sexta-feira, 28 de março de 2014

Discurso de Dilma Rousseff sobre o Golpe de Estado de 1964 (Hipotético)

Por BRENO ALTMAN


Quando amanhecer o dia 31 de março, o país estará tomado pela recordação de um fato dramático. Milhões de brasileiros lembrarão – e serão lembrados – dos 50 anos da deposição do presidente João Goulart por uma aliança cívico-militar que imporia a longa ditadura dos generais.

Muitos artigos, reportagens e entrevistas, nos mais diversos veículos de comunicação, resgatam episódios daquele período. Homens e mulheres da resistência contam a epopeia da luta antifascista e o terror da repressão. Até cúmplices e protagonistas do golpe de 1964, como é o caso de boa parte da velha mídia, vertem lágrimas de crocodilo pela usurpação cometida.
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Aberrações também têm vez. Militares da reserva, e oxalá que apenas esses, celebram o feito e reincidem na elegia ao crime de lesa-pátria que orgulhosamente exibem em sua biografia. Pequenos grupos de reacionários sem farda igualmente mostram suas garras.

Milhares e milhares de cidadãos, no entanto, estarão à espera que se pronuncie a voz de uma mulher. Uma valente militante contra a ditadura, que enfrentou tortura e prisão. Quis o destino que essa combatente, Dilma Vana Rousseff, viesse a ser presidente da República no cinquentenário do regime militar. Ela poderia, como representante maior do Estado, falar à nação sobre aquela era sombria.

Um discurso breve e contundente, que permitisse ao país fechar cicatrizes do arbítrio, determinar responsabilidades históricas e anular o ultraje institucional que ainda permite, a torturadores e assassinos, esconder seus crimes ou reivindicá-los com galhardia. Talvez algo parecido com as palavras abaixo entrelaçadas:


"Brasileiros e brasileiras





Dirijo-me essa noite à nação, como presidente da República e comandante-em-chefe das Forças Armadas, para falar de um momento trágico de nossa história. Refiro-me ao golpe militar de 1964, que chega hoje a seu cinquentenário.

Oficiais de então, aliados a setores antidemocráticos do parlamento e da sociedade civil, levaram os três ramos de nossas estruturas militares a romper com a Constituição e suas melhores tradições republicanas, impondo um regime de terror e arbítrio que durou 21 anos.

O presidente João Goulart, governante legal e legítimo, foi derrubado porque a política de reformas que implementava, a favor da distribuição de renda e riqueza, em defesa da independência nacional e do nosso desenvolvimento, contrariava interesses poderosos, aos quais se alinharam os generais que assaltaram o poder.

quarta-feira, 19 de março de 2014

VENEZUELA: Uma Radiografia Atual e Real da Opinião Pública

Por PAULO FRANCO


A ICS - International Consulting & Services, em pesquisa na Venezuela, revela que 91% quer a preservação da Democracia e a Paz Social.  85% desaprovam a continuidade dos protestos e 82% consideram-no violento. Apenas 7% manifestou desejo da renúncia de Maduro e o restante querem que o processo democrático seja respeitado.



Através de uma pesquisa de opinião,  A ICS - International Consulting Services, levantou a opinião dos povo Venezuelano sobre diversos temas que estão em evidência atualmente.

A ICS, é uma empresa de consultoria que atua na Europa e nas Américas, e sua sede fica em Cincinnati, nos EUA.    Além de pesquisas de Mercado, a ICS atua no desenvolvimento organizacional, Planejamento Estratégico e Realocação de Executivos.  Carolin McCaffrey é fundadosa e a General Manager da empresa.

As informações obtidas através dessa pesquisa é extremamente importante, por ser disponibilizada por uma instituição mais isenta do processo político venezuelano, portanto com um menor nível de parcialidade, comum nas materias jornalísticas tanto da Venezuela como nos demais países da América Latina, incluindo o Brasil.

Após a observação das diversas informações obtidas pela presente pesquisa, é possível constatar com muita clareza a sonegação, a distorção e até a inversão das das informações sobre o cenário político e social da Venezuela que são disponibilizadas pelos diversos meios de comunicação, de todos os países da América, inclusive do Brasil de dos Estados Unidos.
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CEPAL: Pacto Social pela Igualdade, Crescimento e Direitos Individuais
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PROTESTOS


Ao ser indagado sobre a concordândia ou discordância da realização dos Protestos, a maioria expressiva dos cidadãos venezuelana desaprovam a continuidade dos protestos, com um índice de 85,4% dos entrevistados.  Apenas 11,6% concordam com suas realizações.

segunda-feira, 17 de março de 2014

ONU/CEPAL: Pacto Social pela Igualdade, Crescimento e Direitos Individuais



Em 2014, o 35º Encontro da CEPAL se derá no Peru, onde participarão   44 países membros e 12 países convidados, para discutir os principais desafios ao crescimento econômico e social da América Latina e Caribe.

