Suisse, HSBC e Santander, o time de analistas do Bank of America Merrill Lynch divulgou na manhã desta terça-feira (30) um relatório entitulado "10 reasons not to be so bearish on Brazil", ou 10 motivos para não estar "bearish" (com viés baixista) para o Brasil, na tradução livre.

O estudo, assinado por Felipe Hirai, David Beker e Marina Valle, conclui que, após um longo período de pessimismo por parte dos investidores, o Brasil finalmente chegou a um ponto de inflexão em termos de crescimento, lucros e confiança, apostando que agora é a hora da retomada. Além disso, os analistas do BofA afirmam que a melhor forma de se posicionar no País é por meio das ações das blue chips Itaú Unibanco, Petrobras e Vale que têm performado abaixo da média em 40% desde 2009.



Enxegando ponto de inflexão no Brasil, BofA Merrill Lynch lista 10 motivos para não estar pessimista com Brasil e seleciona três blue chips para se posicionar na bolsa.

Os 10 motivos:


1. Crescimento em 2013 muito mais forte do que de 2012: 

a atividade econômica vem mostrando sinais de retomada, com a atividade industrial retornando para o campo positivo em fevereiro, ao passo que as vendas de varejo apresentaram um crescimento de 19,7% entre o primeiro trimestre de 2012 e 2013.

No lado da oferta, as perspectivas para a agricultura estão bastante otimistas, apontando para um crescimento de 8,6% neste ano. Já no setor industrial, o menor "spread" dos financiamentos neste ano deve amenizar os impactos na saúde financeira das empresas. Ainda sobre os spreads, o BofA avalia que os bancos sofreram menos com as medidas anunciadas pelo governo em 2012 nesse âmbito.

2. Necessidade "desesperada" de investimento privado:

para o BofA, o ponto-chave para resolver o enigma "baixo crescimento + alta inflação" é aumentar o investimento privado. E o governo já começou a se mobilizar neste sentido, apontam os analistas do banco, destacando o aumento na TIR (Taxa Interna de Retorno) oferecida nas novas concessões rodoviárias, de um patamar entre 5% e 5,5% para 7% e 8%. Além disso, diversos pacotes de estímulo engatilhados pela presidente Dilma e o aumento das PPPs (Parcerias Público Privada) também trazem uma expectativa favorável para o País.

3. Consenso do mercado está "bearish" demais:

segundo dados da pesquisa de gestores realizada pelo próprio BofA, os investidores seguem "underweight" (com exposição abaixo da média) com o Brasil, com o fluxo dos fundos mostrando uma saída líquida de US$ 1,6 bilhão desde o começo do ano - no resto do mundo, houve uma entrada líquida de US$ 105 bilhões em ações. "Na nossa visão, o sentimento sombrio em torno do Brasil parece já estar precificado em seu mercado de ações", concluem Hirai, Beker e Valle.


domingo, 17 de março de 2013

Brasil tem alto desempenho no desenvolvimento humano e é modelo para o mundo, diz ONU




English Summary


The 2013 Human Development Report – "The Rise of the South: Human Progress in a Diverse World" – examines the profound shift in global dynamics driven by the fast-rising new powers of the developing world and its long-term implications for human development.

The Report identifies more than 40 countries in the developing world that have done better than had been expected in human development terms in recent decades, with their progress accelerating markedly over the past ten years. The Report analyzes the causes and consequences of these countries' achievements and the challenges that they face today and in the coming decades.

Each of these countries has its own unique history and has chosen its own distinct development pathway. Yet they share important characteristics and face many of the same challenges. They are also increasingly interconnected and interdependent.

The Report calls for far better representation of the South in global governance systems and points to potential new sources of financing within the South for essential public goods. With fresh analytical insights and clear proposals for policy reforms, the Report helps charts a course for people in all regions to face shared human development challenges together, fairly and effectively.

  • Today, the South as a whole produces about half of world economic output, up from about a third in 1990.
  • Latin America, in contrast to overall global trends, has seen income inequality fall since 2000.
  • There is a clear positive correlation between past public investment in social and physical infrastructure and progress on the Human Development Index.
  • Developing countries trade more among themselves than with the North, and this trend can go much further.


BRASIL EM FOCO

País registra crescimento de 24% no IDH desde 1990 e cresce mais rápido que vizinhos latino-americanos. IDH do Brasil melhora em 2012; país mantém 85ª posição no ranking em relação a 2011.





