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terça-feira, 18 de outubro de 2016

LULA e CIRO venceriam no primeiro turno, numa eventual aliança entre ambos.

Por Paulo Franco


O Instituto Vox Populi divulgou hoje o resultado de sua pesquisa de opinião pública sobre governo e eleições. 

Há muitas coisas interessantes e reveladoras nessa rodada das pesquisas do Vox Populi, mas vou me concentrar, nesta oportunidade, na pesquisa estimulada tanto na percentagem em relação aos votos totais, quanto em relação aos votos válidos.

Intenção de votos estimulada - votos totais

O primeiro aspecto que eu destacaria seria a forte alta na intenção do eleitor em declarar seu voto em Lula que subiu de 29% para 34% em relação à rodada de junho de 2016.

Outro resultado interessante for a forte queda de Marina que foi de 18% para 11% em relação à última pesquisa em junho de 2016. 

Já Aécio Neves, embora tenha caído nas últimas duas rodadas, não foram quedas acentuadas. 

Vejam os números no gráfico a seguir. 















Intenção de votos estimulada - votos válidos

Votos válidos são aqueles destinados a um ou outro candidato, sendo desprezados os votos nulos, em branco e abstenções.  Esse é o critério estabelecido pela legislação e  utilizado pela justiça eleitoral para proclamar o vencedor do pleito. 

Utilizando-se desse critério, e neste caso  por se tratar de uma pesquisa,  foram consideram inválidos também as respostas "não sei". 

Com esse critério, Lula acentua sua dianteira chegando a 47%, diante dos 39% obtido em junho.  Na mesma linha, Marina despencou de 24%, para 15%.  Os demais candidatos tiveram movimentações marginais. 






Essa alta significativa na intenção de voto para Lula e, concomitantemente a fote queda na intenção de votos na Marina, indica que algum fator impactante ocorreu no período redirecionando de um para outro candidato. 

Poderíamos, sem grandes riscos de cometer erro, supor que o fator determinante para essa elevação serja a insana e acintosa perseguição das autoridades da Polícia Federal, do Ministério Público e do Judiciário a Lula. 

Ao mesmo tempo que está visível a perseguição, a insistência em abrir processo e o oferecimento de denúncias, transformando Lula em réu, mesmo  sem provas ou fortes evidências, enquanto que essas mesmas autoridades fazem vista grossa para os corruptos e criminosos com um farta quantidade de provas irrefutáveis e cabais.

Há algum tempo atrás eu publiquei no facebook um comentário dizendo que a prisão de Lula, embora fosse uma violência no plano individual, seria o melhor dos mundos para o PT e para a esquerda, pois ele se fortaleceria muito, tornando-se praticamente invencível num pleito eleitoral. 

Parece que a população também tem essa percepção, que Lula está sendo vitima de uma caça sem precedentes na política brasileira, salvo em períodos ditatoriais, onde os métodos são mais obscuros e não da forma explícita como vem ocorrendo. 

O golpe travestido de impeachment também alertou a sociedade como toda a imprensa internacional que estava vendo o Brasil pelos olhos da grande mídia local.  

O fato de Dilma ter um ficha limpa e os políticos que a depuseram serem fichas sujas, corruptos, criminosos, presentes em quase todas as  delações e vazamentos de vídeos acendeu uma luz amarela na  população nacional e internacional, principalmente na imprensa que passou a olhar para o Brasil através de outros olhos, que não a grande mídia nacional.

Já é notório não só no Brasil, mas em todo o mundo que vivemos um período excepcional, que o Impeachment não passou de um golpe e que o estado de direito está sendo desrespeitado e a Democracia brasileira está totalmente abalada e desacreditada internacionalmente. 

A vitória de Lula e Ciro numa eventual aliança entre ambos





Como já vimos no gráfico anterior que compilou os votos válidos, caso a eleição fosse hoje e a pesquisa refletisse a realidade, não haveria vitória em primeiro turno, já que Lula, o candidato da dianteira atingiu apenas 47%, o que é inferior à somatória dos demais candidatos que perfazem 53% dos votos válidos. 

Todavia, essa abrupta e acentuada elevação das intenções de votos em Lula e a, também, abrupta e acentuada queda das intenções de voto em Marina, abriu um gap entre as preferencias por Lula em relação aos demais candidatos, permitindo vislumbrar a possibilidade da decisão ocorrer no primeiro turno das eleições futuras, caso a tendência se mantenha. 

A ocorrência de uma eventual aliança entre Lula e Ciro, alias como tem sido especulado nos últimos tempos, a eleição poderia ser decidida já no primeiro tuno, pois a soma das intenções de voto para Lula e para Ciro, somaria 54% (47% + 7%), contra 46% da somatória das intenções de votos dos demais candidatos.  Nesse cenário, abriria um diferença de 8%, fechando a eleição em primeiro turno.

É obvio que esse resultado é válido se as intenções de votos individuais foram mantidas no caso da aliança entre os dois candidatos. 

Vejam os números no gráfico a seguir.














domingo, 12 de outubro de 2014

Pres do PSB, reconhece erro da Executiva e pede para militância votar em Dilma

Por Paulo Franco


Ao tomar a corajosa decisão de apoiar Dilma Rousseff e recomendar a toda a militância socialista a votar nela, Roberto Amaral, lembra o legado do PSB e os nomes das grandes personalidades responsáveis pela construção do partido, numa tentativa, "antes tarde do que nunca", de corrigir um erro histórico cometido pela Executiva do partido.


Confesso aqui, que tenho presenciado posicionamentos políticos decepcionantes nestes últimos tempos.  Estou acostumado com a politicagem no pior significado da palavra.  Conduta exemplares adotadas por Roberto Freire e Ivete Vargas são revoltantes, mas dentro do contexto da normalidade política, que sempre admitimos existir pontualmente, tipo mau-caratismo, trairagem, entreguismo, entre outras.

Mas quando nos deparamos com ícones do pensamento humanitário e de um comportamento exemplar como é o caso de Roberto Amaral, a gente ficar perplexo, sem conseguir reunir palavras explicar a conduta dele alinhada com essa nova trajetória que seu partido resolveu trilhar.

