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quinta-feira, 27 de abril de 2017

Reforma Trabalhista: Debate entre Dilma (PT) e Aécio (PSDB)

Por Cynara Menezes

Vejam a prova de que o PSDB mentia para o povo brasileiro. Dilma pergunta a Aécio sobre a flexibilização da CLT, projeto da era FHC engavetado por lula.  Ele enrola, enrola, enrola... e diz que vai manter os direitos dos trabalhadores.

É exatamente o projeto que o PSDB está apoiando agora no congresso, junto com o PMDB e o DEM, a mesma turma que governou com os tucanos até 2002.

Então, era "terrorismo" ou era verdade quando dizíamos que, no poder, o PSDB iria acabar com os direitos dos trabalhadores para agradar os patrões e fazê-los LUCRAR mais?


E.T.  O PSDB foi o único partido que votou 100% na "reforma" trabalhista.


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FONTE: Socialista Morena (facebook)

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

A fome no Brasil, passado e presente

Por Paulo Franco

O Brasil reduziu em 82,1% o número pessoas subalimentadas no período de 2002 a 2014. A queda é a maior registrada entre as seis nações mais populosas do mundo, e também é superior a média da América Latina, que foi de 43,1%. 

Os dados são do relatório O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2015, divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)

Ainda segundo o relatório da FAO, entre os principais motivos que levaram o Brasil a conquistar as metas estabelecidas pela ONU estão: prioridade política de erradicação da fome e da desnutrição; compromisso com a proteção social consolidado por meio de programas de transferência de renda; crescimento econômico; e fomento à produção agrícola via compras governamentais. 

Com esse resultado, o Brasil cumpriu em 2014, a meta estabelecida para 2030,  e também saiu do mapa da fome estabelecido pela mesma instituição FAO-ONU. 

Mas nem sempre foi assim, o Brasil antes do governo Lula a miséria e a fome era de tal nível que era considerada normal.  Para melhor entender o drama da Fome no Brasil, veja o documentário do jornalista Marcelo Canellas, da TV Globo, que recebeu diversos prêmios no Brasil e no mundo. 

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Lula, O Poderoso Chefão?

Por Malu Aires, no facebook


"Segundo Janot, Lula é o chefe de uma quadrilha que atuava dentro da Petrobras, desde o governo Fernando Henrique Cardoso.  Como a gente nunca desconfiou disso, seu Janot?

Um chefe de quadrilha que, enquanto seus 'subordinados' recheavam contas em milhões de dólares na Suíça, Israel, Caribe e EUA, passava os feriados num sítio emprestado em Atibaia, dentro de uma barco de alumínio, pescando tilápia.  Imaginem só se ele passaria as férias em Paris pra dar bandeira, né doutô Janot? 

Com a família reunida na beirada da lagoa, chinelo havaiana e caixas de isopor na cabeça, Lula criou um disfarce genial pro corruptos do século XXI - o do bondoso corrupto que rouba pros outros. Um chefe de quadrilha que roubava para ajudar os diretores da petrolífera (pobrezinhos), pra ajudar o PMDB a criar a cobra Cunha pra derrubar Dilma um dia e pra fazer o PP e o PMDB liderarem o ranking da corrupção que paga "SIM" prum processo sem crime. Lula é um gênio da invenção do tiro no pé.   Ô doutô Janot... como a gente não pensou nisso?

Como a gente não pensou que sua linha de raciocínio segue a mesma do Gilmar Mendes, do Revoltados Online, da Rede Globo, do PSDB, dos delegados misóginos da Lava Jato e da turma toda do Paraná que começou investigando lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas (mais uma vez operada pelo mesmo Youssef de sempre), indo parar bem longe de qualquer narcotraficante em Brasília?

Como a gente não percebeu a instituição sólida que é esse MPF que canta a mesma ladainha do Cassio Conserino? Que tem a mesma obsessão por Lula que o perturbado Douglas Kirchner?
Como a gente não percebeu que o negócio de vocês é prender o Lula sem crime e deixar os corruptos tirarem Dilma da presidência, sem crime também (um vale a pena ver de novo o mentirão)? 

Como a gente não percebeu que o Ministério Público virou privado e quem tá bancando a pipoca no cinema é o crime organizado por, entre outros, Cunha, Aécio e Serra?   E desde quando Ministério Público é instituição sagrada? Desde Brindeiro?

Geraldo Brindeiro, Roberto Gurgel e Rodrigo Janot
Depois que a gente descobre que gente como Fernando Capez e Carlos Sampaio já foram promotores, a gente entende que o time do Janot sempre teve bico grande.  Depois que a gente descobre que sempre o mesmo MPF pede clemência pros crimes cometidos por Youssef, sempre o absolvendo de lavagem de dinheiro pro tráfico, a gente constata que toda a cocaína no Brasil sempre entrou, sempre entra e sempre entrará sem dono. É que os narco-dólares estimulam bolhas na bolsa e no Mercado - tudo o que o neoliberalismo defende. Dinheiro esse que, somado à corrupção, desaba uma Petrobras em um dia de bolsa.

No final de janeiro de 2015, Janot conta à imprensa que teve sua casa arrombada. Disse ele que não levaram nada, além do controle do portão.   O que Janot não contou é que levaram dele nesse dia, a coragem que ele guardava na gaveta e a dignidade que ele escondia no armário."

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Quem Perde com mais esse Golpe da Elite Burguesa?

Por Paulo Franco


Golpe contra a Democracia


O Golpe de estado está sendo executado pela elite burguesa nacional através do Congresso, do judiciário e da mídia.  Diferentemente de 1964, quando o golpe foi viabilizado pelas forças armadas, o Judiciário e os políticos foram apenas cúmplices.  A imprensa em todos os casos teve papel fundamental ao manipular a sociedade e criar um ideário falso de necessidade e apoio ao golpe. 

O golpe atual não é diferente dos demais, a Presidenta da República, legitimamente eleita, com 54,5 milhões de votos, uma margem de 3,5 milhões que não é tão apertada como muitos alegaram.  É bom que se diga, que basta um voto, apenas um, para que o candidato vitorioso seja legal e legítimo. 

