sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Dez Anos que Abalaram o Brasil





DEZ ANOS QUE ABALARAM O BRASIL

E o futuro?
Autor: João Sicsú
Editora: Geração Editorial
Gênero: Economia e Política
1a. edição
Ano da Publicação: 2013
Acabamento: Brochura
Formato: 14 x 21 cm
Págs: 132
Peso: 195g
ISBN: 9788581301945



O título deste livro foi inspirado no brilhante livro de John Reed, publicado em 1919, sobre a revolução russa de 1917. O livro de Reed intitula-se Os Dez Dias que Abalaram o Mundo. É considerado uma das maiores obras do jornalismo mundial. O livro de Reed é fantástico, é inigualável. É obra prima.  
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Dez Anos que Abalaram o Brasil — e o futuro? não trata de uma revolução, não trata dos movimentos, dramas e gritos de operários e camponeses em luta. Trata de uma grande mudança. O Brasil sofreu uma transformação processual e profunda nos últimos dez anos. Cada passo parecia lento e insatisfatório. Mas, quando analisamos o que foi feito constatamos que houve uma grande transformação econômica e social no Brasil. E o futuro?

Parecia distante, mas já chegou. A nova pauta das classes de renda que foram beneficiadas com os avanços do decênio 2003-2012 é uma pauta focalizada no desejo de viver bem, em casa e na rua. Não basta ser só consumidor. Não basta uma TV nova ou um carro popular. O desejo é de ser cidadão. A nova utopia não é o combate ao desemprego, isto está superado porque foi atendido. A nova pauta surgiu a partir do entendimento de que é possível ter saúde, educação de qualidade, transporte barato e eficiente, saneamento, iluminação, coleta de lixo e segurança pública para todos. Este livro destaca os avanços do decênio 2003-2012 e mostra as conexões entre o que foi conquistado e o desejo de cidadania plena. 
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JOÃO SICSU é professor-doutor do Instituto de Economia da UFRJ onde leciona disciplinas de Macroeconomia e Economia Monetária nos cursos de graduação, mestrado e doutorado.
É pesquisador nível 1 do CNPq. É, também, co-organizador e autor de diversos livros. Possui vários artigos publicados em revistas científicas nacionais e internacionais.
Concentra sua pesquisa nas seguintes áreas: (i)-Políticas Monetária e Cambial, (ii)-Crises Financeiras e Cambiais, (iii)-Inflação e Políticas Antiinflacionárias e (iv)-Arquiteturas Macromonetárias voltadas para o Crescimento e a Estabilidade.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Corrida Presidencial: Entre a Euforia e o Desespero

Por PAULO FRANCO


A sociedade brasileira esta vivendo hoje um misto de euforia e desespero.  O Ibope divulgou hoje mais uma rodada de pesquisa presidencial, sendo a primeira com Marina Silva em lugar de Eduardo Campos para a presidência.

Marina Silva, que era vice de Eduardo, não havia conseguido transferir praticamente nada de votos, de maneira que a dupla não conseguiu em nenhum momento atingir 10% das intenções de votos.

Nesta rodada, segundo o Ibope, Marina aparece com 29%, um espantoso acréscimo de 20% sobre os 9% de Eduardo Campos.  Por outro lado, Dilma Rousseff que vinha numa liderança razoavelmente tranquila, viu uma queda de 38% para 34%, ou seja, apenas 5% acima de Marina.  Aécio, anteriormente o segundo colocado, caiu de 23% para 19%.


A EUFORIA DO GRUPO PRÓ-MARINA


Ainda não estou plenamente convencido de quais os objetivos dos grupos que estão por trás da candidatura Marina.  Parece simples, mas não é.  Estamos falando de política eleitoral, de disputa pelo poder.  Num país que tem um PIB de quase 5 trilhões de reais, a definição da estrutura distributiva das riquezas geradas é o verdadeiro vetor que norteia essa disputa.
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A elite burguesa brasileira, formada basicamente pelos 1% mais ricos da sociedade e liderada principalmente pelos banqueiros (FEBRABAN, ABBI, ABBC, ACREFI, etc), megaempresários (FIESP, CIESP, CNI, FIRJAN, ACSP, etc), agronegócios, barões da mídia, tem em suas mãos a "nata" da inteligência em negócios, em processos decisórios.  Não há ingênuos nesse segmento

domingo, 24 de agosto de 2014

Marina: Cavalo de Tróia dos EUA?