CIENTISTA POLÍTICO MONIZ BANDEIRA , ALERTOU AMARAL SOBRE O DESASTRE


É oportuno lembrar que em meados de setembro o reconhecido cientista político Moniz Bandeira, especialista em política externa e relações internacionais, escreveu uma carta a Roberto Amaral, exortando-o a renunciar à Presidência do partido antes da reunião Executiva do dia 27 de setembro, para preservar sua reputação política. 

O ilustre cientista Moniz Bandeira fez essa recomendação ao, não menos respeitado, Prof. Dr. Roberto Amaral pela analise do cenário político que envolvia a determinação de Marina Silva em candidatar-se à Presidência e sua notória inconformidade e também dos interesses que a representam, com a condição de vice. Moniz Bandeira profetizou que Marina e aqueles que representam os interesses por traz de sua candidatura faria algo para inverter essa situação.

Porque motivo Marina se recusou a revelar o nome das entidades que lhe repassaram R$ 1,6 milhão (oficialmente declarado) como pagamento de conferências.  A confidencialidade nesse contexto pode conter indícios nada interessantes.  O segredo pode expressar uma confissão. 
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Moniz Bandeira alerta que as posições assumidas por Marina Silva são radicalmente incompatíveis com as bandeiras do PSB.  Como a oposição ao Mercosul, a subserviência aos Estados Unidos,  a oposição ao direito de autodeterminação de Cuba, a revelação da pretensão de voltar aos tempos de Gal. Castelo Branco de proclamar a dependência do Brasil, conforme afirmou do general Juracy Magalhães, embaixador brasileiro nos EUA: "O que é bom para os EUA, é bom para o Brasil."

O Prof Roberto Amaral, respondeu com um lindo texto, mas deixando brechas  e exposição ao risco intelectual e político. Enalteceu o cientista e ratificou seus ideais e sua posição, fazendo uma afirmação tão firme quando arriscada: "Como militante engajado não posso me guiar por especulação de queda de avião por conspiração estrangeira e nem por premonições.  A famosa realidade objetiva não me permite."

Roberto Amaral mostrou sua idoneidade e militância política de natureza eminentemente socialista, lembrando a refundação do PSB, extinto pela Ditadura, promovido por ele, Antonio Houaiss, Jamil Haddad e posteriormente Miguel Arraes.  Reafirmou as bandeiras do PSB, cujas lutas jamais seriam abandonadas, como: 
  • Contra as desigualdades sociais, 
  • Pela reforma agrária, 
  • Pela defesa do meio ambiente, 
  • Pelo domínio de novas tecnologias, 
  • Pela ampliação e melhoria do sistema de ensino
  • Pela segurança do cidadão; 
  • Pelos grandes projetos estratégicos, sejam os de infraestrutura para o desenvolvimento social e econômico, sejam os que darão suporte ao seu papel como ator global. 
  • Pelas iniciativas que respaldarão militarmente a política externa soberana e à aproximação com nossos irmãos africanos e latino-americanos. 
  • Pelo combate aos desvios do patrimônio público.

 

 ROBERTO AMARAL SE ILUDIU COM A ÍNDOLE POLÍTICA DE SEUS PARES


Roberto Amaral respondeu taxativamente ao cientista que renunciaria sim, à Presidência do PSB se essas proposições fossem abandonadas.   Assume ainda, a responsabilidade como dirigente do partido, de zelar pelo cumprimento dos compromisso programáticos, "observada a realidade objetiva". 

Mancharia minha biografia, diz Roberto Amaral,  se acossado por  premonições e pela libertinagem do "livre pensar" optasse pela renúncia.

Aqui, com meus botões, não sei o quanto ele ficou impactado pela grave suspeita do acidente fazer parte de um complô internacional ou pelas premonições anunciadas por Moniz Bandeira, mas ao que parece, Roberto Amaral foi atropelado pela "realidade objetiva" que ele mesmo elegeu como regra de conduta.

Mesmo que ele não renunciasse para preservar a si mesmo, a sua história, poderia ter assumido posições mais firmes, valendo-se de sua autoridade de líder, de fundador do partido além de respeitado defensor do ideário socialista. 

Refazendo-se do choque de "realidade objetiva", ele tenta juntar os "cacos" emocionais e intelectuais e, antes tarde do que nunca, decide se posicionar conforme determina sua própria biografia.  

Repudia categoricamente a posição da Executiva ao apoiar um projeto frontalmente contra as linhas dorsais e as bandeiras históricas do partido, representado pela candidatura de Aécio Neves, caracterizando uma verdadeira guinada para a direita mais conservadora do Brasil.  Alerta ainda,  para a contribuição do partido para os caminhos do retrocesso. 

Ao tomar a corajosa decisão de apoiar Dilma Rousseff e recomendar a toda a militância socialista a votar nela, Roberto Amaral, lembra o legado do PSB e os nomes das grandes personalidades responsáveis pela construção do partido, numa tentativa, "antes tarde do que nunca", de corrigir um erro histórico cometido pela Executiva do PSB. 

CARTA ABERTA DE ROBERTO AMARAL 

 

Mensagem aos militantes do PSB e ao povo brasileiro

A luta interna no PSB, latente há algum tempo e agora aberta, tem como cerne a definição do país que queremos e, por consequência, do Partido que queremos. A querela em torno da nova Executiva e o método patriarcal de escolha de seu próximo presidente são pretextos para sombrear as questões essenciais. Tampouco estão em jogo nossas críticas, seja ao governo Dilma, seja ao PT, seja à atrasada dicotomia PT - PSDB – denunciada na campanha por Eduardo e Marina como do puro e exclusivo interesse das forças que de fato dominam o país e decidem o poder.

Ao aliar-se acriticamente à candidatura Aécio Neves, o bloco que hoje controla o partido, porém, renega compromissos programáticos e estatutários, suspende o debate sobre o futuro do Brasil, joga no lixo o legado de seus fundadores – entre os quais me incluo – e menospreza o árduo esforço de construção de uma resistência de esquerda, socialista e democrática.

