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quinta-feira, 16 de julho de 2015

As três crises do governo Dilma

Por Francisco Fonseca



Por que vivemos uma onda tão intensa de reacionarismo, inconsequência, elitismo patronal e obscurantismo? 
 
Há enorme perplexidade entre os progressistas e a esquerda quanto à “crise política” que o país está vivenciando desde o início deste ano.

Há sensação generalizada de que não se sabe o que está acontecendo. Afinal, a presidente Dilma foi reeleita, contrariamente à vontade e ao esforço de poderosos interesses, caso do capital financeiro internacional, amplamente articulado ao rentismo interno; de frações poderosas do capital produtivo; da grande mídia privada; e de vastos segmentos da classe média.

domingo, 12 de outubro de 2014

Pres do PSB, reconhece erro da Executiva e pede para militância votar em Dilma

Por Paulo Franco


Ao tomar a corajosa decisão de apoiar Dilma Rousseff e recomendar a toda a militância socialista a votar nela, Roberto Amaral, lembra o legado do PSB e os nomes das grandes personalidades responsáveis pela construção do partido, numa tentativa, "antes tarde do que nunca", de corrigir um erro histórico cometido pela Executiva do partido.


Confesso aqui, que tenho presenciado posicionamentos políticos decepcionantes nestes últimos tempos.  Estou acostumado com a politicagem no pior significado da palavra.  Conduta exemplares adotadas por Roberto Freire e Ivete Vargas são revoltantes, mas dentro do contexto da normalidade política, que sempre admitimos existir pontualmente, tipo mau-caratismo, trairagem, entreguismo, entre outras.

Mas quando nos deparamos com ícones do pensamento humanitário e de um comportamento exemplar como é o caso de Roberto Amaral, a gente ficar perplexo, sem conseguir reunir palavras explicar a conduta dele alinhada com essa nova trajetória que seu partido resolveu trilhar.

CIENTISTA POLÍTICO MONIZ BANDEIRA , ALERTOU AMARAL SOBRE O DESASTRE


É oportuno lembrar que em meados de setembro o reconhecido cientista político Moniz Bandeira, especialista em política externa e relações internacionais, escreveu uma carta a Roberto Amaral, exortando-o a renunciar à Presidência do partido antes da reunião Executiva do dia 27 de setembro, para preservar sua reputação política. 

O ilustre cientista Moniz Bandeira fez essa recomendação ao, não menos respeitado, Prof. Dr. Roberto Amaral pela analise do cenário político que envolvia a determinação de Marina Silva em candidatar-se à Presidência e sua notória inconformidade e também dos interesses que a representam, com a condição de vice. Moniz Bandeira profetizou que Marina e aqueles que representam os interesses por traz de sua candidatura faria algo para inverter essa situação.

Porque motivo Marina se recusou a revelar o nome das entidades que lhe repassaram R$ 1,6 milhão (oficialmente declarado) como pagamento de conferências.  A confidencialidade nesse contexto pode conter indícios nada interessantes.  O segredo pode expressar uma confissão. 
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Moniz Bandeira alerta que as posições assumidas por Marina Silva são radicalmente incompatíveis com as bandeiras do PSB.  Como a oposição ao Mercosul, a subserviência aos Estados Unidos,  a oposição ao direito de autodeterminação de Cuba, a revelação da pretensão de voltar aos tempos de Gal. Castelo Branco de proclamar a dependência do Brasil, conforme afirmou do general Juracy Magalhães, embaixador brasileiro nos EUA: "O que é bom para os EUA, é bom para o Brasil."

O Prof Roberto Amaral, respondeu com um lindo texto, mas deixando brechas  e exposição ao risco intelectual e político. Enalteceu o cientista e ratificou seus ideais e sua posição, fazendo uma afirmação tão firme quando arriscada: "Como militante engajado não posso me guiar por especulação de queda de avião por conspiração estrangeira e nem por premonições.  A famosa realidade objetiva não me permite."

