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terça-feira, 2 de outubro de 2018

FRAUDE ELEITORAL: A luz amarela foi acesa

Por Paulo Franco


Não cabe mais discutir golpe e ditadura.  Ambos já são passíveis de reconhecimento de todos aqueles que acompanham o cenário político do país.

A fraude eleitoral, se ocorrer, seria apenas mais uma das medidas protetivas do processo ditatorial, assim como vem ocorrendo as inúmeras inconstitucionalidades com relação ao PT e ao Lula. 

O impedimento de Lula, o primeiro colocado nas pesquisas eleitorais, com possibilidade de vitória já no primeiro turno, foi o ato mais evidente e inquestionável, do processo golpista.

O importante, quando já estamos há poucos dias para as eleições, é constatar o que vem acontecendo nos últimos dias. 

É importante considerar o quanto os institutos de pesquisas vinculados direta ou indiretamente,  à grande mídia, tem usado as pesquisas eleitorais como arma para influenciar ou fraudar o processo eleitoral no Brasil.

No golpe de 1964, uma das grandes falácias que propagaram para a sociedade é que João Goulart (Jango) seria um presidente fraco, sem apoio popular e que seria, então, manipulado pelos comunistas da China e URSS, sem forças internas para dominar a situação.

Hoje sabemos, por uma divulgação recente, a quase 50 anos depois, que o IBOPE e a Globo, escondeu os resultados de uma pesquisa onde mostrou que o povo apoiava o governo jango e a suas propostas de reformas, conhecidas como "Reformas de Base".


Essas pesquisas podem ser consultadas no departamento de história da UNICAMP que recebeu todo o material em questão. 

Em 1982, tivemos o vergonhoso caso Proconsult, onde havia o plano de fraudar a apuração dos votos, e impedir a eleição de Leonel Brizola.  O plano consistia em manipular os resultados das pesquisas para escamotear a fraude física.

Por sorte o sistema foi denunciado e o PDT e Brizola, usou um sistema de pesquisas paralelo onde mostrava a realidade dos fatos, ou seja, sua virtual vitória, o que foi confirmado, após o aborto do crime eleitoral, sem punições, é claro.

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Em 1989 tivemos o episódio, não menos criminoso, onde a Globo fez toda um trabalho meticuloso para levantar Collor e derrubar Lula naquela eleição.  E conseguiu.

Em 2002, numa conversa divulgada posteriormente, Montenegro conversou com Roberto Marinho, confessando que nada poderiam fazer para tirar a vitória de Lula.  A luta estava perdida.

Mais recentemente temos o episódio do Mensalão, onde o PSDB - seu criador, foi ignorado pela Mìdia e pelo Judiciário, atacando especificamente o PT, com o objetivo fundamental e derrubar Lula do Poder.  Só não aconteceu isso, porque Lula tem um poder monumental na opinião pública dentro e fora do país e se governo vinha sendo um dos melhores do país nos últimos tempos e era reconhecido pelos governos e demais instituições internacionais.

A mídia e os institutos de pesquisas continuou seu trabalho de desconstrução do partido progressista mais forte até os dias de hoje.

O GATO SUBIU NO TELHADO

Quatro fatos ocorreram ontem e hoje, que aumentam nossa desconfiança que pode ter um plano fraudulento já forjado para impedir a vitória do PT.

O PRIMEIRO foi as duas últimas pesquisas divulgados, a da DMA, contratada pela CNT e a do IBOPE, contratada pela Globo.  O resultado de uma e de outra é muito sugestivo que algo estranho está acontecendo.  Uma pesquisa é o espelho da outra.  Uma é exatamente o inverso da outra,  em relação aos 2 principais candidatos Bolsonaro e Haddad. 

Vejamos o gráfico abaixo, onde foram plotados os resultados para o primeiro turno da pesquisa estimulada, considerando para análise, somente esses dois candidatos e os 2 últimos levantamentos.


Na pesquisa realizada pela DMA, Bolsonaro se manteve constante e Haddad cresceu.  Na pesquisa realizada pelo IBOPE, foi divulgado exatamente o inverso, ou seja, Bolsonaro cresceu e Haddad se manteve constante. 