Esse caminhar tortuoso contradiz a oposição que o Partido sustentou ao longo do período de políticas neoliberais e desconhece sua própria contribuição nos últimos anos, quando, sob os governos Lula dirigiu de forma renovadora a política de ciência e tecnologia do Brasil e, na administração Dilma Rousseff, ocupou o Ministério da Integração Nacional.

Ao aliar-se à candidatura Aécio Neves, o PSB traiu a luta de Eduardo Campos, encampada após sua morte por Marina Silva, no sentido de enriquecer o debate programático pondo em xeque a nociva e artificial polarização entre PT e PSDB. A sociedade brasileira, ampla e multifacetada, não cabe nestas duas agremiações. Por isso mesmo e, coerentemente, votei, na companhia honrosa de Luiza Erundina, Lídice da Mata, Antonio Carlos Valadares, Glauber Braga, Joilson Cardoso, Kátia Born e Bruno da Mata, a favor da liberação dos militantes. O Senador Capiberibe votou em Dilma Rousseff.

Como honrar o legado do PSB optando pelo polo mais atrasado? Em momento crucial para o futuro do país, o debate interno do PSB restringiu-se à disputa rastaquera dos que buscam sinecuras e recompensas nos desvãos do Estado. Nas antessalas de nossa sede em Brasília já se escolhem os ministros que o PSB ocuparia num eventual governo tucano. A tragédia do PT e de outros partidos a caminho da descaracterização ideológica não serviu de lição: nenhuma agremiação política pode prescindir da primazia do debate programático sério e aprofundado. Quem não aprende com a História condena-se a errar seguidamente.

Estamos em face de uma das fontes da crise brasileira: a visão pobre, míope, curta, dos processos históricos, visão na qual o acessório toma a vez do principal, o episódico substitui o estrutural, as miragens tomam o lugar da realidade. Diante da floresta, o medíocre contempla uma ou outra árvore. Perde a noção do rumo histórico.

Ao menosprezar seu próprio trajeto, ao ignorar as lições de seus fundadores – entre eles João Mangabeira, Antônio Houaiss, Jamil Haddad e Miguel Arraes –, o PSB renunciou à posição que lhe cabia na construção do socialismo do século XXI, o socialismo democrático, optando pela covarde rendição ao statu quo. Renunciou à luta pelas reformas que podem conduzir a sociedade a um patamar condizente com suas legítimas aspirações.

Qual o papel de um partido socialista no Brasil de hoje? Não será o de promover a conciliação com o capital em detrimento do trabalho; não será o de aceitar a pobreza e a exploração do homem pelo homem como fenômeno natural e irrecorrível; não será o de desaparelhar o Estado em favor do grande capital, nem renunciar à soberania e subordinar-se ao capital financeiro que construiu a crise de 2008 e construirá tantas outras quantas sejam necessárias à expansão do seu domínio, movendo mesmo guerras odientas para atender aos insaciáveis interesses monopolísticos. 

O papel de um partido socialista no Brasil de hoje é o de impulsionar a redistribuição da riqueza, alargando as políticas sociais e promovendo a reforma agrária em larga escala; é o de proteger o patrimônio natural e cultural; é o de combater todas as formas de atentado à dignidade humana; é o de extinguir as desigualdades espaciais do desenvolvimento; é o de alargar as chances para uma juventude prenhe de aspirações; é o de garantir a segurança do cidadão, em particular aquele em situação de risco; é o de assegurar, através de tecnologias avançadas, a defesa militar contra a ganância estrangeira; é o de promover a aproximação com nossos vizinhos latino-americanos e africanos; é o de prover as possibilidades de escolher soberanamente suas parcerias internacionais. É o de aprofundar a democracia.

Como presidente do PSB, procurei manter-me equidistante das disputas, embora minha opção fosse publicamente conhecida. Assumi a Presidência do Partido no grave momento que se sucedeu à tragédia que nos levou Eduardo Campos; conduzi o Partido durante a honrada campanha de Marina Silva. Anunciados os números do primeiro turno, ouvi, como magistrado, todas as correntes e dirigi até o final a reunião da Comissão Executiva que escolheu o suicídio político-ideológico.

Recebi com bons modos a visita do candidato escolhido pela nova maioria. Cumprido o papel a que as circunstâncias me constrangeram, sinto-me livre para lutar pelo Brasil com o qual os brasileiros sonhamos, convencido de que o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff é, neste momento, a única alternativa para a esquerda socialista e democrática. Sem declinar das nossas diferenças, que nos colocaram em campanhas distintas no primeiro turno, o apoio a Dilma representa mais avanços e menos retrocessos, ou seja, é, nas atuais circunstâncias, a que mais contribui na direção do resgate de dívidas históricas com seu próprio povo, como também de sua inserção tão autônoma quanto possível no cenário global.

Denunciámos a estreiteza do maniqueísmo PT-PSBD, oferecemos nossa alternativa e fomos derrotados: prevaleceu a dicotomia, e diante dela cumpre optar. E a opção é clara para quem se mantém fiel aos princípios e à trajetória do PSB.

O Brasil não pode retroagir.

Convido todos, dentro e fora do PSB, a atuar comigo em defesa da sociedade brasileira, para integrar esse histórico movimento em defesa de um país desenvolvido, democrático e soberano.

Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2014.

Roberto Amaral

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Eleições Presidenciais: Perspectivas para o 2º turno

Por Paulo Franco


Comparando-se com a eleição de 2010, a chance de Aécio, que necessita de 66% dos votos disponíveis, ficou factível do que a chance de Serra que necessitava de 85%.  Por outro lado, a chance de Dilma nesta eleição ficou bem mais complicada, necessitando captar 34% dos votos disponíveis, do quem em 2010 quando necessitava captar apenas 15% para vencer as eleições.


Encerradas as apurações do primeiro turno, as atenções voltam agora para o segundo turno das eleições. 

Dilma terminou na frente, com Aécio em segundo e Marina em terceiro.  Até aí sem muitas supresas, mesmo que alguns esperavam que Marina terminasse em segundo.  A surpresa ficou por conta do salto que Aécio deu atingindo 33,5%, empurrando Marina para 21,3% que já vinha descendo ladeira abaixo.

Ninguém imagina, a essa altura do campeonato, uma transferência de votos de Aécio para Dilma e vice-versa.  A grande batalha que se trava, a partir deste momento é pela conquista dos votos válidos atribuidos Marina e demais candidatos no primeiro turno.

