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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Desemprego no Brasil Cai Sistematicamente

Por PAULO FRANCO


TX DE DESEMPREGO CAI SISTEMATICAMENTE NO BRASIL, INDEPENDENTE DA METODOLOGIA, IBGE OU DIEESE.

 


Tem havido alguns questionamentos quanto à metodologia da taxa de desemprego adotada pelo IBGE a partir de 2003. Essa nova metodologia visou uma adequação aos indices aceitos internacionalmente. Os questionamentos tem ocorrido, basicamente, porque o valor final é menor que o da metodologia anterior.
Para dirimir essas dúvidas e questionamentos, plotei os índices dessa nova metodologia apurada pelo IBGE, bem como os índices apurados pelo Dieese. O índice do Dieese é na verdade mais interessante, já que ele mostra um período mais longo que o novo índice do IBGE.
O Índice do DIEESE nos mostra dois períodos distintos que serve de lição para nós. O período de 1995 a 2002 onde tivemos uma política economica liberal, ortodoxa, e de 2003 até hoje onde temos uma política econômica mais estruturalista, mais heterodoxa. Em outras palavras, a diferença entre uma política econômica voltada para o capital e outra voltada para o social, ou ainda, a diferença entre um capitalismo mais selvagem e um capitalismo mais humano, como queira cada um, conforme sua leitura.
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O período em que o Brasil seguiu o modelo dito "liberal", influenciado pela onda liderada pelo governo de M. Tatcher, teve um desempenho extremamente nocivo as classes trabalhadoras e ao próprio país. Com uma política privatista e de estado mínimo, vendeu quase todo o patrimônio do estado, restando algumas empresas estratégicas como a Petrobras, por imposição da sociedade. Mesmo com as vendas do patrimônio estatal, o país viu suas reservas atingirem o fundo do poço, e como consequência o câmbio explodir. Além de estagnar a renda do trabalhador e o desemprego subir vertiginosamente. 2003 foi o ponto de inflexão de todos os indicadores do Brasil e o desemprego só é mais um, independente da metodologia que se queira usar. O liberalismo adotado pelo governo tucano caracterizou-se simplesmente numa sequência da opressão do trabalhador, que vinha desde a Ditadura Militar, patrocinada pela elite burguesa nacional.

domingo, 1 de junho de 2014

Millôr não mentiu: A midia é realmente canalha !

Por PAULO FRANCO


"A Imprensa Brasileira sempre foi canalha." (Millor Fernandes)



O PIB do 1º Trimestre do Brasil cresceu 1,9%

O PIB do 1º Trimestre dos EUA caiu 1,0%. 

(Atualização: dia 25/06/2014 foi divulgada a revisão do PIB dos EUA para queda de 2,9%)


Normalmente eu deixo passar as manipulações que a mídia faz, distorcendo, mentindo, reduzindo, aumento, ou seja, desinformando a sociedade.  Eu assisto para poder acompanhar como está essa manipulação.  Mas hoje, assistindo o Jornal Nacional da Globo eu não suportei, pensei comigo, eu tenho que fazer uma postagem para esclarecer  a todos os aqueles que eu tenho relacionamento na internet.

Na quinta feira, dia 29/05, os EUA divulgaram seus resultados do PIB do 1º trimestre de 2014.  Houve uma retração de 1% do PIB.  O governo havia previsto um crescimento de 0,1%, mas os analistas já estavam esperando algo em torno de 0,5% de retração.  O número veio pior ainda e bem distante.  

Não houve desespero e nem um "Deus nos acuda" como ocorreria no Brasil se nossos números fossem esses.  Chris Rupkey, economista-chefe do Bank of Tokyo-Mitsubishi de NY, serenamente disse "o jogo não acabou, estamos esperando melhoras para o 2o. trimestre e para o fim do ano". Nos EUA, a midia mesmo sendo engajada com os republicanos e o atual Presidente seja um Democrata as coisas têm limites, não é a avacalhação, o total desrespeito com a função jornalistica como ocorre no Brasil.