Roberto Amaral mostrou sua idoneidade e militância política de natureza eminentemente socialista, lembrando a refundação do PSB, extinto pela Ditadura, promovido por ele, Antonio Houaiss, Jamil Haddad e posteriormente Miguel Arraes.  Reafirmou as bandeiras do PSB, cujas lutas jamais seriam abandonadas, como: 
  • Contra as desigualdades sociais, 
  • Pela reforma agrária, 
  • Pela defesa do meio ambiente, 
  • Pelo domínio de novas tecnologias, 
  • Pela ampliação e melhoria do sistema de ensino
  • Pela segurança do cidadão; 
  • Pelos grandes projetos estratégicos, sejam os de infraestrutura para o desenvolvimento social e econômico, sejam os que darão suporte ao seu papel como ator global. 
  • Pelas iniciativas que respaldarão militarmente a política externa soberana e à aproximação com nossos irmãos africanos e latino-americanos. 
  • Pelo combate aos desvios do patrimônio público.

 

 ROBERTO AMARAL SE ILUDIU COM A ÍNDOLE POLÍTICA DE SEUS PARES


Roberto Amaral respondeu taxativamente ao cientista que renunciaria sim, à Presidência do PSB se essas proposições fossem abandonadas.   Assume ainda, a responsabilidade como dirigente do partido, de zelar pelo cumprimento dos compromisso programáticos, "observada a realidade objetiva". 

Mancharia minha biografia, diz Roberto Amaral,  se acossado por  premonições e pela libertinagem do "livre pensar" optasse pela renúncia.

Aqui, com meus botões, não sei o quanto ele ficou impactado pela grave suspeita do acidente fazer parte de um complô internacional ou pelas premonições anunciadas por Moniz Bandeira, mas ao que parece, Roberto Amaral foi atropelado pela "realidade objetiva" que ele mesmo elegeu como regra de conduta.

Mesmo que ele não renunciasse para preservar a si mesmo, a sua história, poderia ter assumido posições mais firmes, valendo-se de sua autoridade de líder, de fundador do partido além de respeitado defensor do ideário socialista. 

Refazendo-se do choque de "realidade objetiva", ele tenta juntar os "cacos" emocionais e intelectuais e, antes tarde do que nunca, decide se posicionar conforme determina sua própria biografia.  

Repudia categoricamente a posição da Executiva ao apoiar um projeto frontalmente contra as linhas dorsais e as bandeiras históricas do partido, representado pela candidatura de Aécio Neves, caracterizando uma verdadeira guinada para a direita mais conservadora do Brasil.  Alerta ainda,  para a contribuição do partido para os caminhos do retrocesso. 

Ao tomar a corajosa decisão de apoiar Dilma Rousseff e recomendar a toda a militância socialista a votar nela, Roberto Amaral, lembra o legado do PSB e os nomes das grandes personalidades responsáveis pela construção do partido, numa tentativa, "antes tarde do que nunca", de corrigir um erro histórico cometido pela Executiva do PSB. 

CARTA ABERTA DE ROBERTO AMARAL 

 

Mensagem aos militantes do PSB e ao povo brasileiro

A luta interna no PSB, latente há algum tempo e agora aberta, tem como cerne a definição do país que queremos e, por consequência, do Partido que queremos. A querela em torno da nova Executiva e o método patriarcal de escolha de seu próximo presidente são pretextos para sombrear as questões essenciais. Tampouco estão em jogo nossas críticas, seja ao governo Dilma, seja ao PT, seja à atrasada dicotomia PT - PSDB – denunciada na campanha por Eduardo e Marina como do puro e exclusivo interesse das forças que de fato dominam o país e decidem o poder.

