quinta-feira, 18 de abril de 2013

Lula dice a México: Atacar la pobreza es clave para crecer






El expresidente de Brasil, Luiz Inácio “Lula” da Silva, aconsejó a México invertir en el combate a la pobreza, pues consideró que es un factor clave para lograr un crecimiento económico sostenible, según dijo en una entrevista con Grupo Reforma.

Da Silva aseguró que su estrategia contra la pobreza tuvo éxito gracias a que no fue sólo un programa social, sino un conjunto de políticas.

“Lo que funcionó en Brasil no fue apenas un programa, sino un conjunto de programas en el área social, coordinados por un único ministerio, con un registro de beneficiarios muy fiel a la realidad para que podamos garantizar que el dinero llegase a quien estaba destinado”, precisó.

Luiz Inácio “Lula” da Silva, que fuera obrero en el sector metalúrgico y fundador del Partido de los Trabajadores (PT) de Brasil, gobernó su país entre 2003 y 2010; en su administración se implementaron diversos programas sociales entre los que destacan el “Bolsa Familia” y el “Hambre Cero”, gracias a los cuales las cifras oficiales indican que 33 millones de personas salieron de la extrema pobreza y 40 millones se incorporaron a la clase media.

El exmandatario explicó que la política social orientada a atender a los sectores de la población de menores recursos es una inversión que genera un círculo virtuoso en la economía.

“En Brasil no aceptamos que nos dijesen que eran políticas asistencialistas o que eran gastos porque, para nosotros, es inversión.

“Invertimos en el pobre, pasó a consumir, el consumo animó el comercio, el comercio compró de la industria y de la agricultura, y así todos los sectores comenzaron a generar más empleos... Los resultados son extraordinarios”, detalló.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Slavoj Zizek e as Armadilhas do Capitalismo


Slavoj Zizek é um intelctual contemporâneo, irrequieto, polêmico, ácido e até imprevisível. Apesar de toda essa complexidade intrinsicas, ele nos dá uma aula de capitalismo, onde levanta uma serie de questões e aproveita para fazer alguns alertas intrigantes.

Procurando se esquivar do hermetismo convencional da linguagem filosófica, ele vai desvendendo todos os nós do capitalismo atual, suas  debilidades e contradições.  Tudo isso de um forma simples e inteligivel até para um "simples mortal".
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Leia também
A tinta vermelha: discurso de Slavoj Žižek para o Occupy Wall Street
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Slavoj Žižek nasceu na cidade de Liubliana, Eslovênia, em 1949. É filósofo, psicanalista e um dos principais  teóricos contemporâneos. Transita por diversas áreas do conhecimento e, sob influência principalmente de Karl Marx e Jacques Lacan, efetua uma inovadora crítica cultural e política da pós-modernidade. Professor da European Graduate School e do Instituto de Sociologia da Universidade de Liubliana, Žižek preside a Society for Theoretical Psychoanalysis, de Liubliana, e é um dos diretores do centro de humanidades da University of London. Dele, a Boitempo publicou Bem-vindo ao deserto do Real! (2003), Às portas da revolução (escritos de Lenin de 1917) (2005), A visão em paralaxe (2008), Lacrimae rerum (2009) e os mais recentes Em defesa das causas perdidas e Primeiro como tragédia, depois como farsa(ambos de 2011). Colabora com o Blog da Boitempo mensalmente, às segundas-feiras.

sábado, 13 de abril de 2013

Enfiados na lama de Kátia Abreu

Para Kátia, ‘antropóloga’ de jornal e agora ‘historiadora’ do Senado, a invasão de terras configura prática da Idade Média – desconsiderando o fato de que uma das características da chamada Idade Média era a alta concentração de terras



Tô enfiado na lama
É um bairro sujo
Onde os urubus têm asas
E eu não tenho casa
(...)
(Chico Science e Nação Zumbi, Manguetown)

Renato Santana* para o Brasil de Fato




Ouvir a senadora Kátia Abreu (PSD/TO) falar deveria conceder o direito de indenização pela existência a qualquer ser humano. Como a líder dos latifundiários brasileiros pontuou, na última quinta (11), na sessão da Comissão de Agricultura de Reforma Agrária do Senado (leia o pronunciamento na íntegra ao final do artigo ou aqui), fala-se em "terceiro milênio", mesmo que isso não signifique nada já que os pés de todos e todas estão, de acordo com ela, "na lama".

Claro, Kátia se referia a ela mesma, que está, junto com sua corriola sádica de latifundiários, com a cabeçorra de boi no terceiro milênio e os pés de porco na lama, porque como pode ainda ocorrer “invasões de terra”?, pergunta a ilustre senadora. Para Kátia, ‘antropóloga’ de jornal e agora ‘historiadora’ do Senado, isso, a invasão de terras, configura prática da Idade Média – desconsiderando o fato de que uma das características da chamada Idade Média era a alta concentração de terras.

Aos fatos, se na lama estamos é porque a história do Brasil é a história da concentração de terras e da desigualdade. Se somos subdesenvolvidos, como a senadora disse, não é porque nosso povo luta por terra, mas porque os poucos latifundiários do autodenominado agronegócio plantam mais soja do que tomate, porque é mais lucro vender o grão para os chineses alimentarem seus porcos do que o tomate para um consumo a preços viáveis ao povo. O tomate aqui é um exemplo, mas o ‘celeiro de alimentos’ propagandeado pela senadora e sua fazenda modelo trata-se do monocultivo em larga escala sufocando a plantação diversificada de comunidades camponesas, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, pescadoras.