É natural que haja divergências entre as pesquisas, por "n" razões.  Normalmente contidas nas margens de erro de cada uma delas.  Mas à medida que as divergências vão crescendo, a confiabilidade nos resultados, seja por motivos de erros no planejamento ou na apuração dos dados e tabulação dos dados brutos, vai diminuindo.

Neste caso específico, não trata-se, somente de erros operacionais, mas de divergência gritante, já que mostra tendências divergentes num prazo praticamente idênticos. 

Essa discrepância é sim um forte indicativo de que possa estar havendo alguma ocorrência intencional, algum procedimento planejado.  Para saber, teria que analisar todo o processo da pesquisa, desde o planejamento até a apresentação ao cliente (CNT e Globo). 

O SEGUNDO fato foi a autorização da divulgação extemporânea de "trechos" da delação premiada de Palocci, pelo polêmico juiz Sérgio Moro.   Esse fato, ocorrente a poucos dias da eleição, denota com toda a clareza que o objetivo é puramente eleitoral e contra o candidato Haddad, do PT. 

Essa delação tem sido muito badalada, sempre envolvendo a participação da grande mídia, gerando especulações na opinião pública.  Inicialmente diz-se que a delação havia sido rejeitada pelo Juiz Moro por não oferecer material suficiente para a credibilidade das narrativas.

Portanto, esse evento é sim um sinal de que possa haver algum movimento orquestrado para impedir uma vitória do candidato petista. 

O TERCEIRO fato que chama a atenção é o combate entre ministros STF, se atropelando, cometendo absurdos, sem nenhum pudor, para censurar, mais uma vez o ex-presidente Lula.  

A percepção que se passa é que o STF está fortemente amordaçado, sem poder expressar o que determina a nossa lei maior, a CF, diante de tantas aberrações que temos vivido, nos útimos tempos. 

O QUARTO fato que me chama a atenção, não é exatamente algo no sentido de fraudar o processo democrático, mas como um indicador poderoso, do que ocorre no primeiro escalão do poder da nação (que está acima dos 3 poderes)

Após os eventos ocorridos ontem,  o mercado de ações abriu em forte alta, com as ações da Petrobras batendo 9% de alta em Wall Street, apesar dos preços do petróleo, seu maior referencial, ficar estagnado, com variação irrelevante.

   
É bom entender que os preços dos principais papéis das empresas brasileiras não são determinados na Bovespa, mas sim na NYSE, nos EUA.    O Brasil caminha a reboque. 

CONCLUSÃO

Diante deste cenário tão conturbado, com tantas intervenções indevidas no processo, de uma impunidade daqueles que cometem fraudes, diante das manifestações da PF, do MPF, do Judiciário, dos militares, dos políticos conservadores, da conduta da grande mídia, da influência norte-americana nos países latino-americanos, seria prudente por parte dos partidos progressistas, principalmente, o PT, a elaboração de um plano de contingência, de controle do processo, de vigilância concreta.

Seria, também, muito interessante que houvesse a participação de observadores internacionais isentos do processo geo-político na região e também a auditoria de empresas especializada em auditoria de sistemas, para dar mais confiabilidade ao processo eleitoral. 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Há mais coisas entre as Pesquisas e as Urnas, do que sonha a nossa vã filosofia

Por Paulo Franco



Como podem, os institutos,  darem  95% de certeza em resultados tão divergentes.  Ou um ou outro está errado.  Os números do Instituto Sensus estão tão distantes e tão desfavoráveis à Dilma e favoráveis a Aécio que não resta outra coisa a pensar, a não ser em fraude eleitoral.


Os resultados das pesquisas eleitorais pelos Institutos e os meios de comunicação que os contratam tem desafiado os limites da bestialidade, rasgando todos os manuais de estatística e trepudiando a regras mínimas da ética e do respeito à democracia.

Os institutos utilizam-se de tecnicas estatísticas da teoria da amostragem que contemplam um intervalo de confiança, que caracteriza um intervalo medido por desvios padrões, que contempla uma certa probabilidade do resultado ficar nesse referido intervalo.

Os institutos trabalham com um intervalo de 95% de confiabilidade, ou seja, 95% de probabilidade do resultado estar no intervalo determinado.  Essa probabilidade de 95% compreende um intervalo de 2 desvios padrões para menos e 2 desvios padrões para mais.  Na prática significa que de cada 100 levantamentos, 95 estarão dentro desse intervalo, em qualquer ponto do intervalo.

