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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Lava Jato estaria em um processo de Eutanásia?

Por Paulo Franco






Com as ações que vem ocorrendo ultimamente na Lava jato, eu tive um insight que pode ser visto como um absurdo, mas que também não é impossível. 

Como temos visto, sejamos nós petistas, tucanos, intelectuais ou cidadãos comuns, a Lava Jato, desde que foi criada, vive somente em função do PT.   Todas as  delações de outros políticos que não do PT, não recebem nenhuma atenção do MP e do Judiciário.  E a maioria delas com denúncias de propinas de forma clara e repetidas por mais de um delator.

É de conhecimento público também que há inúmeras citações e até denúncia explícita de recebimento propinas de políticos de outros partidos que não o PT,  tem sido feitas pelos investigados que aceitaram (coercitivamente ou não) a delação premiada.  Os principais partidos em questão são o PSDB, o PMDB, o PP, o DEM.

Como disse anteriormente, os responsáveis pela condução da operação Lava Jato, tem investigado, denunciado e prendido somente políticos do PT, ignorando as fraudes e crimes dos demais partidos, o que demonstra não só uma parcialidade, mas também uma missão explicita em atingir o PT.

Como a sociedade começão a cobrar essa posição esdrúxula, anti-ética e inconstitucional,  do sistema de justiça, a saída para não atingir os políticos implicados que não são do PT, é minar, atrofiar ou extinguir a operação Lava Jato.  A estratégia adotado, parece ser a eutanásia, caracterizada pelas mais recentes ações  sobre Lula e Mantega, no intuito de desacreditar a operação Lava Jato.

O Ministério Público, sob a batuta do Procurador da República Deltan Dellagnol,  promoveu um espetáculo circense na quarta feira passada, criando um cenário burlesco, com diagramas, esquemas, fluxogramas, organogramas, mapas e outras figuras usadas em apresentações de alto nível, colocando Lula como um poderoso chefão, à la Dom Corleone, causando inveja em Mario Puzo e autores das novelas da 7, da TV Globo.




A apresentação maravilhosa na forma e medíocre no conteúdo, foi e ainda está sendo criticada por toda a comunidade jurídica, por magistrados na ativa e aposentados, por muitos procuradores e promotores, pela imprensa e até por um dos jornalistas mais anti-petista e anti-Lula conhecidos no país, o Reinaldo Azevedo da Revista Veja. "Dellagnol, cadê as provas?", escreveu o jornalista. 

O espetáculo se desdobra, tornando-se dantesco, com a coragem do Juiz Moro em aceitar as denúncias apesar da falta de um mínimo de provas, e da forte reação de juristas, de políticos e da comunidade acadêmica, se expondo de forma irremediável.

Quando pensamos que esse grupo atingiu seu limite do desrepeito aos direitos civis, praticando atrocidades ao arrepio da lei, da ética e da civilidade, a gente de repente assiste a uma cena chocante, que foi a prisão de um ex-ministro de estado, num hospital, que estava acompanhando sua esposa que estava em preparação para entrar no centro cirurgico para se submenter a um delicado procedimento.

O ato praticado pela PF em conjunto com o MP e  o Judiciário tem agravantes que o torna inadmissível e que realmente teve o objetivo - além de destruir psicológica e moralmente Mantega, petistas e humanistas em geral - de desmoralizar a operação Lava Jato.

Esses agravantes se configura, primeiro na fragilidade das razões para a decretação da prisão temporária, uma vez que o ex-ministro tem residência fixa, tem se colocado a disposiçao da justiça sempre que necessário, não há risco de fuga do país, já que sua esposa é vitima de doença grave, não existe risco de comoção social.

Outro agravante foi a soltura do ex-ministro no mesmo dia, em função da reação das instituições e da sociedade civil, foi uma confissão do juíz Sérgio Moro, de que a prisão, além de ilegal, foi desnecessária.