Ao aliar-se acriticamente à candidatura Aécio Neves, o bloco que hoje controla o partido, porém, renega compromissos programáticos e estatutários, suspende o debate sobre o futuro do Brasil, joga no lixo o legado de seus fundadores – entre os quais me incluo – e menospreza o árduo esforço de construção de uma resistência de esquerda, socialista e democrática.

Esse caminhar tortuoso contradiz a oposição que o Partido sustentou ao longo do período de políticas neoliberais e desconhece sua própria contribuição nos últimos anos, quando, sob os governos Lula dirigiu de forma renovadora a política de ciência e tecnologia do Brasil e, na administração Dilma Rousseff, ocupou o Ministério da Integração Nacional.

Ao aliar-se à candidatura Aécio Neves, o PSB traiu a luta de Eduardo Campos, encampada após sua morte por Marina Silva, no sentido de enriquecer o debate programático pondo em xeque a nociva e artificial polarização entre PT e PSDB. A sociedade brasileira, ampla e multifacetada, não cabe nestas duas agremiações. Por isso mesmo e, coerentemente, votei, na companhia honrosa de Luiza Erundina, Lídice da Mata, Antonio Carlos Valadares, Glauber Braga, Joilson Cardoso, Kátia Born e Bruno da Mata, a favor da liberação dos militantes. O Senador Capiberibe votou em Dilma Rousseff.

Como honrar o legado do PSB optando pelo polo mais atrasado? Em momento crucial para o futuro do país, o debate interno do PSB restringiu-se à disputa rastaquera dos que buscam sinecuras e recompensas nos desvãos do Estado. Nas antessalas de nossa sede em Brasília já se escolhem os ministros que o PSB ocuparia num eventual governo tucano. A tragédia do PT e de outros partidos a caminho da descaracterização ideológica não serviu de lição: nenhuma agremiação política pode prescindir da primazia do debate programático sério e aprofundado. Quem não aprende com a História condena-se a errar seguidamente.

Estamos em face de uma das fontes da crise brasileira: a visão pobre, míope, curta, dos processos históricos, visão na qual o acessório toma a vez do principal, o episódico substitui o estrutural, as miragens tomam o lugar da realidade. Diante da floresta, o medíocre contempla uma ou outra árvore. Perde a noção do rumo histórico.

Ao menosprezar seu próprio trajeto, ao ignorar as lições de seus fundadores – entre eles João Mangabeira, Antônio Houaiss, Jamil Haddad e Miguel Arraes –, o PSB renunciou à posição que lhe cabia na construção do socialismo do século XXI, o socialismo democrático, optando pela covarde rendição ao statu quo. Renunciou à luta pelas reformas que podem conduzir a sociedade a um patamar condizente com suas legítimas aspirações.

Qual o papel de um partido socialista no Brasil de hoje? Não será o de promover a conciliação com o capital em detrimento do trabalho; não será o de aceitar a pobreza e a exploração do homem pelo homem como fenômeno natural e irrecorrível; não será o de desaparelhar o Estado em favor do grande capital, nem renunciar à soberania e subordinar-se ao capital financeiro que construiu a crise de 2008 e construirá tantas outras quantas sejam necessárias à expansão do seu domínio, movendo mesmo guerras odientas para atender aos insaciáveis interesses monopolísticos. 

O papel de um partido socialista no Brasil de hoje é o de impulsionar a redistribuição da riqueza, alargando as políticas sociais e promovendo a reforma agrária em larga escala; é o de proteger o patrimônio natural e cultural; é o de combater todas as formas de atentado à dignidade humana; é o de extinguir as desigualdades espaciais do desenvolvimento; é o de alargar as chances para uma juventude prenhe de aspirações; é o de garantir a segurança do cidadão, em particular aquele em situação de risco; é o de assegurar, através de tecnologias avançadas, a defesa militar contra a ganância estrangeira; é o de promover a aproximação com nossos vizinhos latino-americanos e africanos; é o de prover as possibilidades de escolher soberanamente suas parcerias internacionais. É o de aprofundar a democracia.