Plotei abaixo os levantamentos feitos pelos Institutos Datafolha, Ibope e Sensus.

O INDICIO DE FRAUDE ESTÁ ESCANCARADA


Plotando num gráfico da curva padrão (normal) os resultados da pesquisa dos 3 institutos, do candidato Aécio temos as seguintes constatações. (i) os resultados do Ibope e do Datafolha foram identicos, 46%, portanto as duas curvas são concidentes e sobrepostas.  (ii) Os resultados da pesquisa divulgada pelo Instituto Sensus é totalmente descolada e distante das curvas do Ibope e do Datafolha.

No caso do Ibope e Datafolha, o intervalo de confiança de 95% é compreendido pelos valores que vão de 44% até 48%, com a média (resultado númerico apresentado) de 45%.
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No caso do Sensus, o intervadode confiança de 95% é compreendido pelos valores de 57% até 61%, com a média (resultado númerico apresentado) de 59%, nestes casos com valores arredondados para facilitar a visibilidade e a compreensão. 

Como se pode notar, tanto pelos números, como pelo gráfico que as duas curvas não se tocam, não se cruzam, havendo uma distância astronômica, tecnicamente falando.  Como pode dois intervalos de números tão diferentes e distantes ter a probabilidade de 95%?  Isso é uma ofensa ao cidadão, uma agressão à teoria estatística.  Uma aberração dessa sugere instantâneamente uma alta probabilidade de ocorrência de fraude no planejamento ou na execução da pesquisa, recaindo sobre a Sensus a maior chance da ocorrência da fraude.  E, no caso de fraude, fica caracterizado o favorecimento fraudulento das intensões de votos superestimadas, o que a meu ver caracterizaria um crime eleitoral, ou no mínimo um atentado contra a democracia.

SENSUS MANTEM A DIVERGÊNCIA NO CASO DE DILMA


Da mesma forma, lotando num gráfico da curva padrão (normal) os resultados da pesquisa dos 3 institutos, da candidata Dilma,  temos constatações semelhantes, onde as distorções invertem-se, mas mantendo o prejuizo para Dilma e o favorecimento para Aécio. (i) os resultados do Ibope e do Datafolha foram identicos, 44%, portanto as duas curvas são concidentes e sobrepostas.  (ii) Os resultados da pesquisa divulgada pelo Instituto Sensus é totalmente distinta das curvas do Ibope e do Datafolha.

No caso do Ibope e Datafolha, o intervalo de confiança de 95% é compreendido pelos valores que vão de 42% até 46%, com a média (resultado númerico apresentado) de 44%.,

No caso do Sensus, o intervado de confiança de 95% é compreendido pelos valores de 38% até 42%, com a média (resultado númerico apresentado) de 40%.

Embora no caso dos resultados das intensões de votos para Dilma, as divergências sejam menores, os intervalores de confiança têm valores distintos, somente se tocando no valor máximo do intervalo da Sensus, 42% coincidir com o valor mínimo do Ibope e do Datafolha.  Da mesma forma que no caso referente ao Aécio,  são absurdas as diferenças e não há como justificar perante a sociedade que os números de uns ou de outros.

O INTERVALO DE CONFIANÇA E O ERRO AMOSTRAL


Como já é do conhecimento de todos, quando um Instituto faz uma pesquisa de intenção de votos, ele não aplica em todo o universo, nesta caso todos os eleitores do Brasil. Isso não é feito por limitações técnicas e de custo. Então ele recorre à tecnica de amostragem.
 
A amostra selecionada deve ser tão representativa do universo que permita a generalização dos resultados obtidos para todo o universo de eleitores. As limitações acarretadas pela amostra, são expressada níveis níveis de probabilidades ou de confiança.
 
A idéia neste momento não é questionar a qualidade da amostra em termos quantitativos e nem qualitativos, mas entender a formação do intervalo de confiança, e as margens de erro envolvidos nos resultados divulgados pelo Instituto.
 
O imagem acima mostra uma curva de distribuição normal padrão, onde a área abaixo da curva representa a probabilidade acumulada de ocorrer um evento qualquer. O eixo central é a média e os demais eixos verticais representam a distância em desvios padrões da media. Numa distribuição normal padronizada, a média é zero e os eixos são 1, 2, 3 desvios padrões para a direita e -1, -2...desvios padrões para a esquerda.
 