Alguns fatores determinarão o fluxo desses votos para Dilma ou para Aécio, como a distância ideológica entre as duas propostas, a costura de alianças partidárias, entre outros. 

MARINA, UMA COADJUVANTE IMPORTANTE 


A candidatura de Marina é sui generis, não conseguindo registrar seu partido na justiça eleitoral, ficou impossibilitada de se candidatar como estava planejado.  Negociou uma aliança com o PSB e teve que se contentar com uma chapa, onde figurava como candidata à vice-presidência.  Com a morte de Eduardo Campos, passou a ocupar a posição principal da chapa e pode ser finalmente a candidata a presidência pela coligação PSB, Rede Sustentabilidade e PPS.

A história de Marina é muito rica, tanto pessoalmente como na política.  Militou e conquistou diversos cargos pelo PT, portanto lutando por bandeiras de esquerda.  Foi fundadora do PT e da CUT em parceria com dois grandes ícones do Brasil: Lula e Chico Mendes.

Em 2008, Marina deixou o PT para tentar carreira solo em destino ao planalto, face a preferência de Lula por Dilma e não por ela.  Nesta oportunidade Marina foi habilmente utilizada pela oposição, na época representada pelo candidato José Serra, que deu cordas para que ela, crescendo evitasse a vitória de Dilma em primeiro turno conforme apontavam as pesquisas.  O plano da oposição foi um sucesso, a vitória de Dilma em primeiro turno foi sepultada.  Marina não apoiou o PT e nem o PSDB, deixando que seus eleitores decidissem por si.  O que já indicava um afastamento do PT e de sua linha ideológica e histórica.

O grande passo de Marina Silva nesta eleição, não foi só o afastamento do PT, mas o afastamento da esquerda que sempre identificou sua história política e até de vida.  Marina, querendo sinalizar uma terceira via político-partidária e ideológia, acabou abraçando um programa de governo extremamente conservador em diversos aspectos, principalmente, no econômico ao pregar a independência do Banco Central, diminuição do papel dos bancos estatais na economia, a revisão das leis trabalhistas, etc.

O COMPORTAMENTO DO ELEITOR EM 2010


Em 2010, os resultados da eleição no primeiro turno foram: Dilma 46,9%; Serra 32,6%, Marina 19,3% e ou demais candidatos represetaram apenas 1,2% dos votos válidos.

As diferenças fundamentais a serem destacadas foram a diminuição da distância entre a candidata Dilma e o candidato do PSDB que foi de 14,3% (46,9% menos 32,6%), enquanto que em 2014 essa diferença foi de apenas 8,1% (41,6% menos 31,5%).

A diminuição da diferença entre o primeiro colocado, a candidata Dilma e o segundo colocado, nesta eleição Aécio, indica um segundo turno mais apertado, com diminuição da probabilidade de vitória da candidata Dilma.  Portanto aumenta o incerteza do resultado final.  

Por outro lado, aumenta a fatia de votos dos demais candidatos, que serão alvos de disputa entre os dois candidatos classificados para o 2º turno.  Em 2010 somavam 20,5% e nestas eleições de 2014 essa fatia é de 24,9%.

A NECESSIDADE DE VOTOS PARA A VITÓRIA DE CADA CANDIDATO


Em 2010, com a distância mais folgada de Dilma sobre Serra, ela precisava de apenas 15% dos votos restantes, ou 3,1 a mais sobre os 46,9 conseguidos no 1º turno.  Serra, todavia, precisava de 85% dos votos restantes, ou 17,4% a mais sobre os 32,6% para ultrapassar o "ponto de equilíbrio" e assim sagrar-se vitorioso.

Nesta eleição, a distância entre a candidata do PT, Dilma Rousseff e o candidato do PSDB, Aécio Neves está bem menor que em 2010, o que torna mais complicada, quantitativamente, a vitória da candidata do PT se comparada com a última eleição.

Dilma precisa de 34% dos votos restantes, ou 8,4% a serem adicionados aos 42,6% obtidos no 1º turno.  Aécio precisa de 66% dos votos restantes, ou seja, 16,5% que se adicionados aos 33,5% conseguidos no 1º turno lhe daria o cargo de Presidente da República.

Proporcionalmente, comparando-se com a eleição de 2010, a chance de Aécio, que necessita de 66% dos votos disponíveis, ficou factível do que a chance de Serra que necessitava de 85%.  Por outro lado, a chance de Dilma nesta eleição ficou bem mais complicada, necessitando captar 34% dos votos disponíveis, do quem em 2010 quando necessitava captar apenas 15% para vencer as eleições. Mesmo com o aumento de votos necessários para a vitória, a candidata  Dilma mantém a vantagem sobre Aécio. Tudo isso, numa análise quantitativa.  Não estão sendo considerados aqui os fatores subjetivos e as implicações políticas que impactam os resultados. 

VOTOS CONQUISTADOS NO 2º TURNO DE 2010 E PROJEÇÃO PARA 2014


Embora Dilma precisasse de apenas 15% dos votos disponíveis para ultrapassar os 50% dos votos válidos e sagrar-se Presidente da República, Dilma conseguiu 44%, sendo finalmente eleita com 56% do total dos votos válidos. 

Serra precisava de 85% dos votos disponíveis para ultrapassar os 50% e obter a vitória, mas conseguiu apenas 56%, perdendo a eleição com um votação de 44% do total

Se ambos os candidatos repetirem os resultados de captação de votos disponíveisocorridos em 2010, Dilma conseguiria 11,1% dos 24,9% de votos disponíveis, conseguindo a vitória com 52,6%.  Aécio conseguiria 13,8% dos 24,9% disponíveis, perdendo a eleição com uma votação final de 47,4%.

Cabe ressaltar que, no primeiro turno os resultados de 2014 já não repetiram os resultados de 2010.  Desta forma não é exagero pensar que as conquistas dos votos disponíveis também tenham um desempenho aquém de 2010. 

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Vox Populi x Ibope: Fraude ou erro grosseiro?