Apenas para ilustrar, na eleição mais apertada dos EUA que tem cerca de 50% mais eleitores, Bush venceu Al Gore por apenas 547 votos.  Na contagem geral de votos, Al Gore teve 540 mil votos a mais que Bush.  Portanto se a eleição fosse direta, Al Gore seria o Presidente no lugar de Bush.

Isso sim foi uma eleição apertada, mas nem por isso houve a rejeição dos resultados, tanto por parte dos políticos perdedores como da imprensa e da parcela conservadora da sociedade.  Após o TSE declarar a vitória de Dilma Rousseff, a oposição não descansou um minuto, tentando de todas as formas inverter os resultados das urnas.  Primeiramente com um Auditoria no TSE, depois com um ação de cassação de Dilma, depois através de impeachment, depois novamente via TSE, e por último através do impeachment, que já estava descartado pelos opositores, que tornou-se viável com a traição do vice-presidente Michel Temer, levando com ele o PMDB que é o maior partido do país. 

Com a saída do PMDB da base de apoio do governo, a situação que já não era favorável, tornou-se muito difícil a governabilidade sem maioria e com um oposição disposta a retirar o PT do poder a qualquer custo. 

A negociação feita entre Temer, o PSDB e o DEM, foi a Presidência para Temer e a vice Presidência para Eduardo Cunha.  Especula-se que há um acordo de anistia para os crimes de Temer e Cunha na Lava Jato.  Para o PSDB/DEM, a aplicação de seu receituário político e econômico e social, ou seja, o modelo neo-liberal. 

Perdas para o Povo


Salário Mínimo: Fim do reajuste acima da inflação para o Salário Mínimo, que representou uma recuperação REAL de 80% no governo petista.

Educação e Saúde são dois serviços públicos fundamentais que o plano do novo governo vai atacar. O Plano do governo PMDB, que tem coligação com o PSDB e o DEM, diz em sua página 9: 
"... em primeiro lugar acabar com as vinculações constitucionais nos gastos com SAÚDE e EDUCAÇÃO..."  
Na sequência, em outro parágrafo, ainda na página 9, a determinação de acabar com as vinculações orçamentárias se repete com o seguinte texto: 
"...precisamos de novo regime orçamentário, COM O FIM DE TODAS AS VINCULAÇÕES..."
Este objetivo de extinguir os gastos e investimentos obrigatórios é uma tônica nos programas neoliberais do PSDB, como pode ser visto no artigo publicado por Maílson da Nóbrega no dia 11/04/2016, no Instituto Millenium, de FHC, criticando a política orçamentária brasileira, ele prega o fim das vinculaçoes orçamentarias:
"...a Constituição de 1988 ampliou a prática, destinando à educação 18% dos impostos federais...como se fosse pouco, a vinculação para a educação se AMPLIOU NA ERA PETISTA, incluindo a insana destinação, à área, de 10% do PIB."
Com a extinção das vinculações ou mesmo com a redução dos gastos públicos, atingirá também todos os programas sociais como o Mais Médicos, o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida,  o Prouni, o Fies, o Pronatec, Mais Médicos, Luz para Todos,  etc. 

Não deverá haver extinções desses programas, pelo menos dos principais, pois o desgaste político seria muito grande.  Ao invés da extinção, o novo governo deverá optar por uma drástica redução nesses gastos.  Na página 19, ítem h, a determinação é claramente expressa: 


"O Brasil gasta muito com políticas públicas..."


No item b, na página 18, o plano visa "estabelecer limite para as despesas de custeio inferior ao crescimento do PIB, após serem eliminadas as vinculações e indexações".  No caso de crise econômica são os benefícios sociais, salários dos funcionalismo, professores, policiais, médicos, administração em geral serão duramente castigados.  Lembremos que estarão fora desta lei os funcionários do Legislativo e do Judiciário que têm administração própria.  

Renda e Desemprego: Essas medidas, típicas do modelo econômico neo-liberal acentua mais ainda a queda da atividade (PIB), gerando recessão, elevando drasticamente o desemprego. Também vai impactar duramente a Renda e o Desemprego, os objetivos de trazer a inflação para 4,5%, através de uma política de  elevação das taxas de juros e contingenciamento de crédito,  forçando uma queda  ainda, mais acentuada e persistente na atividade econômica (PIB).

Desoneração de Impostos no lugar dos Programas Sociais: Na área tributária, o plano prevê desonerações das exportações e investimentos, o que já existe hoje. O que o plano prevê, então, é aumentar ainda mais esses benefícios para o empresariado.  Essas desonerações gera altos custos que serão, obviamente, transferidos à sociedade, e quem vai "pagar o pato" são os pobres, em função da excessiva  regressividade da tributação brasileira.

Perdas para os Trabalhadores 


Além das perdas já demonstrada para o povo como um todo, os Trabalhadores e  Aposentados serão os dois grupos da sociedade que mais vão "sentir na pele" as consequências da  mudança de um governo progressista para um governo conservador neoliberal.

Extinção da CLT: Na página 19, item i , o plano prevê que:

"Convenções Coletivas prevaleçam sobre a CLT".

Ou seja, é a extinção da CLT para empresas que fechem Acordos Coletivos.  Com isso todos os direitos trabalhistas poderão ser extintos ou suspensos ou restringidos, tais como férias, 1/3 de férias, Décimo Terceiro, Carga Horária Máxima, intervalo mínimo para o almoço, limite de horas extras, adicional noturno, adicional de insalubridade, etc.

Terceirização: Enquadra-se dentro desse guarda-chuva de flexibilização da legislação trabalhista, diversas outras medidas, muitas delas já estão no Congresso, prontas para aprovação e serem postas em prática, como a Terceirização de toda a força de trabalho.

O Presidente da CNI, Robson Andrade, entregou ao virtual Presidente da República, Michel Temer, um conjunto de 38 propostas, envolvendo as áreas tributária, trabalhista, Previdência Social, Infraestrutura e Burocracia.

Robson Andrade fez questão de destacar dois pontos que são, para os trabalhadores como as bombas de Nagasaki e Hiroshima: Terceirização e Acordos Coletivos substituindo a CLT. 


Perdas para os Aposentados


Na página 11, o plano prevê um aumento da idade mínima para aposentadoria, de no mínimo 65 anos. A justificativa principal é de que "...o sistema já é oneroso para o setor privado - 20% da folha..." 