O intervalo de 4 desvios padrões em torno da média (2 para baixo e 2 para cima) concentra uma probablidade de 95,44%, portanto há uma probabilidade de 95,44% de que o resultado ocorra entre os números X-2 e X+2.
 
Por isso que ao divulgar a pesquisa o apresentador, neste caso disse: "Se a eleição fosse hoje Dilma Rousseff obteria 44% das intenções de votos, com uma margem de erro de 2 pontos para mais e 2 pontos para menos. Esses resultados têm 95% de confiabilidade".
 
Note que tem sido sempre considerado, não só neste caso, mas também por outros institutos o valor do Desvio Padrão como 1 ponto percentual. Como já disse anteriormente, não estou neste momento questionando a metodologia, e os resultados da pesquisa, mas apenas interpretando-os. Significa, então, que o instituto calculou o desvio padrão e o valor deve ser muito próximo de 1%. Convém ressaltar que este número é aproximado, pois ele varia muito em função de cada distribuição. Provavelmente é uma simplificação que não compromete os resultados, espero.
 
Se há 95% de probabilidade do resultado estar no intervalo descrito, onde estão os outros 5%? Estão nas extremidades da curva. Ou seja, 2,5% de probabilidade de ocorrer um valor menor que 42% (44% - 2%) e 2,5% de probabilidade de ocorrer um valor maior que 46% (44% + 2%).

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Vox Populi x Ibope: Fraude ou erro grosseiro?

Por Paulo Franco


"...ou há fraudes ou há falhas técnicas grosseiras nas pesquisa de um ou mais institutos. Mas de qualquer forma é muito grave, já que estamos falando de uma eleição para presidente num dos maiores países do mundo. 

O que chama a atenção da sociedade é que em todas essas discrepâncias demonstradas os números do Vox Populi é a favor da candidata Dilma e os números do Ibope ou do Datafolha são contra Dilma.  O que  aumenta a desconfiança de fraude de um lado ou de outro..."



Os resultados das pesquisas eleitorais para Presidência da República divulgadas nesta semana mostraram resultados divergentes entre os institutos.  

Poder-se-ia considerar um ponto fora da curva, bastando desprezá-la, como faz o júri nas Olimpíadas, na tabulação das notas, desprezando-se a maior e a menor nota com o objetivo de evitar possíveis parcialidades.

Todavia não é este o caso, pois as pesquisas eleitorais são regidas por uma legislação específicas e é feita, pelo menos teoricamente, com todo o rigor metodológico e estatístico estabelecidos por critérios científicos. 

O rigor metodológico estabele que os resultados devem estar compreendido dentro de um intervalo, chamado de intervalo de confiança, dentro do qual o resultado é confiável.  
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Os institutos trabalham, com a concordância do cliente que os contratam, com uma probabilidade de 95% que na teoria da amostragem, compreende uma distancia de dois desvios padrões em torno da média, ou seja, entre a nota com 2 desvios padrões a menos que a média e o valor com 2 desvios padrões acima da média. 

De modo que o insituto garante, respaldado num elevadíssimo grau de confiança (95%) que o resultado real, estará na faixa entre os valores limites das margens de erro (distancia de 4 pontos percentuais)


NÃO HÁ COMO EXPLICAR O INEXPLICÁVEL



Os resultados da candidata Dilma apresenta uma certa "cristalização", variando um ponto para cima ou um pouco para baixo, tanto na dimensão tempo, quanto olhamos os diferentes institutos.  Portanto, essas diferenças acabam situando-se dentro das margens de erro das diversas pesquisas, quando muito no limite dessas margens. 

Mas com relação à candidata Marina, a coisa muda de figura. Enquanto o ibope apresentou 30% de intenção de votos da amostra pesquisada, o Vox Populi apresentou tão somente 22%.  Uma diferença absurda do ponto de vista estatístico, se a metodologia foi aplicada adequadamente. 

O Intervalo de Confiança apurado pelo Ibope situa-se entre 28% e 32%.  Isso significa que há 95% de probabilidade de que o resultado real, na prática, fique nesse intervalo.  

O intervalo de Confiança apurado pelo Vox Populi situa-se entre 19,8% e 24,2%, já que este instituto estima o erro amostral em 2,2%.