A revelação de que a ordem de prisão foi assinada em agosto, demonstra que houve uma administração política da execução da prisão, pera gerar um impacto na mídia e na sociedade expondo visceralmente o ex-ministro e o Partido dos Trabalhadores.  Parece-me que dois fatores podem ter influenciado na decisão da prisão ocorrer exatamente naquele dia: (i)  O espetáculo promovido a poucos dias antes pelo Ministério Público, alegando que Lula seria o maior criminoso do mundo de todos os tempos, sem apresentar uma prova sequer e também (ii) o conhecimento pela Polícia Federal e o Ministério Público de que a esposa do Ministro iria se submeter a uma cirurgia naquela data.




Como sabemos um dos fatores que motivaram o Parlamento a afastar a Presidenta da República Dilma Rousseff foi a necessidade de estancar o processo investigativo e judicial da Operação Lava Jato, já que a maioria dos parlamentares golpistas tem delações de recebimento de propinas apurados por esta operação.

Só na delação de Sérgio Machado, Renam Calheiros foi citado 106 vezes, José Sarney ex-Presidente da República e ex-Senador foi citado 52 vezes.  Aécio Neves, Senador, foi citado 40 vezes.  Michel Temer, Presidente da República foi citado 24 vezes. 

Essa motivação foi declarada pelos próprios parlamentares envolvidos no golpe e altos funcionários da Petrobras, divulgada em vídeo vazado à imprensa, portanto de conhecimento público. 

O golpe foi um sucesso, resta agora administrar a atrofia da operação Lava Jato. Os responsáveis pela Lava Jato, Daltan Dellagnol (MPF) e Sérgio Moro (Judiciário), não tem demonstrado atingir indivíduos, políticos ou não, que não sejam petistas. Pelo menos é o que mostra a realidade até o momento. 

Todavia, seguro morreu de velho e prevenir não é remediar. Para os políticos implicados na corrupção, melhor seria estancar as investigações e os processos do que confiar na seletividade, na parcialidade da justiça, ficando sempre na insegurança do que poderia acontecer. 

A hipótese da eutanásia que pode até ser absurda mas não impossível, é de que os responsáveis pela Lava Jato (Daltan Dellagonol e Sérgio Moro), em consonância com a necessidade dos políticos implicados, até agora não processados, estariam provocando uma "eutanásia" na Lava Jato, cometendo atos intempestivos, agressivos, desproporcionais, desrespeitando direitos civis e o devido processo penal. 

O objetivo destas ações seria criar um clima de reprovação, de aversão e até de indignação, não só dos políticos envolvidos, como também dos demais políticos, das instituições e até da sociedade civil.

Com a pressão das instituições e da sociedade em geral, a operação Lava Jato entraria num processo de inanição que mais cedo ou mais tarde, ficaria tão desacreditada que sua extinção passaria a ser só uma questão de tempo.  Provavelmente passando por um período de ostracismo até ocorrer  a morte definitiva, com sua extinção,  o arquivamento dos processos e  o aborto das investigações. 

Promoções  para cargos mais importantes e mais bem remunerados são instrumentos eficientes para recompensar os integrantes da operação, tanto pela precioso trabalho na condenação de adversários políticos, bem como pelos desgaste perante a sociedade, por não processar e condenar políticos aliados e grandes empresários. As recompensas têm que cobrir  também o desgaste moral em função da promoção da Eutenásia da Lava Jato, assumindo todo o ônus, sem compromenter figuras mais importantes e diretamente interessada na extinção dessa operação.

domingo, 25 de setembro de 2016

Dilmaladra e Lularápio

Por Paulo Franco
Renam Calheiros foi citado 106 vezes, Aécio Neves 40 vezes, Lula 3 vezes e Dilma Rousseff nenhuma vez, na delação de Sérgio Machado















As palavras mais ouvidas entre os conservadores entre os extremistas de direita e antipetistas patológicos é Dilmaladra e Lularápio, entre outras expressões. 

Também vimos entre esses público, que nas manifestações, usam a camisa amarela da CBF, numa alusão fantasiosa de que são patriotas e contra a corrupção.  Além disso, como figura de divulgação impactante, confeccionaram bonecos de Lula e Dilma com uniformes de presidiários, com a máscara característica de assaltante. 