Ainda na página 11 o plano propõe o fim da vinculação dos reajuste da aposentadoria e demais benefícios ao Salário Mínimo.
"...os benefícios previdenciários NÃO devem ter ganhos reais atrelados ao PIB."


Essa medida implicará no fim dos reajustes acima da inflação adotado pelo governo atual, além de ter reajustes menores que a inflação, poderá ficar um ou mais anos sem reajustes em nome do equilíbrio fiscal, pois o programa anunciado prioriza o pagamento de juros em detrimento do pagamento de programas sociais. 


Perdas para o Meio Ambiente


Revisão do processo de Licenciamento Ambiental, descrito na página 19 do programa.  Isso implica, em grande riscos à preservação do meio ambiente, já que este plano de governo está centrado no capital, nas empresas e não no social, no cidadão.

Reforma Agrária e Demarcação de Terras: A Agência Globo, informou que Michel Temer vai rever todas as medidas ligadas à desapropriação de áreas para Reforma Agrária e demarcações de terras indígenas e quilombolas.

Perdas para o País e para a Soberania Nacional


PRIVATIZAÇÕES
"Apolítica será centrada na iniciativa privada, por meio de transferência de ativos (privatizações) que se fizerem necessárias".  
É o que consta no ítem d, página 18 do plano do novo governo.  Ou seja, serão privatizadas todas as Empresas Estatais como Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica, BNDES, Embrapa, etc sem considerar o papel que cada uma delas tem na política social e no desenvolvimento do país.

ENTREGA DO PRÉ-SAL

"retorno ao regime anterior de concessões na área de Petróleo"

No mesmo item d, página 18, está previsto o fim do regime de partilha, onde o estado é o dono do petróleo a ser explorado, enquanto que no regime de concessão, a empresa vencedora da concessão torna-se dona do petróleo a ser explorado.  No regime de concessão a empresa paga uma taxa equivalente a um royalty estabelecido em decreto, que varia entre 5% até 10%.

No regime de partilha adotado pelo governo petista, como o estado é dono do petróleo, o estado "paga" pelo custo da exploração e o restante (excedente ao custo) é repartido entre o estado brasileiro e a empresa exploradora. O controle e a gestão desse processo é do estado brasileiro (através da Petrobrás) e não da empresa privada que vai extrair o petróleo.

A Petrobrás é a operadora de todos os blocos contratados sob o regime de partilha, sendo-lhe assegurada, por isso, participação mínima de 30% no consórcio contratado, podendo chegar a 100% se não se interessar ou senão houver interesse de outra empresa em determinado bloco.

PREJUIZOS PARA A EDUCAÇÃO E A SAÚDE, INCLUSIVE O SUS

O governo determinou que toda a arrecadação de royalties sejam destinados à educação (75%) e à Saúde (25%) além do valor estabelecido no orçamento da união.  Com o fim do regime de partilha e consequentemente dos royalties a Saúde, inclusive o SUS, e a educação perderá um volume significativo de recursos, piorando a situação que muitos acham que já é  deficitária.


RISCOS À SOBERANIA NACIONAL

O plano do novo governo, no item e, página 18,  prevê um redirecionamento da política externa, no sentido aos EUA, relegando o Mercosul a segundo plano.

A priorização do relacionamento com os EUA,  implica automaticamente num distanciamento dos países do BRICS, Rússia, Índia, China e África do Sul.  Deduz-se que o objetivo do apoio dos EUA ao golpe no Brasil é atingir diretamente esse Bloco geopolítico, que hoje se caracteriza na principal ameaça aos EUA e às potências ocidentais.

A entrega do pré-sal ao capital estrangeiro, também impacta diretamente a soberania nacional, dado que essa commodity tem um papel estratégico fundamental para qualquer país.

Essa mudança do eixo da política externa brasileira parece simples e irrelevante, mas não é.  Ela implica em voltar a ser submisso aos EUA, fazendo com que o Brasil se comporte conforme os ditames da Casa Branca, seja no plano econômico como no plano político,  tanto  interna e externamente.
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Veja o Programa "Uma Ponte para o Futuro" na íntegra.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Império anglo-americano usa Lava Jato para destruir empresas nacionais

Por Adriano Benayon

Grande parte do povo brasileiro precisa livrar-se dos antolhos que o fazem enxergar somente o que lhes mostra a televisão e as revistas de “opinião” da grande mídia. Há também a visão monocular, que priva do sentido de profundidade.

2. Falo dos instrumentos limitantes da visão política, econômica e estratégica: a secular doutrinação ideológica e a massiva desinformação, por parte da mídia movida a dinheiro e dos que a retroalimentam.

3. Não desminto a responsabilidade da atual chefe do Executivo, nem a do ex-presidente Lula, em alguns dos fatos que têm sido difundidos e magnificados pelos mentores do processo de desestabilização daquela e de desmoralização deste.

4. Entretanto, não se deve ignorar que esse processo é patrocinado e teleguiado do exterior, e que seu objetivo está longe de ser o bem do País. Muito pelo contrário.

5. Ele ganha corpo, desde o mensalão, julgado no STF em 2012, e as manifestações de 2013, para as quais foram divulgados os abusos nas despesas superfaturadas e desnecessárias da construção de estádios e realização de obras para a Copa do Mundo de 2014.

6. Há corrupção em tudo isso, como também nas relações das empresas de engenharia com a Petrobrás. Mas isso ocorreu, em dimensões até maiores, em administrações do PSDB e outras, sem que fosse deblaterado pela mesma mídia que vergasta os petistas. Mais grave, ainda: sem que sofra repressão do Ministério Público, da Polícia Federal ou do Judiciário.

7. Exemplos de conduta condenável são as propinas de FHC para obter o apoio de deputados à emenda da reeleição, o mensalão mineiro do ex-governador Azeredo, o escandaloso superfaturamento de obras praticado por administrações do PSDB em São Paulo, como no anel rodoviário e no metrô. Não menos gritantes, os negócios escusos com a Petrobrás durante o governe FHC, o mais deletério que o País já teve.