Constatamos ai um vácuo absurdo de de 3.8% de distância entre o valor mínimo do invervalo de confiança do Ibope (28%) e o valor máximo do intervalo de confiança do Vox Populi (24,2%).

A probabilidade de que o resultado, do ponto de vista do Ibope, fique abaixo do limite mínimo do erro amostral ou seja, 28%, é de 2,5% (cauda esquerda da curva normal).  Mas quanto mais distante desse limite, menor é a probabilidade, ou seja, a probabilidade de ocorrência de votos ficar abaixo dos 24,2% (limite máximo da Vox Populi) é perto de zero segundo a versão Ibope.


DATAFOLHA É O "PONTO FORA DA CURVA" NO SEGUNDO TURNO


No segundo turno o problema se repete, mas neste caso é com a própria Dilma.  Enquanto o Ibope mostrou 41% de intenção de votos, o Vox Populi revelou 46%. Novamente o intervalo de confiança de ambas as pesquisas não se cruzam, mostrando novamente que há problemas também no segundo turno.

Na verdade, a discrepância maior no segundo turno é entre o Vox Populi e o Datafolha, na apuração da intenção de votos de Marina.  Enquanto o Datafolha mostra 46% o Vox Populi apurou apenas 39%.  Novamente ocorrendo um vácuo entre os dois intervalos de confiança.  O único atenuante neste caso, é que há uma diferença de praticamente uma semana de diferença entre as duas pesquisas.


A BOLHA ELEITORAL MARINA SILVA ESTARIA MURCHANDO? 


O resumo da ópera é: ou há fraudes ou há falhas técnicas grosseiras nas pesquisa de um ou mais institutos. Mas de qualquer forma é muito grave, já que estamos falando de uma eleição para presidente num dos maiores países do mundo. 

O que chama a atenção da sociedade é que em todas essas discrepâncias demonstradas os números do Vox Populi é a favor da candidata Dilma e os números do Ibope ou do Datafolha são contra Dilma.  O que  aumenta a desconfiança de fraude de um lado ou de outro. 

A hipótese de erro grosseiro é mais frágil.  Primeiro porque estamos falando dos mais sofisticados institutos de pesquisas do país.  Todos donos de um know how inquestionável.  Depois, se fosse um caso de erro, diante das divergências expostas, o instituto que tenha cometido o erro, já teria corrigido o erro e se retratado perante a sociedade. 

A hipótese de uma bolha artificial criada pela oposição, a mídia e os institutos de pesquisas volta à tona e caberia uma auditoria dessas pesquisas envolvendo todas as fases, desde o planejamento, a definição de perfil de amostra,  a análise dos questionários, a checagem da conduta dos pesquisados em campo, a tubulação dos dados, o relatório final e a análise e apresentação dos resultados finais.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Dilma Rousseff, perspicaz, desmonta o circo armado pela Globo

Por Paulo Franco




O cenário, o contexto e o humor dos jornalistas e do entrevistado guardavam uma perfeita sintonia, como se fosse uma gravação ocorrida em um  diretório do PSDB, para uso de divulgação da candidatura de Aécio Neves. 




 

RETROSPECTO


A Globo não mudou nada, desde que ela existe.  Ela nasceu pre-destinada à fraude, à tramoia, à negociata, a conchavos e a outras tantas condutas anti-éticas e até ilegais.

Em 1963 construiu uma imagem pública de Jango como um líder fraco,  subserviente às forças externas de esquerda e que não tinha aprovação e nem contava com o apoio da sociedade.    Para concretizar esse projeto,  contou com o conluio do Ibope que ao identificar o contrário, escondeu os relatórios das pesquisas por 50 anos, sendo só agora revelados.
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Na década de 80, em conluio com a Proconsult, manipulou pesquisas de intenção de votos e planejou fraudar a apuração das eleições, através de rotinas de programação alteradas nos sistemas do TRE, clandestinamente.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Corrida Presidencial: Entre a Euforia e o Desespero

Por PAULO FRANCO


A sociedade brasileira esta vivendo hoje um misto de euforia e desespero.  O Ibope divulgou hoje mais uma rodada de pesquisa presidencial, sendo a primeira com Marina Silva em lugar de Eduardo Campos para a presidência.

Marina Silva, que era vice de Eduardo, não havia conseguido transferir praticamente nada de votos, de maneira que a dupla não conseguiu em nenhum momento atingir 10% das intenções de votos.