Por WAYNE MADSEN, tradução Vila Vudu



Dia 31/7/1981, o presidente Omar Torrijos, do Panamá, morreu quando o avião da Força Aérea panamenha no qual viajava caiu perto de Penonomé, Panamá.
Dois meses antes da morte de Torrijos, o presidente Jaime Roldós do Equador, líder populista que se opunha aos EUA, havia também morrido num acidente de avião: seu avião era um Super King Air (SKA). 


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Original Version:

Another Suspicious Plane Crash in Latin America Bolsters American and Globalist Interests

"Brazil’s scheduled October presidential election was seen as a virtual cake walk for incumbent President Dilma Rousseff. That was until a plane crash killed Rousseff’s rather lackluster opponent, economist and former governor of Pernambuco, Eduardo Campos. On August 13, it was reported that the plane carrying Campos, a Brazilian pro-business centrist presidential candidate who was running third behind the more conservative Social Democratic Party candidate Aecio Neves, an economist and champion of austerity, crashed into a residential area of Santos in Sao Paulo state, Brazil. Campos was the..."
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As eleições presidenciais no Brasil marcadas para outubro estavam sendo dadas como resolvidas, com a reeleição da atual presidenta Dilma Rousseff. Isso, até a morte, num acidente de avião, de um candidato absolutamente sem brilho ou força eleitoral próprios, economista e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos.  Dia 13/8, noticiou-se que o avião que levava Campos – candidato de centro, pró-business, que ocupava o 3º lugar nas pesquisas, atrás

até do candidato do partido mais conservador (PSDB), Aécio Neves, também economista e defensor da ‘'austeridade'’ – espatifara-se numa área residencial de Santos, no estado de São Paulo, Brasil. Campos era candidato do Partido Socialista Brasileiro, antigamente da esquerda, mas hoje já completamente convertido em partido pró-business.

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Como aconteceu nos partidos trabalhistas da Grã-Bretanha, da Austrália e Nova Zelândia, nos liberais e novos partidos democráticos canadenses, e no Partido Democrata dos EUA, interesses

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

As Traições de Marina. Bem que Avisei!

Por DENER GIOVANINI


Em 2003, ainda no começo do governo do presidente Lula eu, que ainda não era jornalista, dei uma entrevista para o Estadão na qual afirmava categoricamente: “não confio na Marina Silva nem para cuidar do meu jardim”. Confirmei minhas palavras no discurso que proferi na ONU ao receber de Kofi Annan [...]


Em 2003, ainda no começo do governo do presidente Lula eu, que ainda não era jornalista, dei uma entrevista para o Estadão na qual afirmava categoricamente: “não confio na Marina Silva nem para cuidar do meu jardim”, CLIQUE AQUI para conferir. Confirmei minhas palavras no discurso que proferi na ONU ao receber de Kofi Annan o prêmio das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Os petistas se arrepiaram, reclamaram e me criticaram. Não deu outra: se arrependeram. Em 2010, quando o Partido Verde aceitou a bancar a candidatura de Marina para presidência da República, novamente eu avisei em diversas oportunidades, que eles estavam dando um tiro no próprio pé. Fui criticado e esculhambado por algumas lideranças do PV. Não deu outra: eles também se arrependeram.
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Quando Eduardo Campos oficializou a candidatura de Marina Silva como vice em sua chapa eu não perdi a oportunidade. Novamente afirmei em entrevistas e artigos que o PSB iria se arrepender. E, mais uma vez, não deu outra: Marina, além de não transferir votos, ainda criou uma série de

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O Estado não é um Prolongamento da Família

Por MICHEL ZAIDAN para Brasil 247



Uma família, por mais ilustre e importante que ela julgue ser, não pode se arrogar decidir os rumos de uma campanha presidencial. Muito menos os parentes de uma família.





















Seguindo as lições de Hegel, Weber e o nosso brasileríssimo Sergio Buarque de Holanda - o pai de Chico Buarque de Holanda - a matriz formadora do estado brasileiro é a moral da família, ou a ética de Antígona, onde os deveres e as lealdades de sangue se sobrepõem as do estado republicano. Diz o historiador paulista que o patrimonialismo é a marca registrada das nossas instituições políticas locais e nacionais.
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Os chefes políticos e oligarcas pensam que o estado é um mero prolongamento da organização familiar. E agem, segundo o famoso dito popular: "amigos e parentes, tudo. Aos inimigos, os rigores da lei". Nada mais contrário ao espírito do Estado Moderno (também chamado de racional-legal ou burocrático) do que a ética da família, dos irmãos, dos filhos, dos maridos ou dos avôs. 