Como presidente do PSB, procurei manter-me equidistante das disputas, embora minha opção fosse publicamente conhecida. Assumi a Presidência do Partido no grave momento que se sucedeu à tragédia que nos levou Eduardo Campos; conduzi o Partido durante a honrada campanha de Marina Silva. Anunciados os números do primeiro turno, ouvi, como magistrado, todas as correntes e dirigi até o final a reunião da Comissão Executiva que escolheu o suicídio político-ideológico.

Recebi com bons modos a visita do candidato escolhido pela nova maioria. Cumprido o papel a que as circunstâncias me constrangeram, sinto-me livre para lutar pelo Brasil com o qual os brasileiros sonhamos, convencido de que o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff é, neste momento, a única alternativa para a esquerda socialista e democrática. Sem declinar das nossas diferenças, que nos colocaram em campanhas distintas no primeiro turno, o apoio a Dilma representa mais avanços e menos retrocessos, ou seja, é, nas atuais circunstâncias, a que mais contribui na direção do resgate de dívidas históricas com seu próprio povo, como também de sua inserção tão autônoma quanto possível no cenário global.

Denunciámos a estreiteza do maniqueísmo PT-PSBD, oferecemos nossa alternativa e fomos derrotados: prevaleceu a dicotomia, e diante dela cumpre optar. E a opção é clara para quem se mantém fiel aos princípios e à trajetória do PSB.

O Brasil não pode retroagir.

Convido todos, dentro e fora do PSB, a atuar comigo em defesa da sociedade brasileira, para integrar esse histórico movimento em defesa de um país desenvolvido, democrático e soberano.

Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2014.

Roberto Amaral

sábado, 11 de outubro de 2014

Vitória de Dilma começa a se cristalizar

Por Paulo Franco

Nesses ultimos 3 dias vem ocorrendo uma serie de fatos que sinalizam o crescimento da probabilidade de vitória de Dilma Rousseff


IBOPE E DATAFOLHA: UM BANHO DE GÊLO


A astronômica e questionável alta de 52% na intenção de votos para Aécio Neves nos últimos 3 dias que precederam as eleições do primeiro turno, de 22% no dia 02 para os 33,5 apurado nas urnas dia 05,  permitiram a todos os analistas políticos, prever uma vantagem significativa dele sobre Dilma, pelo menos nas primeiras pesquisas. 

Logo após a apuração, já começaram a surgir especulações, com a disparada da Bolsa de Valores e a divulgação de algumas duvidosas pesquisas não oficiais que confirmavam o favoritismo de Aécio com larga vantagem de pontos. 

As pesquisas do Ibope e do Datafolha mostrando o empate técnico, embora com a vantagem numérica de Aécio, caracterizou-se num verdadeiro banho gelado, nos moldes do "desafio do balde de gelo",  sobre os segmentos conservadores.  A Bolsa de Valores, como não poderia ser diferente, funcionou como um indicador, um alerta, ao "derreter" liberalmente quando os resultados das pesquisas começaram a vasar , como sempre ocorre no mercado sobe os olhos passivos da CVM.

PROPAGANDA ELEITORAL MAIS EFECIENTE


A propagando eleitoral do partido no segundo turno está melhor em todos os sentidos. 

(i) COMUNICAÇÃO, está mais objetiva, abordando aspectos mais concretos, objetivos, palpáveis.  Ao diminuir o discurso teórico, abstrato o número de "ouvintes" aumenta substancialmente, ou seja, a comunicação não se perde no espaço, a partir da "emissora".  A informação chega aos "receptores" em função de uma adequação na linguagem, no vocabulário e acima de tudo, no interesse do eleitor, do cidadão. 