Todavia, o que vemos é uma realidade diferente, onde os verdadeiros corruptos e assaltantes do erário público são outros, inclusive não só ignorados, mas apoiados pelo grupo de camisas amarelas, como Aécio Neves, Eduardo Cunha, Michel Temer, Renam Caleiros, Roméro Jucá, Agripino Maia, Demóstenes Torres, entre outros tantos. 

Esse cenário nos revela uma informação muito importante, sobre o caráter e o nível intelectual dos camisas amarelas.  Pessoas ou grupo de pessoas com essa postura não podem ser inteligente, esclarecidas e muito menos íntegras, justas, patrioticas. 

O jornalista Severino Motta, na coluna "Radar On-line" de Maurício Lima, de 15 de junho passado,  nos trouxe informações extremamente importante, desprezadas pela mídia e, o mais grave, pelo Ministério Público Federal e o Judiciário Federal. 

Observe a transcrição "ipsis literis" do texto do jornalista:
Nos acordos e termos de delação premiada de Sérgio Machado e sua família, 
  • Renan Calheiros, é citado 106 vezes.
  • A palavra propina foi usada em 85 ocasiões.
  • O ex-presidente José Sarney é citado 52 vezes; 
  • o nome do senador Aécio Neves aparece 40 vezes; 
  • Michel Temer em 24; 
  • Lula três vezes e 
  • Dilma Rousseff  nenhuma vez.

Cabe lembrar, embora acredite que todos saibam, que a Revista Veja é a mais conservadora, mais anti petista, mais anti Lula do país e um grande instrumento da oligarquia brasileira, para impedir avanços progressistas.

Abaixo, imagem da coluna RADAR ON-LINE, com a referida publicação.

 


quinta-feira, 5 de maio de 2016

Lula, O Poderoso Chefão?

Por Malu Aires, no facebook


"Segundo Janot, Lula é o chefe de uma quadrilha que atuava dentro da Petrobras, desde o governo Fernando Henrique Cardoso.  Como a gente nunca desconfiou disso, seu Janot?

Um chefe de quadrilha que, enquanto seus 'subordinados' recheavam contas em milhões de dólares na Suíça, Israel, Caribe e EUA, passava os feriados num sítio emprestado em Atibaia, dentro de uma barco de alumínio, pescando tilápia.  Imaginem só se ele passaria as férias em Paris pra dar bandeira, né doutô Janot? 

Com a família reunida na beirada da lagoa, chinelo havaiana e caixas de isopor na cabeça, Lula criou um disfarce genial pro corruptos do século XXI - o do bondoso corrupto que rouba pros outros. Um chefe de quadrilha que roubava para ajudar os diretores da petrolífera (pobrezinhos), pra ajudar o PMDB a criar a cobra Cunha pra derrubar Dilma um dia e pra fazer o PP e o PMDB liderarem o ranking da corrupção que paga "SIM" prum processo sem crime. Lula é um gênio da invenção do tiro no pé.   Ô doutô Janot... como a gente não pensou nisso?

Como a gente não pensou que sua linha de raciocínio segue a mesma do Gilmar Mendes, do Revoltados Online, da Rede Globo, do PSDB, dos delegados misóginos da Lava Jato e da turma toda do Paraná que começou investigando lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas (mais uma vez operada pelo mesmo Youssef de sempre), indo parar bem longe de qualquer narcotraficante em Brasília?

Como a gente não percebeu a instituição sólida que é esse MPF que canta a mesma ladainha do Cassio Conserino? Que tem a mesma obsessão por Lula que o perturbado Douglas Kirchner?
Como a gente não percebeu que o negócio de vocês é prender o Lula sem crime e deixar os corruptos tirarem Dilma da presidência, sem crime também (um vale a pena ver de novo o mentirão)? 

Como a gente não percebeu que o Ministério Público virou privado e quem tá bancando a pipoca no cinema é o crime organizado por, entre outros, Cunha, Aécio e Serra?   E desde quando Ministério Público é instituição sagrada? Desde Brindeiro?