O estado não pode e não deve ser gerido como uma "Casa Grande", segundo a vontade e as conveniências do chefe ou dono da organização de parentela, como diz a Maria Isaura Pereira de Queiroz.

Uma família, por mais ilustre e importante que ela julgue ser, não pode se arrogar decidir os rumos de uma campanha presidencial. Muito menos os parentes de uma família. O Estado republicano é maior do que uma oligarquia familiar, seja o nome que ela carregue. O Estado é público, a oligaquia é da família e dos amigos e apaniguados. Os negócios do estado são públicos, de todos os cidadãos. 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Dilma: "estou bebendo estrelas...!"

Por PAULO FRANCO




Reza a lenda que o monge beneditino Dom Pérignon, lá pelos idos do século XVII, ao provar uma de suas criações  de vinho, estufou o peito e cheio de alegria, bradou: "estou bebendo estrelas".  Ele acabara de criar,  nada mais nada menos,  do que o mais nobre dos vinhos: o champagne.

O Champagne, como todos sabemos, é um vinho especial,  que transcende a todos os demais.  Por isso, essa nobre bebida sempre está associada aos acontecimentos mais importes, mais nobres, mais especiais.  Seja num momento de celebração de uma cerimônia,  como um casamento, uma aniversário, ou outro dessa natureza.  Noutro momento, um brinde à uma vitória, uma conquista muito importante.   E outros momentos, ainda,  para lhe dar coragem para enfrentar obstáculos, inimigos, como também para elevar a auto-estima, tão necessária em certos momentos da vida.  O champagne é uma companhia para momentos especiais, mas também para uma simples degustação.  Em  momentos de instrospecção, reflexão é um excelente bálsamo, para ajudar a um reencontro consigo ou até amadurecer uma decisão importante.
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Apesar da grande tristeza provocada pela perda de Eduardo Campos, lamentavelmente, o luto pelo político acabou se transformando em campanha e o velório em palanque eleitoral.  Neste contexto cheio de controversas, polêmicas e não me toques, o cenário eleitoral mais previsível seria trágico para Dilma.  Na verdade, após os resultados preliminares é "para beber estrelas", do champagne e do PT.   Dilma, pode abrir um champagne!

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Marina, Marinete, Marionete

Por PAULO FRANCO





 

ANTECEDENTES


Para não ser muito repetitivo e exaustivo eu listaria alguns pontos, de forma bem sucinta e em linguagem "telegráfica", que caracteriza a trajetória de Marina Silva: origem humilde, inteligência, militância sindical e ambiental, CUT, PT, Chico Mendes e LULA.  Grosso modo acredito que esses foram os aspectos que marcaram a vida de Marina.


AMBIÇÃO E RESSENTIMENTO


Dois componentes de natureza emocional tem norteado o atual comportamento político de Marina Silva: a vaidade e o ressentimento. 

 

 AMBIÇÃO

 
Vaidade é um sentimento que permeia todos os indivíduos, variando somente a intensidade em uns ou em outros. De uma forma ou de outra, todos nós, seres humanos precisamos de alguma dose de reconhecimento. A recompensa para essa demanda emocional se materializa em diversas formas de poder ou capacidade como econômica, intelectual, artistical, social, entre outras.

O problema começa quando essa vaidade recebe reforços perigosos de traumas e decepções, normalmente, ocorridas em fases iniciais de nossas vidas. Essa combinação pode resultar no que chamamos de ambição e, consequentemente o nível da ambição estará diretamente subordinada ao nível daqueles traumas ocorridos.