O IBGE divulgou os resultados do PIB brasileiro do primeiro trimestre que foram 0,2% em relação ao último trimestre de 2013 e 1,9% em relação a mesmo período de 2013.  No Acumulado de 4 trimestres a taxa de crescimento é de 2,5%.  É óbvio que a primeira vista não é uma maravilha, mas também não é ruim. É, na verdade um bom resultado, senão excelente. 
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A Imprensa é Canalha, mas... e a Rede Social?
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O número usado internacionalmente é resultante da variação do trimestre do ano em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.  No caso brasileiro essa variação foram os  1,9%.  A variação sobre o trimestre anterior, aquele 0,2%,  não é usada e normalmente nem é divulgada pela imprensa internacional. 

Gráfico da Globo mostra PIB dos EUA errado
A conduta da Globo é simplesmente deplorável, um terrorismo inadimissível em qualquer país do mundo civilizado.  Ao invés de comentar o crescimento de 1,9% que é o índice usado e comparado no mundo inteiro, ela o tempo todo ficou depreciando o desempenho brasileiro, em cima dos 0,2% sobre o trimestre anterior, como sendo um péssimo resultado.  É a velha estória do "copo meio cheio ou meio vazio", tão ironizado pela empresária Luiza Trajano, da Magazine Luiza.

A reportagem sempre condenando (e não informando) o desempenho economico e a gestão da política do governo, tenta atraves de recursos da comunicação tornar feio números que são bonitos. A reportagem "demonizou" o setor agrícola por causa de seu excelente desempenho de 3,6%, como se fosse péssimo para o pais, um crescimento daquele nível, mesmo considerando que o setor está crescendo graças aos investimentos em tecnologia e competitividade.  Foi constatado ainda que o setor deve continuar com o bom desempenho, nos próximos trimestres.   Por outro lado, serviços cresceram 0,4%.  Somente a atividade industrial que recuou 0,8%, o que não é bom lógico, mas felizmente compensado pelos demais setores.  É uma insanidade abominar um setor em que o Brasil tem expertise e vantagens comparativas em relação aos demais países.  O Brasil pode e deve continuar com a política de desenvolvimento tecnológico nesta área, tendo sempre a preocupação em preservar o meio ambiente e proteger o homem do campo, os pequenos agricultores e a agricultura familiar. 

Após toda a reportagem demonstrando o desastrado desempenho da economia brasileira, em cima dos 0,2%, ela mostrou um comparativo entre países, considerando o índice adequado.  Mas mesmo assim a Globo não deixou de exercer seu poder manipulatório, mantendo sua conduta invariavelmente criminosa.  A apresentadora diz: "Em 38 países selecionados..."  Ora, toda vez que uma reportagem seleciona uma amostra sem especificar qual o critério e porque daqueles países escolhidos, obviamente, é porque essa amostra será enviezada, para demonstrar aquilo que se deseja.   Qualquer comparação deve ser feita tendo por base o seu "peer group", ou seja.  Poderia ser os paises com nível de desenvolvimento semelhante, países com tamanho semelhantes, países de região específica, etc.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Desafio do Brasil: Crescimento x Inflação

Por PAULO FRANCO


(atualizado com o ipca de novembro/2013)


Após um longo período de taxas declinantes, desde janeiro, o IPCA, a partir de agosto inverteu a curva e segue numa trajetória de alta mensal. A taxa de novembro foi de 0,54% um pouco inferior a outubro (0,57%) mas nada relevante. Alem do mais, as prévias já sinalizam para dezembro uma taxa maior que a de novembro.

Inflação 2013

Para que a inflação oficial, medida pelo IPCA, mantenha o mesmo valor de 2012, de 5,84%, a taxa mensal de dezembro poderá ser de até 0,84%, o que parece plausível. Todavia se a taxa do mês de dezembro ficar em torno de 0,75%, portanto ainda acima dos 0,54% de novembro, fecharemos o ano com a inflação em torno de 5,70%, como pode ser visualizado no gráfico abaixo.



Comportamento Sazonal

No período pós Plano Real, o IPCA tem assumido um comportamento cíclico anual conforme o gráfico abaixo. Esse gráfico mostra um regressão, uma tendência, uma linha onde os valores giram em torno dela. Desconsiderando fatores da conjuntura atual, é razoável pensar que há uma grande chance do índice vir maior ainda em janeiro de 2014. Talvez em fevereiro ou março, haja um inflexão na curva iniciando um período declinante com oscilações mensais.
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Leia também:
DEUTSCHE BANK: Brasil crescerá 3,5% a.a.
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As pressões altistas nos preços, mais severas deverão ocorrer às vésperas das eleições do primeiro turno, em setembro/outubro. Também tem sido registrados com um certa frequência picos de alta nos preços em junho/julho, variando de ano para ano.