Geraldo Brindeiro, Roberto Gurgel e Rodrigo Janot
Depois que a gente descobre que gente como Fernando Capez e Carlos Sampaio já foram promotores, a gente entende que o time do Janot sempre teve bico grande.  Depois que a gente descobre que sempre o mesmo MPF pede clemência pros crimes cometidos por Youssef, sempre o absolvendo de lavagem de dinheiro pro tráfico, a gente constata que toda a cocaína no Brasil sempre entrou, sempre entra e sempre entrará sem dono. É que os narco-dólares estimulam bolhas na bolsa e no Mercado - tudo o que o neoliberalismo defende. Dinheiro esse que, somado à corrupção, desaba uma Petrobras em um dia de bolsa.

No final de janeiro de 2015, Janot conta à imprensa que teve sua casa arrombada. Disse ele que não levaram nada, além do controle do portão.   O que Janot não contou é que levaram dele nesse dia, a coragem que ele guardava na gaveta e a dignidade que ele escondia no armário."

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Quem Perde com mais esse Golpe da Elite Burguesa?

Por Paulo Franco


Golpe contra a Democracia


O Golpe de estado está sendo executado pela elite burguesa nacional através do Congresso, do judiciário e da mídia.  Diferentemente de 1964, quando o golpe foi viabilizado pelas forças armadas, o Judiciário e os políticos foram apenas cúmplices.  A imprensa em todos os casos teve papel fundamental ao manipular a sociedade e criar um ideário falso de necessidade e apoio ao golpe. 

O golpe atual não é diferente dos demais, a Presidenta da República, legitimamente eleita, com 54,5 milhões de votos, uma margem de 3,5 milhões que não é tão apertada como muitos alegaram.  É bom que se diga, que basta um voto, apenas um, para que o candidato vitorioso seja legal e legítimo. 

Apenas para ilustrar, na eleição mais apertada dos EUA que tem cerca de 50% mais eleitores, Bush venceu Al Gore por apenas 547 votos.  Na contagem geral de votos, Al Gore teve 540 mil votos a mais que Bush.  Portanto se a eleição fosse direta, Al Gore seria o Presidente no lugar de Bush.

Isso sim foi uma eleição apertada, mas nem por isso houve a rejeição dos resultados, tanto por parte dos políticos perdedores como da imprensa e da parcela conservadora da sociedade.  Após o TSE declarar a vitória de Dilma Rousseff, a oposição não descansou um minuto, tentando de todas as formas inverter os resultados das urnas.  Primeiramente com um Auditoria no TSE, depois com um ação de cassação de Dilma, depois através de impeachment, depois novamente via TSE, e por último através do impeachment, que já estava descartado pelos opositores, que tornou-se viável com a traição do vice-presidente Michel Temer, levando com ele o PMDB que é o maior partido do país. 

Com a saída do PMDB da base de apoio do governo, a situação que já não era favorável, tornou-se muito difícil a governabilidade sem maioria e com um oposição disposta a retirar o PT do poder a qualquer custo. 

A negociação feita entre Temer, o PSDB e o DEM, foi a Presidência para Temer e a vice Presidência para Eduardo Cunha.  Especula-se que há um acordo de anistia para os crimes de Temer e Cunha na Lava Jato.  Para o PSDB/DEM, a aplicação de seu receituário político e econômico e social, ou seja, o modelo neo-liberal. 

Perdas para o Povo


Salário Mínimo: Fim do reajuste acima da inflação para o Salário Mínimo, que representou uma recuperação REAL de 80% no governo petista.