A coisa se complica mais ainda, se a ambição contar com uma colaboração perigosa de um desvio ou uma fragilidade do caráter. Se esse individuo for determinado e inteligente terá grande chances de sucesso, mas causará enormes estragos por onde passar. Normalmente se utilizam de quaisquer meios para atingir seus objetivos e não se sensibilizam muito com as feridas deixadas pelo caminho.
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Evidentemente não temos informações suficientes para dizer em que nível está Marina Silva nesse processo. O que é visível é seu nível de ambição, mas não conheço nada de concreto que coloque seu caráter em dúvida. Embora tenha deixado escapar algumas atitudes e declarações, no episódio da inviabilização de seu partido “Rede Sustentabilidade” que sugerem um desequilíbrio entre a ambição e a ética, ao tentar a aprovação sem o cumprimento de exigência legal, além de transferir sua própria culpa pelo insucesso na formação do partido, a terceiros.

sábado, 16 de agosto de 2014

Palmério Dória: O Príncipe da Privataria


Coleção: Coleção História Agora
Título: O Príncipe da Privataria
Subtítulo: A História Secreta de Como o Brasil Perdeu seu Patrimônio e Fernando Henrique Cardoso Ganhou Sua Reeleição
Autor: Palmério Dória
Editora: Geração Editorial
Edição: 1
Ano: 2013
Especificações: Brochura | 400 páginas
Ficha TécnicaISBN: 978-85-8130-201-0

"O Príncipe da Privataria" retrata os dois mandatos de FHC, que vão de 1995 a 2002, as polêmicas e contraditórias privatizações do governo do PSDB e revela, com profundidade de apuração, quais foram os trâmites para a compra da reeleição, quem foi o "Senhor X" --a misteriosa fonte que gravou deputados confessando venda de votos para reeleição-- e quem foram os verdadeiros amigos do presidente, o papel da imprensa em relação ao governo tucano, e a ligação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) com a CIA, além do suposto filho fora do casamento, um "segredo de polichinelo" guardado durante anos.
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Após 16 anos, Palmério Dória apresenta ao Brasil o personagem principal do maior escândalo de corrupção do governo FHC: o "Senhor X". Ele foi o ex-deputado federal que gravou num minúsculo aparelho as "confissões" dos colegas que serviram de base para as reportagens do jornalista Fernando Rodrigues publicadas na Folha de S. Paulo em maio de 1997. A série "Mercado de Voto" mostrou da forma mais objetiva possível como foi realizada a compra de deputados para garantir a aprovação da emenda da reeleição.
O autor e o coautor desta obra, o também jornalista da velha guarda Mylton Severiano, viajaram mais de 3.500 quilômetros para um encontro com o "Senhor X". Pousaram em Rio Branco, no Acre, para conhecer, entrevistar e gravar um homem lúcido e disposto a desvelar um capítulo nebuloso da recente democracia brasileira.
Palmério Dória, jornalista que trabalhou como chefe de reportagem na Rede Globo e nos jornais Folha de S.Paulo e "O Estado de S. Paulo", também é autor de "Honoráveis Bandidos" (2009), título que conta toda a história secreta do surgimento e enriquecimento da família Sarney.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Globo Rural: Médicos Melhoram a Saúde de Regiões Distantes

 

 

Segundo a OMS/ONU, em 2012 o Brasil contava com 1,8 médicos para cada mil habitantes. A media é baixa quando comparada com outros países, como os vizinhos Uruguai (3,7), Argentina (3,2), ou ainda europeus como Alemanha (3,6) e Espanha (4,0). O mais grave é que a distribuição destes doutores sempre foi muito desigual pelo território brasileiro. De maneira geral, quanto mais pobre e mais distante a região, menos a chance de ela ter médicos em atividade.

 

 


No extremo norte do Brasil, a maior parte da população é pobre e sempre sofreu com uma série de problemas de saúde: malária, verminose, leishmaniose, mortalidade infantil elevada.

O povo sofre com doenças variadas, enfrenta epidemias do campo, se acidenta com frequência no trabalho, e padece com o isolamento e atendimento precário. Esta é a realidade da maioria dos lugarejos mais distantes do nosso território. Regiões agrícolas que muitas vezes não tem nem médicos para socorrer a população.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, em 2012 o Brasil contava com 1,8 médicos para cada mil habitantes. A media é baixa quando comparada com outros países, como os vizinhos Uruguai (3,7), Argentina (3,2), ou ainda europeus como Alemanha (3,6) e Espanha (4,0). O mais grave é que a distribuição destes doutores sempre foi muito desigual pelo território brasileiro. De maneira geral, quanto mais pobre e mais distante a região, menos a chance de ela ter médicos em atividade.