Nesta rodada, segundo o Ibope, Marina aparece com 29%, um espantoso acréscimo de 20% sobre os 9% de Eduardo Campos.  Por outro lado, Dilma Rousseff que vinha numa liderança razoavelmente tranquila, viu uma queda de 38% para 34%, ou seja, apenas 5% acima de Marina.  Aécio, anteriormente o segundo colocado, caiu de 23% para 19%.


A EUFORIA DO GRUPO PRÓ-MARINA


Ainda não estou plenamente convencido de quais os objetivos dos grupos que estão por trás da candidatura Marina.  Parece simples, mas não é.  Estamos falando de política eleitoral, de disputa pelo poder.  Num país que tem um PIB de quase 5 trilhões de reais, a definição da estrutura distributiva das riquezas geradas é o verdadeiro vetor que norteia essa disputa.
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A elite burguesa brasileira, formada basicamente pelos 1% mais ricos da sociedade e liderada principalmente pelos banqueiros (FEBRABAN, ABBI, ABBC, ACREFI, etc), megaempresários (FIESP, CIESP, CNI, FIRJAN, ACSP, etc), agronegócios, barões da mídia, tem em suas mãos a "nata" da inteligência em negócios, em processos decisórios.  Não há ingênuos nesse segmento

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Rede Globo, O Ópio do Povo

Por PAULO FRANCO

"A imprensa pode causar mais danos que a bomba atômica. E deixar cicatrizes no cérebro." (Noam Chomsky)

A última pesquisa Ibope, divulgada dia 18/06 foi extremamente favorável à Dilma.  O Sistema Globo e o Ibope fizeram malabarismos para esconder da população as verdades explícitas no relatório. Omitiu e distorceu os números mais significativos, determinantes e com seu poder entorpecente conseguiu um enorme sucesso: a população ignora a verdadeira realidade eleitoral, que se mostra francamente favorável à reeleição de Dilma.  Ao contrário do que diz a Globo, a tendência é para que a definição seja no 1o. turno, e não o contrário, como insistem esse sistema.  



Qualquer droga, lícita ou ilícita causa mais estragos quanto maior for a dependência de seu usuário.   É sabido que alguns usuários de droga não são totalmente dependentes, o problema é que praticamente todos se sentem nessa situação, o que é um terrível engano.  Estão, na vedade, enganando a si mesmos.

É obvio que todas a drogas trazem um enorme prazer ao seu usuário, do contrário não haveria tanta adesão ao seu uso.  E é nessa busca de prazer, de conforto  que se inicia o processo de dependencia.  A droga lhe dá exatamente aquilo que voce busca, e quanto mais voce busca mais ela lhe dá, mesmo voce sabendo que aquele prazer não reflete a realidade e o distancia cada vez mais dela.


BARÕES DA MÍDIA:   OS PODEROSOS TRAFICANTES DA DESINFORMAÇÃO


A relação da grande mídia, aqui personificada pela Globo que é a mais poderosa de todas as demais (drogas),  no Brasil com determinada parcela da população tem uma similaridade impressionante com a relação entre  drogas e usuários.   A Globo diz o que essa parcela do público quer ouvir, mesmo que para isso tenha que ocultar, distorcer, inverter, aumentar, minimizar informações.  Instigar aversão a uns e enaltecer outros.  Tudo isso,  num processo tipicamente maquiavélico, objetivando construir um cenário que favoreça os proprietários e as classes sociais às quais eles estão inseridos e/ou aliados.
O processo de mudanças sociais e econômicas que o pais está vivendo desde 2003 provoca alterações sem precedentes na estrutura social.  Mudanças dessa natureza implicam em perdas e ganhos entre grupos e classes sociais.    Os ganhos todos nós sabemos que acontecem nas classes mais baixas, ou seja, miseráveis, pobres e classe média baixa.

A maior perda absoluta se dará na classe alta, mas a maior perda relativa, que é a mais impactante, a mais sentida acontecerá na classe média.  A perda é tão grande que já está se tornando insuportável para ela. E são as perdas sociais e não as econômicas, que mais destroem a classe média.