Por Paulo Franco


"...ou há fraudes ou há falhas técnicas grosseiras nas pesquisa de um ou mais institutos. Mas de qualquer forma é muito grave, já que estamos falando de uma eleição para presidente num dos maiores países do mundo. 

O que chama a atenção da sociedade é que em todas essas discrepâncias demonstradas os números do Vox Populi é a favor da candidata Dilma e os números do Ibope ou do Datafolha são contra Dilma.  O que  aumenta a desconfiança de fraude de um lado ou de outro..."



Os resultados das pesquisas eleitorais para Presidência da República divulgadas nesta semana mostraram resultados divergentes entre os institutos.  

Poder-se-ia considerar um ponto fora da curva, bastando desprezá-la, como faz o júri nas Olimpíadas, na tabulação das notas, desprezando-se a maior e a menor nota com o objetivo de evitar possíveis parcialidades.

Todavia não é este o caso, pois as pesquisas eleitorais são regidas por uma legislação específicas e é feita, pelo menos teoricamente, com todo o rigor metodológico e estatístico estabelecidos por critérios científicos. 

O rigor metodológico estabele que os resultados devem estar compreendido dentro de um intervalo, chamado de intervalo de confiança, dentro do qual o resultado é confiável.  
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Os institutos trabalham, com a concordância do cliente que os contratam, com uma probabilidade de 95% que na teoria da amostragem, compreende uma distancia de dois desvios padrões em torno da média, ou seja, entre a nota com 2 desvios padrões a menos que a média e o valor com 2 desvios padrões acima da média. 

De modo que o insituto garante, respaldado num elevadíssimo grau de confiança (95%) que o resultado real, estará na faixa entre os valores limites das margens de erro (distancia de 4 pontos percentuais)


NÃO HÁ COMO EXPLICAR O INEXPLICÁVEL



Os resultados da candidata Dilma apresenta uma certa "cristalização", variando um ponto para cima ou um pouco para baixo, tanto na dimensão tempo, quanto olhamos os diferentes institutos.  Portanto, essas diferenças acabam situando-se dentro das margens de erro das diversas pesquisas, quando muito no limite dessas margens. 

Mas com relação à candidata Marina, a coisa muda de figura. Enquanto o ibope apresentou 30% de intenção de votos da amostra pesquisada, o Vox Populi apresentou tão somente 22%.  Uma diferença absurda do ponto de vista estatístico, se a metodologia foi aplicada adequadamente. 

O Intervalo de Confiança apurado pelo Ibope situa-se entre 28% e 32%.  Isso significa que há 95% de probabilidade de que o resultado real, na prática, fique nesse intervalo.  

O intervalo de Confiança apurado pelo Vox Populi situa-se entre 19,8% e 24,2%, já que este instituto estima o erro amostral em 2,2%.

Constatamos ai um vácuo absurdo de de 3.8% de distância entre o valor mínimo do invervalo de confiança do Ibope (28%) e o valor máximo do intervalo de confiança do Vox Populi (24,2%).

A probabilidade de que o resultado, do ponto de vista do Ibope, fique abaixo do limite mínimo do erro amostral ou seja, 28%, é de 2,5% (cauda esquerda da curva normal).  Mas quanto mais distante desse limite, menor é a probabilidade, ou seja, a probabilidade de ocorrência de votos ficar abaixo dos 24,2% (limite máximo da Vox Populi) é perto de zero segundo a versão Ibope.


DATAFOLHA É O "PONTO FORA DA CURVA" NO SEGUNDO TURNO


No segundo turno o problema se repete, mas neste caso é com a própria Dilma.  Enquanto o Ibope mostrou 41% de intenção de votos, o Vox Populi revelou 46%. Novamente o intervalo de confiança de ambas as pesquisas não se cruzam, mostrando novamente que há problemas também no segundo turno.

Na verdade, a discrepância maior no segundo turno é entre o Vox Populi e o Datafolha, na apuração da intenção de votos de Marina.  Enquanto o Datafolha mostra 46% o Vox Populi apurou apenas 39%.  Novamente ocorrendo um vácuo entre os dois intervalos de confiança.  O único atenuante neste caso, é que há uma diferença de praticamente uma semana de diferença entre as duas pesquisas.


A BOLHA ELEITORAL MARINA SILVA ESTARIA MURCHANDO? 


O resumo da ópera é: ou há fraudes ou há falhas técnicas grosseiras nas pesquisa de um ou mais institutos. Mas de qualquer forma é muito grave, já que estamos falando de uma eleição para presidente num dos maiores países do mundo. 

O que chama a atenção da sociedade é que em todas essas discrepâncias demonstradas os números do Vox Populi é a favor da candidata Dilma e os números do Ibope ou do Datafolha são contra Dilma.  O que  aumenta a desconfiança de fraude de um lado ou de outro. 

A hipótese de erro grosseiro é mais frágil.  Primeiro porque estamos falando dos mais sofisticados institutos de pesquisas do país.  Todos donos de um know how inquestionável.  Depois, se fosse um caso de erro, diante das divergências expostas, o instituto que tenha cometido o erro, já teria corrigido o erro e se retratado perante a sociedade. 

A hipótese de uma bolha artificial criada pela oposição, a mídia e os institutos de pesquisas volta à tona e caberia uma auditoria dessas pesquisas envolvendo todas as fases, desde o planejamento, a definição de perfil de amostra,  a análise dos questionários, a checagem da conduta dos pesquisados em campo, a tubulação dos dados, o relatório final e a análise e apresentação dos resultados finais.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Marina Silva, la Capriles brasileña

Por Miguel Ángel Ferrer

 

El próximo domingo 5 de octubre habrá elecciones presidenciales en Brasil. Se enfrentarán la actual presidenta Dilma Rousseff y Marina Silva, candidata del Partido Socialista, organización política de extrema derecha, fiel seguidora de los dictados de Washington y que de socialista sólo tiene el nombre. De modo que, sin forzar los términos, podría decirse que Marina Silva es a Brasil lo que Henrique Capriles ha sido a Venezuela.
















