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quarta-feira, 19 de março de 2014

VENEZUELA: Uma Radiografia Atual e Real da Opinião Pública

Por PAULO FRANCO


A ICS - International Consulting & Services, em pesquisa na Venezuela, revela que 91% quer a preservação da Democracia e a Paz Social.  85% desaprovam a continuidade dos protestos e 82% consideram-no violento. Apenas 7% manifestou desejo da renúncia de Maduro e o restante querem que o processo democrático seja respeitado.



Através de uma pesquisa de opinião,  A ICS - International Consulting Services, levantou a opinião dos povo Venezuelano sobre diversos temas que estão em evidência atualmente.

A ICS, é uma empresa de consultoria que atua na Europa e nas Américas, e sua sede fica em Cincinnati, nos EUA.    Além de pesquisas de Mercado, a ICS atua no desenvolvimento organizacional, Planejamento Estratégico e Realocação de Executivos.  Carolin McCaffrey é fundadosa e a General Manager da empresa.

As informações obtidas através dessa pesquisa é extremamente importante, por ser disponibilizada por uma instituição mais isenta do processo político venezuelano, portanto com um menor nível de parcialidade, comum nas materias jornalísticas tanto da Venezuela como nos demais países da América Latina, incluindo o Brasil.

Após a observação das diversas informações obtidas pela presente pesquisa, é possível constatar com muita clareza a sonegação, a distorção e até a inversão das das informações sobre o cenário político e social da Venezuela que são disponibilizadas pelos diversos meios de comunicação, de todos os países da América, inclusive do Brasil de dos Estados Unidos.
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Leia também:
Em apenas 14, CHAVEZ DESCONSTRÓI 500 anos na Venezuela
CEPAL: Pacto Social pela Igualdade, Crescimento e Direitos Individuais
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PROTESTOS


Ao ser indagado sobre a concordândia ou discordância da realização dos Protestos, a maioria expressiva dos cidadãos venezuelana desaprovam a continuidade dos protestos, com um índice de 85,4% dos entrevistados.  Apenas 11,6% concordam com suas realizações.

terça-feira, 12 de março de 2013

A Ditadura da MIdia


por Altamiro Borges


A mídia hegemônica vive um paradoxo. Ela nunca foi tão poderosa no mundo e no Brasil, em decorrência dos avanços tecnológicos nos ramos das comunicações e das telecomunicações, do intenso processo de concentração e monopolização do setor nas últimas décadas e da criminosa desregulamentação do mercado que a deixou livre de qualquer controle público. Atualmente, ela exerce a sua brutal ditadura midiática, manipulando informações e deturpando comportamentos. Na crise de hegemonia dos partidos burgueses, a mídia hegemônica confirma uma velha tese do revolucionário italiano Antonio Gramsci e transforma-se num verdadeiro “partido do capital”.

Por outro lado, ela nunca esteve tão vulnerável e sofreu tantos questionamentos da sociedade. No mundo todo, cresce a resistência ao poder manipulador da mídia, expresso nas mentiras ditadas pela CNN e Fox para justificar a invasão dos EUA no Iraque, na sua ação golpista na Venezuela ou na cobertura tendenciosa de inúmeros processos eleitorais. Alguns governantes, respaldados pelas urnas, decidem enfrentar, com formas e ritmos diferentes, esse poder que se coloca acima do Estado de Direito. Na América Latina rebelde, as mudanças no setor são as mais sensíveis.

No caso do Brasil, a mídia controlada por meia dúzia de famílias também esbanja poder, mas dá vários sinais de fragilidade. Na acirrada disputa sucessória de 2006, o bombardeio midiático não conseguiu induzir o povo ao retrocesso político. Pesquisas recentes apontam queda de audiência da poderosa TV Globo e da tiragem de jornalões tradicionais. O governo Lula, com todas as suas vacilações, adota medidas para se contrapor à ditadura midiática, como a criação da TV Brasil e a convocação da primeira Conferência Nacional de Comunicação.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A chegada de Yoani em Coité e o papel do Juiz de Direito

Crônica por Gerivaldo Neiva *


Para quem ainda não conhece, Yoani Sánchez é cubana, apresentada por boa parte da mídia mundial como sendo uma blogueira que rompeu as barreiras da censura em Cuba e faz oposição ao regime. Pois bem, esta moça está visitando o Brasil, depois de várias tentativas de sair da Ilha, e resolveu aceitar o convite para palestrar em Conceição do Coité-Ba, comarca da qual sou o Juiz de Direito.
Sabendo da visita, os estudantes da cidade e políticos de esquerda começaram a se organizar para impedir a entrada da moça na cidade e também impedir a realização do evento. Em seguida, fui procurado pelos organizadores do evento, acompanhado de dois bons advogados, para garantir que sua convidada pudesse entrar em Coité e realizar a palestra.
Primeiro, tentei mediar um diálogo entre os estudantes e os organizadores do evento, mas não obtive êxito. Os primeiros estavam irredutíveis e não admitiam de forma alguma a presença da moça cubana em terras coiteenses e os segundos não abriam mão de realizar o evento, pois contavam com a presença de políticos famosos e convidados de toda a região.
Diante do impasse, convidei o comandante local da polícia militar e lhe determinei que garantisse, sem violências ou repressão, a realização dos dois eventos. Primeiro, preparasse uma escolta desde a entrada da cidade e conduzisse a moça cubana por onde pretendesse circular na cidade, garantindo-lhe a integridade física. Segundo, preparasse uma boa guarnição para garantir a realização do protesto dos estudantes, mesmo barulhenta, desde que não impedisse a realização da palestra. Enfim, comandante, seu papel é garantir a realização da palestra e também do protesto dos estudantes.
E decidi assim com a Constituição aberta sobre minha mesa de trabalho. O Brasil é um “Estado Democrático destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias”,conforme, escrito em seu preâmbulo; o Estado brasileiro tem como fundamentos a cidadania, a dignidade da pessoa humana e o pluralismo político (art. 1o) e, por fim, é livre a manifestação do pensamento, a liberdade de consciência, a expressão da atividade intelectual e de reunião, dentre outras garantias previstas no artigo 5o da Constituição.
Pois bem, decidindo assim, a moça chegou à cidade sob vaias e protestos, mas teve garantido o seu direito de locomover-se em território nacional e expressar seu pensamento. Da mesma forma, garantiu-se o mesmo aos contrários ao seu pensamento.