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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

As 3 Grandes Falácias sobre a Inflação no Brasil

Por Paulo Franco


O comportamento da inflação no Brasil é um dos temas mais debatidos pela imprensa escrita e televisiva, pelos analistas econômicos e os políticos da oposição e situação.  Dentre os temas debatidos, o mais polêmico, indiscutivelmente, é a existência ou não do descontrole da inflação, um dos parâmetros mais importantes da economia. 

Diante desse debate, identifiquei 3 falácias que são ditas repetidamente por economistas e analistas do mercado, que merecem ser destacadas.


PRIMEIRA FALÁCIA: 

FHC REDUZIU A INFLAÇÃO DE 916% EM 1994 PARA 22,4% NO SEU PRIMEIRO ANO DE GOVERNO, 1995. 



Porque digo que é uma falácia e não uma mentira?  Porque não é uma mentira.  O números estão corretos, a inflação no ano de 1994 foi realmente 916% e a inflação em 1995 foi realmente 22,4%.

Mas se os números estão corretos onde está o problema?  Na verdade há uma ilusão matemática, por isso é que se caracteriza numa falácia e não numa mentira.
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O Plano Real entrou em vigor em julho, dividindo o ano de 1994 em dois momentos nitidamente distintos em termos de inflação.  No primeiro semestre, portanto, antes do Plano Real a inflação estava na casa dos 5.000% e crescente, chegando em junho com uma taxa mensal anualizada superior aos 10.000%.

No segundo semestre, já no mês de julho, com a entrada do Plano Real em vigor, a taxa mensal anualizada despencou para 121% e em seguida ficou nos níveis de 20%.  Em outras palavras as taxas de inflação do segundo semestre não tinha nenhuma relação com as taxas do primeiro semestre.  Não houve um precesso de declínio, de queda, mas sim uma ruptura, um quebra no processo de formação dos preços nos mercados.