Em 2010, o Encontro da CEPAL aconteceu no Brasil, quando ao fim dos debates, foi produzido o documento "A hora da Igualdade".   Este documento definiu como todos os países poderiam colocar a igualdade no centro de todos os esforços para alcançar o bem estar dos povos latinoamericanos e caribenhos.

A CEPAL concluiu que haveria de igualar para crescer, mas também crescer para igualar.  Para conseguir isso necessitaria de uma nova equação estado - mercado - sociedade.
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Em 2012, o Encontro da CEPAL se em El Salvador.  O documento resultante desse encontro foi denominado "Mudança Estrutural para a Igualdade".  Esta proposta já avança para uma articulação do crescimento economico com igualdade e sustentabilidade ambiental, envolvendo políticas macroeconômicas, políticas sociais e políticas industriais.


Para 2014, a temática continua na busca da igualdade, do reconhecimento do indivíduo como pessoas autônomas, portadores de direitos.  Será o momento de se estabelecer "pactos sociais pela igualdade" que permitirá à região seguir crescendo no âmbito econômico e sobretudo nos direitos das pessoas. 


domingo, 9 de março de 2014

Desmatamento em 2013 no Brasil sobe 28%

Por PAULO FRANCO




Depois de 4 anos de reduções initerruptas e de 9 anos de redução substancial no desmatamento da amzônia, em 2013 houve uma elevação de 28%.   Os dados são do PRODES (Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites), do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Dentro da curva descendente iniciada a partir de 2004, o único ano em que houve um crescimento no desmatamento foi  2008, com 11%.  Felizmente, não passou de um soluço, e a tendência descrescente foi retomada com êxito. 
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Após atingir o pico de 27.800 km² no ano de 2004, a queda do desmatamento até o ano de 2012,  foi de 84% quando foi desmatado apenas 4.571 km².  Um queda vertiginosa, diga-se de passagem, tanto que esse resultado foi reconhecido internacionalmente e o Brasil acabou ganhando o prêmio "Campeões da Terra-2013 " condedido pela ONU.

É lógico que em termos absolutos e até no contexto das reduções ocorridas, o fato até poderia ser considerado não tão relevante assim.

O fundamental é que se acenda um "alerta vermelho" para que as autoridades responsáveis pelo controle, não permitam que isso se transforme numa tendência, com aumentos do desmatamento nos próximos anos.

A sociedade e o governo tem que trabalhar com uma missão que seria o desmatamento zero. Sabemos que, embora seja muito díficil atingir essa meta, não é impossível, mas o foco tem que ser sempre esse.

Os estados mais vulneráveis, atualmente, ao desmatamento tem sido o Mato Grosso e o Pará.  No caso do estado do Mato Grosso a causa maior é a expansão para o plantio de soja.   Já no estado do Pará, tudo indica ser grilagem de terras para a especulação, com propriedades mais extensas.  Conforme informações do INPE, esse desmatamento tem se concentrado no entorno da rodovia BR-163.  

Em ambos os estados, mas principalmente no Pará, o IBAMA tem que recrudescer a fiscalização, a autuação e o embargo desses desmatamentos.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Dr. Melgaço: O Pior IDHM e as "Maribéis"






O DCM orgulhosamente apresenta o documentário “Dr. Melgaço”, fruto do nosso primeiro projeto de crowdfunding (o segundo, sobre o helicóptero da família Perrella apreendido com 450 quilos de cocaína no Espírito Santo, está na plataforma Catarse).

A documentarista Alice Riff foi enviada a Melgaço, no Pará, a cidade com o mais baixo IDH do Brasil, para relatar o impacto do programa Mais Médicos sobre a população. Antes, dois médicos se revezavam ali. Cada um deles permanecia 15 dias e era com isso que os 25 000 moradores podiam contar.

Alice e o câmera Thiago Carvalhaes fizeram 3 horas e meia de voo entre São Paulo a Belém e encaram outras 12 de barco até Melgaço. Durante oito dias, Alice falou com mais de 50 pessoas, do prefeito aos locais, e acompanhou o cotidiano da Unidade Básica de Saúde, UBS. Thiago de Luccia, médico de familia e comunidade, os acompanhou.
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O trabalho de duas médicas cubanas, Maribel Herrera e Maribel Saborit, (as “Maribeis”) foi seguido de perto. Com 20 anos de experiência, elas estiveram em outros países, como a Venezuela. Deixaram marido e filhos em Cuba e falaram da falta que sentem deles. Contaram do apreço pelo trabalho que desenvolvem. A cantora Fafá de Belém dá seu depoimento sobre a vida das crianças na região.

O resultado está aqui. Queremos agradecer a todos vocês que se engajaram na produção deste vídeo. Muito obrigado.

Um grande abraço.




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DCM - Diário do Centro do Mundo