(ii) CONTEÚDO, Dilma está abordando aspectos pontuais, exemplares, que remetem ao uma dedução da política como um todo.  O conteúdo fica mais explicito, inteligível, visível.  Interessante em apontar objetivamente o que foi realizado, as propostas e caminhos futuros e também a desastrosa administração do governo tucano no passado, que hoje é representado pela candidatura adversária. 
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(iii) POSTURA: Outro grande salto a meu ver foi na postura de Dilma.  Ainda falta um pouco mais de sorriso, para mostrar uma satisfação que expessa a realização do governo consoante com a satisfação do povo que foi beneficiado por esta política.  
Ela está mostrando, nesta fase do segundo turno, mais desenvoltura, mais firmeza nas propostas, mais realces e enfase nas realizações, mostrando com imagens, bem como confrontando e denunciando as mazélas do governo tucano.

A diferença entre os dois modelos de Gestão e de Política Economica e Social, que é o neoliberalismo tucano e o trabalhismo petista e as consequências decorrentes das duas alternativas nos diversos segmentos sociais.

MOVIMENTAÇÃO DA MILITÂNCIA NA REDE E NAS RUAS


Caiu a ficha da militância petista dos humanistas e dos esquerdistas com o tranco que tomaram ao ver a estranha subida de Aécio nas pesquisas nos últimos 3 dias, bem como o resultado das eleições no primeiro turno.  Esse episódio por sí já causa arrepios, somado ao "circo" da Petrobras, fica mais evidente um conduta golpista inquestionável.  A dúvida são o ambiente político nacional e internacional e também até onde os golpistas pretendem chegar.

Perceberam que tinham que sair da inércia e se movimentar, ir a campo.  Várias iniciativas foram tomadas, com movimentações de sindicatos, centrais sindicais, formação de comitês especial pró-Dilma e uma atuação mais intensa e objetiva nas redes sociais.

RATIFICAÇÃO DO APOIO DO PDT AO PT E À DILMA


Embora o PDT já fizesse parte da base aliada do governo Dilma, nestes momentos de eleição e de ebulição política e social, paira uma insegurança quanto à continuidade do apoio dos partidos aliados.

A ratificação pela direção nacional do PDT da decisão que já havia sido tomada por unanimidade na Convenção Nacional do PDT em 10 de junho de 2014, não só elimina insegurança como também motiva ainda mais a candidatura da Presidenta Presidenta Dilma Rousseff.

DISSIDÊNCIA CRESCENTE NO PSB EM FAVOR DE DILMA


A vereadora do Recife, Marília Arraes, prima de Eduardo Campos e também neta do grande líder socialista pernambucano Miguel Arraes, declarou apoio a Dilma Rousseff como também, além de contrariar, criticou vêemente a decisão de seu partido PSB, de apoiar o candidato tucano.  "O PSB está perdendo o rumo e enterrando os seus princípios... Como é possível ignorar todos os avanços sociais do projeto político conduzido por Lula e por Dilma?"

Em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo",  Roberto Amaral, presidente do PSB e voto vencido contra o apoio a Aécio, classificou a postura do partido como "coronelismo, enxada e voto."

PSB da Bahia oficializa apoio a Dilma, sustentando que "Dilma está mais próximo do posicionamento político e ideológico do partido".  Enfatiza ainda que a "defesa dos 10% do PIB nacional para educação e 10% da receita bruta da União para a Saúde", converge mais com o plano de governo de Dilma.

O PSB da Paraiba também apoiará Dilma Rousseff, já que o candidato do PSB ao governo,  está recebendo apoio do PMDB e do PT. 

O PSB do Amapá também decidiu não acompanhar a decisão da Executiva Nacional de apoiar o tucano e vai apoiar Dilma Rousseff à reeleição. E nota, o PSB do Amapa justificou sua posição dizendo que "há 2 projetos a escolher. (i) Um deles representa a volta ao passado. Há um tempo em que o Brasil não tinha políticas eficientes de combate à miséria e que, ao mesmo tempo, promovessem o desenvolvimento nacional sem perder de vista o fortalecimento das economias regionais. Uma época em que, muito dificilmente, um filho de pobre virava doutor. Um Brasil de poucos para poucos, que não tinha um olhar solidário para com os mais pobres.