A combinação de pobreza e atendimento precário sempre marcou a história do município de Calçoene, na Amazônia. Calçoene fica ao norte de Macapá,

capital do Amapá, o segundo estado brasileiro com menos médico por habitante, atrás apenas do Maranhão. No município o povo vive do comércio, da pesca e principalmente da agricultura familiar.


Calçoene conta com um hospital, posto de saúde, enfermeira, dentista e assistente social, mas até há pouco tempo só tinha três médicos em atividade. Três médicos para uma população de 9.700 pessoas, uma média de 0,3 doutores para cada mil habitantes.

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“Totalmente insatisfatório. Muitos usuários não conseguiam vaga. Nós já estávamos chegando a um caos. Sem saber o que fazer em relação a essa situação de contratação de médico”, declara Maria de Jesus Caldas, secretária de saúde/Calçoene/AP.

Datafolha, me engana que eu gosto

Por PAULO FRANCO

 

A probabilidade de ocorrer o empate entre Dilma e Aécio se as eleições fosse nessa data, dificilmente chegaria a 1%.



Em meados deste mes de julho, o Instituto Datafolha divulgou o resultados da pesquisa de intenção de votos para a presidência da república.  A divulgação foi feita com pompa e circunstância gerando uma comemoração da oposição e de toda a classe mais conservadora do país.

O Datafolha anunciava como uma bomba que Aécio Neves estaria tecnicamente empatado com a candidata da situação à reeleição, Dilma Rousseff, no segundo turno se a eleição fosse naquela data.   O entusiasmo foi tal, que os cidadãos mais contentes não se deram conta que o 2o. turno não teria a menor validade se a candidata da situação vencer no primeiro turno.  Aliás que é o que indica a mesma pesquisa.

Isso denota que a divulgação de pesquisa eleitoral tem um objetivo maior que é estimular os eleitores indecisos a votarem num determinado candidato.  Vamos votar em qualquer candidato de oposição para que o 2o. turno se concretize, pois haveria uma chance de reversão da tendencia vitoriosa de Dilma.

No caso presente, toda a força da mídia se dirigem ao candidato da oposição, já que o "aparente" empate técnico foi tão comemorado e considerado uma grande esperança, senão uma vitória. 























EMPATE TÉCNICO,  REALIDADE OU FICÇÃO?


Será que houve realmente um empate técnico entre os dois principais candidatos?  No gráfico acima, para que seja visivel a intersecção (empate) dos resultados entre os dois candidatos foram plotados tanto os resultados apurados como a margem de erro correspondentes, relativos ao intervalo de confiança de 95%, conforme estabelece os parâmetros técnicos da pesquisa.
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É perfeitamente visivel pelo gráfico que o "famigerado" empate técnico não passa de um linha tênue que serve, na verdade, de fronteira entre os números dos dois candidados, obtidos nesse levantamento.  Ou seja, foi apurado para Dilma Rousseff 44% das intenções de votos e para Aécio Neves, 40% dos votos.  Há então uma diferença de 4% em favor da primeira.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Negócios: O Verdadeiro Motivo do Apoio dos Evangélicos a Israel e o Repúdio à Dilma

Por KIKO NOGUEIRA para o DCM


A reverenda Jane Silva, uma voz ativa pró-israelense, organizadora do encontro no Itamaraty, preside a Associação Cristã de Homens e Mulheres de Negócios e a Comunidade Brasil-Israel.









Há dois motivos principais para a mobilização de lideranças evangélicas desgostosas com a condenação de Dilma à ação de Israel em Gaza. O primeiro: negócios. Em segundo lugar, mas não menos importante, os negócios.

Segundo conta a BBC, perto de oitenta pessoas estiveram no Ministério de Relações Exteriores para uma audiência. A articulação coube ao deputado federal Lincoln Portela, estrela da bancada evangélica.
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Há uma aproximação clara entre as igrejas pentecostais e o judaísmo. Isso ficou evidente nas imagens da inauguração do Templo de Salomão. Além do monumento em si, inspirado na obra do filho de Davi, o bispo Edir Macedo tem se trajado com o xale sagrado usado por rabinos e, no cocuruto, está exibindo um solidéu. Sem contar a barba de profeta.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Desemprego no Brasil Cai Sistematicamente

Por PAULO FRANCO


TX DE DESEMPREGO CAI SISTEMATICAMENTE NO BRASIL, INDEPENDENTE DA METODOLOGIA, IBGE OU DIEESE.