8. Também as calamitosas negociatas do BANESTADO, em que foram desviados U$ 150 bilhões ao exterior, nos anos 90, viabilizadas por regulamentação das contas CC5, pelo próprio Banco Central.

9. Veja-se a acusação das procuradoras Valquíria Nunes e Raquel Branquinho, ajuizada em dezembro de 2003: (http://www.oficinainforma.com.br/textos/acaocivil.rtf) em que pedem a condenação por crime de improbidade administrativa de Gustavo Loyola, Gustavo Franco, Ricardo Sérgio de Oliveira e mais 12 ex-dirigentes do Banco Central e de mais cinco bancos.

10. Que dizer das privatizações lesivas ao patrimônio público (dezenas de trilhões de dólares), cujas ilegalidades as fizeram ser impugnadas por decisões judiciais, cassadas em liminares injustificáveis, até hoje pendentes de julgamento?

11. Passando a coisas recentes, por que Eduardo Cunha permanece presidente da Câmara, embora acusado, com provas, de delitos gravíssimos, pelo procurador-geral da República?

12. Por que a grande mídia noticia tão pouco e distorce o que acontece na Operação Zelotes, a qual envolve sonegação de impostos de R$ 600 bilhões? Será porque estão envolvidos Cunha e outros figurões, além de grande empresa midiática e concentradores econômicos?

13. Em suma, por que tão espantosa e inexplicável diferença de tratamento por parte da grande mídia, do MP, da PF e de instâncias judiciárias ?

14. A resposta parecer ser que o regime tem regra constitucional não-escrita, que dá liberdade de saquear e imunidade penal aos que prejudicam o interesse nacional.

15. Outra regra diz: será perseguido aquele que, mesmo fazendo enormes concessões contrárias ao País, o favoreça em algum aspecto. Daí provém o assédio sobre Lula. Não adianta jogar carne às feras: o apetite delas não diminui: muito pelo contrário.

16. O império, mesmo quando já obtém mais de 90% do que deseja, quer 100%. Além disso, não admite qualquer governante ou partido que se pretenda manter, por decênios, à frente do Executivo. Até Collor, que entregou tudo, foi deposto, porque almejava perpetuar-se, mercê de dinheiro e da compra de uma rede nacional de TV.

17. Em artigo de 15.03.2016 — A Lavajato quer tirar Brasil do BRICS e CELAC – Beto Almeida observa que os governos petistas retomaram políticas valiosas para a economia e a defesa nacionais, que remontam a medidas do presidente Geisel (1974-1978): apoio às empresas de engenharia nacionais, que – graças ao poder de compra de Petrobrás — desenvolveram capacidade competitiva em obras no exterior.

18. Recorde-se Henry Kissinger: “Não podemos tolerar o surgimento de um novo Japão no Hemisfério Ocidental.” O império assegurou seu objetivo, desde agosto de 1954, fazendo o Brasil entregar, com subsídios, às empresas transnacionais o grosso dos mercados da indústria, iniciando a desnacionalização da economia brasileira.

19. Atualmente, com a Lavajato, o império anglo-americano faz demolir as empresas nacionais que sobreviveram à inviabilização, pela política econômica, de atividades de elevado valor agregado.
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FONTE: Viomundo
*Adriano Benayon é doutor em Economia, pela Universidade de Hamburgo, Alemanha; autor de Globalização versus Desenvolvimento.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O Quarto Poder - Uma Outra História

Por Paulo Henrique Amorim




Paulo Henrique Amorim, um dos mais influentes jornalistas brasileiros contemporâneos, ao completar 50 anos de carreira nos mais importantes órgãos de imprensa e TV do país (Globo, Veja, Jornal do Brasil) reúne em livro meio século de atividade profissional com tudo aquilo que as notícias nunca deram: o lado de dentro do jornalismo e do poder.


O quarto poder – uma outra história é um livro de memórias e um livro de história: a história pouco conhecida dos meios de comunicação no Brasil desde os primórdios, no período Vargas, passando pela criação e pelo apogeu da Rede Globo, a partir do governo militar, e incluindo os bastidores de grandes momentos da história contemporânea (ditadura, período de transição, governos Sarney, Collor, FHC e PT) – além de encontros reveladores com os principais nomes da mídia e do poder que fizeram e desfizeram a história recente do país e os bastidores dos episódios mais marcantes (Plano Cruzado, Plano Collor, negociação da dívida externa, Plano Real, debate eleitoral Collor x Lula...), até os dias de hoje.



Links de Livrarias para compra: Hedra,  Saraiva,  Folha,
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

As 3 Grandes Falácias sobre a Inflação no Brasil

Por Paulo Franco


O comportamento da inflação no Brasil é um dos temas mais debatidos pela imprensa escrita e televisiva, pelos analistas econômicos e os políticos da oposição e situação.  Dentre os temas debatidos, o mais polêmico, indiscutivelmente, é a existência ou não do descontrole da inflação, um dos parâmetros mais importantes da economia. 

Diante desse debate, identifiquei 3 falácias que são ditas repetidamente por economistas e analistas do mercado, que merecem ser destacadas.


PRIMEIRA FALÁCIA: 

FHC REDUZIU A INFLAÇÃO DE 916% EM 1994 PARA 22,4% NO SEU PRIMEIRO ANO DE GOVERNO, 1995. 



Porque digo que é uma falácia e não uma mentira?  Porque não é uma mentira.  O números estão corretos, a inflação no ano de 1994 foi realmente 916% e a inflação em 1995 foi realmente 22,4%.

Mas se os números estão corretos onde está o problema?  Na verdade há uma ilusão matemática, por isso é que se caracteriza numa falácia e não numa mentira.
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O Plano Real entrou em vigor em julho, dividindo o ano de 1994 em dois momentos nitidamente distintos em termos de inflação.  No primeiro semestre, portanto, antes do Plano Real a inflação estava na casa dos 5.000% e crescente, chegando em junho com uma taxa mensal anualizada superior aos 10.000%.