(ii) O outro caminho é o que está construindo um Brasil para todos, onde milhares de brasileiros saíram da miséria absoluta e outros milhares ascenderam para a classe média, conquistando uma vida melhor, com mais dignidade e cidadania. Um país da inclusão social. Que pensa o desenvolvimento econômico em todas as regiões brasileiras. Que conseguiu proteger a economia nacional dos abalos provocados pela grave crise econômica internacional que arrasou nações poderosas.

Entre os dois projetos, o Partido Socialista Brasileiro no Amapá não tem dúvida de que o melhor caminho para os brasileiros é seguir mudando e declara apoio à candidatura de Dilma 13 para presidenta do Brasil."

O vice-Presidente do PSB do Rio de Janeiro, Vivaldo Barbosa, disse que a tendência é o partido apoiar Dilma.  Apesar das ressalvas ao governo dela, "é muito mais natural que socialistas estejam junto às propostas de Dilma do que das propostas neoliberais do candidato tucano".

REDE SUSTENTABILIDADE RECUA E RECONHECE  ERRO AO APOIAR VOTO NO PSDB


O Rede Sustentabilidade, partido que tem dificuldade até para nascer,  mantendo-se ainda no maior período de gestação conhecido na historia da política. Marina, em sua liderança, especialista em voltar atrás em decisões, por precipitação, por desconhecimento ou por incoerência, meteu o seu protótipo de partido numa enrascada novamente. 

Ao tomara a decisão de recomendar voto em Aécio, branco ou nulo no segundo turno, criou um verdadeiro desconforto geral no seu próprio partido.  Um grupo ficou muito insatisfeito com a decisão, considerando a decisão de Marina um "grave erro político".  Segundo esse grupo é incoerente e antagónico aderir ao que há de mais velho  e conservador na política, quando se propagou o tempo todo combater a polarização "PT x PSDB".

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Programa de Marina: Bom para Bancos e Ruim para Industria, afirma Citibank

Por PRISCILA JORDÃO para a Agência REUTERS




Analistas de Investimentos do Citibank dissecaram o programa de governo do PSB e concluiram que programa de Marina Silva é favorável a bancos, mas pode ser ruim para parte da indústria




SÃO PAULO (Reuters) - O programa de governo da candidata do PSB à Presidência,    Marina Silva
divulgado na semana passada, caso implantado traria benefícios a bancos privados e a concessionárias de infraestrutura, mas poderia ser negativo para algumas empresas do setor industrial, apontaram analistas do Citi em relatório nesta terça-feira.

Os analistas Stephen Graham e Fernando Siqueira afirmaram que o programa da candidata é economicamente conservador e socialmente liberal, mesclando sustentabilidade social e ambiental com políticas fiscal e monetária ordotoxas.  "As propostas macro são uma resposta direta às críticas do mercado à política vigente", disseram os analistas, acrescentando que políticas fiscal e monetária com credibilidade podem exigir medidas duras no próximo ano.

"Provavelmente envolvem movimentos iniciais dolorosos nas taxas de juros, impostos, gastos públicos e nos empréstimos dos bancos públicos que podem manter a economia crescendo em marcha lenta em 2015."   Para eles, a proposta de Marina de desconcentrar o crédito corporativo, com redução do papel dos bancos públicos, traria mais espaço para os bancos privados crescerem.
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No setor de infraestrutura, concessionárias como CCR, Ecorodovias, Arteris, Cosan e ALL são potenciais beneficiárias, uma vez que o programa prevê "recorrer mais fortemente a parcerias público-privadas (PPPs) e a licitações de concessões".

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O Estado não é um Prolongamento da Família

Por MICHEL ZAIDAN para Brasil 247



Uma família, por mais ilustre e importante que ela julgue ser, não pode se arrogar decidir os rumos de uma campanha presidencial. Muito menos os parentes de uma família.





