 


Tem havido alguns questionamentos quanto à metodologia da taxa de desemprego adotada pelo IBGE a partir de 2003. Essa nova metodologia visou uma adequação aos indices aceitos internacionalmente. Os questionamentos tem ocorrido, basicamente, porque o valor final é menor que o da metodologia anterior.
Para dirimir essas dúvidas e questionamentos, plotei os índices dessa nova metodologia apurada pelo IBGE, bem como os índices apurados pelo Dieese. O índice do Dieese é na verdade mais interessante, já que ele mostra um período mais longo que o novo índice do IBGE.
O Índice do DIEESE nos mostra dois períodos distintos que serve de lição para nós. O período de 1995 a 2002 onde tivemos uma política economica liberal, ortodoxa, e de 2003 até hoje onde temos uma política econômica mais estruturalista, mais heterodoxa. Em outras palavras, a diferença entre uma política econômica voltada para o capital e outra voltada para o social, ou ainda, a diferença entre um capitalismo mais selvagem e um capitalismo mais humano, como queira cada um, conforme sua leitura.
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O período em que o Brasil seguiu o modelo dito "liberal", influenciado pela onda liderada pelo governo de M. Tatcher, teve um desempenho extremamente nocivo as classes trabalhadoras e ao próprio país. Com uma política privatista e de estado mínimo, vendeu quase todo o patrimônio do estado, restando algumas empresas estratégicas como a Petrobras, por imposição da sociedade. Mesmo com as vendas do patrimônio estatal, o país viu suas reservas atingirem o fundo do poço, e como consequência o câmbio explodir. Além de estagnar a renda do trabalhador e o desemprego subir vertiginosamente. 2003 foi o ponto de inflexão de todos os indicadores do Brasil e o desemprego só é mais um, independente da metodologia que se queira usar. O liberalismo adotado pelo governo tucano caracterizou-se simplesmente numa sequência da opressão do trabalhador, que vinha desde a Ditadura Militar, patrocinada pela elite burguesa nacional.

sábado, 2 de agosto de 2014

Eu, Judeu, digo: Acabem com a Ocupação!

Por Marcelo Gruman


NÃO EM MEU NOME

Recuso-me a acumpliciar-me com esta agressão. O exército israelense não me representa, o governo ultranacionalista não me representa. Os assentados ilegalmente são meus inimigos.


Na minha adolescência, tive a oportunidade de visitar Israel por duas vezes, ambas na primeira metade da década de 1990. Era estudante de uma escola judaica da zona sul da cidade do Rio de Janeiro. As viagens foram organizadas por instituições sionistas, e tinham por intuito apresentar à juventude diaspórica a realidade daquele Estado formado após o holocausto judaico da Segunda Guerra Mundial, e para o qual todo e qualquer judeu tem o direito de “retornar” caso assim o deseje.
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Voltar à terra ancestral. Para as organizações sionistas, ainda que não disposto a deixar a diáspora, todo e qualquer judeu ao redor do mundo deve conhecer a “terra prometida”, prestar-lhe solidariedade material ou simbólica, assim como todo muçulmano deve fazer, pelo menos uma vez na vida, a peregrinação a Meca. Para muitos jovens judeus, a visita a Israel é um rito de passagem, assim como para outros o destino é a Disneylândia.

A equivalência de Israel e Disneylândia tem um motivo. A grande maioria dos jovens não religiosos e sem interesse por questões políticas realizam a viagem apenas para se divertir. O roteiro é basicamente o mesmo: visita ao Muro das Lamentações, com direito a fotos em posição hipócrita de reza (já viram ateu rezando?), ao Museu da Diáspora, ao Museu do Holocausto, às Colinas do Golan, ao Deserto do Neguev e a experiência de tomar um chá com os beduínos, ir ao Mar Morto e boiar na água sem fazer esforço por conta da altíssima concentração de sal, a “vivência” de alguns dias num dos kibutzim ainda existentes em Israel e uma semana num acampamento militar, onde se tem a oportunidade de atirar com uma arma de verdade. Além, é claro, da interação com jovens de outros países hospedados no mesmo local. Para variar, brasileiros e argentinos, esquecendo sua identidade étnica comum, atualizavam a rivalidade futebolística e travavam uma guerra particular pelas meninas. Neste quesito, os argentinos davam de goleada, e os brasileiros ficavam a ver navios.