segunda-feira, 29 de julho de 2013

ONU destaca o exuberante progresso no IDHM do Brasil



• IDHM calculado para o Brasil mostra alta de quase 50% em 20 anos

• IDHM Longevidade é o mais elevado em termos absolutos

• IDHM Educação se destaca como o de maior avanço em duas décadas (128,3%), puxado pelo aumento no fluxo escolar de jovens (156%)

• Mas IDHM Renda mostra que passivo social histórico do Brasil ainda sustenta grande desigualdade de renda entre municípios mais e os menos desenvolvidos 


Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013,
lançado dia 29/07/2013 na casa da ONU, no DF
O Brasil registrou um salto de 47,8% no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do país entre 1991 e 2010, um avanço consistente puxado pela melhora acentuada dos municípios menos desenvolvidos nas três dimensões acompanhadas pelo índice: longevidade, educação e renda. Os dados são do Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, apresentado hoje (29/07), em Brasília, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) e a Fundação João Pinheiro (FJP). Os dados são calculados com base nos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010, do IBGE.

O IDHM do Brasil saltou de 0,493 (Muito Baixo Desenvolvimento Humano) para 0,727 (Alto Desenvolvimento Humano). O IDHM Longevidade (0,816) é o que mais contribui em termos absolutos para o nível atual do IDHM do Brasil. É também o componente que apresenta o menor hiato – a distância até 1 – em 2010 (0,184). Esta evolução da dimensão Longevidade reflete o aumento de 9,2 anos (ou 14,2%) na expectativa de vida ao nascer entre 1991 e 2010. Neste mesmo período, o IDHM Longevidade do país acumulou alta de 23,2%.
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O IDHM Educação (0,637) é o que tem a menor contribuição em termos absolutos para o valor atual do IDHM do Brasil e também o que possui o maior hiato (0,363). Mas de 1991 a 2010, o indicador foi o que registrou o maior crescimento absoluto (0,358) e a maior elevação em termos relativos (129%) entre as três dimensões do índice. Saiu de 0,278 em 1991, para 0,637 em 2010, um movimento puxado, principalmente, pelo aumento de 156% no fluxo escolar da população jovem (ou 2,5 vezes) no período. Na mesma comparação, a escolaridade da população adulta, outro subíndice do IDHM Educação, ficou quase duas vezes maior na comparação com 1991 (alta de 82,4%).

No IDHM Renda, o crescimento no período de 1991 a 2010 foi de 14,2%, o equivalente a cerca de R$ 346 de aumento na renda per capta mensal, com números ajustados para valores de agosto de 2010. Apesar do avanço, apenas 11,1% dos municípios avaliados possuem um IDHM Renda superior ao IDHM Renda do Brasil. Uma comparação entre os municípios de maior e menor renda per capta mensal do país, a diferença permanece grande: de R$ 2.043,74 (São Caetano do Sul-SP) para R$ 96,25 (Marajá do Sena-MA). Isso significa que um cidadão médio de São Caetanos do Sul, tinha, em 2010, renda per capta mensal 20 vezes maior que a de um cidadão médio de Marajá do Sena, ou uma diferença de mais de 2.000%. O método de cálculo do IDHM Renda aplica uma fórmula logarítmica que aproxima os maiores valores de renda per capita dos menores e, com isso, reduz a disparidade de renda existente na perspectiva intramunicipal. 

Sobre o Atlas Brasil 2013

 



Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 traz uma ferramenta gratuita de acesso a informações sobre 5.565 municípios brasileiros, útil tanto para os gestores públicos quanto para a sociedade em geral. Nele estão contidos o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) para cada município e os resultado da análise de mais de 180 indicadores socioeconômicos do país – também sob a perspectiva municipal: entre eles demografia, educação, renda, habitação, trabalho e vulnerabilidade.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

ONU Apoia o Programa MAIS MÉDICOS


Programa Mais Médicos é coerente com recomendações da Organização Pan-Americana da Saúde


A Organização Pan-Americana da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil informou que está acompanhando do debates nacionais sobre como fortalecer a atenção básica e primária de saúde no Brasil. A OPAS/OMS vem trabalhando com atores nacionais para dar seus aportes e vê com entusiasmo o recente pronunciamento do Governo brasileiro sobre o Programa “Mais Médicos”.

Segundo a OPAS/OMS, essas últimas medidas guardam coerência com resoluções e recomendações da Organizaçãosobre cobertura universal em saúde, fortalecimento da atenção básica e primária no setor saúde equidade na atenção à saúde da população. O Programa também está direcionado a construir uma maior equidade nos benefícios que toda a população recebe do Sistema Único de Saúde (SUS).