Seguindo as lições de Hegel, Weber e o nosso brasileríssimo Sergio Buarque de Holanda - o pai de Chico Buarque de Holanda - a matriz formadora do estado brasileiro é a moral da família, ou a ética de Antígona, onde os deveres e as lealdades de sangue se sobrepõem as do estado republicano. Diz o historiador paulista que o patrimonialismo é a marca registrada das nossas instituições políticas locais e nacionais.
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Os chefes políticos e oligarcas pensam que o estado é um mero prolongamento da organização familiar. E agem, segundo o famoso dito popular: "amigos e parentes, tudo. Aos inimigos, os rigores da lei". Nada mais contrário ao espírito do Estado Moderno (também chamado de racional-legal ou burocrático) do que a ética da família, dos irmãos, dos filhos, dos maridos ou dos avôs. 

O estado não pode e não deve ser gerido como uma "Casa Grande", segundo a vontade e as conveniências do chefe ou dono da organização de parentela, como diz a Maria Isaura Pereira de Queiroz.

Uma família, por mais ilustre e importante que ela julgue ser, não pode se arrogar decidir os rumos de uma campanha presidencial. Muito menos os parentes de uma família. O Estado republicano é maior do que uma oligarquia familiar, seja o nome que ela carregue. O Estado é público, a oligaquia é da família e dos amigos e apaniguados. Os negócios do estado são públicos, de todos os cidadãos. 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Criatividade do lulismo está esgotada



Em entrevista ao Brasil de Fato, Vladimir Safatle, professor de filosofia da USP, aponta limitações do lulismo e a falta de radicalidade da esquerda

por Guilherme Diniz da Silva, em 27/02/2013


Autor de “A esquerda que não teme dizer seu nome”, Vladimir Safatle tem sido um dos mais notáveis intelectuais a discutir as questões filosóficas e morais da esquerda mundial. Os desafios impostos pela modernidade e pela crise do capitalismo internacional são alguns dos temas que o professor de filosofia da USP abordou em entrevista ao Brasil de Fato.



Confira abaixo a entrevista.


Brasil de Fato - O senhor demonstrou no seu livro A esquerda que não teme dizer seu nome que a principal luta política é pela redução das desigualdades socioeconômicas e que a esquerda deve ser “indiferente às diferenças”. E que um plano político orientado sob a perspectiva do igualitarismo poderia ser, por exemplo, a determinação de um “salário máximo”, de até vinte vezes o valor do salário mínimo. A proposta de uma política da indiferença de um Estado pós-identitário é possível atualmente no Brasil?


Vladimir Safatle - A ideia de um salário máximo foi apenas um exemplo visando mostrar como políticas de combate à desigualdade podem ser aprofundadas. Na verdade, diria que a luta política deve ser dupla. Por um lado, pela limitação brutal das desigualdades econômicas. Por outro, pela compreensão de que as sociedades contemporâneas são animadas por “zonas de indiferença cultural”. Isto passa por quebrar a compreensão da cultura como ponto de clivagem da vida social. Temos atualmente a tendência de acreditar que sociedades complexas são assombradas por diferenças culturais profundamente irreconciliáveis, com esta que passaria, por exemplo, entre comunidades muçulmanas de imigrantes pobres e classe média “cosmopolita” dos grandes centros europeus. No entanto, a única maneira de superar tais pontos de colisão passa por mostrar como as diferenças externas entre dois grupos são, no fundo, diferenças internas a cada um deles. Por exemplo, não há nada parecido com uma “visão islâmica de mundo”. Ela é tão clivada e contraditória quanto as diferentes visões de mundo que podem existir entre um evangélico convicto e um cristão que há anos não passa na porta de uma igreja. Insistir nestes pontos é uma estratégia possível para impedir que pretensas diferenças culturais se transformem no bloqueio da vida social.