Educação e Saúde são dois serviços públicos fundamentais que o plano do novo governo vai atacar. O Plano do governo PMDB, que tem coligação com o PSDB e o DEM, diz em sua página 9: 
"... em primeiro lugar acabar com as vinculações constitucionais nos gastos com SAÚDE e EDUCAÇÃO..."  
Na sequência, em outro parágrafo, ainda na página 9, a determinação de acabar com as vinculações orçamentárias se repete com o seguinte texto: 
"...precisamos de novo regime orçamentário, COM O FIM DE TODAS AS VINCULAÇÕES..."
Este objetivo de extinguir os gastos e investimentos obrigatórios é uma tônica nos programas neoliberais do PSDB, como pode ser visto no artigo publicado por Maílson da Nóbrega no dia 11/04/2016, no Instituto Millenium, de FHC, criticando a política orçamentária brasileira, ele prega o fim das vinculaçoes orçamentarias:
"...a Constituição de 1988 ampliou a prática, destinando à educação 18% dos impostos federais...como se fosse pouco, a vinculação para a educação se AMPLIOU NA ERA PETISTA, incluindo a insana destinação, à área, de 10% do PIB."
Com a extinção das vinculações ou mesmo com a redução dos gastos públicos, atingirá também todos os programas sociais como o Mais Médicos, o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida,  o Prouni, o Fies, o Pronatec, Mais Médicos, Luz para Todos,  etc. 

Não deverá haver extinções desses programas, pelo menos dos principais, pois o desgaste político seria muito grande.  Ao invés da extinção, o novo governo deverá optar por uma drástica redução nesses gastos.  Na página 19, ítem h, a determinação é claramente expressa: 


"O Brasil gasta muito com políticas públicas..."


No item b, na página 18, o plano visa "estabelecer limite para as despesas de custeio inferior ao crescimento do PIB, após serem eliminadas as vinculações e indexações".  No caso de crise econômica são os benefícios sociais, salários dos funcionalismo, professores, policiais, médicos, administração em geral serão duramente castigados.  Lembremos que estarão fora desta lei os funcionários do Legislativo e do Judiciário que têm administração própria.  

Renda e Desemprego: Essas medidas, típicas do modelo econômico neo-liberal acentua mais ainda a queda da atividade (PIB), gerando recessão, elevando drasticamente o desemprego. Também vai impactar duramente a Renda e o Desemprego, os objetivos de trazer a inflação para 4,5%, através de uma política de  elevação das taxas de juros e contingenciamento de crédito,  forçando uma queda  ainda, mais acentuada e persistente na atividade econômica (PIB).

Desoneração de Impostos no lugar dos Programas Sociais: Na área tributária, o plano prevê desonerações das exportações e investimentos, o que já existe hoje. O que o plano prevê, então, é aumentar ainda mais esses benefícios para o empresariado.  Essas desonerações gera altos custos que serão, obviamente, transferidos à sociedade, e quem vai "pagar o pato" são os pobres, em função da excessiva  regressividade da tributação brasileira.

Perdas para os Trabalhadores 


Além das perdas já demonstrada para o povo como um todo, os Trabalhadores e  Aposentados serão os dois grupos da sociedade que mais vão "sentir na pele" as consequências da  mudança de um governo progressista para um governo conservador neoliberal.

Extinção da CLT: Na página 19, item i , o plano prevê que:

"Convenções Coletivas prevaleçam sobre a CLT".

Ou seja, é a extinção da CLT para empresas que fechem Acordos Coletivos.  Com isso todos os direitos trabalhistas poderão ser extintos ou suspensos ou restringidos, tais como férias, 1/3 de férias, Décimo Terceiro, Carga Horária Máxima, intervalo mínimo para o almoço, limite de horas extras, adicional noturno, adicional de insalubridade, etc.

Terceirização: Enquadra-se dentro desse guarda-chuva de flexibilização da legislação trabalhista, diversas outras medidas, muitas delas já estão no Congresso, prontas para aprovação e serem postas em prática, como a Terceirização de toda a força de trabalho.

O Presidente da CNI, Robson Andrade, entregou ao virtual Presidente da República, Michel Temer, um conjunto de 38 propostas, envolvendo as áreas tributária, trabalhista, Previdência Social, Infraestrutura e Burocracia.

Robson Andrade fez questão de destacar dois pontos que são, para os trabalhadores como as bombas de Nagasaki e Hiroshima: Terceirização e Acordos Coletivos substituindo a CLT. 


Perdas para os Aposentados


Na página 11, o plano prevê um aumento da idade mínima para aposentadoria, de no mínimo 65 anos. A justificativa principal é de que "...o sistema já é oneroso para o setor privado - 20% da folha..." 