El próximo domingo 5 de octubre habrá elecciones presidenciales en Brasil. Se enfrentarán la actual presidenta Dilma Rousseff y Marina Silva, candidata del Partido Socialista, organización política de extrema derecha, fiel seguidora de los dictados de Washington y que de socialista sólo tiene el nombre. De modo que, sin forzar los términos, podría decirse que Marina Silva es a Brasil lo que Henrique Capriles ha sido a Venezuela.
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Latin America After Chávez
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Pero Marina Silva no niega la cruz de su parroquia. Desde su plataforma electoral muestra abiertamente su postura derechista y pro imperialista. Quiere echar abajo los grandes avances de Brasil que han hecho del gigante sudamericano una nación verdaderamente soberana, no sólo alejada de los designios de Estados Unidos, sino francamente opuesta a ellos.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

BIRD, OCDE e UNCTAD: Brasil e China são os motores do emprego no mundo

Por Osvaldo Bertolino



ECONOMIA BRASILEIRA: BIRD, OCDE e UNCTAD desmentem mortos-vivos neoliberais


O Banco Mundial (Bird) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) — órgão das Nações Unidas para o comércio e desenvolvimento — acabam de dizer que o Brasil e a China são os motores do emprego no mundo. O relatório anual da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) diz que apenas o fortalecimento da demanda agregada pelo crescimento real dos salários e pela distribuição de renda mais igualitária poderão romper o longo período de baixo crescimento. Ou seja: a candidata à reeleição Dilma Rousseff está muito mais sintonizada com o mundo das coisas reais do que seus opositores, que sonham com a ressurreição de práticas neoliberais que castigaram impiedosamente o país.



Nunca antes na história deste país se viu um debate eleitoral com a economia tão presente. E a inesgotável capacidade da direita brasileira, com o inestimável auxílio de alguns setores de "esquerda", de se engajar em discussões cujos resultados se enquadram na clássica categoria rodriguiana do óbvio ululante tem pautado o assunto recorrentemente. Por trás do debate aparentemente técnico, em que "especialistas" são chamados a contribuir com suas "análises objetivas", contudo, há um cenário político complicado para a oposição. A prova incontestável disso é que a mídia e seus produtos supostamente informativos — editoriais, programas de entrevistas, análises de articulistas, notícias e pesquisas de opinião — estão caprichando nos chutes a torto e a direito.
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Na verdade, não é de hoje que essa verdadeira indústria do "achismo" — na qual se chega ao ponto de falar de economia ao mesmo tempo em que se explica a noção de juros inscrita no metabolismo dos seres vivos, como ocorreu em um programa Roda Viva, da TV Cultura, com o economista Eduardo Gianetti da Fonseca, guru econômico da candidata Marina Silva — dos megacartéis de "opinião pública" que deitam falação em nome da "sociedade" sem ter recebido nenhuma procuração explícita de algum conhecido seu ou meu para representá-lo vem engolindo os dados da economia brasileira de forma atravessada. E a pessoa que presencia regularmente insultos, ataques pessoais, intrigas, falsidades, invenções, erros de fato e mentiras, puras e simples, não tem como se defender.


Realidade do Nordeste


A alavanca desse procedimento é a superestimação das mazelas do país com a intenção deliberada de

domingo, 14 de setembro de 2014

BRESSER-PEREIRA: Porque vou votar em Dilma

Por Luiz Carlos Bresser-Pereira para o 247 Brasil



Fundador do PSDB e ex-ministro do governo FHC, o cientista político Luiz Carlos Bresser-Pereira anuncia seu voto na presidente Dilma Rousseff e aponta as razões; "é ela quem melhor atende aos critérios que adoto para escolher o candidato", diz ele; "são dois esses critérios: quanto o candidato está comprometido com os interesses dos pobres, e quão capaz será ele e os partidos políticos que o apoiam de atender a esses interesses, promovendo o desenvolvimento econômico e a diminuição da desigualdade"; leia a íntegra



MEU VOTO EM DILMA


Vou votar pela reeleição de Dilma Rousseff porque é ela quem melhor atende aos critérios que adoto para escolher o candidato à Presidência da República.


Em 1988 fui um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira e sempre votei em seus candidatos à presidência. Mas, gradualmente, fui me afastando do partido por razões de ordem ideológica e, depois da última eleição presidencial, vendo que o partido havia dado uma forte guinada para a direita, que deixara de ser um partido de centro-esquerda, e que abandonara a perspectiva desenvolvimentista e nacional para se tornar um campeão do liberalismo econômico, desliguei-me dele. Por isso quando hoje perguntam em quem vou votar, a pergunta faz sentido.
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Vou votar pela reeleição de Dilma Rousseff, não por que seu governo tenha sido bem sucedido, mas porque é ela quem melhor atende aos critérios que adoto para escolher o candidato. São dois esses

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Datafolha: Segmento de Alta Renda troca Marina por Aécio e Dilma

Por Paulo Franco




Marina, no período de apenas uma semana, perdeu 9 pontos percentuais no segmento de alta renda (> 10 Salários Mínimos), caindo de 41% para 32%.  É uma queda violenta, tratando-se de um período tão curto.

O maior beneficiado dessa repentina mudança de atitude do eleitorado brasileiro foi Aécio, que abocanhou nada menos que 6% no segmento de alta renda, e pulou de 25% para 31%.



 Estava repassando, como faço diariamente, em alguns sites favoritos, quando me deparei novamente com um brilhante artigo do Fernando Brito, no site Tijolaço.    Desta vez ele foi sagaz, foi lá no "fiofó da formiga" e encontrou algumas preciosidades, dignas de garimpeiros geniais da Serra da Canastra, na nascente do Velho Chico. 

 
 Achei tão importante seus achado que resolvi fazer essa postagem, para compartilhar com todos os

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Programa de Marina: Bom para Bancos e Ruim para Industria, afirma Citibank

Por PRISCILA JORDÃO para a Agência REUTERS




Analistas de Investimentos do Citibank dissecaram o programa de governo do PSB e concluiram que programa de Marina Silva é favorável a bancos, mas pode ser ruim para parte da indústria




SÃO PAULO (Reuters) - O programa de governo da candidata do PSB à Presidência,    Marina Silva
divulgado na semana passada, caso implantado traria benefícios a bancos privados e a concessionárias de infraestrutura, mas poderia ser negativo para algumas empresas do setor industrial, apontaram analistas do Citi em relatório nesta terça-feira.

