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domingo, 4 de outubro de 2015

LULA? Mas não deveria ser Eduardo Cunha?

Por Paulo Franco


Você tem consciência do quão bandidas são estas revistas? Você tem consciência do quão mafiosos são os coronéis da imprensa brasileira?

Se você respondeu sim, então seu sentimento em relação a eles e a estas revistas é de repúdio, de asco, de aversão e total descrédito. 

Se você respondeu que não concorda com essa concepção, então das duas, uma: Ou você é, simplesmente uma pessoa ingênua, totalmente manipulada em consequência de sua ideologia e da falta de senso crítico, ou então, você deve você se identifica com os padrões éticos e morais dos jornalistas e dos proprietários desses veículos.

O grande fato que marcou esta semana foi a revelação pelo chefe do  MPF, Rodrigo Janot, Procurador Geral da República,  que Eduardo Cunha tem contas na Suíça no valor de 5 milhões de dólares, em seu nome e em nome de parentes, usados como laranjas. 
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Como todos nós já sabemos, Eduardo Cunha é o Presidente da Câmara Federal. Conforme reza a Constituição Federal, ele é o primeiro substituto da Presidência da República, na ausência do Presidente e do vice-presidentes eleitos.  É portanto um dois mais importantes cargos da república.

Eleger como objetivo único,  a destruição do PT, de Lula e de Dilma, apontando para eles toda a sua artilharia, num bombardeio ininterrupto já é "normal", mas a edição deste fim de semana surpreendeu até os mais fanáticos anti petistas. 

Estas revistas, simplesmente, ignoraram a importância tanto desta denúncia como a importância do denunciado  e coloca em sua capa Lula e Dilma. Sendo que Lula, vestido de prisioneiro.

Tudo bem, que Eduardo Cunha seja hoje o grande lider da Oposição atualmente, que tem um relacionamento promiscuo com a mídia e setores empresariais, mas mesmo assim é inconcebível desprezar um acontecimento tão escandaloso, com repercussões em toda a imprensa internacional. 

Esta revista demonstra, de forma acintosa, o quanto é anti ética, imoral,  anti democrática e criminosa. E você, vai continuar se alinhando com essa podridão?






quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Criatividade do lulismo está esgotada



Em entrevista ao Brasil de Fato, Vladimir Safatle, professor de filosofia da USP, aponta limitações do lulismo e a falta de radicalidade da esquerda

por Guilherme Diniz da Silva, em 27/02/2013


Autor de “A esquerda que não teme dizer seu nome”, Vladimir Safatle tem sido um dos mais notáveis intelectuais a discutir as questões filosóficas e morais da esquerda mundial. Os desafios impostos pela modernidade e pela crise do capitalismo internacional são alguns dos temas que o professor de filosofia da USP abordou em entrevista ao Brasil de Fato.



Confira abaixo a entrevista.


Brasil de Fato - O senhor demonstrou no seu livro A esquerda que não teme dizer seu nome que a principal luta política é pela redução das desigualdades socioeconômicas e que a esquerda deve ser “indiferente às diferenças”. E que um plano político orientado sob a perspectiva do igualitarismo poderia ser, por exemplo, a determinação de um “salário máximo”, de até vinte vezes o valor do salário mínimo. A proposta de uma política da indiferença de um Estado pós-identitário é possível atualmente no Brasil?


Vladimir Safatle - A ideia de um salário máximo foi apenas um exemplo visando mostrar como políticas de combate à desigualdade podem ser aprofundadas. Na verdade, diria que a luta política deve ser dupla. Por um lado, pela limitação brutal das desigualdades econômicas. Por outro, pela compreensão de que as sociedades contemporâneas são animadas por “zonas de indiferença cultural”. Isto passa por quebrar a compreensão da cultura como ponto de clivagem da vida social. Temos atualmente a tendência de acreditar que sociedades complexas são assombradas por diferenças culturais profundamente irreconciliáveis, com esta que passaria, por exemplo, entre comunidades muçulmanas de imigrantes pobres e classe média “cosmopolita” dos grandes centros europeus. No entanto, a única maneira de superar tais pontos de colisão passa por mostrar como as diferenças externas entre dois grupos são, no fundo, diferenças internas a cada um deles. Por exemplo, não há nada parecido com uma “visão islâmica de mundo”. Ela é tão clivada e contraditória quanto as diferentes visões de mundo que podem existir entre um evangélico convicto e um cristão que há anos não passa na porta de uma igreja. Insistir nestes pontos é uma estratégia possível para impedir que pretensas diferenças culturais se transformem no bloqueio da vida social.