No segundo semestre, já no mês de julho, com a entrada do Plano Real em vigor, a taxa mensal anualizada despencou para 121% e em seguida ficou nos níveis de 20%.  Em outras palavras as taxas de inflação do segundo semestre não tinha nenhuma relação com as taxas do primeiro semestre.  Não houve um precesso de declínio, de queda, mas sim uma ruptura, um quebra no processo de formação dos preços nos mercados.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

ONU: Brasil é exemplo de sucesso na redução do desmatamento

Por Alessandra Correa de New York para a BBC Brasil



"O Brasil foi o país que mais reduziu o desmatamento e as emissões de gases que causam aquecimento global", destaca o relatório divulgado nesta quinta-feira na reunião da ONU sobre mudanças climáticas que ocorre em Bonn, na Alemanha. 



O documento, produzido pela organização Union of Concerned Scientists (União de Cientistas Preocupados, em tradução livre), com sede nos Estados Unidos, explora como, na primeira década deste século, o Brasil conseguiu se distanciar da liderança mundial em desmatamento e do terceiro lugar em emissões de gases e se transformou em exemplo de sucesso.

"As mudanças na Amazônia brasileira na década passada e sua contribuição para retardar o aquecimento global não têm precedentes", diz o relatório, intitulado "Histórias de Sucesso no Âmbito do Desmatamento", que analisa a trajetória de 17 países em desenvolvimento com florestas tropicais.

"A velocidade da mudança em apenas uma década – na verdade, de 2004 a 2009 – é impressionante".


QUEDA




Os autores destacam a queda de 70% nas taxas de desmatamento no Brasil na comparação entre os dados de 2013 e a média entre 1996 e 2005 e observam que aproximadamente 80% da floresta original ainda existe.
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Ressaltam ainda que, a partir de meados dos anos 2000, as emissões resultantes de desmatamento no

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Marina Silva, la Capriles brasileña

Por Miguel Ángel Ferrer

 

El próximo domingo 5 de octubre habrá elecciones presidenciales en Brasil. Se enfrentarán la actual presidenta Dilma Rousseff y Marina Silva, candidata del Partido Socialista, organización política de extrema derecha, fiel seguidora de los dictados de Washington y que de socialista sólo tiene el nombre. De modo que, sin forzar los términos, podría decirse que Marina Silva es a Brasil lo que Henrique Capriles ha sido a Venezuela.
















El próximo domingo 5 de octubre habrá elecciones presidenciales en Brasil. Se enfrentarán la actual presidenta Dilma Rousseff y Marina Silva, candidata del Partido Socialista, organización política de extrema derecha, fiel seguidora de los dictados de Washington y que de socialista sólo tiene el nombre. De modo que, sin forzar los términos, podría decirse que Marina Silva es a Brasil lo que Henrique Capriles ha sido a Venezuela.
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Latin America After Chávez
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Pero Marina Silva no niega la cruz de su parroquia. Desde su plataforma electoral muestra abiertamente su postura derechista y pro imperialista. Quiere echar abajo los grandes avances de Brasil que han hecho del gigante sudamericano una nación verdaderamente soberana, no sólo alejada de los designios de Estados Unidos, sino francamente opuesta a ellos.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

BIRD, OCDE e UNCTAD: Brasil e China são os motores do emprego no mundo

Por Osvaldo Bertolino



ECONOMIA BRASILEIRA: BIRD, OCDE e UNCTAD desmentem mortos-vivos neoliberais


O Banco Mundial (Bird) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) — órgão das Nações Unidas para o comércio e desenvolvimento — acabam de dizer que o Brasil e a China são os motores do emprego no mundo. O relatório anual da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) diz que apenas o fortalecimento da demanda agregada pelo crescimento real dos salários e pela distribuição de renda mais igualitária poderão romper o longo período de baixo crescimento. Ou seja: a candidata à reeleição Dilma Rousseff está muito mais sintonizada com o mundo das coisas reais do que seus opositores, que sonham com a ressurreição de práticas neoliberais que castigaram impiedosamente o país.



Nunca antes na história deste país se viu um debate eleitoral com a economia tão presente. E a inesgotável capacidade da direita brasileira, com o inestimável auxílio de alguns setores de "esquerda", de se engajar em discussões cujos resultados se enquadram na clássica categoria rodriguiana do óbvio ululante tem pautado o assunto recorrentemente. Por trás do debate aparentemente técnico, em que "especialistas" são chamados a contribuir com suas "análises objetivas", contudo, há um cenário político complicado para a oposição. A prova incontestável disso é que a mídia e seus produtos supostamente informativos — editoriais, programas de entrevistas, análises de articulistas, notícias e pesquisas de opinião — estão caprichando nos chutes a torto e a direito.
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Na verdade, não é de hoje que essa verdadeira indústria do "achismo" — na qual se chega ao ponto de falar de economia ao mesmo tempo em que se explica a noção de juros inscrita no metabolismo dos seres vivos, como ocorreu em um programa Roda Viva, da TV Cultura, com o economista Eduardo Gianetti da Fonseca, guru econômico da candidata Marina Silva — dos megacartéis de "opinião pública" que deitam falação em nome da "sociedade" sem ter recebido nenhuma procuração explícita de algum conhecido seu ou meu para representá-lo vem engolindo os dados da economia brasileira de forma atravessada. E a pessoa que presencia regularmente insultos, ataques pessoais, intrigas, falsidades, invenções, erros de fato e mentiras, puras e simples, não tem como se defender.


Realidade do Nordeste


A alavanca desse procedimento é a superestimação das mazelas do país com a intenção deliberada de

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Em defesa da Petrobras

Por Pedro Celestino Pereira



 "...A criação da Petrobras foi uma das causas que levou Getúlio ao suicídio.  Ousara ele desafiar o capital internacional..."

"...O processo de cooptação e corrupção na Petrobrás teve início de forma sistemática no primeiro mandato de FHC quando, com Joel Rennó..."

"... A Consultoria norte-americana "A D Little" recomendou fatiar a Petrobras em Unidades de Negócio, para permitir a sua privatização por etapas..."

"...assegurava-se ao ABN AMRO Bank, presidido por Fabio Barbosa, em seguida nomeado para o Conselho de Administração da Empresa e ao J P Morgan, remuneração mínima para o capital que, eliminando qualquer risco... É a famosa cláusula Marlim, à baila hoje no noticiário sobre a compra da refinaria de Pasadena..."