Os analistas Stephen Graham e Fernando Siqueira afirmaram que o programa da candidata é economicamente conservador e socialmente liberal, mesclando sustentabilidade social e ambiental com políticas fiscal e monetária ordotoxas.  "As propostas macro são uma resposta direta às críticas do mercado à política vigente", disseram os analistas, acrescentando que políticas fiscal e monetária com credibilidade podem exigir medidas duras no próximo ano.

"Provavelmente envolvem movimentos iniciais dolorosos nas taxas de juros, impostos, gastos públicos e nos empréstimos dos bancos públicos que podem manter a economia crescendo em marcha lenta em 2015."   Para eles, a proposta de Marina de desconcentrar o crédito corporativo, com redução do papel dos bancos públicos, traria mais espaço para os bancos privados crescerem.
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No setor de infraestrutura, concessionárias como CCR, Ecorodovias, Arteris, Cosan e ALL são potenciais beneficiárias, uma vez que o programa prevê "recorrer mais fortemente a parcerias público-privadas (PPPs) e a licitações de concessões".

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Corrida Presidencial: Entre a Euforia e o Desespero

Por PAULO FRANCO


A sociedade brasileira esta vivendo hoje um misto de euforia e desespero.  O Ibope divulgou hoje mais uma rodada de pesquisa presidencial, sendo a primeira com Marina Silva em lugar de Eduardo Campos para a presidência.

Marina Silva, que era vice de Eduardo, não havia conseguido transferir praticamente nada de votos, de maneira que a dupla não conseguiu em nenhum momento atingir 10% das intenções de votos.

Nesta rodada, segundo o Ibope, Marina aparece com 29%, um espantoso acréscimo de 20% sobre os 9% de Eduardo Campos.  Por outro lado, Dilma Rousseff que vinha numa liderança razoavelmente tranquila, viu uma queda de 38% para 34%, ou seja, apenas 5% acima de Marina.  Aécio, anteriormente o segundo colocado, caiu de 23% para 19%.


A EUFORIA DO GRUPO PRÓ-MARINA


Ainda não estou plenamente convencido de quais os objetivos dos grupos que estão por trás da candidatura Marina.  Parece simples, mas não é.  Estamos falando de política eleitoral, de disputa pelo poder.  Num país que tem um PIB de quase 5 trilhões de reais, a definição da estrutura distributiva das riquezas geradas é o verdadeiro vetor que norteia essa disputa.
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A elite burguesa brasileira, formada basicamente pelos 1% mais ricos da sociedade e liderada principalmente pelos banqueiros (FEBRABAN, ABBI, ABBC, ACREFI, etc), megaempresários (FIESP, CIESP, CNI, FIRJAN, ACSP, etc), agronegócios, barões da mídia, tem em suas mãos a "nata" da inteligência em negócios, em processos decisórios.  Não há ingênuos nesse segmento

domingo, 24 de agosto de 2014

Marina: Cavalo de Tróia dos EUA?

Por WAYNE MADSEN, tradução Vila Vudu



Dia 31/7/1981, o presidente Omar Torrijos, do Panamá, morreu quando o avião da Força Aérea panamenha no qual viajava caiu perto de Penonomé, Panamá.
Dois meses antes da morte de Torrijos, o presidente Jaime Roldós do Equador, líder populista que se opunha aos EUA, havia também morrido num acidente de avião: seu avião era um Super King Air (SKA). 


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Original Version:

Another Suspicious Plane Crash in Latin America Bolsters American and Globalist Interests

"Brazil’s scheduled October presidential election was seen as a virtual cake walk for incumbent President Dilma Rousseff. That was until a plane crash killed Rousseff’s rather lackluster opponent, economist and former governor of Pernambuco, Eduardo Campos. On August 13, it was reported that the plane carrying Campos, a Brazilian pro-business centrist presidential candidate who was running third behind the more conservative Social Democratic Party candidate Aecio Neves, an economist and champion of austerity, crashed into a residential area of Santos in Sao Paulo state, Brazil. Campos was the..."
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As eleições presidenciais no Brasil marcadas para outubro estavam sendo dadas como resolvidas, com a reeleição da atual presidenta Dilma Rousseff. Isso, até a morte, num acidente de avião, de um candidato absolutamente sem brilho ou força eleitoral próprios, economista e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos.  Dia 13/8, noticiou-se que o avião que levava Campos – candidato de centro, pró-business, que ocupava o 3º lugar nas pesquisas, atrás

até do candidato do partido mais conservador (PSDB), Aécio Neves, também economista e defensor da ‘'austeridade'’ – espatifara-se numa área residencial de Santos, no estado de São Paulo, Brasil. Campos era candidato do Partido Socialista Brasileiro, antigamente da esquerda, mas hoje já completamente convertido em partido pró-business.

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Como aconteceu nos partidos trabalhistas da Grã-Bretanha, da Austrália e Nova Zelândia, nos liberais e novos partidos democráticos canadenses, e no Partido Democrata dos EUA, interesses

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

As Traições de Marina. Bem que Avisei!

Por DENER GIOVANINI


Em 2003, ainda no começo do governo do presidente Lula eu, que ainda não era jornalista, dei uma entrevista para o Estadão na qual afirmava categoricamente: “não confio na Marina Silva nem para cuidar do meu jardim”. Confirmei minhas palavras no discurso que proferi na ONU ao receber de Kofi Annan [...]


Em 2003, ainda no começo do governo do presidente Lula eu, que ainda não era jornalista, dei uma entrevista para o Estadão na qual afirmava categoricamente: “não confio na Marina Silva nem para cuidar do meu jardim”, CLIQUE AQUI para conferir. Confirmei minhas palavras no discurso que proferi na ONU ao receber de Kofi Annan o prêmio das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Os petistas se arrepiaram, reclamaram e me criticaram. Não deu outra: se arrependeram. Em 2010, quando o Partido Verde aceitou a bancar a candidatura de Marina para presidência da República, novamente eu avisei em diversas oportunidades, que eles estavam dando um tiro no próprio pé. Fui criticado e esculhambado por algumas lideranças do PV. Não deu outra: eles também se arrependeram.
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Quando Eduardo Campos oficializou a candidatura de Marina Silva como vice em sua chapa eu não perdi a oportunidade. Novamente afirmei em entrevistas e artigos que o PSB iria se arrepender. E, mais uma vez, não deu outra: Marina, além de não transferir votos, ainda criou uma série de

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Dilma: "estou bebendo estrelas...!"