O Brasil apresenta uma média de médicos com relação a sua população menor que a média regional e a de países com sistemas de referência, tanto nas Américas como em outras regiões do mundo. Para a Organização, são corretas as medidas de levar médicos, em curto prazo, para comunidades afastadas e de criar, em médio prazo, novas faculdades de medicina e ampliar a matrícula de estudantes de regiões mais deficientes, assim como o numero de residências médicas. Países que têm os mesmos problemas e preocupações do Brasil estão colhendo resultados da implementação dessas medidas.

A OPAS/OMS afirma que, em longo prazo, a prática dos graduandos em medicina, por dois anos no sistema público de saúde, deve garantir, juntamente com o crescimento do sistema e outras medidas, maior equidade no SUS.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Eu, o SUS, a Ironia e o Mau Gosto

Por NINA CRINTZS

"...Pois é, o Brasil é o único país do mundo que distribui gratuitamente o tratamento que eu faço para Esclerose Múltipla. Atenção: o ÚNICO. ..."



Há seis anos atrás eu tive uma dor no olho. Só que a dor no olho era, na verdade, no nervo ótico, que faz parte do sistema nervoso. O meu nervo ótico estava inflamado, e era uma inflamação característica de um processo desmielinizante. Mais tarde eu descobri que a mielina é uma camada de gordura que envolve as células nervosas e que é responsável por passar os estímulos elétricos de uma célula para a outra. Eu descobri também que esta inflamação era causada pelo meu próprio sistema imunológico que, inexplicavelmente, passou a identificar a mielina como um corpo estranho e começou a atacá-la. Em poucas palavras: eu descobri, em detalhes, como se dá uma doença-auto imune no sistema nervoso central. Esta, específica, chama-se Esclerose Múltipla. É o que eu tenho. Há seis anos.

Os médicos sabem tudo sobre o coração e quase nada sobre o cérebro – na minha humilde opinião. Ninguém sabe dizer porque a Esclerose Múltipla se manifesta. Não é uma doença genética. Não tem a ver com estilo de vida, hábitos, vícios. Sabe-se, por mera observação estatística, que mulheres jovens e caucasianas estão mais propensas a desenvolver a doença. Eu tinha 26 anos. Right on target.
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Mil médicos diferentes passaram pela minha vida desde então. Uma via crucis de perguntas sem respostas. O plano de saúde, caro, pago religiosamente desde sempre, não cobria os especialistas mais

terça-feira, 16 de julho de 2013

The Message of Brazil’s Youth

By LUIZ INÁCIO LULA da SILVA (NYTimes)
Published: July 16, 2013


São Paulo — Young people, quick fingers on their cellphones, have taken to the streets around the world.
It would seem easier to explain these protests when they take place in nondemocratic countries, as in Egypt and Tunisia in 2011, or in countries where the economic crisis has raised the number of unemployed young workers to frightening highs, as in Spain and Greece, than when they emerge in countries with popular democratic governments — like Brazil, where we currently enjoy the lowest unemployment rates in our history and an unparalleled expansion of economic and social rights.

Many analysts attribute recent protests to a rejection of politics. I think it’s precisely the opposite: They reflect a drive to increase the reach of democracy, to encourage people to take part more fully.

I can only speak with authority about my country, Brazil, where I think the demonstrations are largely the result of social, economic and political successes. In the last decade, Brazil doubled its number of university students, many from poor families. We sharply reduced poverty and inequality. These are significant achievements, yet it is completely natural that young people, especially those who are obtaining things their parents never had, should desire more.

A mensagem da juventude brasileira

Por LUIS INACIO LULA DA SILVA (NYTimes)




Os jovens, dedos rápidos em seus celulares, tomaram as ruas ao redor do mundo.

Parece mais fácil explicar esses protestos quando ocorrem em países não democráticos, como no Egito e na Tunísia, em 2011, ou em países onde a crise econômica aumentou o número de jovens desempregados para marcas assustadoras, como na Espanha e na Grécia, do que quando eles surgem em países com governos democráticos populares - como o Brasil, onde atualmente gozamos das menores taxas de desemprego da nossa história e de uma expansão sem precedentes dos direitos econômicos e sociais.

Muitos analistas atribuem os recentes protestos a uma rejeição da política. Eu acho que é precisamente o oposto: Eles refletem um esforço para aumentar o alcance da democracia, para incentivar as pessoas a participar mais plenamente.