A CLASSE MÉDIA CONSERVADORA COMO INSTRUMENTO DE MANIPULAÇÃO


Ao contrário do que muita gente pensa, não são as classes mais baixas de renda e de escolaridade que são as maiores vítimas da Globo.  Essa não está ligada em detalhes do notíciario a respeito de pib,

sexta-feira, 4 de abril de 2014

IBOPE + MÍDIA: A Equação e o Mapa da Fraude

Por Paulo Franco


Recebi a notícia da queda da popularidade de Dilma com certa estranheza, já que na semana anterior sua liderança na intenção de votos mantinha numa posição extremamente folgada com uma  movimentação marginal entre os demais candidatos e  todos muito distantes dela, em pesquisa feita pelo próprio IBOPE.

Ele venceria em todos os cenarios apesentados. No cenário mais provavel, considerando somente os 3 principais candidatos , Dilma manteve os 43%,  Aécio subiu de 14 para 15% e Campos também não alterou seus irrisórios 7%.  Para sacramentar a situação confortável de Dilma, no Segundo turno, nessa sondagem ele venceria com um grande foga 47% contra 20% de Aécio, ou 47% contra 16% de Campos e no pior cenário Dilma teria 45% contra 21% de Marina.  Ou seja, essa pesquisa veio ratificar o cenário eleitoral.

Quando saíu, uma semana depois o resultado da pesquisa sobre a queda da popularidade, eu divulguei na rede social a seguinte frase: "A sociedade brasileira quer mudanças, com Dilma no comando e mais ninguém".
  
Intenção de Voto
Popularidade

Uma matéria veícula no jornal eletrônico BRASIL 247,  entitulada  "O IBOPE ruim e o IBOPE bom: Tem Caroço nesse Angú", me chamou muito a atenção por algumas desconfianças e algumas informações levantadas.  Como gosto desse assunto e tenho um conhecimento técnico razoável dele, essa matéria mexeu com o desconforto e despertou minha inércia e decidi entrar mais a fundo, analisando as informações diretamente das fontes: O IBOPE e o TSE.

Da pra frente as coisas foram clareando, cada vez mais a minha sensação do quão violento será o processo eleitoral para a Presidência da República nesta ano.

ANTECEDENTES:

O Golpe de 64 e a Ditadura Civil e Midiática


Antes de fazer um relato sucinto do processo do golpe, gostaria de deixar bem claro que Jango é era muito bom de voto.  Peso pesado, coisa que muita gente não sabe, pois ele foi candidato nas duas vezes à vice e não a presidente.  Naquela época a votação para Presidente e para Vice-Presidente não era uma chapa como hoje, mas separadamente.  Em 1955, Jango, ex-ministro do Trabalho de Getúlio, candidatou-se a vice e se elegeu com uma votação maior que da Presidente eleito: Juscelino Kubischek.   Em 1960, candidatou-se novamente a Vice-Presidente e venceu a eleição, embora o seu aliado candidato à Presidencia perdera para Jânio da Coligação PDC (Partido Democrata Cristão) com a UDN (União Democrática Nacional)

Como já é sabido de todos, o golpe de 64 foi um processo em maturação desde a morte de Getúlio. Juscelino caminhou no fio da navalha em todo o seu governo.  A classe mais conservadora, capitaneada pela UDN, que já estava fora  do poder, desde Getúlio, perdera novamente para Juscelino.   Em 1960, finalmente os conservadores elegem Jânio Quadros, mas  sua renúncia alterou toda a situação e o humor político de então.  O Golpe entra então na sua faze de amadurecimento, com praticas não só de pressões políticas, mas também de atos ilegais.

Na Renúncia de Jânio, João Goulart estava na China e os Conservadores, através dos 3 chefes das FFAA não aceitaram a posse natural e democrática do vice Jango. O presidente da Câmara dos Deputados Ranieri Mazzilli foi empossado presidente em lugar de Jango.

Todavia essa decisão não era unânime nem entre os políticos e nem entre os militares.  A desculpa da ameaça comunista não convencia-os, totalmente.  Iniciou-se então a campanha da legalidade, liderada por Brizola e o gal. Machado Lopes, para que a CF fosse cumprida.  Entre muitas movimentações e campanhas nos jornais, o Congresso acha uma solução conciliatória: o Parlamentarismo.   Jango assumiria a Presidencia do Brasil, tendo poderes diminuindo sendo portanto somente o chefe de estado.  Aprovado, Jango assume a Presidência e Tancredo é escolhido como Primeiro-Ministro do governo Jango. Esse foi, na prática, o primeiro ato do golpe de estado, pois a CF fora de fato descumprida. 