PIB

Essa volatilidadade nos preços, decorre basicamente do desequilíbrio entre a oferta e a demanda no front interno, que associada à pressão externa derivada da retirada paulatina dos incentivos monetários da economia norte-americana e de uma possível deterioração das economias da zona do euro, exige uma gestão muito severa, que continuará, ao que tudo indica, limitando o potencial de crescimento da economia. A China continua sendo o driver mais importante, desse embróglio econômico, mas não temos condições no momento de prever se haverá realmente, como se preve,  uma redução do seu ritmo de crescimento e de quanto seria essa redução. Neste cenário nebuloso, qualquer previsão de crescimento que não seja inferior a 3% para 2014, seria excesso de otimismo. Para 2013, o mais provável é que o crescimento fique entre 2,3% e 2,6%.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

ONU destaca o exuberante progresso no IDHM do Brasil



• IDHM calculado para o Brasil mostra alta de quase 50% em 20 anos

• IDHM Longevidade é o mais elevado em termos absolutos

• IDHM Educação se destaca como o de maior avanço em duas décadas (128,3%), puxado pelo aumento no fluxo escolar de jovens (156%)

• Mas IDHM Renda mostra que passivo social histórico do Brasil ainda sustenta grande desigualdade de renda entre municípios mais e os menos desenvolvidos 


Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013,
lançado dia 29/07/2013 na casa da ONU, no DF
O Brasil registrou um salto de 47,8% no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do país entre 1991 e 2010, um avanço consistente puxado pela melhora acentuada dos municípios menos desenvolvidos nas três dimensões acompanhadas pelo índice: longevidade, educação e renda. Os dados são do Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, apresentado hoje (29/07), em Brasília, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) e a Fundação João Pinheiro (FJP). Os dados são calculados com base nos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010, do IBGE.

O IDHM do Brasil saltou de 0,493 (Muito Baixo Desenvolvimento Humano) para 0,727 (Alto Desenvolvimento Humano). O IDHM Longevidade (0,816) é o que mais contribui em termos absolutos para o nível atual do IDHM do Brasil. É também o componente que apresenta o menor hiato – a distância até 1 – em 2010 (0,184). Esta evolução da dimensão Longevidade reflete o aumento de 9,2 anos (ou 14,2%) na expectativa de vida ao nascer entre 1991 e 2010. Neste mesmo período, o IDHM Longevidade do país acumulou alta de 23,2%.
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"Ainda bem que hoje eu não tenho de comer calango"
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O IDHM Educação (0,637) é o que tem a menor contribuição em termos absolutos para o valor atual do IDHM do Brasil e também o que possui o maior hiato (0,363). Mas de 1991 a 2010, o indicador foi o que registrou o maior crescimento absoluto (0,358) e a maior elevação em termos relativos (129%) entre as três dimensões do índice. Saiu de 0,278 em 1991, para 0,637 em 2010, um movimento puxado, principalmente, pelo aumento de 156% no fluxo escolar da população jovem (ou 2,5 vezes) no período. Na mesma comparação, a escolaridade da população adulta, outro subíndice do IDHM Educação, ficou quase duas vezes maior na comparação com 1991 (alta de 82,4%).

No IDHM Renda, o crescimento no período de 1991 a 2010 foi de 14,2%, o equivalente a cerca de R$ 346 de aumento na renda per capta mensal, com números ajustados para valores de agosto de 2010. Apesar do avanço, apenas 11,1% dos municípios avaliados possuem um IDHM Renda superior ao IDHM Renda do Brasil. Uma comparação entre os municípios de maior e menor renda per capta mensal do país, a diferença permanece grande: de R$ 2.043,74 (São Caetano do Sul-SP) para R$ 96,25 (Marajá do Sena-MA). Isso significa que um cidadão médio de São Caetanos do Sul, tinha, em 2010, renda per capta mensal 20 vezes maior que a de um cidadão médio de Marajá do Sena, ou uma diferença de mais de 2.000%. O método de cálculo do IDHM Renda aplica uma fórmula logarítmica que aproxima os maiores valores de renda per capita dos menores e, com isso, reduz a disparidade de renda existente na perspectiva intramunicipal. 