Eu só posso falar com autoridade sobre o meu país, o Brasil, onde acho que as manifestações são em grande parte o resultado de sucessos sociais, econômicas e políticas. Na última década, o Brasil dobrou o número de estudantes universitários, muitos de famílias pobres. Nós reduzimos drasticamente a pobreza e a desigualdade. Estas são conquistas importantes, mas é completamente natural que os jovens, especialmente aqueles que estão obtendo coisas que seus pais nunca tiveram, desejem mais.

Esses jovens não viveram a repressão da ditadura militar nas décadas de 1960 e 1970. Eles não convivem com a inflação dos anos 1980, quando a primeira coisa que fazíamos quando recebíamos nossos salários era correr para o supermercado e comprar tudo o possível antes de os preços subirem novamente no dia seguinte. Lembram-se muito pouco da década de 1990, quando a estagnação e o desemprego deprimiu nosso país. Eles querem mais.

domingo, 14 de julho de 2013

BIG BROTHER: somos todos participantes involuntários

por Paulo Franco


O BBB da empresa holandesa Endemol, transmitida no Brasil pela Globo nada mais é do que uma amostra marginal do que é o verdadeiro BIG BROTHER, profetizado por George Orwel, em seu livro 1984. Todos acabariamos, em função dos avanços tecnlógicos, sendo vigiados, controlados. Alguns acham que Orwell errou somente em prever que a violação da privacidade se daria por um estado "totalitário" e não por um país democrático, reconhecido como uma "pátria da liberdade" como os EUA.  Pois eu não tenho a menor dúvida que nem aí, Orwell errou. Ao contrário do que imagina a maioria das pessoas, os EUA é uma democracia "pra lá de relativa". 

A política americana é dominada por 2 partidos, um de direita e outro de extrema direita, e o controle de todo o processo político, bem como de toda a política internacional americana são das grandes empresas, principalmente aquelas ligadas à industria do Petróleo, Armas, Finanças entre outras. Provavelmente as 100 famílias mais ricas do EUA detém mais de 50% de toda a riqueza do planeta. Se dissecar a política americana e a conduta com os direitos universais, basicos, quando entra em choque com o poder central será possível perceber o qual totalitário é o poder estatal.  Isso está muito longe de ser uma legítima democracia que represente a sociedade americana.


sexta-feira, 12 de julho de 2013

O jovem Mandela


A Editora Nova Alexandria lança, em maio, o relato romanceado, escrito por JeosaFá, que relata a trajetória da pobreza, da luta e do cárcere político até a presidência da República, percorrido por um dos principais personagens da história contemporânea.

Desde a pobreza no sertão da África do Sul, até o reconhecimento mundial - este foi o caminho percorrido por uma das principais lideranças populares e avançadas do mundo contemporâneo: Nelson Mandela.

Sua vida, contada no livro O Jovem Mandela, de JeosaFá, que a editora Nova Alexandria lança em maio, é o relato da luta de uma existência inteira contra as condições aviltantes dos trabalhadores nas minas de diamantes mais profundas do mundo, a miséria nas favelas de Johanesburgo, a opressão das populações negras e de origem indiana, o desumano sistema de apartheid.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

"América Latina lanza el Banco del Sur para plantar cara al FMI"


Latinoamérica continúa su proceso de integración regional al tiempo que construye una alternativa al sistema económico vigente a nivel mundial, y el Banco del Sur constituye el último paso de semejante empresa, opinan los expertos.
Esta institución bancaria "es el resultado lógico en un continente que quiere romper con la dependencia del Fondo Monetario Internacional (FMI), responsable de los planes de ajuste desde los años 70 que condenaron a esos pueblos [latinoamericanos] a la miseria", dijo el profesor de Ciencia Política, Juan Carlos Monedero, citado por el diario digital 'Publico.es'.

Fundado en 2007, el Banco espera completar un fondo de 20.000 millones de dólares, y "en el primer semestre del año que viene estará ya en funcionamiento con los primeros países miembros asociados que son: Argentina, Uruguay, Venezuela, Bolivia, Ecuador y Brasil", anunció recientemente el canciller venezolano Elías Jaua.

El Banco del Sur es un paso más a la vinculación soberana de la región frente a Europa, donde el BCE se ha convertido en un espacio de los lobbies alemanes
Este nuevo organismo sudamericano, que celebró su primer Consejo de Ministros el pasado 12 de junio en Caracas, presenta una propuesta diferente al sistema vigente a nivel mundial, con entidades rectoras como el FMI, el Banco Mundial y el Banco Interamericano de Desarrollo.