14 Março 2013, do PNUD

O Brasil está entre os 15 países que mais conseguiram reduzir o déficit no IDH entre 1990 e 2012, uma trajetória que o coloca no grupo de “alto desempenho” em desenvolvimento humano. As conclusões são do Relatório de Desenvolvimento Humano 2013 – Ascensão do Sul: progresso humano num mundo diversificado, lançado hoje pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 

A classificação de “alto desempenho” foi dada aos países que: tiveram desenvolvimento humano significativo pois, além de experimentar aumento do rendimento nacional, registram valores superiores à média nos indicadores de saúde e educação; reduziram o hiato necessário para alcançar o teto do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – igual a 1 –; e tiveram desempenho melhor em relação a seus pares – países que se encontravam em patamares semelhantes em 1990.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Em apenas 14, CHAVEZ DESCONSTRÓI 500 anos na Venezuela


50 verdades sobre Hugo Chávez e a Revolução Bolivariana

por Salim Lamrani - Paris, para Opera Mundi

O presidente Hugo Chávez, que faleceu no dia 5 de março de 2013, vítima de câncer, aos 58 anos, marcou para sempre a história da Venezuela e da América Latina.

1. Jamais, na história da América Latina, um líder político alcançou uma legitimidade democrática tão incontestável. Desde sua chegada ao poder em 1999, houve 16 eleições na Venezuela. Hugo Chávez ganhou 15, entre as quais a última, no dia 7 de outubro de 2012. Sempre derrotou seus rivais com uma diferença de 10 a 20 pontos percentuais.

2. Todas as instâncias internacionais, desde a União Europeia até a Organização dos Estados Americanos, passando pela União de Nações Sul-Americanas e pelo Centro Carter, mostraram-se unânimes ao reconhecer a transparência das eleições.

3. Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos, inclusive declarou que o sistema eleitoral da Venezuela era “o melhor do mundo”.

4. A universalização do acesso à educação, implementada em 1998, teve resultados excepcionais. Cerca de 1,5 milhão de venezuelanos aprenderam a ler e a escrever graças à campanha de alfabetização denominada Missão Robinson I.

5. Em dezembro de 2005, a Unesco decretou que o analfabetismo na Venezuela havia sido erradicado.

6. O número de crianças na escola passou de 6 milhões em 1998 para 13 milhões em 2011, e a taxa de escolarização agora é de 93,2%.

7. A Missão Robinson II foi lançada para levar a população a alcançar o nível secundário. Assim, a taxa de escolarização no ensino secundário passou de 53,6% em 2000 para 73,3% em 2011.

8. As Missões Ribas e Sucre permitiram que dezenas de milhares de jovens adultos chegassem ao Ensino Superior. Assim, o número de estudantes passou de 895.000 em 2000 para 2,3 milhões em 2011, com a criação de novas universidades.

quarta-feira, 6 de março de 2013

América Latina es "la región más desigual del mundo"


       
              por Gilberto Lopes - San José  (BBC-Mundo)




Una familia pobre en América Latina.
El informe asegura que diez de los quince países más desiguales están en la región.


América Latina y el Caribe "conforman la región más desigual del mundo" y esa desigualdad no sólo es alta, sino también muy persistente, concluyó el Informe Regional presentado en San José, Costa Rica, por el Programa de las Naciones Unidas para el Desarrollo (PNUD), que busca no sólo comprender las causas de este fenómeno, sino también ofrecer soluciones.
De acuerdo al estudio, 10 de los 15 países más desiguales del mundo "pertenecen a esta región".
La desigualdad se puede medir con el "coeficiente de Gini", utilizado habitualmente por este tipo de estudios. Varia de cero a uno, siendo el cero la igualdad absoluta y, el uno, la mayor disparidad posible.
En América Latina los dos países con el índice más bajo, los más igualitarios, son Uruguay y Costa Rica, con 0,45 y 0,47 respectivamente. En el otro extremo, Haití y Bolivia trepan hasta 0,59 y 0,6. Es decir, son aquellos donde la desigualdad es mayor.
El estudio destacó además de las brechas visibles entre los países en términos de desarrollo humano, la que existe dentro de cada país.

¿Cómo combatir esa desigualdad?

El Informe destaca la importancia del "logro educativo" en el combate a la desigualdad. Pero añade que el gasto social del Estado en salud, nutrición e infraestructura, contribuyó también, en la última década, de forma significativa a reducirla.

terça-feira, 5 de março de 2013

El secreto de Venezuela en su lucha contra la pobreza

Juan Paullier - BBC Mundo, Caracas


Para los partidarios de Hugo Chávez, probablemente sea uno de los datos más halagadores.