Sobre o Atlas Brasil 2013

 



Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 traz uma ferramenta gratuita de acesso a informações sobre 5.565 municípios brasileiros, útil tanto para os gestores públicos quanto para a sociedade em geral. Nele estão contidos o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) para cada município e os resultado da análise de mais de 180 indicadores socioeconômicos do país – também sob a perspectiva municipal: entre eles demografia, educação, renda, habitação, trabalho e vulnerabilidade.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Imprensa estrangeira destaca ascensão social dos negros no Brasil

The Economist (Inglaterra): The Economist explains (Blog) - Brazil isn’t growing, so why are Brazilians so happy?

IN THE decade after Jim O’Neill of Goldman Sachs coined the acronym “BRICs” in 2001, grouping together four big countries with the potential for sustained growth, the “B”, Brazil, really put itself on the economic map. Having grown by 2.3% a year between 1995 and 2002, it grew by 4% annually in the following eight years. But Brazil then ran out of puff. It grew by a disappointing 2.7% in 2011, and a dismal 0.9% in 2012. Yet Brazilians seem blissfully unconcerned.IPEA, a Brazilian ...
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El País (Espanha): Alrededor del 30% de la población negra en Brasil es emprendedora

Pese a constituir el 51% de los habitantes del país, han sido siempre los más castigados con el desempleo y los salarios bajos

Juan Arias
En los últimos diez años, Brasil ha dado un salto en la elevación de renta y en la disminución de la pobreza y de la miseria. Fruto de ello la población negra y mulata ha pasado de ser mera empleada y muchas veces parada, a convertirse en emprendedores en un 30,19%, tal y como reflejan los datos del Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (IBGE).
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LE POINT.FR, Brésil: parce que les femmes noires de Rio le valent bien

Dans la banlieue de Rio, une chaîne de salons de coiffure raffinés triomphe auprès des femmes noires et métisses de la classe moyenne émergente en magnifiant la beauté naturelle de leurs cheveux frisés au lieu de les lisser.

Décors aux tons rose et rouge, grands miroirs, fleurs fraîches, café gratuit: chez Beleza Natural, on pourrait se croire dans n’importe quel salon huppé de la planète, ou dans un décor de télénovela.
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Agência France Presse entrevistou o presidente do Ipea e ministro da SAE, Marcelo Neri

Nilma, 1ª reitora negra
A renda da população negra foi a que mais cresceu no Brasil entre 2001 e 2009, cerca de 45%, contra 21% dos brancos, informou o presidente do Ipea e ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), Marcelo Neri, em uma matéria publicada pela Agência France Presse (AFP) no último dia 23.

O texto da AFP (Brésil: parce que les femmes noires de Rio le valent bien) destaca o sucesso de uma rede de salões de beleza dedicada exclusivamente a atender clientes negras, fenômeno, de acordo com Neri, da “ascensão de uma nova classe média”. "É a nova classe média produzindo para a nova classe média”, afirmou.

O empreendedorismo na população negra também foi tema em uma reportagem publicada pelo jornal espanhol El País (Alrededor del 30% de la población negra en Brasil es empreendedora). De acordo com o diário, dados do IBGE apontam que, atualmente, 30% dos negros brasileiros são empreendedores, reflexo da elevação de renda e da diminuição da pobreza observada no país nos últimos dez anos, o que levou essa população a trocar o emprego doméstico ou a inatividade pelo empreendedorismo.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Taxa de negros empregadores passa de 22,84% para 30,19% em dez anos

Entre as mulheres negras o desemprego caiu de 18,2% para 7,7%, revela estudo de economista


Clarice Spitz para 0 GLOBO - 27/05/2013




Marah Silva, dona do Ateliê Cor Sincretismo.
Estilista diz que herdou da mãe a veia
empreendedora. Foto: Daniela Dacorso
RIO — Ainda desigual, mas com avanços. Nos últimos dez anos, negros experimentaram uma melhora nas taxas de emprego e de renda. Aumentou participação de negros entre os empregadores, a categoria mais bem paga do mercado de trabalho: em 2003, representavam 22,84% do total de empregadores; em 2013, já são 30,19%, revela estudo do economista Marcelo Paixão sobre empreendedores negros. É bem verdade que, quando estão em postos de comando, os negros estão predominantemente em atividades de mais baixo rendimento, sobretudo, no comércio e serviços em geral, como cabeleireiros, donos de armarinhos, designers e trabalhadores da construção civil, onde a presença deles é maioria. Entre as mulheres negras, grupo com maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho, o desemprego caiu de 18,2% para 7,7%.
Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, a melhora na economia propiciou a ascensão profissional. Com renda maior, o negro que trabalhava por conta própria pôde incrementar seu negócio e passar a contratar um funcionário, tornando-se um empregador.