Por PAULO FRANCO




Reza a lenda que o monge beneditino Dom Pérignon, lá pelos idos do século XVII, ao provar uma de suas criações  de vinho, estufou o peito e cheio de alegria, bradou: "estou bebendo estrelas".  Ele acabara de criar,  nada mais nada menos,  do que o mais nobre dos vinhos: o champagne.

O Champagne, como todos sabemos, é um vinho especial,  que transcende a todos os demais.  Por isso, essa nobre bebida sempre está associada aos acontecimentos mais importes, mais nobres, mais especiais.  Seja num momento de celebração de uma cerimônia,  como um casamento, uma aniversário, ou outro dessa natureza.  Noutro momento, um brinde à uma vitória, uma conquista muito importante.   E outros momentos, ainda,  para lhe dar coragem para enfrentar obstáculos, inimigos, como também para elevar a auto-estima, tão necessária em certos momentos da vida.  O champagne é uma companhia para momentos especiais, mas também para uma simples degustação.  Em  momentos de instrospecção, reflexão é um excelente bálsamo, para ajudar a um reencontro consigo ou até amadurecer uma decisão importante.
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Apesar da grande tristeza provocada pela perda de Eduardo Campos, lamentavelmente, o luto pelo político acabou se transformando em campanha e o velório em palanque eleitoral.  Neste contexto cheio de controversas, polêmicas e não me toques, o cenário eleitoral mais previsível seria trágico para Dilma.  Na verdade, após os resultados preliminares é "para beber estrelas", do champagne e do PT.   Dilma, pode abrir um champagne!

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Marina, Marinete, Marionete

Por PAULO FRANCO





 

ANTECEDENTES


Para não ser muito repetitivo e exaustivo eu listaria alguns pontos, de forma bem sucinta e em linguagem "telegráfica", que caracteriza a trajetória de Marina Silva: origem humilde, inteligência, militância sindical e ambiental, CUT, PT, Chico Mendes e LULA.  Grosso modo acredito que esses foram os aspectos que marcaram a vida de Marina.


AMBIÇÃO E RESSENTIMENTO


Dois componentes de natureza emocional tem norteado o atual comportamento político de Marina Silva: a vaidade e o ressentimento. 

 

 AMBIÇÃO

 
Vaidade é um sentimento que permeia todos os indivíduos, variando somente a intensidade em uns ou em outros. De uma forma ou de outra, todos nós, seres humanos precisamos de alguma dose de reconhecimento. A recompensa para essa demanda emocional se materializa em diversas formas de poder ou capacidade como econômica, intelectual, artistical, social, entre outras.

O problema começa quando essa vaidade recebe reforços perigosos de traumas e decepções, normalmente, ocorridas em fases iniciais de nossas vidas. Essa combinação pode resultar no que chamamos de ambição e, consequentemente o nível da ambição estará diretamente subordinada ao nível daqueles traumas ocorridos.

A coisa se complica mais ainda, se a ambição contar com uma colaboração perigosa de um desvio ou uma fragilidade do caráter. Se esse individuo for determinado e inteligente terá grande chances de sucesso, mas causará enormes estragos por onde passar. Normalmente se utilizam de quaisquer meios para atingir seus objetivos e não se sensibilizam muito com as feridas deixadas pelo caminho.
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Evidentemente não temos informações suficientes para dizer em que nível está Marina Silva nesse processo. O que é visível é seu nível de ambição, mas não conheço nada de concreto que coloque seu caráter em dúvida. Embora tenha deixado escapar algumas atitudes e declarações, no episódio da inviabilização de seu partido “Rede Sustentabilidade” que sugerem um desequilíbrio entre a ambição e a ética, ao tentar a aprovação sem o cumprimento de exigência legal, além de transferir sua própria culpa pelo insucesso na formação do partido, a terceiros.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Dilma promete 10 mil escolas ecológicas e sustentáveis

Por TÂNIA MONTEIRO para Agência Estado 



A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta terça-feira, 26, no Salão Nobre do Palácio do Planalto cerca de mil participantes da 4ª Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, que está sendo realizada em Brasília. A presidente Dilma foi ovacionada pelos presentes, a maior parte de adolescentes.

Em breve discurso, prometeu construir até 2014 dez mil escolas ecológicas e sustentáveis no País. "O Ministério da Educação está empenhado em assegurar apoio crescente às escolas ecológicas, escolas sustentáveis e isso vai se refletir no fato que nós teremos uma meta de chegar até dez mil escolas ainda em 2014", prometeu Dilma.

A presidente fez questão de cumprimentar grande parte dos presentes e tirar foto com eles. Dilma ganhou uma "barretina", uma espécie de chapéu de folha de coqueiro, feita pelo povo Xukuru, grupo indígena de Pernambuco, e o colocou na cabeça.
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"O nosso País tem de ser comprometido com o meio ambiente e combater o desmatamento e lutar por práticas ecológicas, principalmente na produção agrícola, e defender energia renovável, proteção dos seus biomas, proteção da biodiversidade, assegurando que o Brasil seja um exemplo disso, e ser um país desenvolvido, mas verde", afirmou. A presidente tem destacado projetos nessa área e usado essas ações como contraponto à Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente de Lula.

Marina agora compõe a chapa do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), possível candidato ao Planalto e adversário de Dilma na campanha do ano que vem. A ex-ministra reiteradamente acusa o atual governo de não dar atenção ao tema "meio ambiente". Depois de citar que os países do mundo diminuíram as suas matas ao longo da história, Dilma ressaltou que "o Brasil, apesar de ter perdido muito da Mata Atlântica, tem toda uma floresta Amazônica a garantir que seja preservada e a garantir que seja essa nossa reserva". A presidente Dilma recebeu das mãos dos participantes 108 projetos para escolas sustentáveis representando 26 Estados e o Distrito Federal.