Venezuela es el segundo país de América Latina donde más se ha reducido la pobreza en los últimos 12 años, detrás de Ecuador, que entre 1991 y 2010 la redujo en 26,4%.   La tendencia regional registró los niveles más bajos de pobreza e indigencia en dos décadas, según la Comisión Económica para América Latina y el Caribe (Cepal).


El 27,8% de los 29 millones de venezolanos viven por debajo de la línea de pobreza. Cuando el presidente Chávez llegó al poder en 1999, era el 49,4%.   Las cifras concuerdan con el discurso de "justicial social" de Chávez pero, contrariamente a lo que se podría pensar, no son consecuencia directa de las llamadas "misiones" (programas sociales).

"A lo que más se atribuye la disminución de la pobreza (en Venezuela) –le dice a BBC Mundo Martín Hopenhayn, director de la División de Desarrollo Social de la Cepal– es al aumento de los ingresos laborales, mucho más que a los programas de transferencias".


Las razones

Detrás del caso venezolano hay beneficios extraordinarios por los precios del petróleo, mejoría en los ingresos laborales y mayor distribución de las rentas.   A diferencia de otros países, donde se atribuye al crecimiento económico las mejoras en los niveles de pobreza, en Venezuela la distribución cobró mayor protagonismo.

Mientras que en Argentina el 80% de la variación se debió al crecimiento y el 20% a la distribución, esos porcentajes alcanzaron en Venezuela el 45% y el 55% respectivamente, una de las más altas en la región.
Para el gobierno venezolano la clave pasa por las "misiones", con las que aspiran a tener "en la próxima década cero pobreza", según el vicepresidente Elías Jaua.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

BRASIL, CELEIRO DO MUNDO

Especial para Infolatam por Luis Esteban González Manrique (23-01-2013)



Depois de um ano decepcionante para a economia brasileira –em 2012 o PIB mal cresceu alguns décimos acima do 1%, enquanto a inflação foi de 5,84%–, também não parece que neste ano a sétima economia do mundo enfrentar uma situação melhor.

Caso sejam liberados os preços dos combustíveis, do transporte e da eletricidade, que até agora estiveram represados, a inflação poderia atingir neste ano o 6%, com um crescimento que poucos acreditam que irá atingir o 4% fixado pelo governo de Dilma Rousseff para poder enfrentar em melhores condições as eleições gerais do próximo ano.

No princípio de 2012, a Bolsa de São Paulo antecipou que cerca de 40 companhias sairiam à bolsa ao longo do ano. Apenas três fizeram isso. Segundo a pesquisa Doing Business do Banco Mundial, o Brasil figura no posto 130 no ranking mundial, enquanto a proporção do investimento estrangeiro direto em relação ao PIB foi de 1,9% em 2009 e de 2,9% em 2012, frente ao 7% do Chile entre 2008 e 2011.

Contudo, esses números não embaçam as inquestionáveis fortalezas do gigante sul-americano. O motor da economia brasileira é o consumo, que representa 60% do PIB, frente ao 35% na China. O Brasil está hoje entre os quatro maiores consumidores mundiais de uma longa série de produtos que vão desde as guloseimas aos licores. Neste ano, superará o Japão como o maior mercado do mundo de cosméticos, com 43 bilhões de dólares anuais, segundo Euromonitor. A ascensão de 35 milhões de pessoas à classe média na década passada criou condições de pleno emprego (4,6% de desemprego) nas seis principais cidades do país.

O ‘milagre agrário’ brasileiro


Porém, o desenvolvimento agrícola brasileiro é o que tem maiores envolvimentos globais. A mudança climática, a crescente escassez de água potável e a diminuição de terrenos cultiváveis em muitos países estenderam nos últimos anos um verdadeiro ‘agro-pessimismo’.

Dado que o poder aquisitivo nos países em desenvolvimento aumentará a um ritmo maior do que o crescimento demográfico –e que se verá acompanhado de um maior consumo de proteínas de origem animal–, para 2050 a produção de grãos terá que aumentar 50% e a de carne deverá ser duplicada para poder satisfazer a demanda global.



A ONU advertiu que em 2025 os dois terços da população mundial poderiam viver em condições de “estresse hídrico”. Dos 210 países do planeta, 190 já têm escassez de água e apenas em 10 o recurso é abundante. Segundo o World Water Resources Group, um terço da população mundial viverá, em meados do século, perto de bacias hidrológicas com um déficit de fornecimento para consumo humano de 50%.

Poucos países estão em condições de cobrir essas carências. Um deles é o Brasil. Segundo a FAO, o