Ainda na página 11 o plano propõe o fim da vinculação dos reajuste da aposentadoria e demais benefícios ao Salário Mínimo.
"...os benefícios previdenciários NÃO devem ter ganhos reais atrelados ao PIB."


Essa medida implicará no fim dos reajustes acima da inflação adotado pelo governo atual, além de ter reajustes menores que a inflação, poderá ficar um ou mais anos sem reajustes em nome do equilíbrio fiscal, pois o programa anunciado prioriza o pagamento de juros em detrimento do pagamento de programas sociais. 


Perdas para o Meio Ambiente


Revisão do processo de Licenciamento Ambiental, descrito na página 19 do programa.  Isso implica, em grande riscos à preservação do meio ambiente, já que este plano de governo está centrado no capital, nas empresas e não no social, no cidadão.

Reforma Agrária e Demarcação de Terras: A Agência Globo, informou que Michel Temer vai rever todas as medidas ligadas à desapropriação de áreas para Reforma Agrária e demarcações de terras indígenas e quilombolas.

Perdas para o País e para a Soberania Nacional


PRIVATIZAÇÕES
"Apolítica será centrada na iniciativa privada, por meio de transferência de ativos (privatizações) que se fizerem necessárias".  
É o que consta no ítem d, página 18 do plano do novo governo.  Ou seja, serão privatizadas todas as Empresas Estatais como Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica, BNDES, Embrapa, etc sem considerar o papel que cada uma delas tem na política social e no desenvolvimento do país.

ENTREGA DO PRÉ-SAL

"retorno ao regime anterior de concessões na área de Petróleo"

No mesmo item d, página 18, está previsto o fim do regime de partilha, onde o estado é o dono do petróleo a ser explorado, enquanto que no regime de concessão, a empresa vencedora da concessão torna-se dona do petróleo a ser explorado.  No regime de concessão a empresa paga uma taxa equivalente a um royalty estabelecido em decreto, que varia entre 5% até 10%.

No regime de partilha adotado pelo governo petista, como o estado é dono do petróleo, o estado "paga" pelo custo da exploração e o restante (excedente ao custo) é repartido entre o estado brasileiro e a empresa exploradora. O controle e a gestão desse processo é do estado brasileiro (através da Petrobrás) e não da empresa privada que vai extrair o petróleo.

A Petrobrás é a operadora de todos os blocos contratados sob o regime de partilha, sendo-lhe assegurada, por isso, participação mínima de 30% no consórcio contratado, podendo chegar a 100% se não se interessar ou senão houver interesse de outra empresa em determinado bloco.

PREJUIZOS PARA A EDUCAÇÃO E A SAÚDE, INCLUSIVE O SUS

O governo determinou que toda a arrecadação de royalties sejam destinados à educação (75%) e à Saúde (25%) além do valor estabelecido no orçamento da união.  Com o fim do regime de partilha e consequentemente dos royalties a Saúde, inclusive o SUS, e a educação perderá um volume significativo de recursos, piorando a situação que muitos acham que já é  deficitária.


RISCOS À SOBERANIA NACIONAL

O plano do novo governo, no item e, página 18,  prevê um redirecionamento da política externa, no sentido aos EUA, relegando o Mercosul a segundo plano.

A priorização do relacionamento com os EUA,  implica automaticamente num distanciamento dos países do BRICS, Rússia, Índia, China e África do Sul.  Deduz-se que o objetivo do apoio dos EUA ao golpe no Brasil é atingir diretamente esse Bloco geopolítico, que hoje se caracteriza na principal ameaça aos EUA e às potências ocidentais.

A entrega do pré-sal ao capital estrangeiro, também impacta diretamente a soberania nacional, dado que essa commodity tem um papel estratégico fundamental para qualquer país.

