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domingo, 9 de março de 2014

Desmatamento em 2013 no Brasil sobe 28%

Por PAULO FRANCO




Depois de 4 anos de reduções initerruptas e de 9 anos de redução substancial no desmatamento da amzônia, em 2013 houve uma elevação de 28%.   Os dados são do PRODES (Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites), do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Dentro da curva descendente iniciada a partir de 2004, o único ano em que houve um crescimento no desmatamento foi  2008, com 11%.  Felizmente, não passou de um soluço, e a tendência descrescente foi retomada com êxito. 
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Após atingir o pico de 27.800 km² no ano de 2004, a queda do desmatamento até o ano de 2012,  foi de 84% quando foi desmatado apenas 4.571 km².  Um queda vertiginosa, diga-se de passagem, tanto que esse resultado foi reconhecido internacionalmente e o Brasil acabou ganhando o prêmio "Campeões da Terra-2013 " condedido pela ONU.

É lógico que em termos absolutos e até no contexto das reduções ocorridas, o fato até poderia ser considerado não tão relevante assim.

O fundamental é que se acenda um "alerta vermelho" para que as autoridades responsáveis pelo controle, não permitam que isso se transforme numa tendência, com aumentos do desmatamento nos próximos anos.

A sociedade e o governo tem que trabalhar com uma missão que seria o desmatamento zero. Sabemos que, embora seja muito díficil atingir essa meta, não é impossível, mas o foco tem que ser sempre esse.

Os estados mais vulneráveis, atualmente, ao desmatamento tem sido o Mato Grosso e o Pará.  No caso do estado do Mato Grosso a causa maior é a expansão para o plantio de soja.   Já no estado do Pará, tudo indica ser grilagem de terras para a especulação, com propriedades mais extensas.  Conforme informações do INPE, esse desmatamento tem se concentrado no entorno da rodovia BR-163.  

Em ambos os estados, mas principalmente no Pará, o IBAMA tem que recrudescer a fiscalização, a autuação e o embargo desses desmatamentos.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Desmatamento na Amazônia caiu 70% entre Agosto e Novembro









Desmatamento na Amazônia caiu 70% entre agosto e novembro em relação ao mesmo período de 2012
Dados são de ONG. Madeireiros e pecuaristas vão para o interior da floresta


Por RENATO GRANDELLE de O Globo


RIO — Um estudo apresentado nesta quinta-feira mostrou mais uma face do desmatamento da Amazônia. Segundo a ONG Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o desflorestamento caiu 70% entre agosto e novembro deste ano, em relação ao mesmo período em 2012. Parece contradizer os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados com exclusividade pelo GLOBO, que indicaram um aumento de 28% do desmatamento entre agosto de 2012 a julho deste ano. No entanto, os estudos retrataram diferentes dimensões da perda da floresta.

Enquanto a análise do Inpe é mais completa e cobriu um ano inteiro, a do Imazon focou nos grandes desmatadores e analisou um período menor.

Ambos os levantamentos, porém, apontam a dificuldade para acompanhar como a Amazônia é invadida por agricultores e madeireiros, além de ser alvo crescente da especulação imobiliária.


O sistema Prodes, usado pelo Inpe, detecta cortes superiores a 6,25 hectares. A fiscalização do Imazon, por sua vez, é menos detalhada. Suas imagens só identificam regiões cuja área devastada tem mais de dez hectares.
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Pesquisador do Imazon, Heron Martins não se surpreende com a grande redução do desmatamento:

— O aumento da fiscalização e de programas de sustentabilidade atingiu o desmatamento especulativo, a grilagem e a agroindústria. Mas ainda há o que fazer.

Pesquisa aponta migração de atividades para áreas conservadas

Segundo o Imazon, entre agosto e novembro de 2012 e o mesmo período deste ano, os índices de desmatamento caíram 88% no Mato Grosso (de 249 para 30 hectares) e 84% no Pará (613 para 98 hectares). Também foram registradas quedas em Amazonas, Rondônia e Tocantins. Em Roraima e no Acre, o desmatamento aumentou, mas de forma irrelevante (inferior a 15 hectares).

O instituto, no entanto, constatou a migração de empresas ligadas à atividade madeireira e à agropecuária do Mato Grosso para o Pará, e de Rondônia para o sul do Amazonas.

— O arco do desmatamento está avançando para o interior da floresta, à medida que alguns municípios distantes não têm mais madeira para explorar — lamenta Martins.

Vice-presidente da Conservação Internacional no Brasil, André Guimarães elogia o estudo do Imazon, mas considera que avaliar apenas o desmatamento é “olhar para o retrovisor”.

— Temos que aumentar a produtividade da agroindústria nas áreas já desmatadas e evitar a invasão a terras indígenas e a unidades de conservação.
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Matéria extraída de O Globo.