Em julho de 1962, Tancredo exonerou-se para se candidatar às eleições a Deputado Federal.  Assumindo Brochado da Rocha que também se exonerou e depois Hermes Lima.  Jango e aliados articula a volta do presidencialismo que passa a vigorar a partir de janeiro de 1963. 

Com San Tiago Dantas na Fazenda e Celso Furtado no Planejamento, é lançado o Plano Trienal, um programa progressista e estruturante, para promover as reformas de base , que contemplava as Reformas agrária,  fiscal,  eleitoral,  urbana e  bancária.  O ambiente político e social foi ficando cada vez mais agitado, de um lado as demandas sociais pelos avanços que já haviam ocorrida na europa há tempos e de outro lado o medo de perdas da classe conservadores em função dessas reformas e o ambiente da gerra fria no seu ápice no plano internacional que inspirava preocupação dos EUA com o Brasil, tendo em vista a revolução cubana em 1959.

As classes conservadoras da época, empresários, políticos radicais de direita, militares e a imprensa, como o apoio dos EUA, o golpe é sacramentado.


Desconhecido (até então) Papel da Mídia e do IBOPE no Golpe de 64


As  grandes justificativas para o golpe, sempre foram o perigo comunista, a fraqueza de João Goulart e que a população apoiava um intervenção, um golpe e não o seu governo.  Ora engolimos isso, por 50 anos, embora essa lógica não fechava, já que o histórico eleitoral de Jango era exatamento o oposto, como ja foi dito anteriormente.  Foi eleito vice com mais voto que o próprio presidente Juscelino, em 1955.  Já em 1960, embora o Presidente vitorioso, Jânio Quadros,  tenha sido o candidato da coligação conservadora, incluindo a UDN, o vice não foi o candidato da chapa Janista, mas sim da coligação oposta, Jango novamente, tal era o seu vigor eleitoral.

Para minha surpresa e provavelmente de todo o país foi saber, agora, que a Midia contratou o IBOPE para fazer pesquisas logo antes da ocorrência do golpe final, provavelmente para se certificar do qual seria a opinião pública em relação à aprovação do governo, às reformas e à intenção de voto, caso Jango se candidatasse às próximas eleições.  Os resultados dessas pesquisas ficaram escondidas à 7 chaves, pelo IBOPE e pelas entidades que o contratou, por todos esses 50 anos.   E não era para menos, as pesquisas mostram exatamente o contrario do que era alardeado pela Mídia e pelas instituições comprometidas com o golpe.   Pelo que se sabe, o IBOPE entregou a documentação das pesquisas em 2003 para serem preservados nos Arquivos do pensador anarquista Edgard Leuenroth (AEL), do Acervo do IFCH, da UNICAMP.

Foram feiras 3 rodadas de pesquisas: A aprovação de João Goulart, a Intenção de Voto e a aprovação das Reformas de Base, proposta pelo seu governo, como já foi dito anteriormente.  Os resultados são surpreendentes. Aprovação de Jango: 69%; Intenção de Votos: 50% declararam que votariam em Jango se ele se candidatasse a Presidente e finalmente; 59% aprovaram a adoção das Reformas porpostas.

Ricardo Kotscho, jornalista e colunista do R7, levantou a seguinte questão em sua matéria que serviu de combustível para essa minha postagem:  "a divulgação destas pesquisas pela imprensa poderia ter alterado o rumo dos acontecimentos, já que para derrubar Jango um dos principais argumentos utilizados pelos golpistas foi a fragilidade do presidente e do seu governo diante do "perigo comunista" que ameaçava o país?".




O Famigerado caso Globo / Proconsult


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A Sociedade Quer Reforma e Quer Participar Dela Diretamente

por PAULO FRANCO


O Instituto de Pesquisa IBOPE, a pedido do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), realizou pesquisa de opinião pública sobre a realização de uma Reforma Política no Brasil.

O quadro abaixo sintetiza os principais pontos capturados na pesquisa.  O que já parecia obvio, ficou comprovado nessa pesquisa que é elaborada com critérios técnicos, evitando assim dúvidas, pelo menos nos pontos mais contundentes.



Para acessar a pesquisa na integra acesse: Pesquisa Política OAB/Ibope