Essa mudança do eixo da política externa brasileira parece simples e irrelevante, mas não é.  Ela implica em voltar a ser submisso aos EUA, fazendo com que o Brasil se comporte conforme os ditames da Casa Branca, seja no plano econômico como no plano político,  tanto  interna e externamente.
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Veja o Programa "Uma Ponte para o Futuro" na íntegra.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

WATCH: Exclusive Interview by Glenn Greenwald with Former Brazilian President Lula da Silva

Glenn Greenwald


ENGLISH VERSION












The life trajectory of Brazil’s former President, Luiz Inácio Lula da Silva (“Lula”) has been extraordinary. Born into extreme poverty, Lula left the presidential office in 2010, after serving two terms, with an unprecedented 86% approval rating, seemingly destined to enjoy almost universal respect on the world stage and to be remembered as one of modern history’s greatest statesmen. Similar to the post-office path of Tony Blair and Bill and Hillary Clinton, Lula, since his term ended, has amassed great personal wealth by delivering speeches and providing consulting services to global power centers. The moderately left-wing party he co-founded, the Worker’s Party (PT), has now controlled the presidency for fourteen straight years... See the entire enterview.


VERSÃO EM PORTUGUÊS

A trajetória de vida do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio “Lula” da Silva, é extraordinária. Nascido em extrema pobreza, Lula deixou a presidência em 2010, após exercer dois mandatos, com uma aprovação popular de 86%, sem precedentes, provavelmente destinado a desfrutar de um respeito quase universal no cenário do mundo e a ser lembrado como um dos maiores estadistas da História moderna. De forma similar ao caminho pós-governo seguido por Tony Blair e Bill e Hillary Clinton, Lula, desde o término de seu mandato, tem agregado um grande poder pessoal por meio de seus discursos e prestado serviços de consultoria a potências globais. O partido de esquerda moderada co-fundado por ele, Partido dos Trabalhadores (PT), já controla a presidência por quatorze anos consecutivos ... Veja a entrevista na íntegra:


WATCH THE VIDEO (ASSISTA O VÍDEO LEGENDADO)




quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Datafolha, me engana que eu gosto

Por PAULO FRANCO

 

A probabilidade de ocorrer o empate entre Dilma e Aécio se as eleições fosse nessa data, dificilmente chegaria a 1%.



Em meados deste mes de julho, o Instituto Datafolha divulgou o resultados da pesquisa de intenção de votos para a presidência da república.  A divulgação foi feita com pompa e circunstância gerando uma comemoração da oposição e de toda a classe mais conservadora do país.

O Datafolha anunciava como uma bomba que Aécio Neves estaria tecnicamente empatado com a candidata da situação à reeleição, Dilma Rousseff, no segundo turno se a eleição fosse naquela data.   O entusiasmo foi tal, que os cidadãos mais contentes não se deram conta que o 2o. turno não teria a menor validade se a candidata da situação vencer no primeiro turno.  Aliás que é o que indica a mesma pesquisa.

Isso denota que a divulgação de pesquisa eleitoral tem um objetivo maior que é estimular os eleitores indecisos a votarem num determinado candidato.  Vamos votar em qualquer candidato de oposição para que o 2o. turno se concretize, pois haveria uma chance de reversão da tendencia vitoriosa de Dilma.

No caso presente, toda a força da mídia se dirigem ao candidato da oposição, já que o "aparente" empate técnico foi tão comemorado e considerado uma grande esperança, senão uma vitória. 























EMPATE TÉCNICO,  REALIDADE OU FICÇÃO?


Será que houve realmente um empate técnico entre os dois principais candidatos?  No gráfico acima, para que seja visivel a intersecção (empate) dos resultados entre os dois candidatos foram plotados tanto os resultados apurados como a margem de erro correspondentes, relativos ao intervalo de confiança de 95%, conforme estabelece os parâmetros técnicos da pesquisa.
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É perfeitamente visivel pelo gráfico que o "famigerado" empate técnico não passa de um linha tênue que serve, na verdade, de fronteira entre os números dos dois candidados, obtidos nesse levantamento.  Ou seja, foi apurado para Dilma Rousseff 44% das intenções de votos e para Aécio Neves, 40% dos votos.  Há então uma diferença de 4% em favor da primeira.