A Petrobras é a maior expressão da capacidade criadora do povo brasileiro. Símbolo da afirmação da vontade nacional, gestada a partir de ampla mobilização popular, endossada por expressivas lideranças militares, a sua criação foi, na década de 50 do século passado, a principal responsável pela crise política que levou Getúlio Vargas ao suicídio. Ousara ele desafiar o capital internacional que então dominava completamente a nossa economia, ao propor a criação de empresas estatais que alavancassem o nosso desenvolvimento industrial.

Por décadas enfrentando, desde o ceticismo de geólogos estrangeiros que, através da grande imprensa, viviam a apregoar que no Brasil não havia petróleo, até a oposição sistemática de forças políticas que sempre se pronunciaram e se pronunciam abertamente a favor da entrega do negócio do petróleo ao capital estrangeiro sob a alegação de que, aqui, não há capacidade técnica nem capital para desenvolvê-lo, a Petrobras arrostou todos os obstáculos e firmou-se como uma das maiores empresas petrolíferas do mundo.
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Claro está que, em empresas do porte da Petrobras, públicas ou privadas, sempre houve e haverá irregularidades e malfeitos. O que cabe discutir hoje é o processo que levou a Petrobras à incômoda situação em que se encontra, de modo que possamos defendê-la, no momento em que se pretende fragilizá-la para permitir o assalto estrangeiro às maiores reservas de petróleo descobertas nos últimos 30 anos, as do Pré-Sal.

sábado, 16 de agosto de 2014

Palmério Dória: O Príncipe da Privataria


Coleção: Coleção História Agora
Título: O Príncipe da Privataria
Subtítulo: A História Secreta de Como o Brasil Perdeu seu Patrimônio e Fernando Henrique Cardoso Ganhou Sua Reeleição
Autor: Palmério Dória
Editora: Geração Editorial
Edição: 1
Ano: 2013
Especificações: Brochura | 400 páginas
Ficha TécnicaISBN: 978-85-8130-201-0

"O Príncipe da Privataria" retrata os dois mandatos de FHC, que vão de 1995 a 2002, as polêmicas e contraditórias privatizações do governo do PSDB e revela, com profundidade de apuração, quais foram os trâmites para a compra da reeleição, quem foi o "Senhor X" --a misteriosa fonte que gravou deputados confessando venda de votos para reeleição-- e quem foram os verdadeiros amigos do presidente, o papel da imprensa em relação ao governo tucano, e a ligação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) com a CIA, além do suposto filho fora do casamento, um "segredo de polichinelo" guardado durante anos.
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Após 16 anos, Palmério Dória apresenta ao Brasil o personagem principal do maior escândalo de corrupção do governo FHC: o "Senhor X". Ele foi o ex-deputado federal que gravou num minúsculo aparelho as "confissões" dos colegas que serviram de base para as reportagens do jornalista Fernando Rodrigues publicadas na Folha de S. Paulo em maio de 1997. A série "Mercado de Voto" mostrou da forma mais objetiva possível como foi realizada a compra de deputados para garantir a aprovação da emenda da reeleição.
O autor e o coautor desta obra, o também jornalista da velha guarda Mylton Severiano, viajaram mais de 3.500 quilômetros para um encontro com o "Senhor X". Pousaram em Rio Branco, no Acre, para conhecer, entrevistar e gravar um homem lúcido e disposto a desvelar um capítulo nebuloso da recente democracia brasileira.
Palmério Dória, jornalista que trabalhou como chefe de reportagem na Rede Globo e nos jornais Folha de S.Paulo e "O Estado de S. Paulo", também é autor de "Honoráveis Bandidos" (2009), título que conta toda a história secreta do surgimento e enriquecimento da família Sarney.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Fernando Rodrigues Relembra "Compra de Votos" de FHC






Após acusações do ex-presidente Lula e da defensiva de FHC sobre o assunto, colunista Fernando Rodrigues relembra fatos que diz nunca terem sido investigados










247 – Diante da troca de acusações entre os ex-presidentes Lula e FHC sobre o episódio da reeleição do tucano em 1997, colunista Fernando Rodrigues relembra fatos que, segundo ele, não foram investigados como deveriam.

Leia trechos:

13.maio.1997: Folha publica reportagem da compra de votos para aprovação da emenda da reeleição. Manchete no alto da primeira página, em duas linhas: “Deputado conta que votou pela reeleição por R$ 200 mil” (clique na imagem para ampliar):

O que disse FHC, então presidente da República: sempre negou o esquema. Dez anos depois, em sabatina na Folha, em 2007, o tucano não negou que tenha ocorrido a compra de votos. Alegou que a operação não foi comandada pelo governo federal nem pelo PSDB: “O Senado votou [a reeleição] em junho [de 1997] e 80% aprovou. Que compra de voto? (…) Houve compra de votos? Provavelmente. Foi feita pelo governo federal? Não foi. Pelo PSDB: não foi. Por mim, muito menos”.
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Operação abafa 1: em 21.maio.1997, apenas 8 dias depois de o caso ter sido publicado pela Folha, os dois deputados gravados renunciam ao mandato (Ronivon Santiago e João Maia, ambos eleitos pelo PFL –hoje DEM– do Acre). Eles enviaram ofícios idênticos ao então presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Ambos alegaram “motivos de foro íntimo'”. Em comentário irônico à época, o então deputado federal Delfim Netto disse: “Nunca vi ganhar um boi para entrar e uma boiada para sair”.
Reportagem de 21.maio.1997 relata procedimentos utilizados na reportagem sobre a compra de votos.
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Matéria veículada no site Brasil247

terça-feira, 17 de junho de 2014

Who Paid the Piper (Quem Pagou a Conta) ?

The CIA and the Cultural Cold War / A guerra secreta da CIA contra a Cultura




Analysis of James Petra: 


Frances Stonor Saunders, Who Paid the Piper: The CIA and the Cultural Cold War (London: Granta Books).