— É um salto expressivo. O mercado de trabalho está menos desigual. Ainda se encontram as mazelas de gênero, de cor, de jovens, mas mais amenizadas — afirma Azeredo.

As desvantagens de empregadores negros passam por uma poupança menor. Com menos capital que os brancos, eles costumam ter negócios no setor de serviços, em que os investimentos são mais baixos. Mas a análise dos últimos dez anos mostra que a renda de empregadores negros subiu 42,59%, enquanto a dos empregadores brancos, 20,46%.

Enquanto em 2003, um empregador negro recebia o equivalente a 49,37% do rendimento de um empregador branco, hoje, ele ganha 58,43%. De acordo com Paixão, a redução dessas assimetrias no mercado de trabalho são explicadas, em parte, pela valorização do salário mínimo e de programas de transferência de renda.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Brasil é o país com maior redução do desemprego desde 2008, diz FMI



Alemanha aparece em segundo lugar, com uma diminuição muito próxima da brasileira


O Brasil é o país que acumula maior redução da taxa de desemprego desde 2008, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre os 42 países que já divulgaram os números de 2012 referentes ao mercado de trabalho.

No ano em que estourou a crise financeira internacional, 7,9% da população ativa brasileira estava sem emprego; em 2012, essa proporção passou para 5,5%, o que representa uma queda de 30% na taxa.

Os números do FMI se referem à média de cada ano e vão só até 2012. No entanto, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam que a tendência de queda do desemprego se manteve no início de 2013, apontando a menor taxa para meses de março desde 2002.

Ranking



A Alemanha, no ranking do FMI, aparece em segundo lugar, com uma diminuição muito próxima da brasileira, de 7,6% para 5,5%. O terceiro país da lista é a Bolívia, onde o indicador foi de 6,9% para 5,5%.

A taxa só caiu em 15 dos 42 países analisados. Em Portugal, na Bulgária e na Espanha, o indicador de desemprego mais do que dobrou no período. Na Grécia, mais que triplicou (veja tabela abaixo).

Os Estados Unidos e a Índia são os dois únicos países, entre as maiores economias, que não estão na lista do FMI, por não terem o dado fechado do desemprego médio em 2012.

Mas para os EUA, o FMI tem uma projeção, de que a taxa atingiu 8,1% no ano passado, contra 5,8% em 2012. Já a Índia não conta com os dados oficiais nem com previsões.

Brasil no mundo

Esta é a terceira postagem da série “Brasil no mundo”, em que o blog Achados Econômicos analisa a recém atualizada base de dados do FMI.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

IBGE: Triplicou o Acesso de Jovens Pretos e Pardos às Universidades em 10 anos



A Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2012 mostra melhoria na educação, na década 2001-2011, especialmente na educação infantil (0 a 5 anos), onde o percentual de crianças cresceu de 25,8% para 40,7%. Dentre as mulheres com filhos de 0 a 3 anos de idade na creche, 71,7% estavam ocupadas. Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, 83,7% frequentavam a rede de ensino, em 2011, mas apenas 51,6% estavam na série adequada para a idade. Já a proporção de jovens estudantes (18 a 24 anos) que cursavam o nível superior cresceu de 27,0% para 51,3%, entre 2001-2011, sendo que, entre os estudantes pretos ou pardos nessa faixa etária, a proporção cresceu de 10,2% para 35,8%.

A SIS revela que as desigualdades reduziram-se, na década 2001-2011, em razão da valorização do salário mínimo, do crescimento econômico e dos programas de transferência de renda (como Bolsa Família). O índice de Gini (mede a distribuição de renda) passou de 0,559, em 2004, para 0,508, em 2011.