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domingo, 22 de setembro de 2019

Brasil, um "campo minado"

Por Paulo Franco

O Brasil está caminhando a 'passos largos' para se transformar num verdadeiro 'campo minado'. O volume de importação de armas está aumentando violentamente, assim como as vendas de armas pela indústria domestica.

A importação de revólveres e pistolas nunca atingiram 10 mil unidades até 2018, quando foram registrada a entrada de 17 mil armas.

Em 2019, então é que o aumento foi extremamente alto. Até agosto já tinham sido importadas mais de 37 mil armas, e o ano deverá fechar com, na melhor das hipóteses, em 56 mil unidades.



A política de flexibilização dos requisitos para a aquisição e o porte de armas aliado ao discurso pró-armas e ao lobby das indústrias e das importadoras de armas tem impulsionado o desejo por uma ou mais armas.

Neste ano, em agosto ocorreu uma verdadeira explosão na importação de armas atingindo 25,5 mil

sábado, 3 de maio de 2014

Cidades mais violentas do mundo: EUA, o grande destaque

Por Paulo Franco


No cenário da violência mundial, a estrela são os EUA que a despeito de ser o grande símbolo de sucesso em riqueza e desenvolvimento consegue ter cidades que estão classificadas entre as mais violentas do mundo. A América Latina, ao lado dos EUA é uma triste constatação pois consegue ser a reagião mais violenta do mundo, situação que não deve ser alterada tão cedo.  Primeiro porque a distância é extremamente grande, em segundo porque não há nenhuma evidência de mudança na tendencia atual.




O estudo sobre Segurança, Justiça e Paz elaborado pelo Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Criminal do México, levantou as cidades mais violentas do mundo, tomando como parâmetro a taxa de homicídios por 100 mil habitantes.

AS TRES CIDADES MAIS VIOLENTAS DO MUNDO


San Pedro Sula, em Honduras é, pela terceira vez consecutiva a cidade mais violenta do mundo com uma taxa de 187 homicídios por 100 mil habitantes. A situação de San Pedro só tem piorado nos últimos anos. Em 2010 ela ocupava a 3ª posição, com uma taxa de 125 mas em 2011 essa taxa aumentou para 159 e San Pedro Sula assumiu a liderança da violência mundial. A situação continuou se deteriorando em 2012 e 2013 com as taxas de homicídios atingindo 174 e 187 respectivamente.

Na segunda posição vem Caracas, na Venezuela, com 134 homicídios e em terceiro vem Acapulco no México, com 113 homicídios por 100 mil habitantes.
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A cidade mexicana de Juarez teve uma trajetória inversa de San Pedro Sula. Ela era a cidade mais violenta do mundo em 2008, 2009 e 2010. Em 2011 com San Pedro atingindo a marca de 159 homicídios por 100 mil habitantes, a cidade de Juarez passou para a segunda posição. Em 2012 continuou caindo no ranking para 19 e em 2013 para a 37ª posição.

BRASIL TEM O MAIOR NÚMERO DE CIDADES ENTRE AS 50 MAIS VIOLENTAS


O Brasil tem 16 cidades entre as 50 mais violentas do mundo. Dentre as 10 mais violentas, o Brasil tem 3 cidades: Maceio, com 80 homicídios por 100 mil habitantes, Fortaleza com 73 e João Pessoa com 67 homicídios. Todas as 3 localizadas no nordeste, o que indica que há uma regionalização do problema. 

Todavia, é importante observar que o maior número de cidades entre as 50 mais violentas, não reflete que o Brasil seja, necessáriamente,  o mais violento dos países. Na verdade há que se considerar o tamanho do país e sua respectiva população e também o número de cidades com população superior a 300 mil, parâmetro definido pela instituição que executou o estudo.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

A História do Ódio no Brasil


  • Em 30 anos, tivemos um crescimento de cerca de 502% na taxa de homicídios no Brasil.
  • Ocorrem mais estupros do que homicídios no Brasil
  • Existem mais mortes causadas pelo trânsito do Brasil do que por armas de fogo
  • 93% dos mortos por armas de fogo no Brasil são homens e 67% são jovens
  • morrem 133% mais negros do que brancos no Brasil, por armas de fogo.
  • Entre 2002 e 2010, o número de brancos mortos diminuiu 25%, enquanto que o número de negros mortos cresceu 35%, também, por armas de fogo.






“Achamos que somos um bando de gente pacífica cercados por pessoas violentas”. A frase que bem define o brasileiro e o ódio no qual estamos imersos é do historiador Leandro Karnal. A ideia de que nós, nossas famílias ou nossa cidade são um poço de civilidade em meio a um país bárbaro é comum no Brasil. O “mito do homem cordial”, costumeiramente mal interpretado, acabou virando o mito do “cidadão de bem amável e simpático”. Pena que isso seja uma mentira. “O homem cordial não pressupõe bondade, mas somente o predomínio dos comportamentos de aparência afetiva”, explica o sociólogo Antônio Cândido. O brasileiro se obriga a ser simpático com os colegas de trabalho, a receber bem a visita indesejada e a oferecer o pedaço do chocolate para o estranho no ônibus. Depois fala mal de todos pelas costas, muito educadamente.

Século XIX, escravo sendo castigado
Olhemos o dicionário: cordial significa referente ou próprio do coração. Ou seja, significa ser mais sentimental e menos racional. Mas o ódio também é um sentimento, assim como o amor. (Aliás os neurocientistas têm descoberto que ambos sentimentos ativam as mesmas partes do cérebro.) Nós odiamos e amamos com a mesma facilidade. Dizemos que “gostaríamos de morar num país civilizado como a Alemanha ou os Estados Unidos, mas que aqui no Brasil não dá para ser sério.” Queremos resolver tudo num passe de mágica. Se o político é corrupto devemos tirar ele do poder à força, mas se vamos para rua e “fazemos balbúrdia” devemos ser espancados e se somos espancados indevidamente, o policial deve ser morto e assim seguimos nossa espiral de ódio e de comportamentos irracionais, pedindo que “cortem a cabeça dele, cortem a cabeça dele”, como a rainha louca de Alice no País das Maravilhas. Ninguém para 5 segundos para pensar no que fala ou no que comenta na internet. Grita-se muito alto e depois volta-se para a sala para comer o jantar. Pede-se para matar o menor infrator e depois gargalha-se com o humorístico da televisão.
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Não gostamos de refletir, não gostamos de lembrar em quem votamos na última eleição e não gostamos de procurar a saída que vai demorar mais tempo, mas será mais eficiente. Com escreveu Sérgio Buarque de Holanda, o criador do termo “homem cordial” : “No Brasil, pode dizer-se que só excepcionalmente tivemos um sistema administrativo e um corpo de funcionários puramente dedica­dos a interesses objetivos e fundados nesses interesses. Ao contrário, é possível acompanhar, ao longo de nossa história, o predomínio constante das vontades particulares que encontram seu ambiente pró­prio em círculos fechados e pouco acessíveis a uma ordenação im­pessoal” Ou seja, desde o começo do Brasil todo mundo tem pensando apenas no próprio umbigo e leva as coisas públicas como coisa familiar. Somos uma grande família, onde todos se amam. Ou não?