This book provides a detailed account of the ways in which the CIA penetrated and influenced a vast array of cultural organizations, through its front groups and via friendly philanthropic organizations like the Ford and Rockefeller Foundations. The author, Frances Stonor Saunders, details how and why the CIA ran cultural congresses, mounted exhibits, and organized concerts. The CIA also published and translated well-known authors who toed the Washington line, sponsored abstract art to counteract art with any social content and, throughout the world, subsidized journals that criticized Marxism, communism, and revolutionary politics and apologized for, or ignored, violent and destructive imperialist U.S. policies. The CIA was able to harness some of the most vocal exponents of intellectual freedom in the West in service of these policies, to the extent that some intellectuals were directly on the CIA payroll. Many were knowingly involved with CIA “projects,” and others drifted in and out of its orbit, claiming ignorance of the CIA connectionafter their CIA sponsors were publicly exposed during the late 1960s and the Vietnam war, after the turn of the political tide to the left.
red more in Monthly Review
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Edição se esgota no Brasil:


Frances Stonor Saunders, Quem Pagou a Conta: A Guerra Secreta da CIA contra a Cultura (Editora Record)

Está esgotado nas duas maiores livrarias do Rio o livro da escritora Frances Stonor Saunders Quem pagou a conta? A CIA na Guerra Fria da cultura, no qual o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é acusado, frontalmente, de receber dinheiro da agência norte-americana de espionagem, para ajudar os EUA a “venderem melhor sua cultura aos povos nativos da América do Sul”. O exemplar, cujo preço varia de R$ 72 a R$ 75,00, leva entre 35 e 60 dias para chegar ao leitor, mesmo assim, de acordo com a disponibilidade no estoque. O interesse sobre a obra da escritora e ex-editora de Artes da revista britânica The New Statesman, no Brasil, pode ser avaliado ao longo dos cinco anos de seu lançamento.

Quem pagou a conta?, segundo os editores, recebeu “uma ampla cobertura pela mídia quando foi lançado no exterior”, em 1999. Na obra, Frances Stonor Saunders narra em detalhes como e por que a CIA, durante a Guerra Fria, financiou artistas, publicações e intelectuais de centro e centro-esquerda, num esforço para mantê-los distantes da ideologia comunista. Cheia de personagens instigantes e memoráveis, entre eles o ex-presidente brasileiro, “esta é uma das maiores histórias de corrupção intelectual e artística pelo poder”.
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“Não é segredo para ninguém que, com o término da Segunda Guerra Mundial, a CIA passou a financiar artistas e intelectuais de direita; o que poucos sabem é que ela também cortejou personalidades de centro e de esquerda, num esforço para afastar a intelligentsia do comunismo e aproximá-la do American way of life. No livro, Saunders detalha como e por que a CIA promoveu congressos culturais, exposições e concertos, bem como as razões que a levaram a publicar e traduzir nos Estados Unidos autores alinhados com o governo norte-americano e a patrocinar a arte abstrata, como tentativa de reduzir o espaço para qualquer arte com conteúdo social. Além disso, por todo o mundo, subsidiou jornais críticos do marxismo, do comunismo e de políticas revolucionárias. Com esta política, foi capaz de angariar o apoio de alguns dos maiores expoentes do mundo ocidental, a ponto de muitos passarem a fazer parte de sua folha de pagamentos”.

Quem pagou a conta? está esgotado nas livrarias do Rio

As publicações Partisan Review, Kenyon Review, New Leader e Encounter foram algumas das publicações que receberam apoio direto ou indireto dos cofres da CIA. Entre os intelectuais patrocinados ou promovidos pela CIA, além de FHC, estavam Irving Kristol, Melvin Lasky, Isaiah Berlin, Stephen Spender, Sidney Hook, Daniel Bell, Dwight MacDonald, Robert Lowell e Mary McCarthy, entre outros. Na Europa, havia um interesse especial na Esquerda Democrática e em ex-esquerdistas, como Ignacio Silone, Arthur Koestler, Raymond Aron, Michael Josselson e George Orwell.

O jornalista Sebastião Nery, em 1999, quando o diário conservador carioca Tribuna da Imprensa ainda circulava em sua versão impressa, comentou em sua coluna que não seria possível resumir a obra em tão pouco espaço: “São 550 páginas documentadas, minuciosa e magistralmente escritas”, afirmou.

Dinheiro para FHC

“Numa noite de inverno do ano de 1969, nos escritórios da Fundação Ford, no Rio, Fernando Henrique teve uma conversa com Peter Bell, o representante da Fundação Ford no Brasil. Peter Bell se entusiasma e lhe oferece uma ajuda financeira de US$ 145 mil. Nasce o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento)”. Esta história, que reforça as afirmações de Saunders, está contada na página 154 do livro Fernando Henrique Cardoso, o Brasil do possível, da jornalista francesa Brigitte Hersant Leoni (Editora Nova Fronteira, Rio, 1997, tradução de Dora Rocha). O “inverno do ano de 1969″ era fevereiro daquele ano.

domingo, 24 de novembro de 2013

Efeito Pizzolato e a Consolidação da Democracia Brasileira

por PAULO FRANCO



A fuga de um dos condenados da ação AP470, impedindo a execução do mandato de prisão, da-nos a oportunidade e o estímulo para refletirmos sobre sua decisão, os antecedentes que levaram-no a ser condenado e quais os possíveis impactos, dessa  no processo de maturação de nossa jovem democracia

Como já é sabido de todos, a AP470 é uma ação judicial que julga crimes eleitorais praticados pelos políticos do Partido dos Trabalhadores, o PT.


O Duelo Maniqueísta entre Conservadores e Progressistas

O Brasil, assim como todos os países da America Latina, vem passando por um processo idêntico de disputa de poder depois de um período extremamente conturbado de ditaduras civil-militar de direita e governos neo-liberais.

Apos evitar a perda do poder, por diversas vezes, utilizando-se de instrumentos os mais diversos e possíveis fora da legalidade, da ética e do respeito à sociedade, a burguesia conseguiu a ferro e fogo se manter no poder até 2002, no Brasil. 

Com a tomada do poder por um partido popular, o PT, os animos vem aumentando a cada dia que passa.  Está muito claro que a a burguesia não aceita, em hipótese nenhuma que o país seja governado por representantes que não pertença ou não represente, exclusivamente, os seus interesses.

Todavia, tanto o ambiente internacional, como a elevação do nível de consciencia dos cidadãos e o surgimento de uma das maiores lideranças política que o país já conheceu - LULA - a tarefa da retomada do controle da economia e dos cofres públicos tem sido uma tarefa extremamente difícil, quase impossível.