Se na lama estamos é porque nas plantações de cana de açúcar existem incontáveis trabalhadores e trabalhadoras em situações análogas a dos escravos e escravas que serviram aos senhores de engenho, aos latifundiários de antanho, aos senhores de terras da qual a senadora e sua corriola herdam a vilania, a mentira, a força bruta, a ignorância. Na lama estamos porque nos fornos das usinas de cana incontáveis presos políticos foram incinerados.

Na lama estamos porque todas as vezes em que o Brasil teve chances de se livrar do atraso foi impedido por golpes militares e da elite agrária, atrasada, conservadora. E agora, há dez anos, quando considerável parcela da sociedade brasileira acreditava que mais um momento para se livrar do atraso tinha chegado, o governo e seus aliados decidiram trazer a senadora e sua corriola para o centro de um projeto de desenvolvimento para poucos, baseado em commodities e pasto e soja e cana e atraso e matança.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Políticas de austeridade penalizam as crianças, afirma Unicef



Primeiro-ministro holandês, Mark Rutte,
 rodeado por crianças em Haia
GENEBRA (AFP) – Um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirma que as políticas de austeridade nos países ricos penalizam as crianças. A publicação faz parte de um relatório anual sobre a situação das crianças nas economias avançadas.

“Muitos governos afirmam que precisam resolver a questão da dívida para não deixar esta carga às gerações futuras”, recordou Chris de Neubourg, diretor do centro de pesquisa política e social do Unicef. Mas os cortes afetam a educação e as famílias mais modestas, de maneira que “apresentamos agora a conta às crianças”.

O relatório analisa as mudanças entre 2000 e 2010 nas condições de vida das crianças de 29 países, levando em consideração critérios como êxito escolar, taxa de natalidade entre adolescentes, nível de obesidade infantil, frequência de atos de assédio ou consumo de cigarro e álcool.

Holanda, Noruega, Islândia, Finlândia e Suécia ocupam os primeiros lugares na lista. A França aparece na 13ª posição, Estados Unidos na 26ª e a Romênia fecha a lista, na posição 29.

Neubourg disse que as taxas de pobreza das crianças aumentaram em vários países. ”Mas reduzir os investimentos nesta geração cria o risco de que paguem as consequências agora e no futuro”, disse o diretor do UNICEF.

Ele citou o exemplo da Grã-Bretanha, número 21 em um estudo similar de 2007 e que hoje está na posição 16, depois de ter trabalhado muito para melhorar as condições de vida das crianças do país.

Nos Estados Unidos, uma criança em cada quatro vive em uma família com renda inferior à média. Na União Europeia a proporção é de uma em cada 10 crianças. Apesar dos Estados Unidos terem excelentes sistemas educativos e de saúde, “não são acessíveis a todos”, destaca o Unicef, que pede mais esforços para a proteção das crianças.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Prepare-se para perder dinheiro


"O Capital" deve ser o livro de "cabeceira" de Marc Faber, vejam sua percepção.

O que ocorreu no Chipre pode acontecer em qualquer lugar do mundo, acredita o célebre suíço, que previu a estagnação japonesa

Por Felipe Moreno  02-04-2013


SÃO PAULO - O célebre investidor suíço Marc Faber, famoso por prever estagnação japonesa, avisou em entrevista a rede CNBC: confiscos ao dinheiro depositado em bancos podem se tornar regra em diversos países, inclusive nos desenvolvidos e no Brasil. "Isso vai acontecer em todo o mundo. Você precisa estar preparado para perder de 20% a 30%, e eu acho que você tem sorte se não perder sua vida", alerta.

Crash pode ocorrer no 2o. Sem,
acredita Marc Faber
Isso se deve pelo crescimento das desigualdades sociais nos últimos anos, que ressuscita velhos conflitos entre pobres e ricos. "Há mais pessoas que votam do que trabalham para sobreviver. Se você olhar o que aconteceu no Chipre, basicamente as pessoas com dinheiro perderam dinheiro, seja através de uma expropriação ou impostos maiores", destaca.

Neste momento, 92% de toda a riqueza mundial está nas mãos de 5% da população, lembra Faber. "A maioria das pessoas não possuem ações e não se beneficiam de uma alta do mercado acionário. Elas estão sendo prejudicadas por uma alta do custo de vida, que tem se elevado globalmente nos últimos anos", diz o investidor.

Crash pode vir em breve

Para ele, é importante destacar que as bolsas mundiais pode passar por um crash em breve - já que o mercado está sendo dominado, como um todo, por ações de consumo e pelos mercados de países desenvolvidos, em especial os EUA. "O que me preocupa é que os mercados estrangeiros estão indo muito mal, parece que os EUA são o único jogo disponível no momento", avalia.

Ele destaca que em outros momentos em que havia apenas um mercado indo bem, as coisas acabaram "muito mal" o que faz com que ele fique bastante receoso. "Eu acho que o mercado vai continuar a subir e passar por um crash no verão (quando for inverno no Brasil), não estou vendido no momento por conta da forte impressão de dinheiro, que deve deixar uma alocação ruim de capital", termina.
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texto original publicado no site Infomoney