Essa luta, que para o cidadão mais desavisado, seria típico da democracia, mas na verdade  tem se caracterizado por toda sorte de medidias não convencionais e fora do ambito legal, ético e acima de tudo de qualquer padrão democratico.

STF, Um Verdadeiro Coliseu

O capítulo mais recente - que não será o último com certeza - foi o julgamento da AP470.   Esse julgamento vem se caracterizando, desde o seu início num ambiente de inovações, exceções e dubiedades.  A polêmica é sua única característica admitida unânimamente.


Direitos foram subtraidos, documentos constantes dos autos ignorados, advogados de defesa ofendidos, desrespeitos aos mais básicos dos princípios do devido processo penal como "en dúbrio pró reu", condenação sem prova e até a utilização da famosa "teorida do domínio do fato", expediente usado em julgamentos excepcionais e criado e utilizado como instrumento de defesa de condenações injustas, naqueles casos onde o executor era obrigado a cometer o ilícito por uma ordem superior em regime autoritário que não cabiem em hipose nenhuma.

O reu Henrique Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.

Minha idéia neste texto, não é questionar a condenação e nem a dosimetria aplicada aos apenados, mas levantar a hipótese de que a fuga de Henrique Pizzolato, levando consigo a possibilidade de uma apreciação do processo para uma esfera, fora do território nacional, ou seja, uma corte isenta dos conflitos ideológico-partidários existentes internamente, poderá ou não contribuir para a consolidação da nossa democracia.

Há inúmeras questões polêmicas que deverão ser postas em discussão num julgamento, seja na itália, seja na OEA, tanto do ponto de vista documental, como do ponto de vista processual.  Resumidamente as ponderações da defesa são:

terça-feira, 15 de outubro de 2013

"Ainda bem que hoje eu não tenho de comer calango"

O nordeste brasileiro vive desde 2011 a pior seca dos últimos 30 anos, dizem o técnicos da área.  Os 500 reservatórios encontram abaixo de 30% da capacidade, denotando a gravidade da situação.  Tendo em vista este cenário,  é oportuno uma releitura da matéria, longa mas bastante esclarecedora, que mostra a questão da fome no Brasil, particularmente no nordeste, publicada pela Revista Veja em maio de 1998.

Espero que as pessoas se sensibilizam do sofrimento desse povo que, como relata a matéria, foram abandonados por todos os governos  por séculos e reconheçam a importancia de programas que visam atenuar esse sofrimento como o bolsa família, a transposição do Rio São Francisco, Mais Médicos e outros que visam a diminuição das desigualdades regionais.
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O FANTASMA DA FOME


Desamparados pelos governos e à mercê da chuva que não vem, centenas de milhares de brasileiros vivem sob a ameaça de não ter o que comer no dia seguinte.


O nome é Vicente. Tem 14 anos e vive com a família em Acari, cidade do Rio Grande do Norte. A grande seca deixou os pais e os irmãos de Vicente com um problema: comer. Vicente é um menino esperto, de olhos vivos. Tem inteligência incomum e visão das coisas surpreendentemente madura para um rapaz da sua idade. Sua experiência de vida, em Acari, é muito diferente da que tiveram os adolescentes que vivem no sul do país. Já saqueou lojas, no meio da multidão. Seu pai estava junto dele nesses ataques. Vicente defende o saque dizendo que a pessoa com fome tem o direito de se apropriar da comida, seja ela de quem for, esteja onde estiver. 

 O personagem descrito nas dezoito linhas acima saqueou armazéns no distante ano de 1970. Hoje tem 42 anos de idade, mas ainda conserva o apelido da infância, Vicentinho. Vicente Paulo da Silva, o presidente da Central Única dos Trabalhadores, metalúrgico há muitos anos e brasileiro com origem e história que estão longe de constituir exceção. Neste exato momento, milhares de Vicentinhos estão experimentando a mordida da fome no semi-árido nordestino.
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Ainda comem regularmente, mas comem pouco, muito menos do que gostariam ou, mais grave, do que necessitam para se manter medianamente nutridos. A situação na área seca do Nordeste é tenebrosa. A fome está apenas começando em alguns municípios mais castigados. Mas deve piorar. Não há sinal de chuva, nem previsão de que venha. E a assistência emergencial, montada pelas autoridades, especialmente as de Brasília, só começou a ser planejada quando o problema ficou sério e chegou ao noticiário. Exatamente como aconteceu no caso do incêndio em Roraima. 

domingo, 18 de agosto de 2013

Veríssimo: Volta de Lula seria um erro

Por PAULO FRANCO

O governo FHC, para Veríssimo, atrasou o país, adotando uma politica neo-liberal, com um programa exagerado de privatizações e até entreguismo.  O governo do PT mesmo sendo melhor do que o governo do PSDB, também decepcionou com o Mensalão e as concessões feitas à direita conservadora.



Video com a entrevista no final do artigo
O jornalista Kennedy Alencar, âncora do programa "É notícia" da Rede TV, entrevistou o escritor Luis Fernando Veríssimo, numa linda biblioteca herdada do pai, o também escritor Érico Veríssimo. A entrevista foi levada ao ao no dia 12 de agosto último.

Veríssimo fala sobre sua história, sua formação intelectual, musical, política e profissional.  Fala também sobre a influência de seu pai, que segundo ele mesmo era uma socialista democrático.

No campo da política eu destaquei algumas colocações de Verissimo que considerei relevante para entender não só sua opinião sobre o que vem acontecendo no país nestes últimos tempos, bem como sua visão e seu entendimento quanto às soluções políticas, sociais e econômicos para a sociedade.
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Para o escritor, não estão claramente definindas, ainda, o rumo que as manifestações de rua estão tomando, do ponto de vista político e ideológico.  O lamentável, segundo ele, seria a repetição de um golpe de estado, e a volta de um governo totalitário, aproveitando-se da cobrança da falta de ética e dignidade dos políticos.

O forte avanço da distribuição de renda que ocorreu ao longo desses últimos 10 anos, com a migração dos mais de 30 milhões de brasileiros, para classes superiores, não foi acompanhada de uma melhora, no mesmo nível, dos serviços públicos.  Essas pessoas estão, então, cobrando dos governos essa paridade.